06 maio, 2018

FOI BONITA A FESTA, PÁ!


FC PORTO-FEIRENSE, 2-1

O FC Porto é campeão nacional cinco anos após ter conquistado o último título. Longo jejum para um clube que, nos últimos 35 anos, habituou tudo e todos a vencer dezenas e dezenas de competições. Foi o maior jejum de títulos da era Pinto da Costa que se pretende que não se volte a repetir.

O jogo foi de consagração. Ao entrarem no relvado como campeões efectivos, em virtude do empate na véspera entre os dois rivais de Lisboa, os jogadores do FC Porto começaram a fazer a festa no hotel onde estagiaram juntamente com milhares de apaniguados. Os festejos começaram no sábado e prolongaram-se pela noite dentro e pelo dia seguinte. Foi uma longa maratona que deixou todos os portistas felizes, emocionados e em êxtase. Foi bonita a festa, pá!


O jogo foi encarado de forma séria, concentrada e de “prego no fundo” tal como é apanágio de Sérgio Conceição. O FC Porto entrou com a clara e nítida ideia de juntar à festa a vitória e os três pontos em disputa. Foi um jogo bastante intenso, bem disputado, agressivo e com uma intensidade como se gosta de ver em qualquer jogo de futebol.

Apesar da supremacia natural do Dragão, essa superioridade não se traduziu em golos imediatos. Mas houver oportunidades para abrir o marcador. Apesar disso, a primeira foi da equipa forasteira, quando Crivellaro viu Casillas adiantado e, pouco depois da linha de meio-campo, tentou o chapéu ao guarda-redes espanhol. A bola beijou a trave e saiu por cima das redes.


Soares e Sérgio Oliveira deram o mote e responderam com duas boas oportunidades que, com alguma sorte, poderiam ter mexido o marcador. Mas a oportunidade mais flagrante antes do golo foi operada por Reyes que correspondeu a um centro da esquerda, enviando a bola estrondosamente à trave.

O golo tardava. O Feirense lutava por pontos como de pão para a boca e jogava com galhardia. Mas aos 37 minutos, o marcador funcionou e com justiça, diga-se de passagem. Bela combinação entre Marega e Ricardo com o defesa lateral a cruzar rasteiro para o corte de um defesa contrário. A bola sobrou para Sérgio Oliveira que dominou de peito e atirou colocado para o fundo das malhas. Estava aberto o marcador e dava-se mais brilho e mais cor à festa iniciada na noite anterior.


Na etapa complementar, o FC Porto manteve a tónica atacante. Não tirou o pé do acelerador e continuou a jogar no sentido de ampliar o marcador. Sérgio Conceição operou duas substituições com as entradas de Hernâni e Aboubakar para os lugares de Otávio e Soares.

Foi o camaronês que iniciou a jogada do segundo golo com uma bela assistência para Brahimi. O argelino fez o resto. Depois de receber o passe do camaronês, o argelino teve um momento de magia. Passou a bola por cima de um adversário, rodou sobre si próprio e atirou, fulminantemente, à baliza. Um golo de antologia a combinar com a magnífica festa do Dragão.

Hernâni teve alguns bons apontamentos, com boas arrancadas que por pouco não deram em golo, principalmente nas assistências aos avançados. O jogo estava controlado e mantinha-se a tónica da lei do mais forte. O Feirense não conseguia chegar à baliza portista por mais que tentasse.


Mas ao cair do pano e quando nas bancadas a festa já estava em ebulição, alguma descompressão da parte da equipa levou a que o Feirense reduzisse a diferença para 2-1 com um cabeceamento de Valência que só parou no fundo das malhas.

Depois veio a festa no relvado, nas bancadas e na Alameda. Entrega da Taça da Liga NOS com toda a pompa e circunstância, adeptos e jogadores em euforia, festival na Alameda com os jogadores e técnicos chamados um a um ao “cogumelo” e festival pela noite dentro com o azul-e-branco a iluminar o cenário.

O FC Porto vai fechar o campeonato e a época no próximo Sábado com a deslocação a Guimarães onde procurará obter os três pontos e alcançar o recorde máximo atingido por uma equipa em pontos (88), fechando a prova em beleza.




DECLARAÇÕES

Sérgio Conceição: "Queremos atingir os 88 pontos"

Brindar os adeptos com uma vitória
“Deitámo-nos às quatro, cinco da manhã e não foi fácil, contra uma equipa que veio cá dar o máximo para conseguir pelo menos um ponto. Tivemos de ir à procura mais uma vez da despesa do jogo para ganhar e brindar estes adeptos com uma vitória. Ainda não acabou, falta um jogo e queremos atingir os 88 pontos.”


A oportunidade para os que ainda não jogaram
“Estou aqui para ganhar jogos, embora tenha atenção a todas as situações. Sei que há jogadores que merecem ser campeões, tudo farei para que isso aconteça, mas há sempre três pontos em jogo.”

Desfrutar e depois pensar em Guimarães
“Agora vamos desfrutar e partilhar este momento com os adeptos. Depois pensaremos no jogo com o Vitória, em Guimarães, que também queremos ganhar. Destaco mais uma vez toda a estrutura do FC Porto e quero destacar também os três grandes rivais que tivemos pela frente, que deram mais volume a esta vitória no campeonato.”



RESUMO DO JOGO







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