18 abril, 2018

AINDA O CLÁSSICO.


Apesar de escalpelizado, esmiuçado e dissecado o clássico, há sempre espacinho para mais uns bitaites de produção própria.

1. Herrera. Hector Herrera.
Se no início da época, a luta pelo título de campeão do Patinho Feio Portista, afigurava-se épica entre Marega e Herrera, com o correr da temporada, e a catadupa de golos assinada pelo maliano, nada parecia tirar o injusto penta ao mexicano. Nada... até o nosso capitão ter atingido em cheio o pré-forjado penta vermelho com aquela bomba. É bem possível que daqui a um par de jogos, ao segundo ou terceiro passe transviado, Herrera volte a ouvir o sibilante refrão que tão bem conhece. Mas no momento, és GRANDE Capitão!

2. Arbitragem
Habituados que estão a Godinhos, Veríssimos, Pinheiros e Paixões, é muito difícil explicar ao rebanho benfiquista, o que é uma arbitragem normalíssima, como foi a de Artur Soares Dias. Um ou outro cartão amarelo por mostrar. Uma ou outra reposição errada, mais falta, menos falta, mas nada que manche a exibição do juiz portuense. Um raro exemplo do que deveriam ser as arbitragens no campeonato nacional. Obviamente, para quem acha normal o - roubo escandaloso - que se passou em Setúbal, o desempenho de Artur Soares Dias, e já agora, dos restantes árbitros uefeiros, só pode ser considerado um fartar de vilanagem para tão acéfala massa adepta.

3. BTV
Se provas são necessárias do nosso terceiro mundismo como povo, a transmissão que ocorreu no passado domingo, entre as 18 e as 20h, é justificação bastante para entrarmos na lista dos países mais corruptos do mundo. Um jogo com influência directa num título nacional, ser transmitido por uma TV pertencente a uma das partes interessadas, é uma clara violação à isenção e separação de poderes, instituída em todos os países que tenham a democracia como sistema político vigente. Todos, menos na República Portuguesa do Benfiquistão.

4. Humildade
Excelente atitude do universo portista à vitória na Luz. Nada está ganho! Só com muita força, determinação e querer, conseguiremos o título que tanto merecemos. Que ninguém tenha dúvidas que nos próximos jogos, as armadilhas estarão dispostas em campo para nos fazer tombar. Cabe-nos a nós ter a arte, o engenho, e também a sorte, para as ultrapassarmos. Se tivermos em mente que, na última década, é bem mais complicado para o FCP o Estádio dos Barreiros, do que o Estádio da Luz, é fácil presumir onde a próxima cilada estará montada.


Foram actualizadas pelo conhecido site Transfermarkt, as cotações dos jogadores mais valiosos a atuar em Portugal. Resumindo, Gelson Martins lidera com um preço estimado de 30 milhões euros, seguido de Brahimi e William Carvalho com 25 milhões. Danilo fecha o pódio com 24 milhões.

Sendo apenas valores de referência, não deixa de ser curiosa a discrepância entre os números das gordas dos jornais, ou o clamor dos adeptos, e aqueles apresentados aqui.

Também de referir que, por muito pouco interesse, ou empatia, que muitos portistas tenham com a selecção das Quinas, ser um seleccionado (ou preferido, como quiserem...), aumenta substancialmente o valor do passe de um jogador. Só assim se consegue explicar a relativamente fraca valorização de um jovem craque polivalente, como o é Ricardo Pereira, com a inflação de jogadores banalissimos como o são Sálvio, Acuña ou Cervi. Independentemente do FC Porto vir a conquistar o título, ou não, seria inexplicável, à falta de Danilo, não existir um único elemento do plantel, naquela que se intitula a selecção de todos nós.

Cumprimentos Portistas.

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