Reforços
O que é que não se faz a uma equipa que ganha? Vá lá, toda a gente sabe, deve ser um dos lugares comuns mais visitados pelos nossos comentadores televisivos. Em equipa que ganha não se mexe. Ou, por outras palavras, se uma coisa não está estragada, não vale a pena tentar arranjá-la. Ora, FC Porto ganhou o campeonato e a Taça de Portugal na última temporada e ganhou-os de forma clara, apoiado naquele que foi unanimemente considerado como o melhor plantel do futebol português.
Em boa verdade, a unanimidade em torno da qualidade do plantel do FC Porto só foi assumida quando se tornou evidente a inevitabilidade da dobradinha portista e apenas como forma de a desvalorizar. Afinal, com um plantel daqueles, só por incompetência seria possível perder e, contra um plantel daqueles, só por milagre seria possível ganhar. Uma maneira simples de desvalorizar o que o FC Porto fez e desculpar o que os outros não fizeram. E o que o FC Porto fez foi ganhar. O que nos leva de volta ao início e àquela regra segundo a qual não se mexe em equipas que ganham. Pois bem, o FC Porto não tem mexido muito no plantel. A boa notícia é que isso significa que as saídas têm sido pontuais e não afectam o núcleo de jogadores mais utilizados durante a última temporada. A menos boa, pelo menos na perspectiva dos adeptos, é que as contratações não têm feito o estrondo do costume. Mas a discrição até pode ser um bom sinal. Afinal, toda a gente sabe que os jogadores são como os melões: só se sabe se são mesmo bons depois de abertos. Para tentar comprar jogadores melhores do que os que tem, o FC Porto teria que gastar uma fortuna, sem quaisquer garantias de sucesso. A opção natural e racional é procurar jogadores com um perfil mais discreto e por isso mesmo, mais baratos, mas adaptados às exigências sistema de jogo que Adriaanse perfilha. Todos sabemos que a única forma de um jogador desconhecido e barato ser realmente surpreendente é se for mesmo muito bom e os reforços do FC Porto prometem algumas surpresas para a próxima temporada.
Sem confusões
"Isto não é uma campanha de angariação de sócios, aliás fechamos hoje mesmo as inscrições com 99292 sócios. É para compensar, com grandes vantagens, a fidelidade de sócios de muitos anos, que são a verdadeira alma deste clube. É mais fácil estar aqui a enumerar as vantagens que têm do que pedir que comprem kits ou cachecóis"
Pinto da Costa, presidente do FC Porto
in “O JOGO”, 2006.07.13
O que é que não se faz a uma equipa que ganha? Vá lá, toda a gente sabe, deve ser um dos lugares comuns mais visitados pelos nossos comentadores televisivos. Em equipa que ganha não se mexe. Ou, por outras palavras, se uma coisa não está estragada, não vale a pena tentar arranjá-la. Ora, FC Porto ganhou o campeonato e a Taça de Portugal na última temporada e ganhou-os de forma clara, apoiado naquele que foi unanimemente considerado como o melhor plantel do futebol português.
Em boa verdade, a unanimidade em torno da qualidade do plantel do FC Porto só foi assumida quando se tornou evidente a inevitabilidade da dobradinha portista e apenas como forma de a desvalorizar. Afinal, com um plantel daqueles, só por incompetência seria possível perder e, contra um plantel daqueles, só por milagre seria possível ganhar. Uma maneira simples de desvalorizar o que o FC Porto fez e desculpar o que os outros não fizeram. E o que o FC Porto fez foi ganhar. O que nos leva de volta ao início e àquela regra segundo a qual não se mexe em equipas que ganham. Pois bem, o FC Porto não tem mexido muito no plantel. A boa notícia é que isso significa que as saídas têm sido pontuais e não afectam o núcleo de jogadores mais utilizados durante a última temporada. A menos boa, pelo menos na perspectiva dos adeptos, é que as contratações não têm feito o estrondo do costume. Mas a discrição até pode ser um bom sinal. Afinal, toda a gente sabe que os jogadores são como os melões: só se sabe se são mesmo bons depois de abertos. Para tentar comprar jogadores melhores do que os que tem, o FC Porto teria que gastar uma fortuna, sem quaisquer garantias de sucesso. A opção natural e racional é procurar jogadores com um perfil mais discreto e por isso mesmo, mais baratos, mas adaptados às exigências sistema de jogo que Adriaanse perfilha. Todos sabemos que a única forma de um jogador desconhecido e barato ser realmente surpreendente é se for mesmo muito bom e os reforços do FC Porto prometem algumas surpresas para a próxima temporada.
Sem confusões
"Isto não é uma campanha de angariação de sócios, aliás fechamos hoje mesmo as inscrições com 99292 sócios. É para compensar, com grandes vantagens, a fidelidade de sócios de muitos anos, que são a verdadeira alma deste clube. É mais fácil estar aqui a enumerar as vantagens que têm do que pedir que comprem kits ou cachecóis"
Pinto da Costa, presidente do FC Porto
in “O JOGO”, 2006.07.13
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