26 agosto, 2013

LICÁ – O caminho marítimo para a vitória

http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/

FC Porto 3-0 Marítimo

Liga 2013/14, 2.ª jornada
25 de Agosto de 2013
Estádio do Dragão, no Porto.
41.009 espectadores.


Árbitro: Jorge Ferreira (Braga).
Assistentes: Cristóvão Moniz e Nuno Eiras.

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Defour e Lucho (cap.); Josué, Jackson Martínez e Licá.
Substituições: Maicon por Mangala (46m), Quintero por Josué (66m) e Iturbe por Licá (77m).
Não utilizados: Fabiano, Fucile, Herrera e Ghilas.
Treinador: Paulo Fonseca.

MARÍTIMO: José Sá, Márcio, Igor Rossi, Rúben Ferreira, Briguel (cap.); Sami, João Luiz, Artur, Alex Soares, Danilo Pereira, Derley.
Substituições: Heldon por Alex Soares (46m), Brígido por Sami (61m) e Marakis por Danilo Pereira (79m).
Não utilizados: Wellington, Fidelis, Gégé e Luiz Olim.
Treinador: Pedro Martins.

Ao intervalo: 2-0.
Marcadores: Jackson (27m), Licá (37m) e Josué (pen., 50m).
Disciplina: Cartão amarelo a Márcio (39m), Josué (44m), Danilo Pereira (50m), João Luiz (69m) e Iturbe (86m).

O FC Porto apresentou o mesmo onze de Setúbal. No habitual 4X3X3, Licá surgiu à esquerda e Josué à direita no apoio a Jackson. A equipa portista abordou o jogo com o Marítimo com toda a seriedade, concentração e paciência. A equipa insular apresentou-se no Dragão num 4X3X3, desdobrando-se defensivamente em 4X5X1 e com as linhas muito baixas e muito próximas. Perante esta disposição tática, ao FC Porto não restava senão jogar com trocas de bola rápidas, com paciência e concentração máxima.

O FC Porto, no entanto, entrou com algumas cautelas, apesar de instalado no meio campo adversário. A equipa estava consciente que o Marítimo apesar de um bloco muito baixo e linhas muito próximas, iria tentar o contra-golpe. Mas a equipa azul e branca não deu qualquer hipótese ao adversário.

Aos 15 minutos, apesar de ainda não existir nenhuma oportunidade de golo, o FC Porto já tinha seis remates à baliza insular e dezasseis ataques contra zero remates e dois ataques da equipa treinada por Pedro Martins. É a partir deste momento do jogo que o FC Porto carregou um pouco mais no acelerador. Com movimentações rápidas e trocas de bola bem ensaiadas adivinhava-se o golo.

Aos 25 minutos, Jackson Martinez desmarcado na área, faz uma má recepção e de cabeça atira à figura do guarda-redes José Sá. Estava deixado o aviso do jogador colombiano. Dois minutos volvidos, Jackson, pois claro, surge na pequena área a concluir uma jogada construída por Licá pelo lado esquerdo. O jogador português ultrapassa dois defesas maritimistas, entra na grande área pela linha de fundo e entrega de bandeja a bola ao ponta-de-lança colombiano.

Estava aberto o marcador e foi interessante ver como iria reagir o Marítimo: se continuaria a jogar com o bloco baixo e linhas muito próximas ou se iria arriscar um pouco mais e abrir um pouco. Acontece que nem teve tempo para respirar, pois o FC Porto não ficou na expectativa e imprimiu maior velocidade na procura do segundo golo. O Marítimo sentiu o golo, desnorteou-se um pouco e dez minutos depois numa jogada de Danilo pela direita, o defesa lateral brasileiro cruzou e Licá apareceu na área a fazer um golo a papel químico do golo marcado no jogo da supertaça.

Licá foi o abre-latas deste jogo, a solução que permitiu ao FC Porto chegar ao intervalo a vencer confortavelmente. O avançado teve, novamente, uma actuação bastante positiva e demonstrou mais uma vez que é uma opção muito válida neste FC Porto 2013-14.

Ao intervalo, Mangala, por lesão, ficou no balneário, entrando para o seu lugar Maicon. A 2ª parte começou praticamente com o terceiro golo da equipa azul e branca. Numa incursão ao ataque, Otamendi tentou entrar na grande área e foi rasteirado por um defesa maritimista. Ficou a dúvida se o lance foi fora ou dentro da grande área. As imagens televisivas não são esclarecedoras. Josué, tal como em Setúbal, chamado a marcar fez o 3-0, resultado com que terminou o encontro.

A partir daí, o jogo terminou. O Marítimo, resignado, não teve uma única situação de perigo. Limitou-se a tentar não sofrer mais golos que não aconteceram por mero caso. Do lado da equipa portista, foi natural alguma descompressão a partir do minuto 48. Houve boas jogadas que não foram concretizadas com êxito, mas a bola não voltou a entrar. Nota para as entradas em jogo de Quintero e Iturbe para os lugares de Josué e Licá. Os dois jogadores tiveram alguns apontamentos interessantes, principalmente Quintero e aproveitaram mais alguns minutos para ganhar ritmo competitivo e constituíram-se como opções válidas para o futuro.

Quintero deu provas, mais uma vez, que deve jogar de início. Ter no banco um jogador como Quintero é estar a dar minutos de avanço à equipa adversária. Não prevejo que Quintero fique por muito mais tempo no banco. Hoje, Defour esteve muito preso de movimentos, errou alguns passes, esteve menos bem e a equipa necessitava mais da irreverência e magia de Quintero do que da segurança e do equilíbrio que Defour empresta ao meio campo. Isto porquê? Porque o Marítimo mostrou-se muito receoso, com um bloco demasiado baixo, com linhas muito juntas. Era necessário um jogador como Quintero para criar desequilíbrios, criar linhas de passe e de ruptura. Não foi Quintero, acabou por ser Licá, com uma exibição muito positiva, principalmente na primeira parte.

O FC Porto segue no pelotão da frente do campeonato com 100% de vitórias e, na próxima jornada, mede forças em Felgueiras com o Paços de Ferreira.



DECLARAÇÕES

Paulo Fonseca: “Nunca demos qualquer hipótese ao Marítimo”

Depois do triunfo em Setúbal (3-1), o FC Porto recebeu e bateu o Marítimo, por 3-0, naquela que foi a estreia em casa na Liga 2013/14. No final do encontro, Paulo Fonseca destacou a grande exibição do tricampeão nacional mas acredita que faltaram mais golos à segunda vitória consecutiva no campeonato.

“Esperava um FC Porto muito forte e foi isso que aconteceu. Fizemos uma excelente primeira parte, com grande intensidade e com várias oportunidades de golo. O Marítimo tentou jogar na expectativa, mas fizemos um grande jogo e nunca demos qualquer hipótese ao nosso adversário”, começou por afirmar o técnico dos Dragões, que desejava uma vitória mais “gorda”.

“Há sempre espaço para evoluir e queremos continuar a fazê-lo. Fizemos uma excelente exibição, mas sabemos que ainda temos coisas que podemos melhorar. Se tivéssemos sido mais fortes nas últimas decisões, teríamos construído uma vitória com outros números”, considera Paulo Fonseca.

Sobre a vitória no jogo de estreia no Estádio do Dragão, o treinador portista expressou a sua natural alegria. “Estou obviamente feliz por vencer. A sensação da vitória é sempre boa e torna-se ainda melhor quando é conseguida a jogar bem. São as vitórias que nos alimentam”, concluiu.



RESUMO DO JOGO

5 comentários:

  1. Alguem sabe onde posso ver o jogo em diferido?

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  2. Mais uma reportagem 5**!

    Abraço, Amigo.

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  3. FC PORTO 3 – MARÍTIMO 0: não deu para ver o jogo como eu queria (a ZON "ausentou-se"). Vi por um link, na Net, e deu para constatar o que eu previa: uma grande equipa, com futuro promissor! Um jogo excelente, dos melhores que vi ao FC Porto nos últimos tempos. Destaques: Licá (grande exibição), Josué (no lance do segundo golo foi genial!), Danilo (parece que vai “pegar” na sua real categoria, Fernando (continua indispensável…) e o "craque" Quintero (concordo com tudo o que dizes sobre ele). BIBÓ PORTO!

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  4. Foi uma exibição bastante agradável, com a equipa a patentear grande capacidade de domínio e controle, capacidades que lhe permitiram uma vitória mais fácil do que esperado, sempre num nível muito positivo e com momentos de elevado recorte técnico.

    Destaque para Licá e Josué, duas promessas que começam a impor-se.

    Um abraço

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  5. Se o maicol jakson passasse mais a bola, este jogo ficava 6-0...-_-''

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