08 abril, 2018

VALEU PELA METADE INICIAL.


FC PORTO-AVES, 2-0

O FC Porto voltou às vitórias após uma derrota muito difícil de gerir em Belém. Depois de um jogo em que as coisas saíram completamente defraudadas, é sempre difícil encarar o jogo seguinte com o optimismo habitual. No entanto, os Dragões entraram muito bem no jogo com o D. Aves e fizeram o resultado do jogo logo nos minutos iniciais. O jogo teve pouca história, mas teve a sua importância pelos três pontos conquistados, essenciais na corrida pelo título.


Nos primeiros instantes pudemos observar um Dragão com uma vontade indómita de alcançar o golo muito cedo e provar que está pronto para a luta infernal pelo título. Aos 8 minutos, os azuis-e-brancos fizeram uma incursão à área contrária. Ricardo foi pontapeado na perna por um defesa contrário dentro da grande área e o pontapé de penalti prontamente assinalado. Alex Telles, sem hesitação, rematou fortíssimo e colocado sem hipóteses para o Guarda-redes Adriano.

Ainda se festejava nas bancadas quando o FC Porto aumentou a vantagem para 2-0. Os Dragões pressionavam o D. Aves e numa tentativa de alívio de bola dos avenses, Otávio impediu o corte da defensiva contrária e a bola encaminhou-se para a baliza forasteira.

O FC Porto tornava o jogo fácil e pôde gerir da forma como mais gosta: continuando a atacar a baliza contrária mas com muito mais tranquilidade. Otávio e Brahimi dinamizavam o ataque portista, explorando as alas e os corredores centrais, provocando desequilíbrios na defensiva do D. Aves que tinham ainda que sofrer as investidas de Alex Telles pela esquerda e de Ricardo Pereira pela direita.


As oportunidades sucederam-se por intermédio de Ricardo Pereira e Herrera, mas a jogada da tarde foi de Ricardo Pereira que cruzou atrasado para a área e Brahimi acertou com estrondo na trave.

A segunda parte foi um pouco diferente. Nos minutos iniciais da etapa complementar, ainda se viu um Porto mandão e capaz de criar embaraços à equipa da Vila das Aves. Disso ficam os registos das oportunidades protagonizadas por Soares de cabeça e de Aboubakar num remate a que Adriano defendeu com alguma sorte à mistura.

Depois o jogo entrou numa fase mais monótona, com mais disputa de bola a meio-campo e com algumas perdas que tornaram o espectáculo pouco interessante. As oportunidades de golo desapareceram praticamente. As excepções foram o livre directo de Alex Telles para defesa de recurso de Adriano para canto e, ao cair do pano, o remate de Elhouni que embateu no poste da baliza de Casillas.


O jogo serviu para recuperar níveis de confiança, dar minutos a alguns jogadores como Aboubakar, Telles e Soares, mas valeu, sobretudo, pelos três pontos. Em suma, uma boa primeira parte e uma segunda parte que foi decrescendo de qualidade a uma velocidade considerável.

Os Dragões preparam-se agora para o jogo que pode ser decisivo e que será realizado no próximo Domingo. A deslocação à luz poderá ditar muito do que será o resto do campeonato. Uma derrota compromete, de vez, as aspirações do FC Porto. Qualquer outro resultado deixará tudo em aberto.




DECLARAÇÕES

Sérgio Conceição: “Fizemos o que nos competia”

Radiografia ao jogo
“Foi uma vitória justa, não foi espetacular, mas nesta parte final do campeonato ninguém ganhar por 4-0 ou 5-0. Entrámos bem no jogo, pressionantes e com uma dinâmica ofensiva de qualidade. Acabámos por fazer dois golos em 13 minutos, até aos 35 minutos de jogo, o Aves não tinha chegado à nossa baliza e nós criámos inúmeras ocasiões para dilatar o marcador. Foi uma primeira parte muito bem conseguida, num ou outro momento, em termos daquilo que foi o nosso equilíbrio defensivo, podíamos e devíamos estar mais atentos. Retificámos um pouco essa situação ao intervalo.“

“Na segunda parte, o Aves assumiu mais o jogo, subiu um bocadinho as linhas, não criando nenhuma situação de perigo, à exceção de uma bola no poste na parte final, e nós fomos criando ocasiões de golo para fazer o 3-0. Foi uma resposta séria, fizemos aquilo que nos competia, que era ganhar o jogo. São mais três pontos na nossa luta.”


As mudanças na segunda parte
“Controlámos o jogo, tendo mais bola. É verdade que depois puxei o Otávio para o meio e meti o Hernâni para explorar o facto de o Aves ter um lateral esquerdo adaptado. Tivemos sempre o controlo do jogo e estivemos sempre à procura do terceiro golo, porque somos uma equipa com uma vocação ofensiva muito forte, que hoje voltou a ficar demonstrada, independentemente de jogarmos com dois avançados ou não.”

A comunicação entre os jogadores
“A comunicação é sempre importante. Assumimos a responsabilidade, mas os jogadores assumiram-na também por aquilo que é o nosso ambiente de trabalho, o nosso balneário. É principalmente devido ao respeito que queriam dentro de campo, porque fora de campo são todos grandes homens. Dentro do campo, é uma batalha que temos de vencer e essa comunicação é essencial. Foi uma semana difícil, não estamos habituados a trabalhar em cima de derrotas, mas tivemos de o fazer, de analisar o que correu mal e corrigir.”

Apoio a Danilo
“Foi uma homenagem a um jogador extremamente sério e profissional. É um jogador à Porto.”

O clássico com o Benfica
“Vem aí um jogo em que vamos encontrar um rival direto, em que não vamos fugir da nossa identidade. Vamos ter tempo para falar sobre esse jogo.”



RESUMO DO JOGO

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