O percurso 2018/2019 do FCP na Champions foi excelente. Ultrapassámos a fase de grupos no primeiro posto, transpusemos também a “barreira psicológica” dos 1/8 e, enfim, caímos perante uma das 3 melhores equipas da atualidade. E o que fica desse confronto com o Liverpool? Fica o memorável momento (pura demonstração de Ser Porto) pós-segundo golo sofrido no Estádio do Dragão, fica a certeza de termos tido um encaixe financeiro fabuloso, fica um amargo pela injustiça das decisões de arbitragem em ambos os jogos, sobretudo no primeiro, e fica o banho de realidade de estarmos ainda distantes desse primeiro nível em que está o Liverpool.
Esta equipa do Klopp é um rolo compressor de simplicidade e eficácia. Em meia oportunidade metem a bola lá dentro, e nessa toada acabaram com o nosso sonho aos 30 minutos do jogo no Dragão. Até lá, estávamos a fazer um jogo espetacular, a encostar os ingleses às cordas, e a dar a clara sensação de que se marcássemos iríamos entrar verdadeiramente na disputa da eliminatória. Mas é também olhando para aqueles 30 minutos e para o que se passou depois que interpreto o nosso desnível para o primeiro nível em três capítulos. O primeiro ficou visível nas duas mãos, repito que muito mais na primeira, quando os árbitros apitavam sempre a favor dos reds. Na dúvida, sempre a favor deles. Mas eu prefiro olhar para os outros dois, até porque não podemos de maneira nenhuma dizer que foi por isso que não conseguimos passar. Bem, as duas coisas são as seguintes: faltam-nos mais jogadores de primeira água, com instinct killer, de preferência na frente. E falta-nos capacidade de controlar o jogo.
(In)capacidade de controlar o jogo é na minha humilde opinião o que mais nos deixa longe desse primeiro nível. A nossa equipa pura e simplesmente só sabe estar por cima do adversário, a carregar em cima dele, a explorar profundidade, a meter velocidade nos corredores, a atacar as bolas aéreas, a ganhar os duelos. Isso é bom? É, quando nos conseguimos superiorizar 1 a 1 aos adversários. Sempre que não o fazemos, seja por motivos físicos, anímicos ou técnicos, passamos mal, temos dificuldades, ficamos desconfortáveis, vamos abaixo. Pode parecer paradoxal, mas acredito que equipas semelhantes ou até ligeiramente inferiores à nossa sejam capazes de equilibrar mais com uma equipa tipo Liverpool. Porque conseguem disfarçar mais, enganar mais o adversário com a pausa, a especulação, o ritmo, a variabilidade, o posicionamento. Em suma, a nossa equipa esmaga quando a alma e as pernas assim o permitem, mas quando alguma delas falta em proporção às do adversário, ficamos mais pequeninos. Não, não sou do contra nem um grande entendido desta ciência, mas palavra de honra de que tenho a sensação de que seríamos muito mais fortes melhorando algumas destas nuances. Perdoem-me, mas eu sou daqueles que acredita que um dia acabaremos por voltar aos lugares de 1987 ou 2004.
Bem, de volta à realidade. Temos agora cinco finais pela frente, que nos podem valer dois títulos. Que não nos faltem a alma e as pernas que tanto precisamos para esmagar os adversários. Nenhum de nós pode pedir os dois títulos, mas pode e deve pedir cinco vitórias. E como diz o outro, no fim é fazer as contas.
Até lá, tem de ser sempre… Mar Azul!
Esta equipa do Klopp é um rolo compressor de simplicidade e eficácia. Em meia oportunidade metem a bola lá dentro, e nessa toada acabaram com o nosso sonho aos 30 minutos do jogo no Dragão. Até lá, estávamos a fazer um jogo espetacular, a encostar os ingleses às cordas, e a dar a clara sensação de que se marcássemos iríamos entrar verdadeiramente na disputa da eliminatória. Mas é também olhando para aqueles 30 minutos e para o que se passou depois que interpreto o nosso desnível para o primeiro nível em três capítulos. O primeiro ficou visível nas duas mãos, repito que muito mais na primeira, quando os árbitros apitavam sempre a favor dos reds. Na dúvida, sempre a favor deles. Mas eu prefiro olhar para os outros dois, até porque não podemos de maneira nenhuma dizer que foi por isso que não conseguimos passar. Bem, as duas coisas são as seguintes: faltam-nos mais jogadores de primeira água, com instinct killer, de preferência na frente. E falta-nos capacidade de controlar o jogo.
(In)capacidade de controlar o jogo é na minha humilde opinião o que mais nos deixa longe desse primeiro nível. A nossa equipa pura e simplesmente só sabe estar por cima do adversário, a carregar em cima dele, a explorar profundidade, a meter velocidade nos corredores, a atacar as bolas aéreas, a ganhar os duelos. Isso é bom? É, quando nos conseguimos superiorizar 1 a 1 aos adversários. Sempre que não o fazemos, seja por motivos físicos, anímicos ou técnicos, passamos mal, temos dificuldades, ficamos desconfortáveis, vamos abaixo. Pode parecer paradoxal, mas acredito que equipas semelhantes ou até ligeiramente inferiores à nossa sejam capazes de equilibrar mais com uma equipa tipo Liverpool. Porque conseguem disfarçar mais, enganar mais o adversário com a pausa, a especulação, o ritmo, a variabilidade, o posicionamento. Em suma, a nossa equipa esmaga quando a alma e as pernas assim o permitem, mas quando alguma delas falta em proporção às do adversário, ficamos mais pequeninos. Não, não sou do contra nem um grande entendido desta ciência, mas palavra de honra de que tenho a sensação de que seríamos muito mais fortes melhorando algumas destas nuances. Perdoem-me, mas eu sou daqueles que acredita que um dia acabaremos por voltar aos lugares de 1987 ou 2004.
Bem, de volta à realidade. Temos agora cinco finais pela frente, que nos podem valer dois títulos. Que não nos faltem a alma e as pernas que tanto precisamos para esmagar os adversários. Nenhum de nós pode pedir os dois títulos, mas pode e deve pedir cinco vitórias. E como diz o outro, no fim é fazer as contas.
Até lá, tem de ser sempre… Mar Azul!
0 comentários:
Enviar um comentário