Em primeiro lugar, não posso deixar de saudar o regresso do blog, que a par de outros na blogosfera Portista, a título gratuito muitas vezes faz autêntico serviço público Portista, não esperando recompensa nenhuma que não seja apenas o sucesso do nosso FC Porto. Num mundo cada vez mais materialista e interesseiro, a existência e manutenção de espaços de debate sem nenhum tipo de agenda ou interesse subjacente, mas apenas e só com o objetivo de debater e refletir construtivamente sobre uma causa comum, neste caso o amor ao FC Porto, é sempre algo de salutar.
Pela minha parte, estou, tal como estive desde o primeiro momento em que me tornei colaborador deste blog (já lá vão uns anitos!), completamente de corpo e alma com este projeto, exatamente com a mesma atitude de sempre e que volto a reforçar: criticar negativa ou positivamente conforme a realidade assim o exija. Manter atitudes preconceituosas, criticar apenas por embirração ou elogiar apenas por seguidismo cego e irracional são tudo situações nas quais não entrarei. Ao longo dos anos bati-me sempre por uma reflexão conjunta, séria e construtiva sobre o FC Porto. E continuarei a fazê-lo, não tenham qualquer tipo de dúvida!
O tema do meu post de regresso prende-se com o diagnóstico da atual situação do clube, em todas as suas vertentes, treinador, plantel, SAD e atuação no mercado de transferências, sendo interessante aferir o que foi feito (ou não!) desde há 4 meses atrás, altura em que Pinto da Costa admitiu alto e bom som: “Batemos no fundo! Não podemos repetir os mesmos erros!”. Analisando por partes, direi que:
Independentemente de concordarmos ou não com a escolha, de gostarmos mais ou menos do sistema tático, do posicionamento de alguns jogadores ou das escolhas para determinado modelo de jogo, há algo que considero terrível fazer nesta altura: depositar no treinador todas as culpas de um possível insucesso nos primeiros meses de competição. NES é quem terá menos responsabilidades caso as coisas correm mal por exemplo em Roma e Alvalade. Não existem milagres em futebol. Existe sim, trabalho, planeamento, organização e competência.
O teor do meu post não pretende desmotivar ou ser demasiado pessimista nesta altura, pretende apenas alertar para situações que idealmente já deveriam ter sido corrigidas. Ainda assim, quero acreditar que nos próximos 10 dias se vão resolver a maior parte dos problemas e lacunas atualmente existentes da forma mais eficaz possível.
Mas, atenção, com tudo o que escrevi acima, não quero dizer que temos o pior plantel do mundo e não temos hipóteses de lutar por qualquer objetivo esta época, longe disso. O plantel à data de hojebem orientado e potenciado - trabalho que cabe ao treinador, permitir-nos-á lutar pelos objetivos internos, mas obrigará a uma evidente revisão (em baixa) de objetivos externos. O plantel atual, com o correspondente reforço, tornará o cenário mais desanuviado e dará inevitavelmente mais "ovos" para o treinador fazer uma "omelete" de qualidade, interna e externamente.
Pela minha parte, estou, tal como estive desde o primeiro momento em que me tornei colaborador deste blog (já lá vão uns anitos!), completamente de corpo e alma com este projeto, exatamente com a mesma atitude de sempre e que volto a reforçar: criticar negativa ou positivamente conforme a realidade assim o exija. Manter atitudes preconceituosas, criticar apenas por embirração ou elogiar apenas por seguidismo cego e irracional são tudo situações nas quais não entrarei. Ao longo dos anos bati-me sempre por uma reflexão conjunta, séria e construtiva sobre o FC Porto. E continuarei a fazê-lo, não tenham qualquer tipo de dúvida!
O tema do meu post de regresso prende-se com o diagnóstico da atual situação do clube, em todas as suas vertentes, treinador, plantel, SAD e atuação no mercado de transferências, sendo interessante aferir o que foi feito (ou não!) desde há 4 meses atrás, altura em que Pinto da Costa admitiu alto e bom som: “Batemos no fundo! Não podemos repetir os mesmos erros!”. Analisando por partes, direi que:
- GUARDA-REDES - A principal alteração neste sector foi a saída de Helton e subida ao plantel principal de José Sá. Sobre Casillas, devo dizer o seguinte: há muitos anos (nem se sonhava que algum dia pudesse ser guarda-redes do FC Porto) que aprecio e considero as qualidades do espanhol como top mundial. Concordei e fiquei muito entusiasmado com a sua contratação. Mas, sinceramente, a verdade é que a 1º época de Casillas foi fraca (excetuando jogo no galinheiro), esperando assim que na época que agora começa o espanhol comprove tudo aquilo pelo qual os Portistas tão entusiasmados ficaram com a sua contratação. Tem de melhorar e muito, ser um guarda-redes que dê pontos e não intranquilidade ao sector defensivo, como por exemplo, a fífia dada com a Roma no Dragão.
- DEFESA - Desde o início da pré-época que se percebeu claramente que os dispensados seriam Ángel, Lichnovsky, Martins Indi e Reyes. Os dois primeiros saíram por empréstimo para Espanha e irão ter o mesmo destino que tantos outros, empréstimos sucessivos até saírem a custo zero no final do contrato, a menos que o FC Porto consiga “enganar” alguém. Tanto se fala na gestão desastrosa dos últimos 3 anos, mas por vezes falta especificar do que se fala, e estes são dois belíssimos exemplos do desastre que tem sido a política de contratações nos últimos tempos - jogadores sem qualidade sequer para jogar no FC Porto B. Quanto aos outros dois, Indi e Reyes, nenhum desses casos ainda ficou resolvido. A situação ideal seria a sua colocação a título definitivo por alguns milhões de euros, mas, infelizmente, tenho um feeling que acabarão em empréstimos com opção de compra, o que para além da poupança de salários, pouco benefício económico imediato trará ao clube. A contratação de mais um central é uma necessidade não de hoje, mas sim de há 7 meses atrás, período ao longo do qual até uma criança de 5 anos já percebeu que o FC Porto necessitaria de contratar não um, mas dois centrais. A 10 dias do fecho do mercado, continuo a esperar sentado...
- MEIO-CAMPO - Olhando para os atuais elementos do meio-campo do FC Porto, é evidente a falta de um elemento criativo. É outra das lacunas do plantel que ainda não está resolvida. Continuo sem perceber porque razão o FC Porto rejeitou propostas por Herrera à volta dos 20 M€. Julgo que o mexicano já mais do que confirmou que é um jogador irregular, capaz do melhor e do pior. Bem sei que o FC Porto detém 80% do passe do mexicano, mas caramba, vender Herrera por 20M€ já daria um encaixe de 16M€ que, se calhar, ajudaria no regresso de Óliver por exemplo.
- ATAQUE - Neste preciso momento, temos 9 homens para a frente de ataque, sendo que 2 estão na porta da saída (Brahimi e Aboubakar) e outro parece pouco contar para NES (Bueno). Uma vez que já foi contratado Depoitre como alternativa a André Silva, sobram Varela, Adrian Lopez, Corona e Otávio. Parece-me mais ou menos claro que o reforço deste sector, sobretudo nas alas, depende em grande medida do encaixe que se conseguir fazer com vendas.
Independentemente de concordarmos ou não com a escolha, de gostarmos mais ou menos do sistema tático, do posicionamento de alguns jogadores ou das escolhas para determinado modelo de jogo, há algo que considero terrível fazer nesta altura: depositar no treinador todas as culpas de um possível insucesso nos primeiros meses de competição. NES é quem terá menos responsabilidades caso as coisas correm mal por exemplo em Roma e Alvalade. Não existem milagres em futebol. Existe sim, trabalho, planeamento, organização e competência.
O teor do meu post não pretende desmotivar ou ser demasiado pessimista nesta altura, pretende apenas alertar para situações que idealmente já deveriam ter sido corrigidas. Ainda assim, quero acreditar que nos próximos 10 dias se vão resolver a maior parte dos problemas e lacunas atualmente existentes da forma mais eficaz possível.
Mas, atenção, com tudo o que escrevi acima, não quero dizer que temos o pior plantel do mundo e não temos hipóteses de lutar por qualquer objetivo esta época, longe disso. O plantel à data de hojebem orientado e potenciado - trabalho que cabe ao treinador, permitir-nos-á lutar pelos objetivos internos, mas obrigará a uma evidente revisão (em baixa) de objetivos externos. O plantel atual, com o correspondente reforço, tornará o cenário mais desanuviado e dará inevitavelmente mais "ovos" para o treinador fazer uma "omelete" de qualidade, interna e externamente.
A competência é um dos valores do FC Porto.
ResponderEliminarQue a haja. E com sabedoria.
Já tinha saudades dos seus artigos.
Saluto a sua vinda.
Abraços.
Caro Filipe,
ResponderEliminarAntes de mais, obrigado pelo elogio!
A ver vamos o que dá o fecho de mercado, sendo que até lá vamos ter dois enormes testes de fogo, um a começar já hoje. Vamos lá ver...
Abraço