sporting-FC PORTO, 2-2 (5-4 após GP)
Na minha última crónica, neste espaço, não vou narrar as peripécias do jogo, como faço habitualmente. Para isso, há jornais, sites e outros espaços para ler sobre esses momentos. Ou então, vão à box e revejam o jogo. Sendo a minha derradeira vez que escrevo aqui, interessa-me debruçar sobre a época com epílogo no Jamor.
A presente época, que, este Sábado, terminou, trouxe um grande amargo de boca ao FC Porto. Com uma carreira bastante interessante em todas as competições, apenas faltaram os títulos. Salvou-se a Supertaça conquistada em Agosto, altura em que na equipa via-se muita esperança e previa-se uma época recheada de sucessos. O certo é que tal não aconteceu. Ficou-se tudo pelo “quase”, o que foi de uma crueldade terrível para uma equipa e para um técnico que não mereciam nada disto.
A época, como já disse, iniciou com a conquista de um troféu. O campeonato, apesar de não ter começado da melhor forma nas primeiras sete jornadas, viria a revelar um FC Porto dominador, destacado na tabela classificativa ao fim de dezassete jornadas com cinco pontos de vantagem para o seu perseguidor. Tal vantagem chegou a ser de sete pontos, o que previa algum conforto na prova. A primeira volta terminou com a equipa de Sérgio Conceição a perder 8 pontos contra 13 do seu rival directo.
Ao mesmo tempo, o Dragão dava uma imagem fantástica na fase de grupos da Champions League com a conquista de 16 em 18 pontos possíveis. Os azuis-e-brancos revelaram ser a melhor equipa, nesta fase, em termos europeus. Nas taças internas (Liga e FPF), Sérgio Conceição atingiu as duas finais com alguma facilidade.
Mas a partir de Dezembro/Janeiro, o panorama futebolístico voltou a sofrer profundas mudanças fora de campo. Vivia-se um período de muita tensão para os lados de Carnide com processos judiciais a decorrer nos tribunais comuns. Com a decisão tomada pela juíza de que cerca de três dezenas de supostos crimes cometidos por aquela agremiação não iriam ser julgados em tribunal, absolvendo SAD e clube, o regresso em força do estado lampiânico verificou-se em fins de Janeiro.
O sentimento de impunidade que se vive para aqueles lados, permitiram ao seu “chefão” proferir declarações em tons de ameaça, criando efeitos imediatos. O benfiquistão começou a revelar-se em toda a linha. A segunda volta da Liga NOS decorre com um manancial de erros crassos e inadmissíveis, com o foco a incidir nas decisões inacreditáveis tomadas pela inovadora tecnologia do VAR.
O FC Porto, entretanto, perdia, de forma bizarra e cruel, a final da Taça da Liga nas grandes penalidades frente ao Sporting e, no campeonato, cedeu mais quatro pontos fora do seu reduto e mais três, em casa, frente aos DDT (donos disto tudo). No final, fez a segunda volta da prova com nove pontos desperdiçados.
Entretanto, essa agremiação de Carnide passa para a frente da classificação e, pasme-se, realizam uma volta completa com apenas dois pontos perdidos, em contraste com os treze pontos cedidos na primeira volta. As decisões das equipas de arbitragem de campo e da cidade do futebol passam a ter grande preponderância nas decisões ocorridas em campo, os adversários apresentam-se de forma bastante distinta com o FC Porto e com a equipa de Carnide. Com os outros até se dão ao luxo e ao descaramento de poupar jogadores e/ou dar o jogo como perdido.
Por outro lado, os golos em catadupa e a facilidade com que essa agremiação vence os jogos é de tal forma incrível que chegamos ao ponto de concluir que não estamos, nem de perto, nem de longe, a lutar com as mesmas armas. Entretanto, a performance dessa falsa potência do futebol, claudica na Champions League e na Liga Europa faz duas eliminatórias sofridas e cai aos pés da “potência” alemã Eintracht de Frankfurt. Que discrepância!
Depois vem a parte final da prova, últimas seis jornadas com as equipas empatadas no topo da tabela. A agremiação começa a passar dificuldades nas primeiras partes dos jogos fora de casa. Refiro-me aos desafios ocorridos em Santa Maria da Feira, em Braga e em Vila do Conde. Com os acontecimentos a correrem em nada a seu favor, os DDT tratam de as inverter, de forma escandalosa e inacreditável. São tomadas decisões de arbitragem escandalosas e vemos jogadores cometerem erros de palmatória que, nem as crianças dos sub-10 cometem nos seus jogos, nos clubes onde praticam a modalidade.
Ao mesmo tempo, o FC Porto disputa os jogos todos sob grande pressão, com decisões de arbitragem sempre contra, com a “faca nos dentes” e perante adversários com posturas de equipa de Champions League. Por falar na prova europeia, a equipa portista termina a sua participação na Liga dos Campeões, nos quartos-de-final, caindo aos pés do super-candidato Liverpool.
Até que chega a deslocação dos Dragões a Vila do Conde. O FC Porto chega facilmente ao 2-0 e, de certa forma, descansa à sombra desse resultado. Depois vieram as decisões de arbitragem polémicas e erros próprios. O FC Porto colocou-se a jeito e o campeonato, praticamente, decide-se aí com os azuis-e-brancos a deixarem dois pontos.
Com três jornadas por realizar, os DDT tinham uma almofada de dois pontos para gerir e fizeram essa gestão com uma preciosa e escandalosa ajuda quando, quinze dias depois, visitaram Vila do Conde e saíram de lá com uma vitória tangencial, com três golos oferecidos pela arbitragem e pelo adversário e uma grande penalidade perdoada pelo “artista de circo”.
Assim se fez o vencedor da Liga NOS 2018/19, numa liga mentirosa, a chamada liga da vergonha que ficará registada, nos anais do futebol português, como a liga mais escandalosa da história do futebol em Portugal.
Para terminar a época, o FC Porto disputou o derradeiro jogo, novamente, frente ao Sporting, na prova rainha do futebol português. Com um ambiente fantástico, uma atmosfera bonita e um dia de sol a convidar à prática da modalidade, apesar do sempre relvado seco e duro do Jamor, o jogo assistido constituiu, para os Dragões, o expoente máximo da crueldade.
Num jogo que teve os primeiros 25 minutos de algum equilíbrio, com duas oportunidades para cada lado, traduziu-se, posteriormente, num massacre de futebol jogado em azul sobre o verde, em que a sorte ou a falta dela determinou mais uma vez o vencedor da prova.
À semelhança do que tinha acontecido na taça da Liga, o FC Porto foi tão superior ao seu adversário que nos leva a interrogar como é que o futebol pode ser tão cruel. Com tantas oportunidades perdidas, com duas bolas nos postes, com um canto verde contra catorze azuis-e-brancos e com uma subserviência leonina perante um Dragão dominador em toda a linha, interrogo-me porque é que a equipa de Sérgio Conceição não venceu este jogo e respectiva competição.
Sim, houve erros cometidos da parte dos jogadores portistas quer a defender, quer na fase de finalização. Sim, é verdade, mas não ao ponto de perder o jogo e o troféu que, pelo desenrolar dos acontecimentos, indicava que estava a caminho do museu azul-e-branco.
Aos 120 minutos, no fim do prolongamento, fazia-se alguma justiça no marcador com o empate do FC Porto na partida, levando a decisão para as dramáticas grandes penalidades. E, neste capítulo, lá tivemos que assistir a mais uma cruel e revoltante derrota que nos impediu de vencer um troféu que, tal como na Taça da Liga, seria nosso, indiscutivelmente e com todo o mérito.
Assim, termina a época do Dragão. Uma época muito boa em termos de performance, mas muito dramática e terrível em títulos. Porque “morrer” na praia, depois do longo caminho percorrido nas diferentes provas é de levar tudo e todos às lágrimas, tal como pudemos assistir esta tarde no vale do Jamor onde a revolta e a incredulidade dominaram os sentimentos de todos os portistas.
Espero que o FC Porto aproveite toda esta panóplia de acontecimentos para aprender e para se precaver a partir da próxima época. Vai ser preciso jogar tanto ou mais do que jogou na presente temporada e será necessário que a má sorte se afaste do Dragão e rume a outras paragens. Por outro lado, urge uma maior participação e acção efectivas dos dirigentes do FC Porto para combater os poderes instalados no futebol português que desvirtuam, permanentemente, toda a verdade e toda a essência da modalidade.
Obrigado e até sempre!
VIVA O FC PORTO!
DECLARAÇÕES
Sérgio Conceição: "Isto é cruel e injusto"
Mais finais no futuro
“Seria super merecida a nossa vitória. Tivemos mais oportunidades e fomos superiores. Isto é cruel para um grupo de trabalho que fez tudo para ganhar esta Taça, para acabar a época a vencer um troféu, que seria merecido. Sentimos muito o que é o nosso clube e a nossa profissão. Trabalhámos de forma incrível para podermos ganhar hoje e mais uma vez nos penáltis voltámos a perder. A vida é feita de derrotas assim mas esta derrota irá tornar-nos mais forte no futuro. Vão haver mais finais, mais momentos decisivos que nós vamos ganhar. Sou apaixonado pela vida, pela minha profissão, por aquilo que faço. Compreendo a frustração dos adeptos, porque nós temos o mesmo sentimento.”
Oportunidades para ganhar
“Tínhamos preparado o jogo para ganhar nos 90 minutos e criámos oportunidades para isso. O Sporting é competitivo, houver algum equilíbrio inicial mas a partir de determinado período fomos superiores em tudo. É cruel, os jogadores fizeram um trabalho fantástico, toda a gente estava comprometida neste último dia da época mas o trabalho não chegou. É cruel e injusto, mas a vida é isto, não há nada a fazer, temos de ser mais competentes.”
A emoção no final do jogo
“É o momento, é ver a minha família de sangue triste com este momento, é ver a nossa família portista, que também é extremamente difícil para eles. Há uma frustração grande. Fico muito tocado com isto porque perder desta forma custa ainda mais. É um momento difícil para nós. Sentimos muito esta derrota. Tivemos sempre uma alma e uma crença enorme durante a partida, sempre comprometidos e envolvidos no jogo. A nossa família portista merecia esta vitória, pelo apoio, pela determinação e pela paixão que sentem a cada momento deste clube, tal como sentimos, tal como eu sinto. Não tenho vergonha nenhuma de deixar cair uma lágrima. Sou um homem. Sinto, sofro e sou apaixonado por aquilo que faço, pela vida. O meu grupo é o reflexo disso, pelo jogo incrível que fizeram".
RESUMO DO JOGO
TA BEM, MAS sc perdeu uma final de taça em braga depois de estar a ganhar por dois e nos penaltis. Sera que os treina, sera que treina os gredes, alguem deve mudar no staff, mas.....sc e demasiado teimoso e convencido, nao quer aprender com os erros, começamops a ganhar e naop conseguimos aguentar nos ou por isto ou aquilo, nao existe planop B, herrera e otimo para correr mas nao e agressivo, danilo tambem nao e agressivo, teles e um buraco a defender com brahimi a frente, e verdade existem demasiados perdedores no grupo, pinto da costa ja nao tem pedalada para liderar a nossa defesa e o comnstante ataque que tem de ser feito, a direçao esta caquetica nunca foi rejuvenescida, a preocupaçao do presidente ha 10 anops e o museu e pouco mais. NUNCA FOI TAO FACIL GANHAR COMO ESTE ANO, DUVIDO QUE TENHAMOS UM CAMPEONATO ASSIM TAO FACIL DE GANHAR, COM 7 PONTOS JOGA,MOS A MEDO EM ALVALADE COM ELES MORIBUNDOS, NEM EMPATAR CONSEGUIMOS COM OS TOUPEITAS E ATE ESTIVEMOS A GANHAR NO DRAGAO, FALTA ALGO A SC.
ResponderEliminarProximo treinador do porto Folha para aproveitar os nossos jogadores, ja chega de matacoes sprinters que nao sabem dominar uma bola.