09 janeiro, 2007

E ao fim de 25 dias, esgotaram-se!

Estávamos no dia 15.12.2006, quando pelas 11h00 em Nyon, decorreu o sorteio dos oitavos-de-final da edição 2006/07 da Liga dos Campeões. O FC Porto estava no 2º pote, pelo que a ele lhe caberia defrontar um dos 1ºs classificados da fase de grupos. Os potenciais adversários eram: Lyon, Chelsea, Liverpool, AC Milão, Villareal, Bayern Munique e Manchester United.

No sorteio, calhou-nos o reencontro com os «portugueses» do Chelsea, com os jogos a realizarem-se no dia 21.02.2007 (Porto) e no dia 06.02.2007 (Londres). Nessa altura, fiz a minha apreciação ao sorteio, que podem aqui recordar, bastando para tal clicar aqui.

Passaram-se apenas 25 (!) dias desse sorteio, e foi ontem colocada a tabuleta de ‘LOTAÇÃO ESGOTADA’ nas bilheteiras do Dragão para o jogo da 1ª mão a realizar no próximo dia 21 de Fevereiro… e se pensarmos que ainda faltam 43 (!) dias para o jogo, é digamos, qualquer coisa de fabuloso e extraordinário.

Eu, como ‘mau português’ que sou, resolvi não deixar para o último dia a compra do meu bilhete, que já o tenho em minha posse desde o dia 28 de Dezembro pela módica quantia de 10 €. Bem sei que foi cedo demais, o bilhete estaria ainda reservado até ao dia 04 de Fevereiro, mas eu sou assim… se posso fazer hoje, para quê fazer amanhã?

Com isto tudo quero apenas dizer que, depois da ‘humilhante derrota’de ontem em pleno Dragão, e consequente eliminação da edição deste ano da Taça de ‘Oeiras’, nada como esta «entusiasmante» noticia para animar as hostes azuis-e-brancas.

Os verdadeiros Portistas são assim, nunca desarmam e provam sempre no «dia seguinte», que todos juntos, todos unidos, somos cada vez mais FC Porto... em breve, muito em breve, voltaremos a ser felizes!

7 comentários:

  1. eeehhhh... a sério??? n1 há mais bilhetes???? :(

    q cena.... lá vou eu ter que aturar os comentadores da sportv/rtp :(

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  2. E eu que não comprei. Só espero que tb para mim esteja reservado até ao dia 4.

    Um abraço.

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  3. Quando penso que não vou ver o jogo ao vivo mas num qualquer pub londrino ... que raiva ... mas não deixará de ser talvez uma experiência interessante...

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  4. ola presidente e amigos blues;

    há pois é!!!esgotado pro publico em geral...mas ainda há bilhetes...mas nao é isto que me vai fazer passar a magoa...ainda vou partir os dentes a algum mouro...ai vou vou...

    ps:ó presidente , ve la se começas a fazer limpezas éticas nesses coments, ok?

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  5. O julgamento
    Ao sexto dia de sessões, finalmente, o Tribunal de Monsanto começou a animar-se. O motivo era a comparência, naquela sessão, da testemunha-chave de todo o processo Apito Dourado, a D. Carolina Salgado. Ela chegou pontualmente às 9.30 da manhã, toda vestida de branco, numa limusine branca, e escoltada por um carro preto, carregado de GOE todos vestidos de preto, de óculos Ray-ban e mão discretamente metida no interior dos casacos, que tomaram posições estratégicas de protecção à testemunha, assim que ela desembarcou da limusine e parou por breves instantes, para sorrir e posar para os fotógrafos e acenar à pequena multidão de curiosos que a saudaram com gritos de «Força Carolina d'Arc, dá cabo do gajo!» À sua espera estava o relações públicas da PGR, que logo a conduziu para a sala das testemunhas VIP, onde a aguardava um ramo de flores e um rol de telegramas de incitamento: um do gabinete de imprensa do SL Benfica, 23 de Casas do Benfica espalhadas pelo Mundo, incluindo a de Ontário, 4 do conhecido cidadão Barbas, uma da escritora Inês Pedrosa em nome «das mulheres seviciadas deste país», e três da Leonor Pinhão.

    Antes desse dia, que tudo iria mudar, o tribunal tinha-se arrastado em chatíssimos depoimentos de especialistas em arbitragem, que tentaram demonstrar como o FC Porto havia sido beneficiado com evidentes favores dos árbitros em jogos decisivos, tais como os desafios contra o Estrela da Amadora e o Beira-Mar para o Campeonato, ou os desafios contra o Maia e o Rio Ave, para a Taça. Só o depoimento do especialista Jorge Coroado havia requerido uma sessão inteira, devido à necessidade do uso de tradução simultânea, em especial nas partes que envolviam a «percepção da problemática das condicionantes psicotácticas que podem obstruir o ângulo de visão do árbitro». Visivelmente adormecido com tudo aquilo, o juiz lembrou-se às tantas de fazer a mais estúpida das perguntas:

    — Ó Senhora Delegada, o réu FC Porto não era treinado à época dos factos pelo Sr. José Mourinho?

    — Era sim, Sr. Dr. Juiz.

    — Então e ele não é, como todos dizem, o melhor treinador português?

    — E então, Sr. Dr. Juiz?

    — Então... é que... não estou a ver bem... bom, adiante!

    Também o advogado de defesa, defensor oficioso nomeado pela Ordem, se arriscou, a certa altura, a fazer uma pergunta:

    — Ó Sr. Dr. Juiz, aqui, neste jogo entre o FC Porto e o Estrela da Amadora, parece que houve um golo mal anulado ao FC Porto, quando o resultado ainda estava em 0-0. E, no jogo com o Rio Ave, também parece que há um penalty que ficou por marcar... Por que é que esses lances não constam do vídeo nem foram objecto de análise pelos peritos?

    — Porque não são matéria que envolva os factos em julgamento: quem está a ser julgado é o FC Porto e o seu presidente, não o Estrela da Amadora ou o Rio Ave, atalhou de imediato a delegada do Ministério Público.

    — É isso mesmo, Sr. Dr., sentenciou o juiz, e passou adiante.

    Na verdade, a única emoção registada fora logo na primeira sessão, quando se tratou de aprovar a constituição do júri popular requerido pelo Ministério Público. O advogado de defesa pretendeu que os oito jurados populares revelassem a sua filiação clubística antes de serem aprovados. A delegada opôs-se, invocando a inconstitucionalidade de tal pretensão e o que ela significava de devassa da intimidade dos jurados. Mas, tendo o advogado de defesa feito notar que a questão era relevante para apurar da sua isenção a julgar, o juiz não teve outro remédio senão dar-lhe razão. Sob juramento, cinco dos jurados confessaram ser adeptos do Benfica, dois do Sporting, um da Académica e a D. Cândida Modesto declarou não ter filiação clubística.

    — Atendendo ao que antecede — ditou o juiz para a acta — considero regularmente constituído o júri. De facto, conforme é público e notório, há seis milhões de benfiquistas em Portugal, três milhões de sportinguistas, um milhão de vários outros clubes, sobrando um milhão que não se interessa pelo assunto. A esta luz, a composição do júri reflecte fielmente o sentir da opinião pública portuguesa.

    Fez-se então entrar a testemunha Carolina Salgado, que tomou lugar na barra.

    — Nome? Estado civil? — perguntou o juiz.

    — Carolina Salgado. Divorciada.

    — Morada?

    — Por razões de segurança, devo omiti-la: o Sr. Dr. Juiz sabe o que aconteceu ao Dr. Ricardo Bexiga, não sabe?

    — Sim, sim, claro, desculpe. Profissão?

    — Escritora.

    — Peço desculpa, Sr. Dr. Juiz — interveio, meio embaraçado, o advogado de defesa. Um escritor é alguém que escreve e a testemunha declarou publicamente que foi uma amiga que lhe escreveu o livro. Por outro lado, nesse mesmo livro, a testemunha declara que ganhou muito dinheiro como profissional do bar de alterne No calor da noite. Pelo que...

    — Protesto, Sr. Dr. Juiz! — interveio a delegada, quase gritando. Eu já estava à espera deste golpe baixo! Pretende-se diminuir a credibilidade da testemunha, chamando-a de alternadeira, quando o que ela é é uma mulher de coragem e um exemplo cívico!

    — Não fui eu que chamei, foi a própria testemunha no seu livro...

    — Bem, bem, senhores advogados, vamos chegar a um consenso: proponho que a profissão da testemunha fique registada como mulher de coragem. De acordo?

    — Nada a opor — declarou a delegada.

    — E essa profissão paga impostos? — perguntou o defensor oficioso.

    — Se paga impostos? — saltou a delegada, de dedo em riste, apontado ao adversário. Fique sabendo que as mulheres de coragem deste país (que, aliás, são todas), pagam todos os dias na pele e na sua tripla condição de mulheres, mães e trabalhadoras, vítimas que são do mais sórdido machismo de que V.ª Ex.ª acaba de dar mostras...

    — Sr.ª Dr.ª...? — interrompeu o juiz, que estava a braços com uma terrível dor de cabeça. Vamos adiante, está bem?

    Ouvida, a testemunha confirmou todos os factos arrolados no seu livro e prometeu até novas revelações para futura obra. Na apreciação do juiz e do júri, esclareceu consistentemente todas as questões em causa — incluindo a passagem do seu livro em que refere ter destruído previamente as câmaras de vigilância do parque de estacionamento onde se deu a agressão ao Dr. Ricardo Bexiga, e as quais, afinal, nunca tinham existido em tal parque. Esclareceu ainda um suposto encontro prévio à publicação do livro que terá tido com o senhor presidente do Benfica, bem como uma fantasiosa tentativa de extorsão que terá ensaiado junto do réu Pinto da Costa, pedindo 500.000 euros para não publicar a sua relevante obra sobre as profundezas da vida conjugal, intitulada Eu, Carolina. Saiu da sala sob aplausos do júri, perdão, do público presente, e embarcou de volta na sua limusine branca, rodeada de GOE vestidos de preto, rumo a um futuro cor-de-rosa.

    As alegações finais foram rápidas, pouco restando por esclarecer. O defensor oficioso pediu «justiça» e sentou-se. A delegada espraiou-se, sobretudo, na desmontagem da «armadilha jurídica do nexo de causalidade» — essa relação que a lei penal exige que exista entre o acto de corrupção e os seus resultados práticos. Na sua brilhante argumentação, a delegada explicou que era totalmente irrelevante que os jogos em que os réus estavam acusados de corromper os árbitros fossem de menor ou de diminuta importância, e que era até mesmo irrelevante verificar que, afinal, nesses jogos sob suspeita, fosse impossível demonstrar que os réus haviam sido beneficiados pelos árbitros. O que interessava era o princípio: uma vez apalavrado, com cafezinhos e chocolatinhos, um árbitro estaria sempre disponível para o serviço dos réus — assim como um jornalista, que aceita um almoço ou uma viagem pagos por um clube, está sempre disponível para o servir. E, para responder à pergunta insidiosa se os ditos árbitros corruptos apenas se venderiam aos réus deste processo e não também a outros clubes, ela respondeu que, se a justiça se fosse deter a apurar isso, nunca mais ninguém chegaria a julgamento. «Estão aqui réus, factos, provas: resta condená-los» — rematou ela.

    O júri conclui rapidamente também pela condenação, depois de afastadas umas hesitações inciais da D. Cândida Modesto, finalmente persuadida sob a ameaça de não poder voltar para casa a tempo de dar o jantar aos gatos. Chegou-se, então, ao momento da leitura da sentença, por parte do Meritíssimo.

    — Levantem-se os réus!

    Levantou-se o senhor Pinto da Costa e o dragão de peluche que simbolizava o FC Porto. O juiz, tossiu, pôs os óculos e começou a ler:

    — O crime de homicídio qualificado de que vêm acusados os réus... O juiz deteve-se, confuso, e chamou o escrivão, falando-lhe em voz baixa:

    — Ó Sr. Serafim, não é esta a sentença, caramba! Onde é que está a sentença deste caso?

    — Eu não sei, Sr. Dr. Juiz, já foi escrita há tanto tempo!

    O juiz começou a remexer freneticamente nos papéis.

    — Ah, aqui está! Eu bem me parecia que a tinha escrito a encarnado, para não me enganar! Fez uma pausa e começou a ler:

    — Tendo todos os factos da acusação sido dados como provados, condeno o réu Pinto da Costa a três anos e oito meses de prisão em estabelecimento prisional adequado. E condeno o réu F C Porto:

    — a ser despojado de todos os títulos nacionais conquistados entre 1994 e 2004, revertendo seis deles a favor do Sport Lisboa e Benfica, três a favor do Sporting Clube de Portugal e um a favor do Sporting Clube de Braga;

    — a ser despromovido à I Divisão dos campeonatos distritais do Porto;

    — a não poder usar o equipamento com cores azuis e brancas nos próximos dez anos.

    Acessoriamente determino:

    — que os instrumentos utilizados na consumação dos crimes sejam declarados perdidos a favor da comunidade. Assim, o local conhecido por Estádio do Dragão será entregue ao Dr. Rui Rio, presidente da Câmara do Porto. O património constituído pelos seus profissionais de futebol será posto à disposição, a custo zero, dos clubes prejudicados pela actuação do réu e na proporção dos títulos que lhes foram esbulhados, cabendo a escolha dos três primeiros à Instituição Sport Lisboa e Benfica.

    Aqui, houve uma súbita interrupção do porta-voz dos jurados:

    — Sr. Dr. Juiz, nós escolhemos o Pepe, o Quaresma e o Anderson.

    — Schiu, silêncio! Não lhes compete a vocês escolher, mas sim ao assistente, aqui representado pelo Sr. José Veiga.

    E prosseguiu na leitura da sentença:

    — que se oficie a UEFA e a FIFA no sentido de serem retirados ao réu os títulos internacionais conquistados neste período, designadamente Taça UEFA, Liga dos Campeões e Taça Intercontinental, sendo os mesmos atribuídos ao Sport Lisboa e Benfica, que deveria ter sido, e não foi, o representante português nas referidas competições, só por esse motivo não as tendo vencido.

    Fez outra pausa e bateu com o martelo na mesa.

    — Assim se faz justiça e se põe termo a essa vergonha conhecida por Apito Dourado, que permitiu que, ao longo dos anos, todos os portugueses e todos os adeptos de futebol do mundo inteiro pudessem ver como a verdade desportiva era roubada, domingo após domingo, com prejuízo das equipas que todos viam ser bem melhores do que as do réu! Declaro encerrada a audiência.

    NOTA: o presente texto não visa, como é óbvio, desconsiderar a justiça portuguesa ou os seus agentes ou retirar qualquer credibilidade às investigações judiciais em curso. Visa apenas ilustrar o que seria a paródia de justiça se ela se consumasse como alguns justiceiros civis a pretendem.

    Miguel Sousa Tavares

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  6. EU JA TENHO O MEU NO COFRE...HEHEHEH


    QUEM QUISER EU ARRANJO BILHETES A ....50 EUROS,PARA OS OITAVOS DE FINAL DA UCL

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  7. E isso que só o recreativo é que vende!Imaginem o que seria se o FCP também fosse um clube mais grande!

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