11 agosto, 2013

O penta no passeio da Veneza portuguesa

http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/

FC Porto 3-0 Vitória de Guimarães

Supertaça Cândido de Oliveira
10 de Agosto de 2013.
Estádio Municipal de Aveiro.


Árbitro: Artur Soares Dias (Porto).
Assistentes: Rui Licínio e João Silva.
Quarto árbitro: Rui Silva (Vila Real).

FC PORTO: Helton; Fucile, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Defour e Lucho (cap.); Varela, Jackson Martínez e Licá.
Substituições: Varela por Josué (63m), Defour por Quintero (76m) e Licá por Kelvin (86m).
Não utilizados: Fabiano, Maicon, Ghilas e Herrera.
Treinador: Paulo Fonseca.

VITÓRIA DE GUIMARÃES: Douglas (cap.); Pedro Correia, Josué, Paulo Oliveira e Addy; Moreno, André e Barrientos; Marco Matias, Tomané e Crivellaro.
Substituições: Crivellaro por Leonel Olímpio (intervalo), Tomané por Maazou (intervalo), e André por Ricardo (76m).
Não utilizados: Assis, Freire, Luís Rocha e Hernâni.
Treinador: Rui Vitória.

Ao intervalo: 3-0.
Marcadores: Licá (5m), Jackson (17m) e Lucho (45m).

Cartões amarelos: Moreno (81m).
Cartões vermelhos: nada a assinalar.

Inicio hoje as minhas crónicas dos jogos do FC Porto no nosso blogue. Espero ser mais um colaborador para este maravilhoso espaço. Agradeço à administração a oportunidade que me deu de poder escrever sobre o nosso clube e tornar a minha participação mais activa.

Um conceito, uma forma de estar e a confiança no plano de operações permitiu ao FC Porto ganhar de forma categórica o primeiro troféu oficial da época. Na Veneza portuguesa, o tricampeão nacional alcançou o penta, feito inédito na história do futebol português e, quiçá, no futebol europeu. A 20ª Supertaça Cândido de Oliveira vai para o Dragão e um novo troféu da prova, estreado, está a caminho do novo museu do FC Porto.

Foi de determinação constante e de atitude irrepreensível que se fez o triunfo portista, num encontro típico de arranque de temporada, com ritmo forte, desde o primeiro minuto. O êxito esteve sempre na mente do Dragão e nunca as fugazes tentativas vimaranenses colocaram em causa a permanente superação azul e branca. Não há memória de uma oportunidade para a equipa da cidade-berço em todo o jogo.

Num estádio repleto, talvez a maior enchente desde o euro 2004, o espectáculo estava garantido. Os artistas só tinham de corresponder à moldura humana e foi isso que fizeram. O FC Porto entrou bastante forte no encontro e o V. Guimarães, com as devidas cautelas defensivas, preocupou-se em fechar os caminhos para a sua baliza, raramente saindo do seu meio-campo. Todos os jogadores vimaranenses jogaram sempre atrás da linha da bola.

Paulo Fonseca apresentou o esquema esperado em relação à época passada. Alterou três das personagens cogitadas: Fucile apareceu como lateral-direito em vez de Danilo, a cumprir castigo pela expulsão no jogo do título em P. Ferreira na época transacta, Defour surgiu no lugar habitual de João Moutinho e Licá, no lugar de James, foi a meia surpresa no onze inicial, superando os “favoritos” Kelvin e Iturbe. No resto, foi sem surpresa que se viu o FC Porto fazer posse de bola, atacá-la quando a perdia, envolver os alas nos lances de pressão alta, como se viu principalmente na primeira parte, quando Varela e Licá, com o apoio de Lucho, criavam situações de superioridade numérica no meio campo vimaranense.

Foi sem surpresa que aos 5 minutos, Licá inaugurou o marcador com uma jogada bem delineada pela ala direita do FC Porto. Lucho fez uma assistência perfeita para a entrada fulgurante do avançado de Castro Daire.

O V. Guimarães continuou a jogar com o seu onze atrás da linha de bola e aos 17 minutos de jogo, Jackson Martínez ampliou o resultado para 2-0. Novamente através de uma jogada construída pelo lado direito, com Varela a centrar para a cabeça do avançado colombiano.

O jogo entrou então numa fase mais morna. O FC Porto continuou a dominar o jogo, controlando a bola de pé para pé, no entanto, sem nunca deixar de atacar. Por sua vez, o V. Guimarães, provavelmente, com receio de sair goleado, fechou-se ainda mais no seu meio campo.

Em cima do intervalo, ao 45 minutos, novamente pelo lado direito, Fucile foi à linha, fez um cruzamento largo. Douglas, o guarda-redes vimaranense, falha a bola e El Comandante faz o 3-0, sobre a esquerda, à entrada da pequena área, com um remate forte e colocado.

Na segunda parte do jogo, apesar de não ter havido golos, a história repetiu-se. O FC Porto continuou na procura de mais golos que não aconteceram por mero acaso. O V. Guimarães procurou dar boa réplica mas não teve argumentos para chegar à baliza de Helton, um autêntico espectador em campo.

Notas finais para as actuações muito positivas de Licá e de Fucile, dois jogadores que estiveram muito bem nas funções que lhes foram atribuídas quer a atacar, quer a defender.

A supertaça vai para o Dragão pela 20ª vez em 35 edições da prova. Na Veneza portuguesa, o Dragão passeou a sua classe.



DECLARAÇÕES

Paulo Fonseca
"Gostava de dizer que o FC Porto reforçou hoje o seu estatuto de clube com mais títulos em Portugal. Foi uma exibição muito conseguida da nossa parte. Penso que realizámos aqui um bom jogo. Não houve demérito do adversário, houve bastante mérito nosso. Reforçámos aqui a nossa confiança para a época que aí vem. Gostava de dar os parabéns à moldura humana que se apresentou aqui, a este público magnífico - incluindo os apoiantes do Vitória. Uma menção especial aos nossos 20 mil adeptos que se deslocaram aqui para apoiar o FC Porto; o futebol em Portugal devia ser assim em todos os jogos."

Licá
"Estou muito feliz com esta vitória e vou festejar com os meus colegas. É muito cedo para falar das expectativas para a época. A verdade é que todos trabalham da mesma maneira para chegar ao fim-de-semana e jogar. Tive a felicidade de o treinador apostar em mim e acabei por fazer um golo. Chegar ao FC Porto, marcar um golo e levar a Supertaça é um sonho tornado realidade."



RESUMO DO JOGO

3 comentários:

  1. Excelente crónica, 4Lusos! Parabéns pelo texto e… pelo PENTA! Abraço AZUL FORTE.

    O meu comentário se me permites.
    Primeira nota: gesto bonito, os jogadores das duas equipas juntos para a fotografia!
    O FC Porto com uma equipa muito competente e eficaz, cedo impôs supremacia no jogo. Pese embora o esforço dos vimaranenses, foi notório que os dragões têm muito melhor conjunto. O resultado podia ser mais dilatado mas não aconteceu porque a equipa azul-e-branca desacelerou após o intervalo.
    Destaques: Licá – Excelente presença em campo, muita mobilidade, ataque e defende, boa técnica; Lucho – “El Comandante” é (continua a ser) o maestro da equipa, “joga muito!”; Jackson – “El matador” à primeira oportunidade facturou; é um ponta-de-lança que qualquer equipa do mundo deseja; Défour - não é o Moutinho mas esteve muito bem, cumprindo o que o treinador lhe pediu; Varela - começou bem a época e ontem demonstrou-o fazendo um jogo de bom nível; Mangala – não dá hipóteses, dificilmente perde um duelo, um poço de força e energia, um dos melhores defesas-centrais em todo o mundo; Fucile – surpreendeu, esteve bem.
    E assim o FC Porto arrecadou o primeiro exemplar do novo troféu da Supertaça! Para juntar aos 19 exemplares no figurino anterior.
    De realçar: o FC Porto consolidou a sua posição como clube mais titulado em Portugal. FC PORTO 74 títulos, contra 69 do 5LB e 45 do Sporting!
    BIBÓ PORTO!

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  2. Bom jogo, mais uma taça, pena alguma desaceleração em busca de mais golos.
    Agora venha de lá o campeonato e esperar ansiosamente que o mercado feche, sem rombos no porta-aviões...

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  3. Vitória fácil. serena e justa, com resultado escasso, apesar de não ter sido com uma exibição de encher o olho.

    O FC Porto soube aproveitar as fragilidades do adversário, este ano mais fraco, pelo menos para já, imprimindo uma toada quase sempre morna, que mesmo assim poderiam ter rendido mais alguns golos.

    Missão cumprida, mais um título e a certeza de que o plantel dispõe de qualidade e quantidade para fazer face à dificuldades que se avizinham.

    Nesta modesta exibição destaco Otamendi, Mangala, Lucho e Licá, mas também apreciei o empenhamento de Fucile.

    Um abraço

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