02 abril, 2019

CARIMBO PARA O JAMOR.


BRAGA-FC PORTO, 1-1

O FC Porto carimbou o passaporte para a final do Jamor, no pior jogo da época. Os campeões nacionais tiveram uma atitude pouco a ver com a postura de uma equipa à FC Porto e mostraram passividade e desinteresse a rodos pela partida desta noite em Braga. Ao contrário do jogo do Sábado passado, a equipa foi muito frouxa e ausente. Os jogadores escalonados para esta partida, com poucos minutos ao longo da época, revelaram não merecer tantas oportunidades como as que, por vezes, gostam de reclamar.


Sérgio Conceição apostou em 4 dos 11 habituais titulares e procurou dar oportunidades a jogadores que passam mais tempo no banco e na bancada. A equipa defraudou as expectativas, levando o treinador a mostrar o seu desagrado. Os adeptos, incansáveis no apoio, desde o primeiro minuto, não saíram contentes com a postura dos atletas.

O Sp. Braga fez um jogo muito bom, procurando jogar para atingir o impossível. Os seus jogadores foram inexcedíveis e pressionaram o seu adversário desde o primeiro minuto. Sempre em ritmo acelerado, a equipa do Minho provou que a desvantagem de três golos de diferença não impedia a equipa de lutar até ao final.

Estou deveras curioso para ver qual será a postura dessa equipa quando defrontar os seus amigos de Lisboa daqui por um par de semanas. Fico à espera para ver se fazem desse jogo a final da Champions League como se viu neste jogo com o FC Porto.


Na primeira parte, só se viu FC Porto em tentativas de ataque que nunca ameaçaram o Guarda-redes Marafona. Quanto ao Sp. Braga teve uma mão cheia de oportunidades para fazer funcionar o marcador. Wilson Eduardo rematou à barra logo aos 2 minutos, depois houve uma série de situações de perigo junto da baliza de Fabiano que também contribuiu para momentos de perigo, com saídas dos postes em falso. Um golo bem anulado, por fora-de-jogo de um jogador bracarense, fez com que o FC Porto não começasse a perder tão cedo, mas já perto do intervalo, Paulinho inaugurou o marcador com uma jogada individual, onde Felipe parece ter sido carregado em falta.

Com o 3-0 do Dragão, os campeões nacionais dormiram à sombra do resultado. Inadmissível para uma equipa que tem de ter postura de campeão se pretende vencer as provas que disputa, neste momento.

Apesar do valente puxão de orelhas de Sérgio Conceição, a equipa portista foi incapaz de mudar o chip após os primeiros 45 minutos. Continuou amorfa, sem ideias, sem reagir à adversidade e impávida a assistir ao rolo compressor do Sp. Braga que continuou a carregar no acelerador para chegar ao segundo golo e deixar tudo em suspense.


Com as substituições operadas, o jogo do FC Porto continuou a ser uma lástima. Até que aos 75 minutos, na conversão de um pontapé de canto cobrado por Corona, Danilo subiu mais alto que todos e desviou a bola de cabeça para a baliza de Marafona. A partir daí as esperanças dos bracarenses terminaram.

No entanto, antes do final, Danilo salvou um golo feito em cima da linha de baliza, impedindo que os Dragões saíssem derrotados da cidade dos Arcebispos.

A taça de Portugal vai ser arrumada até ao fim da época. Os campeões nacionais vão virar agulhas para a Liga NOS onde lhes esperam sete finais terríveis, com a obrigatoriedade de vencer. Pelo meio, vem uma duríssima eliminatória para a Champions League, diante do Liverpool. A importância de ter todo o grupo focado e disponível poderá fazer a diferença. O Mar Azul, esse, está e estará sempre presente.

Próxima paragem: recepção ao Boavista, na próxima Sexta-feira com ordem para conquista de três pontos.




DECLARAÇÕES

Sérgio Conceição: "Há que valorizar a passagem à final"

Jogo pouco conseguido
“É verdade, não foi um grande jogo. No ano passado fomos superiores ao Sporting nos dois jogos e não passámos à final. Este ano conseguimo-lo, há que valorizar a passagem à final. Agora, hoje não fomos a equipa que costumamos ser. Pouca bola, passeámos um pouco as camisolas, não gostei. Não conseguimos controlar os movimentos interiores do Horta, poucos duelos ganhos, perdemos muitas bolas na zona central. Se pudesse teria mudado oito jogadores e tive de fazer ajustamentos. O principal era a mentalidade ser outra. Eu fui jogador e sei que quando se está com uma vantagem de 3-0, há sete mudanças numa equipa, é normal, embora não devesse ser, que se relaxe um pouco. Eu não gostei disso. Quem está no FC Porto tem de ter uma mentalidade muito forte, os jogadores têm-na tido, não foi hoje o caso.”

Ausência de Brahimi e entrada de Loum
“Foi uma questão de opção no caso do Brahimi. Não pus o Loum para lhe dar um prémio, coloquei-o em jogo porque achei que a equipa precisava de um médio com as características dele.”


Castigo aplicado hoje
“Não percebo esse castigo que me foi aplicado. Não estamos numa igreja, estamos num ambiente em que as emoções e a paixão estão à flor da pele. Não percebo muito do que se está a passar na sociedade portuguesa ultimamente, estão a querer desestabilizar o FC Porto, mas não vão conseguir.”

Polémica com Abel
“Nem falámos de nada disso, falámos sobre outras coisas. Tenho uma boa relação com o Abel.”



RESUMO DO JOGO

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