20 julho, 2017

LONGOS DIAS TÊM AS CARTILHAS...


Gosto frequentemente de visitar o passado, não só para recordar episódios mais ou menos felizes mas também para procurar lições que possam ser úteis para enfrentar o presente e preparar o futuro.

No desporto, tal como na vida, este exercício pode ser extremamente útil, principalmente para relativizar algumas situações e para nos dar força e motivação para continuar a luta, procurando “beber” nesse passado alguns ensinamentos para prosseguirmos com sucesso o nosso percurso.

Quando por vezes penso que o que fazem actualmente ao FC Porto é mau demais, que colocarem os Janelas, os Braz, Aguilares, Ribeiro Cristóvãos, Guerras e afins como personalidades isentas é um gozo inaudito, logo me lembro que tivemos de enfrentar semanalmente produtos tóxicos como os Donos da Bola, então promovido como espaço de debate e de grande reportagem, que tinha a mira sempre apontada ao mesmo lado.

O FC Porto ia a caminho do inédito Tri, estava numa fase de enorme domínio pela sua força e (há que admiti-lo…) pela fraqueza dos principais rivais e o que iam buscar para menorizar o nosso mérito e para nos achincalhar? Coisas como este episódio desenterrado dos tempos da Selecção Nacional orientada pelo nosso treinador Oliveira, com prostitutas e jogadores com passado ligado ao… FC Porto! Ou seja, o padrão de sempre, os diabos a Norte e os santinhos a Sul.


E seriam os tempos dos Donos da Bola e do ‘boom’ das televisões privadas o início da era em que os factos passaram a ser relatados da forma que mais interessavam aos mensageiros? Não, foi mesmo desde que começamos a ganhar que a máquina de propaganda começou a jogar nos seus tabuleiros, tentando impor a verdade que lhes mais interessa vender ao seu exército.

Aqui, neste pedaço de história com quase 30 anos, o FC Porto após ver-se ultrapassado à má fila na contratação de Ademir sentiu-se desobrigado de um suposto “Pacto de Cavalheiros” e retaliou contratando Rui Águas, o filho do lendário capitão das Taças dos Campeões vermelhas, bem como o central Dito. Algo natural e expectável face ao comportamento recorrentemente anti Porto de dirigentes como Gaspar Ramos e João Santos? Não, um escândalo nacional, já que para boa parte das “cabeças pensantes” da capital era impossível que uns “provincianos” conseguissem jogar o mesmo jogo que eles sempre jogaram. E daí até ao folclore de um tal de José Eduardo Moniz perguntar a Pinto da Costa coisas como qual o salário que pagaria aos dois “traidores” era um pulinho…


Ainda sobre jogos de poder e histórias contadas da forma que mais lhes interessa termino com a recordação da mítica final da Taça de Portugal 1982/83, jogada em Agosto de 1983 (ou seja no início da época 1983/84)!

Marcada desde o inicio da temporada para as Antas (num cenário que não era inusitado na passagem dos anos 70 para os anos 80 depois das finais de 1975/76 e 1976/77) esta final acabou mesmo por se realizar no nosso estádio após meses de polémica, terminando com uma amarga vitória dos encarnados.

A história completa poderão lê-la aqui, sendo que a mentira mil vezes repetida é que o FC Porto fez uma birra ao querer jogar no seu estádio e que a Pinto da Costa e a Pedroto saiu o tiro pela culatra depois de tentarem hostilizar o Benfica e de procurarem ganhar fora do campo uma vantagem injustificável.

Leram a descrição dos factos descrita pelo insuspeito Mais Futebol? Tiraram as vossas conclusões sobre quem tentou virar o tabuleiro a meio do jogo? Então agora vejam como a história é contada no seio deles, neste delicioso vídeo de 57 segundos:


Quando acharem que o presente é mau demais e que o nível de provocação que vemos diariamente é inédito não se deixem levar pelo desânimo e não tenham dúvidas que isto sempre foi assim. Nada do que se passa hoje é novidade, já que eles sempre usaram da mesma cartilha: megalómanos e egocêntricos, incapazes de verem para além da sua verdade mesmo quando ela é comprovadamente falsa e com instintos totalitários no controlo da imprensa e da opinião pública.

Significa isto que devemos aceitar de braços cruzados esta realidade, inevitável e da qual não podemos fugir? Não, temos de utilizar os nossos meios para combater sem tréguas este estado de coisas e oferecer-lhes concorrência dentro e fora do campo de forma a fazer tremer o “mundo perfeito”. Ou seja, e como vimos aqui, denunciar sem receio os comportamentos asquerosos dos Donos da Bola, retaliar e contar a nossa verdade não os deixando a papaguear sozinhos como fizemos no Caso Ademir e lutar pelos nossos direitos, sem medos nem receios, como o FC Porto fez em 1983.

Nunca ninguém nos deu nada e nunca ninguém nos dará nada. Mas se formos capazes de manter e reforçar o espírito dos últimos meses, cada vez mais semelhante à velha mística do Dragão das grandes conquistas, voltaremos com certeza a fazer aquilo que mais gostamos: GANHAR.

PS: Agradecimentos especiais ao Pedro Cardona, Basculação e a um tal de “Futebol 86” pelos vídeos aqui partilhados.

3 comentários:

  1. aqui ao lado o mitico vilar da fef foi dentro, porque nao porca?? ou sera que por ca e tudo gente seria?? quando todos veem onde anda a gatunagem e ate la fora sabem??

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  2. Nojentos, Reles e Porcos... sempre o foram, continuam a ser, e hão-de continuar a querer derrotar-nos, humilhar-nos, mas, são uns autenticos burros e anormais, não compreenderam ainda que o Portista, nasceu para lutar e a sua vida em prol do seu clube, o FC PORTO, é uma eterna batalha, sem termo! Nós, vamos prosseguir... sempre!!!

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  3. Não perdoo, nem nunca perdoarei ao orelhas, o largo sorriso que ostentava quando, na casa do carnide de Souselas, ostentou, com o orgulho que só um ignorante pode ter, um cachecol onde estava inscrita a frase "anti tripeiro". Será que, aqueles palermas que estiveram na rotunda da Boavista a festejarem o "campeão Salazar", não se sentem ofendidos? Vale tudo em Portugal? Vale tudo, no Porto? Tripeiros insultados pelo "primeiro ministro" da "catedral"? Tripeiros insultados pelo "presidente" do "clube" deles? Eu sei, descobri há pouco, são tripeiros de Arouca, do Estoril, do Centro Comercial Colombo. Mas nunca da cidade do Porto. Que vergonha...!...

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