30 setembro, 2006

Limpeza étnica... na Tugalândia

Ó Mister, «apanha o sabonete»...

Lá saiu um destes dias mais uma convocatória do Mister «apanha o sabonete» Escarrolari… como já é usual, as amantes estão lá todas… é que não falta um, sequer… mancos, paralíticos, amputados, velhos, ressessos, deficientes, etc, etc… ups, esqueci-me… falta um, o enorme Ricardo «lento» Costa!!

Vem aí uma dupla jornada para o grupo de amigos do «apanha o sabonete»… já viu Mister, tanto trabalhinho por estes dias, não acha?... logo agora que estavas quase a adormecer à sombra dos «50 milhones», não era?... Essa dupla jornada comporta defrontar as poderosas e temíveis selecções do Azerbeijão (07.Out) e da Polónia (11.Out)… vai ser muito difícil, acreditem… mas confiem no «euéquisê», que ele resolve tudo.

A lista das amantes convocadas do Mister «apanha o sabonete» Escarrolari, são:

Guarda-redes: Quim e Ricardo.

Defesas: Fernando Meira, José António, Miguel, Manuel da Costa, Caneira, Nuno Valente, Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho e Ricardo Rocha.

Médios: Deco, Petit, Costinha, Maniche e Tiago.

Avançados: Cristiano Ronaldo, Hélder Postiga, Hugo Almeida, Nani, Simão e Nuno Gomes.

Ora bem, assim de repente… e só porque me ocupa demasiado espaço aqui no blog, contei 9 defesas9?!?!… não te esqueceste de mais ninguém?... a renovação começa aqui com os José’s Antónios com 29 anos destes país… muito bem!... Manuel da Costa?... quem?... pois, logo vi que ninguém faz a mínima ideia!!... e o Tonel aqui tão perto, mas tá tudo na santa paz do espírito santo… a «maralhada parola» bate toda palmas.

Assim mais ao centro, lembro-me do «enorme» Moutinho… e já agora, para quando o «incansável e lutador» Pedro Mendes?... tens de ter paciência amigo, lá para os 29, voltamos a falar, ok Pedro?... relax, mantém-te calmo!... se não conseguires, tenta encostar a testa no primeiro árbitro que encontrares, baba-te todinho e manda-o ir para casa da que o fez… entendido?... percebeste?

Lá mais para a frente… uiiii, então é um fartote de prima-donas «virgens»… comecemos pelo Nuno "atira-te para o chão e grita para o árbitro" Gomes e nada mais digo… ao Cristiano «acne» Ronaldo falta-lhe o mesmo que ao Sansão; a sua Dalila… só por isso, pode continuar a meter nojo atrás de nojo em cada jogo da selecção, que o lugar é cativo… bem, são tão bons, tão bons, que a média de golos no conjunto deve rondar os 0,05% de oportunidades com sucesso garantido... tudo estrelas de 1º classe.

Pois… já sei, estão a lembrar-se do Ricardo «Potter» Quaresma, não é?... não se preocupem que mais abaixo, encontram lá a explicação para mais uma sua ausência dos eleitos.

Lateralmente ao anúncio oficial da convocação, Mister «apanha o sabonete» Escarrolari, debitou mais uma palermices à boa maneira gaúcha, e enquanto isso, todos os «carneiros seguidores» lhe batem palmas e acham um piadão a cada m**** que sai da boca deste… eu passo a explicar melhor… atentem bem:

"Há jogadores que pensam que são craques e outros que verdadeiramente são craques. Os que pensam que são craques dão muito trabalho a um treinador e têm muitas vezes de sair da equipa… os verdadeiros craques são os menos problemáticos e os mais fáceis de lidar".

Já perceberam para quem foi a indirecta?... eu bem disse que cá mais para baixo, iriam perceber o porquê do Ricardo «Potter» Quaresma não estar lá, mais uma vez… é o que se chama acertar no euromilhões… não tem nada que saber.

Aliás, sobre este tema, eu até diria mais… infelizmente, também existem treinadores importados das Américas que pensam ou que se julgam «craques», mas que na verdade, não passam de «um monte de m****» com o seu grupinho de «caneiros seguidores»… e por aqui me fico.

"Posso adiantar que, depois de um encontro que tive de manhã com os técnicos dos sub-20 e sub-21, vai ser criado um perfil e um historial psicológico de todos os jogadores para quando chegarem à selecção principal exista o maior conhecimento possível"

Isto não passa de uma falsa desculpa do Mister «apanha o sabonete» Escarrolari… todos sabemos bem quais são as principais regras para se ser seleccionado com frequência, ou até mesmo ter um lugar cativo assegurado.

Em 1º lugar, tem de jogar no estrangeiro… em 2º lugar, ser suplente no seu clube… em 3º lugar e mais importante de todas… não pode ser jogador do Bi-Campeão Europeu, Bi-Campeão Mundial, Vencedor da Taça UEFA e Vencedor de uma Supertaça Europeia, FC Porto… entendidos?

É que se não são estes os critérios… até admito que me possa enganar, porque eu não sou infalível… então qual será o perfil pretendido para o Mister «apanha o sabonete» Escarrolari?... será dar mordidelas nos adversários ou babar-se na «face» do árbitro e mandá-lo ir para a que o fez?

29 setembro, 2006

Uma análise... ao pós-Londres

Passou-me pela cabeça dizer alguma coisa sobre tudo o que foi escrito e pude ler neste dia/dia e meio aproximadamente, após o jogo de Londres. Do muito que me passou em frente dos olhos, retive duas/três ideias inteiramente pacíficas para a generalidade dos comentadores...

1 - O erro sistematicamente cometido por muitos treinadores portistas quando vão jogar a casa de equipas mais cotadas a nível internacional. Alteram quase sempre à última hora a equipa e normalmente fazem-no mal, porque ou incluem no onze inicial jogadores sem rotinas de jogo, ou metem suplentes não utilizados há bastante tempo, que sentem demasiado a responsabilidade que lhes atiram para cima dos ombros... Fazem adaptações esquisitas... Falaram a título de exemplo do Aloísio em Barcelona adaptado a defesa esquerdo por Robson; do Costa surpreendentemente colocado a jogar em Manchester no tempo do Oliveira ele que até ali não tinha efectuado ao que parece qualquer jogo; anteontem foi a vez de Ricardo Costa... Não se devem fazer muitas alterações ao esqueleto habitual da equipa, especialmente nestes jogos mais importantes, porque o resultado mais provável é dar fiasco e dos grandes... Daí eu defender apenas a inclusão do Raul Meireles na linha média para dar mais consistência a esse espaço de jogo, ajudar Paulo Assunção nas tarefas mais defensivas e libertar um pouco mais os jogadores criativos... Defendi o Lisandro na frente porque me parece mais versátil que Postiga e mais completo que Adriano... Um triângulo de jogadores móveis - Anderson, Quaresma e Lisandro - que sabem fazer os dois flancos, com bom domínio de bola, forte e imprevisível remate, não me parece de desprezar. Sobra um jogador: Lucho. Seria o jogador ideal para ligar os dois sectores da intermediária. Sabe defender razoavelmente e aparece bem a construir e a finalizar com facilidade se estiver em forma, o que não acontece neste momento e todos sabem porquê... Fez uma época completa - a que findou - quase sem ter tido férias e descanso... Quem temos para o poder substituir? Jorginho ou Ibson. Neste momento apenas Jorginho. E não me digam que ele não tem qualidade que a tem e muita... Acho apenas que ele está em baixo psicologicamente e aí aparecem metidos até aos ombros os "assobiativos" que destroem completamente um fulano que seja mais frágil.

2 - O medo demonstrado por estes treinadores que a título de exemplo referi na generalidade dos casos transmite-se à equipa e o resultado é sempre o mesmo... Invariavelmente perdem os jogos, normalmente por muitos ou pelo menos por mais do que pensariam. É preferível abordar o jogo com coragem e tentar a sorte ainda que com cautelas e caldos de galinha, mas nunca pensar em apenas defender que o mais certo é acabar por morrer à beira da praia e servir de pasto aos mexilhões.

3 - Neste momento, o FC Porto não tem um ponta de lança que faça a diferença sobre os demais adversários directos e necessita de um central de qualidade que supra qualquer azar que possa eventualmente surgir com Pepe... Portanto, olhando para a prata da casa, acho que temos de mudar o sistema de jogo e aproveitar as características dos jogadores que existem ao máximo… Por conseguinte eu apostaria num 4-3-3 ou num 4-2-3-1… Nos jogos em casa com equipas mais conservadoras, lá teremos que pôr a carne toda no assador - tudo ao monte e fé em Deus - mas com todos os outros "marretas" especialmente fora de casa, é receita certa para esta época… Já viram bem como está a jogar o Sporting?... E atenção, não esqueçam que devem estar aí a chegar para poderem competir normalmente: João Paulo, Bruno Moraes e Ibson... Não é um trio de ataque mas é um trio de luxo e equilibrado. De fora, definitivamente ficam Tarik, Alan, Ricardo Costa... Vieirinha, Ezequias e Fucille para o banco de suplentes ao lado de Vítor Baía, o guru de todos eles.

É tudo por hoje… 1abraço

# artigo de opinião remetido por “Teixeira de Meireles”

O primeiro testemunho...

FC Porto... e a Mui Nobre e Sempre Leal Invicta

Em sintonia com a passagem do 113º aniversário do FC Porto, escolhi um fragmento de um poema do grande poeta Eugénio de Andrade, escritor intimamente ligado à cidade do Porto, onde viveu a maior parte da sua vida.

Apaixonado por esta cidade, pelas suas ruas e velhos edifícios, pelos seus jardins, pelo rio que se debate, murmura e espelha a seus pés, faleceu junto à foz desse rio de ouro, chamado assim – dizem – devido à cor barrenta das terras que as suas águas arrastam violentamente durante a maior parte do ano… Setembro foi o mês em que eu nasci e em que nasceu a Instituição que tantos prezamos e amamos; é o mês em que a cidade brilha e reflecte uma cor diferente que faz jus ao rio que lhe presta vassalagem.

Este poema deve ter tido outros destinatários, mas podemos usurpá-lo por um bocadinho, só por um momento, sem que o grande Poeta por isso se ofenda e interrompa o seu descanso...

"Tu és a esperança, a madrugada.
Nasceste nas tardes de Setembro,
quando a luz é perfeita e mais doirada,
e há uma fonte crescendo no silêncio
da boca mais sombria e mais fechada.

Para ti criei palavras sem sentido,
inventei brumas, lagos densos,
e deixei no ar braços suspensos
ao encontro da luz que anda contigo.

Tu és a esperança onde deponho
os meus versos que não podem ser mais nada.
Esperança minha, onde meus olhos bebem,
fundo, como quem bebe a madrugada."

# artigo de opinião remetido por "Teixeira de Meireles"

PS
– Já devem ter reparado em algo, digamos, estranho; será apenas uma meia surpresa… fiz o convite; foi aceite de imediato!!... posso então desde já anunciar-vos que a partir desta data, passamos a contar com um novo colaborador neste projecto. O seu nome é Teixeira de Meireles. Ele aqui está, o seu primeiro testemunho… muitos mais se seguirão com a sua já mais que reconhecida qualidade e visão dos seus «escritos»!... pela parte que me toca, deixo aqui em «público» o meu especial agradecimento pela disponibilidade demonstrada desde a primeira hora… muito obrigado e bem haja!

28 setembro, 2006

113º aniversário... estamos de parabéns!!

Celebremos então…

Hoje, dia 28 de Setembro, o nosso FC Porto festeja o seu 113º aniversário.

O FC Porto é um dos clubes de futebol mais antigos em actividade em Portugal. O clube foi fundado no dia 28 de Setembro de 1893 por António Nicolau de Almeida, um comerciante de vinho do Porto, que descobriu o futebol nas suas viagens a Inglaterra. No entanto, o futebol haveria de ficar suspenso até 1906, quando José Monteiro da Costa decidiu dar novo impulso ao clube. Para além do futebol, que usava o campo da Rainha para disputar os seus jogos, começaram a ser praticadas outras modalidades tais como o Ténis, Atletismo, Boxe, Halterofilismo e Natação. Um ano mais tarde, começava a funcionar a primeira sede.

Até ao dia de hoje, muitas vitórias e glórias conquistamos por esse mundo fora, que a todos nós Portistas, nos «embebeda» e «envaidece» de tal forma, que o nosso «orgulho» se torna imenso.

Muitas voltas já deram os ponteiros do relógio da Torre dos Clérigos desde 1893, torre essa que, muitas vezes, viu passar Portistas felizes em direcção à Avenida dos Aliados, assim como algumas outras viu a cidade amanhecer cinzenta quando as coisas correram mal.

Nada, ninguém, nem nenhuma derrota, seja ela em Londres ou na Conchichina, me fará alguma vez sequer pensar em virar as costas ao meu «amor eterno ao azul e branco».

É verdade que sofri, muito, em silêncio... e envergonhado … mas sei que quando chegar o dia, vai ser mais forte do que eu e lá estarei eu de novo, na secreta esperança de voltar a ser feliz.

Eu, NUNCA te trairei... porque sem ti, não sei viver. Sabes, meu mágico FC Porto, há quem seja viciado em álcool, em drogas, em mulheres ou no jogo… eu, apenas sou viciado «em ti».

É assim a história dos verdadeiros campeões, que caem mas tornam a levantar-se e a olhar em frente em busca de um horizonte sempre mais ambicioso. É assim a história do nosso mágico Futebol Clube do Porto e de todos nós Portistas.

Muitos parabéns!!

27 setembro, 2006

90 minutos… de NADA!!

Liga dos Campeões 2006/07 - 2ª jornada

Admiram-se?... é a mais pura realidade… 90 minutos de NADA, meus caros bLuE fRiEnDs.

Na 2ª jornada do Grupo G da Liga dos Campeões, o nosso mágico FC Porto saiu vergado a uma derrota por 2-0 com o Arsenal na estreia do "Emirates Stadium" em jogos de carácter europeu… uma derrota justa e merecida, para quem só demonstrou MEDO e SUBMISSÃO perante 11 adversários, que ao olhos dos nossos, mais deveriam parecer um «bicho papão» qualquer.

Desta vez, o Prof. Jesualdo Ferreira resolveu inventar, para não variar, «á lá boa moda tuga» com o onze inicial escalonado… vou fazer aqui um parêntesis para dizer que são este tipo de situações que mais me irrita e dói... não é tanto o perder, mas sim mostrar ao adversário, ainda antes de se iniciar o jogo, o nosso medo e a submissão… rais parte esta mania dos treinados portugueses :-(… para quando o assumir e olhar os adversários olhos nos olhos sem qualquer medo… de uma derrocada?... para quando?... rais parta isto!!!

Voltando ao tema… Ricardo Costa a titular?... quem?... por favor, não brinquem mais com a minha saúde!!... Porque não logo de inicio o reforço do meio campo com Raul Meireles e deixar o que estava bem cá atrás?... porquê?... alguém me explica?

E assim se começou o jogo a medo, tendo aqui e acolá, num ou noutro momento, conseguido não controlar o jogo, mas sim e tão só, manter a bola longe da nossa área, porque perigo na área adversária, era só mesmo em «sonho». O jogo foi-se sempre desenrolando junto da nossa área, com a equipa a recuar… a recuar… a recuar… até encostar a Hélton.

Ao minuto 38, e já depois de alguns sustos e um golo justamente invalidado, o inevitável Thierry Henry inaugurou o marcador, depois de um cruzamento, de abas largas, onde Pepe foi «comido» nas alturas e nas suas costas, e Hélton nada mais podia fazer do que ir buscá-la lá dentro. Até ao intervalo, continuou a assistir-se ao «mais do mesmo», Arsenal a jogar e o FC Porto a «fazer de conta».

Ao intervalo, tentou emendar-se o erro do onze titular e entraram Raul Meireles e Lisandro Lopez para os lugares do Ricardo «nulo» Costa e do «desamparado e sozinho» Hélder Postiga… entretanto, logo aos 48 minutos (!!), Hleb com um remate cruzado, elevou a conta para 2-0… mais uma vez, Hélton nada podia fazer do que acompanhar com os olhos.

E chamo a especial atenção para este 2º golo… já deram bem conta de quantos jogadores estavam a defender o seu lado direito da área, quando o Hleb estava lá sozinho na esquerda a assistir e à espera do passe de morte?... eu digo-vos… eu contei-os… apenas e só SEIS jogadores, já descontando o GR… SEIS, meus caros!!!... isto, já nem nas camadas jovens se é permitido.

A partir desse momento, acabou o jogo, e assistiu-se a uma grande falta confiança e motivação (!!!), e mesmo a precisar de ir em busca do resultado, foi o Arsenal quem criou as jogadas mais perigosas da segunda parte, apesar de naturalmente ter optado por um futebol lento, por vezes quase a passo.

O FC Porto saiu desta forma derrotado justamente de Londres, ainda não apontou qualquer golo na actual edição da Liga dos Campeões (elucidativo!!), e com isto tudo, comprometemos seriamente as aspirações de continuarmos na prova milionária.

Voltamos a repetir o cenário de há dois anos atrás, quando após um empate caseiro com o CSKA e derrota em Londres com o Chelsea, conseguimos ainda assim continuar em prova… esperemos que se volte a repetir este desfecho… esperemos e voltemos a sonhar.

Neste momento, e olhando-se ao outro resultado do grupo (CSKA 1-0 Hamburgo) estamos no 3º lugar do Grupo G, com 1 único ponto e já a 3 da equipa moscovita. O Arsenal lidera para já com 6 pontos.

O adversário que se segue são os alemães do Hamburgo no Estádio do Dragão, partida agendada para dia 17 de Outubro, pelas 19h45.

Oxalá nessa altura, os ventos mudem por completo, caso contrário… c’est fini.

PS – Dos Rotos Ridículos, só deu mesmo para ver os lenços brancos e ouvir os assobios… valha-me isso!!... deu para pelo menos eu poder esboçar um leve sorriso e libertar alguma da raiva que me assolou logo após o final do jogo em Londres… :-(

Miguel Sousa Tavares – Nortada

Onde acaba a liberdade…

1 - Parece que Scolari, ou Madail, ou alguém da «família da Selecção», não gosta da forma excessivamente livre ou independente do jornalista da RTP Carlos Daniel relatar e comentar os jogos da Selecção (suponho que não se possa dizer, por exemplo, que o Ricardo sofreu três golos por entre as pernas, contra a Dinamarca, porque o Ricardo é o melhor guarda-redes do mundo e está acima de qualquer critica). Parece que também não gostam do programa da RTP "Trio de Ataque», apresentado igualmente por Carlos Daniel e que é, a milhas de distância, o melhor programa do género na televisão portuguesa, em que três homens cultos, inteligentes e independentes, falam livremente sobre futebol sem ter de falar «futobo-lês» nem prestar vassalagem aos senhores feudais do nosso futebol.

Demasiados contras para certas sensibilidades, saudosas dos tempos em que Suas Excelências falavam e os outros calavam e obedeciam. Vai daí, e ao contrário do que foi oficialmente desmentido, a Federação pressionou a RTP (que tem o exclusivo da transmissão dos jogos da Selecção), e a RTP calou o Carlos Daniel, sem lhe dar sequer conhecimento prévio. Deve ser agora uma questão de tempo até calar também o «Trio de Ataque». Eis-nos de volta aos bons velhos tempos da «Pátria somos nós» — para utilizar o ridículo título do «livro» daquele pobre pateta chamado Afonso Melo, que, tendo-se prestado a tudo (fazer de «gauleuter» nas conferências de imprensa da Selecção, sabujar Scolari e insultar, a mando, os «anti-patrióticos críticos» da Selecção) conseguiu, mesmo assim, ver dispensados os seus obsequiosos serviços.

Que fique estabelecido para todos os prudentes: a Selecção é sagrada, Madail é um génio, Scolari é infalível e a Pátria não se discute. Como dizia o outro.

2 - Se fosse eu a escolher, o FC Porto entraria hoje no Estádio dos Emirates, contra o Arsenal, em 4x2x2x2, com a seguinte composição: Hélton; Bosingwa, Bruno Alves, Pepe e Cech; Paulo Assunção e Raul Meireles; Lucho e Anderson; Quaresma e Lisandro.

Mas, com esta ou outra escolha, confesso a minha falta de optimismo para este jogo. Em minha opinião, o FC Porto tem equipa que chegue e baste para Portugal, não a tem para a Europa — como se viu bem contra o CSKA. Esta equipa tem cinco grandes jogadores e um génio; depois, tem mais uns três jogadores razoáveis e todos os restantes são banais. É uma equipa desequilibrada, com falta de bons jogadores em lugares fulcrais e falta de um banco à altura. A este propósito, mais uma vez constato, .e contesto, uma política de aquisições (apesar de tudo, este ano, comedida, em comparação com os anos anteriores), em que se compram sete ou oito jogadores novos e nenhum deles é titular. Não seria melhor política comprar só dois que fossem mesmo reforços?

Por mais que Jesualdo Ferreira insista em contrariar a ideia de que a equipa está crescentemente dependente do génio e inspiração do miúdo Anderson (e nem ele pode fazer outra coisa...), a verdade é que, como ainda este fim-de-semana se viu, sem o Anderson em campo, o FC Porto pode estar horas a tentar marcar um golo a um Beira-Mar, sem o conseguir.

Nas bancadas do Dragão comenta-se que o miúdo não vai ficar ali muito tempo, até porque o FC Porto já não terá nem metade do seu passe, tendo vendido recentemente 10% a um daqueles «empresários» que por lá parasitam. Não sei se será verdade ou não, mas obviamente não tenho grandes dúvidas que este génio que está a despontar na relva do Dragão não ficará lá tempo suficiente para chegarmos a ter saudades: está condenado a passar por nós como um cometa, em direcção ao céu infinito. Espero, ao menos, que, quando for vendido o que nos restar do seu passe, seja bem vendido e o dinheiro não sirva para ser desbaratado na compra de um cabaz de jogadores de segunda ou terceira linha.

3 - Quando vi as imagens do presidente do Gil Vicente a ser levado em ombros na assembleia-geral do clube, vieram-me à memória idênticas imagens dos sócios do Benfica em êxtase com Vale e Azevedo, naquelas célebres assembleias-gerais com «jagunços» contratados para intimidarem os discordantes. Sabe-se como acabou Vale e Azevedo e os benefícios que trouxe ao Benfica. Esperem agora para ver o que António Fiúza vai fazer ao Gil, por teimosia e vaidade. Infelizmente, a democracia tem limitações: garante que a maioria elege quem quer, mas não garante que elege quem deve. Do clube e do seu presidente não tenho pena — escolheram a cama em que se quiseram deitar. Tenho pena é dos jogadores que irão para o desemprego, dos miúdos das escolas do clube que ficarão sem poder competir e da Câmara de Barcelos, que construiu um estádio novo, com dinheiros públicos, para o Gil Vicente e agora fica com mais um dos elefantes brancos do futebol em braços. Ainda há mais uma hipótese, a última, de haver juízo e sentido das realidades. Mas não sei se os advogados deixam e se o presidente não temerá perder protagonismo, recuando.

4 - Não viram, não ouviram, não leram. Continuam todos em funções, sem sequer sentirem o incómodo de consciência ou a reacção de pudor de prestarem explicações públicas. Como se nada se tivesse passado, acobertados atrás da tal «legitimidade democrática». O que distingue um cavalheiro dos demais é que ele não precisa de ir a votos para ser sério, nem precisa dos votos para poder não ser sério: ou é ou não é. E o que mais falta no nosso futebol são cavalheiros: gente de honra, de palavra e de vergonha.

# in "A BOLA", 2006.09.26

25 setembro, 2006

Ciclos...

... de fogo

A partir de amanhã, pelas 19h45, quando em Londres defrontarmos o Arsenal na 2ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, estaremos a iniciar um verdadeiro ciclo de fogo quanto às reais capacidades do FC Porto do Prof. Jesualdo Ribeiro, ciclo este que também irá passar pelas quatro próximas jornadas do campeonato, com deslocações a Braga e Alvalade e recepções ao Marítimo e ao Benfica… no final deste ciclo, teremos uma resposta válida e concreta quanto a algumas dúvidas que ainda possam pairar no ar.

Mas o que importa agora mesmo é falar de amanhã… depois de um passo em falso na 1ª jornada com o empate caseiro contra os moscovitas do CSKA Moscovo, ainda que nada esteja perdido, mesmo em caso de derrota neste jogo, quanto a mim é já crucial para as nossas aspirações futuras quanto a uma passagem aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões.

E crucial porquê… exactamente pelo resultado conquistado na 1ª jornada… digamos que um único ponto em duas jornadas, não seria péssimo… mas seria mau, porque nos obrigaria a ir atrás do prejuízo em próximas jornadas e não mais haveria lugar a qualquer deslize.

Até à última jornada, em que defrontamos em casa o Arsenal, teríamos obrigatoriamente que ganhar em casa ao Hamburgo e ir nas 2 jornadas seguintes conquistar pontos a Berlim e a Moscovo, o que digamos, não seria assim tão fácil quanto alguns possam pensar e qualquer deslize, seria a «morte do artista».

Portanto, meus caros e «bravos dragões», toca a encherem-se de orgulho e a trazer de Londres, no mínimo… no mínimo!!!... um ponto. Óbvio que se der para trazer os 3 pontos, tanto melhor, porque então seria «ouro sobre azul».

A minha aposta para os onze de amanhã, seria: Hélton, Bosingwa, Pepe, Bruno Alves, Marek Cech, Paulo Assunção, Raul Meireles, Lucho, Anderson, Quaresma e Hélder Postiga… reforço de meio campo, liberdade a Anderson e Quaresma para «vaguearem em campo», e Postiga para fuzilar as redes adversárias… era a minha aposta!!

Veremos o que os deuses nos reservam para amanhã… e que o céu fique «azul e branco»!!

... viciosos e pestilentos!!

Eles andam aí… a «revolta dos medíocres» não pára de atacar!!

Mais uma notícia bombástica para os ridículos regozijar de prazer e orgasmos múltiplos, desta vez no Correio da Manhã:

“O Director Nacional da Policia Judiciária, Alípio Ribeiro vai solicitar perante a Procuradoria Geral da República, a abertura de uma investigação criminal ao caso da fuga de informação no interior da PJ a favor de Pinto da Costa, nas buscas da segunda fase da operação ‘Apito Dourado’, em 2 de Dezembro de 2004.”

Dizem os «medíocres e ridículos jornaleiros» que esse aviso permitiu que PdC se ausentasse do país, evitando-se assim a sua detenção e frustrando as próprias buscas.

Mais do mesmo, meus caros… nada de novo a Sul… sempre a mesma cassete gasta e rompida… pior do que ser «medíocre», é mesmo ser «ridículo», porque ele não se cansam… não se enxergam… não ganham vergonha!!

Ficam-me mais umas dúvidas no ar… quem souber, que responda:
qual será o clube do Sr. Director Nacional da PJ?
qual será o clube do Sr. Procurador do Ministério Público que iniciou as investigações desse tal Apito Dourado e sendo a matéria de facto em tudo igual, porquê constituir PdC em arguido nas escutas, e «ilibar» o Orelhudo de tal?

Meus caros «medíocres e ridículos»… podem bem continuar a destilar o vosso fel, porque PdC e o nosso mágico FC Porto continuarão a vencer e a conquistar… eu sei bem que isso vos custa a engolir, mas só têm mesmo é de aguentar… e sem reclamar!!

23 setembro, 2006

503 dias depois… e sem auto-golos


No reencontro de Jardigol com os adeptos do FC Porto, deu chapa 3 para os campeões nacionais… o melhor resultado da época em jogos oficiais.

A única novidade no onze foi a ausência do «puto-maravilha» Anderson que foi desviado para o banco de suplentes com o objectivo de ser poupado para o próximo jogo da Liga dos Campeões na 3ª feira, dando o seu lugar ao completamente desinspirado Jorginho, que parece a cada jogo que passa, ter desaprendido de jogar o bom futebol que motivou a sua aquisição na época passada.

De resto, tudo normal, com uma táctica 4x4x2, que em ataque se desdobrava num 4x3x3… a dupla de ponta de lanças manteve-se confiada ao «motivado» Hélder Postiga e ao «desinspirado» Adriano.

A primeira parte foi pachorrenta e chata, apesar do forte domínio territorial por parte do FC Porto, mas onde não se criavam grandes oportunidades de golo, excepção feita a 2 oportunidades perdidas nos primeiros 15 minutos, quase que diria, escandalosamente pela nossa dupla atacante, Hélder Postiga e Adriano. Até ao intervalo, nada mais de relevo há a apontar.

Ao intervalo, e porque o Prof. Jesualdo Ferreira percebeu, tal como todos nós, que algo haveria que modificar, de uma assentada apenas, entraram Anderson e Lisandro para o lugar dos desinspirados Jorginho e Adriano.

A entrada, especialmente de Anderson, teve o condão de dinamizar completamente o jogo atacante por parte da nossa equipa, onde já se denota uma total cumplicidade na forma de jogar entre o triângulo: Anderson, Lucho e Quaresma.

Aos 53 minutos, depois de algumas tentativas goradas, Hélder Postiga recebeu na linha da grande área um passe de Paulo Assunção, e de costas para a baliza rodopiou sobre o central Alcaraz e fuzilou a baliza... estava aberto o marcador e quebrado o «jejum» de 503 dias sem facturar com a camisola azul e branca.

A partir desse momento, a fluidez de jogo atacante por parte dos «azuis e brancos» era de tal ordem, que Lisandro, aos 71 minutos aumentou a vantagem para 2-0, e Tarik dilatou para 3-0 em cima do minuto 90.

Temos o pleno de vitórias nos 4 jogos já disputados… mantemos o 1º lugar isolados, e agora aguardemos pelo jogo da próxima 3ª feira em Londres, para a 2ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, em que iremos defrontar o Arsenal.

PS - As gentes do Porto são, de facto, diferentes. Ao Jardigol, ficou o FC Porto a dever grandes jornadas de glória, mas que seria do goleador se não se tivesse projectado neste grande clube?... Ao Homem, que espero renascido, aqui vai pois, o meu tributo... Bem vindo, Jardigol, ao futebol e à vida. Que a sorte te proteja! Bem hajas!

Uma visôm, carago… sobre Rotos Lampiões e Emproados Lagartos

Rotos Lampiões felizmente que a fanfarronice e o querer ganhar sem trabalhar não dá pontos… LOL… escreveu-se direito por linhas tortas… LOL… castigou-se quem não conseguindo ganhar no campo, tenta ganhar fora dele… LOL… e para terminar, foi só mais um passo em falso, neste caso, uns «Paços» em falso!!... ontem e hoje estou para o LOL, que vou eu fazer?... LOL ;-)

Emproados Lagartos Mas que rico jogo, não acham?... lá no meu bairro, jogávamos mais ou menos assim.

22 setembro, 2006

O tabú... que nunca foi tabú

Afinal… o “Dumbo” resolveu ficar na «nojeira do futebol português»!!
(palavra de "Dumbo", dixit)

Mas alguém lúcido, alguma vez ousou ter dúvidas sobre os teus reais interesses?
Mas alguém alguma vez pensou que tu irias largar essa «galinha dos ovos de ouro»?
Meu caro “Dumbo”, acabaste de assinar a tua apólice de seguro… da liberdade!!!

Mais uma entrevista… mais uma palhaçada… mais umas insinuações e tal… dossier práqui, dossier prácolá… fala, fala, fala, mas não diz nada… portanto, nada de novo… tudo, cassetes gastas e já rompidas!... estavas bom era para te juntares ao agricultor de Palmela… faziam um dupla terrível... vocês sabem bem de quem eu estou a falar, carago!!... eheheheh

Pobre coitado… pobre anormal “Dumbo”, ninguém te liga puto!!

Parafraseando um muito recente spot televisivo, apetece-me dizer:

Sabem onde encontrar um anormal, mas mesmo anormal, mesmo, mesmo… epá, anormal?
Aquele anormal que tu olhas para ele e dizes:
“É pá, este gajo é mesmo um anormal!”
Sabes onde é que ele está, esse anormal que até chateia
de tão roto e ridículo que é, o anormal?
Sabes onde é que esse anormal está?... Sabes, sabes, sabes?
(agora alteramos… vocês dizem NÃO!!, que eu completo, ok?)
Nãooooooooo !!!
É pá… o anormal esteve na RTP1 a
desvendar o tabú… que nunca foi tabú!!

PS – Só fico tristonho por não ter podido assinar essa tal petição da tua recandidatura… que pena :-(… eu iria assiná-la com todo o prazer, e até te fazia prometer que ficarias no «galinheiro» por muitos e longos anos… é verdade!!

21 setembro, 2006

O regresso… de SuperMário

Se nada de anormal acontecer, na próxima 6ª feira, pelas 19h15, voltaremos a ver pisar o nosso relvado, o SuperMário… aquele de quem um dia se disse que “adorava voar sobre os centrais”.

Recuando no tempo e puxando pelo livro das memórias, recordo-me de um Jardel naquele seu ar destrambelhado e trapalhão, a quem os pés pareciam «estorvar»… mas de uma eficácia gritante e a todos os níveis fantástica… vi-o marcar com os meus olhos, golos de cabeça (a sua arma especial…), de pé direito, de pé esquerdo (o cego…), de letra, de trivela, de bicicleta, etc, etc, etc… lembro até um golo contra o Chaves, em terras de Trás-os-Montes, marcado com a «bunda».

SuperMário apontou apenas e só, a bonita soma de 167 golos ao serviço do FC Porto durante as 4 épocas que representou os ‘dragões’ entre 1996 e 2000. 130 golos na Liga, 17 na Taça e 20 nas competições europeias… uffaaaaa

O homem era mesmo Super… era, digo eu… até ao momento que, qual adulto com miolos de criança, e regressado a Portugal, depois de uma fugaz passagem pela Turquia, onde chegou a aparecer com um cascol «azul e branco» envolto no seu pescoço, se deixou tentar pelos maus vícios da cosmopolita Mourolândia, e entre história de mulheres, mulheres, mulheres e mais mulheres, misturada com aquele pó que faz rir… acabou quase definitivamente destruído pela fama fútil e pelas más companhias de alguns Al Beigas da época.

Começou a partir desse momento o seu calvário familiar e desportivo…. correu meio mundo à procura de fama e afirmação, mas só encontrou o esquecimento e o desprezo pelo seu passado recente... foi então, que aos 32 anos de idade, o seu conhecido treinador Inácio o «repescou» para o seu plantel mesmo ao lado da Ria de Aveiro e este começou a «renascer» para o futebol… com muita paz e tranquilidade!!

Neste momento, já leva 2 golos facturados em 3 jornadas… nada mau, nada mau!!

Deixo aqui algumas das suas últimas palavras sobre o reencontro da próxima 6ª feira:

“Vai ser muito emocionante abraçar os meus amigos e em especial o Baía. Os anos que representei o FC Porto foram sem dúvida os melhores da minha vida, não só pelos títulos alcançados, mas também pelas inúmeras amizades que construí”

“Estou ansioso para saber como vou ser recebido no Estádio do Dragão. Tenho lá muitos amigos e o FC Porto é o clube que me recebeu e onde conquistei os maiores êxitos da minha carreira. Os meus filhos nasceram no Porto e tenho o maior carinho pelas suas gentes”

Por mim, SuperMário, mesmo que sozinho, estarei lá a prestar-te o tributo que mereces e a aplaudir-te, se possível, em pé, em forma de agradecimento por tudo o que de bom nos trouxeste e as alegrias que me proporcionaste enquanto equipavas de «azul e branco»… sabes, felizmente nós, os verdadeiros Dragões, temos boa memória, muita boa memória... e nunca nos esquecemos de agradecer aos «nossos» nos momentos certos e apropriados!!

Eu, por mim, já esqueci a forma como tu te dirigiste a mim e a toda a Superior Sul do velhinho Estádio das Antas, aquando de um jogo FC Porto vs Sportêm, e depois de teres falhado um primeiro penaltie defendido pelo enorme Vítor Baia, o mestre «João Pinto» voltou a conseguir sacar mais um, e dessa vez tu não falhaste… lembro como se fosse hoje a forma como tu a nós te dirigiste, mas já te perdoei isso… nessa altura, já não eras o SuperMário que todos nós conhecemos e «amávamos».

Resta-me dizer por tudo o de bom que nos proporcionaste…
O meu obrigado, Super Mário!!

PS - Só mais uma coisa… nem penses em voar sobre os nossos centrais!!!... nem penses!!!

20 setembro, 2006

Miguel Sousa Tavares – Nortada

O silêncio dos culpados...

1 - Como já se percebeu, em termos penais, o Apito Dourado vai dar em nada: vai dar em apito encalhado, como eu escrevi logo de início. Uma vez mais, sucedeu o que já se vem tornando uma regra nos chamados processos mediáticos: a justiça avança com todo o espalhafato possível, querendo mostrar ao pagode que não recua perante os poderosos. Escudados no secretismo das investigações e no desconhecimento que os suspeitos têm sobre o valor real das suspeitas que sobre eles, os responsáveis pela instrução dos processos vivem dias de glória no seu papel de incorruptíveis justiceiros, tratando aos poucos de ir promovendo a condenação dos seus alvos junto da opinião pública, através de judiciosas fugas de informação— mais tarde investigadas pelo senhor Procurador-Geral da República, sempre para concluir que não há responsáveis, apenas os irresponsáveis dos jornalistas. Assim se vão consumindo os suspeitos em lume brando, sem possibilidade efectiva de defesa e tidos já como bandidos aos olhos da opinião pública. Mas eis que chega o momento da verdade: a instrução chega ao fim e entram em cena os advogados de defesa e os mestres especializados em vendas de pareceres jurídicos. Em breve se conclui que não há matéria efectiva para condenação em juízo e os processos são arquivados, sem que as pessoas percebam como. É este o destino mais do que provável do Apito Dourado.

Mas sobra, entretanto, o foro desportivo-disciplinar. Se as escutas não são válidas ou suficientes para obter uma condenação criminal dos implicados, ou se as provas recolhidas nada provam, resta que há, no que vem sendo divulgado, matéria mais do que suficiente para acusar disciplinarmente todos os implicados nas escutas e varrê-los a todos, sem excepção, iniciando uma vasta operação de higiene e limpeza, verdadeiro acto refundador do futebol português. Mas, como é óbvio, tal operação não será nem poderá ser levada a cabo pelos órgãos da Liga e da Federação actualmente em funções e que são, eles próprios, os principais implicados nesta geral porcaria.

Pelo que, sugiro medidas de excepção: que o governo tome posse administrativa da Liga e da Federação, que as regenere se for possível, que as extinga se for inevitável, mas que, nomeando gente séria e fora do futebol, instrua os processos que forem necessários e corra com todos os implicados de uma vez para sempre: dirigentes associativos, dirigentes de clubes, agentes, árbitros, treinadores e intermediários.

O que não é possível é continuar a escutar o silêncio ensurdecedor deste bando de cavalheiros e continuar a vê-los, impávidos, em funções, como se nada tivesse sucedido e nada tivéssemos sabido. A ver se o pau vai e vem e as costas folgam.

2 - Agora, o futebol, propriamente dito. O Sporting pagou o preço da sua brilhante vitória sobre o Inter e da falta de maturidade competitiva da sua jovem equipa— tal qual como José Mourinho tinha previsto que poderia suceder e como Paulo Bento tinha também avisadamente temido. É verdade que perdeu contra o Paços de Ferreira com um golo falso e irregular, mas no jogo anterior tinha também ganho com um golo irregular. Contas feitas, perdeu um ponto em Alvalade e ganhou dois na Madeira: o saldo ainda é positivo.

O Benfica ganhou como habitualmente, quando ganha: sem talento e sem garra. Na Dinamarca, jogando para a Champions contra uma equipa menor, Fernando Santos cometeu o erro de declarar previamente que o empate já não era mau. E os jogadores tomaram-no à letra, com uma exibição confrangedora de falta de ambição e coragem. Ficaram todos muito aliviados por não terem perdido, mas, ou muito me engano, ou vão pagar caro este empate.

O FC Porto de Jesualdo vai em três vitórias tranquilas nos três jogos feitos para o campeonato e um empate comprometedor no mais importante dos desafios: o da Champions, contra o CSKA. Teve azar neste jogo, desperdiçando suficientes oportunidades para ter ganho, mas não disfarçou nunca a falta que faz McCarthy ou um ponta-de-lança para jogos a sério, e deu sempre a sensação de ser uma equipa vulgar arrastada por um génio, o miúdo Anderson.

A meu ver, Jesualdo Ferreira é um homem sério, inteligente e que sabe de futebol. Gosto da atitude dele fora do campo, incluindo o mau humor que lhe atribuem. Mas falta-lhe o teste de fogo de ganhar com um grande. E, quando digo ganhar, não é ganhar o campeonato nacional, porque isso qualquer um pode conseguir à frente do FC Porto. Ganhar é ganhar o respeito da Europa, ultrapassar a fase de grupos da Champions, pôr a equipa a jogar um futebol que leve gente ao estádio, estar atento aos novos valores e dar à equipa uma verdadeira atitude de campeão. Compreendo e acho inteiramente legítimo que ele ainda esteja na fase de conhecer os jogadores e só por isso não é urgente tentar dizer-lhe desde já que, por exemplo, ele não vai a lado nenhum na Europa com o Bruno Alves a central e o Hélder Postiga na frente: a seu tempo, sem dúvida que o perceberá por si. Para já, o mais preocupante é a estranha onda de lesões que já pôs no estaleiro jogadores importantes como o Pedro Emanuel, o Ibson, o Raul Meireles ou o Bruno Morais, e a extrema dificuldade, que já vem de Adriaanse, de a equipa conseguir chegar ao golo contra adversários que se fecham e defendem bem.

3 - Jogo após jogo, vou cimentando a minha opinião, manifestada logo após o primeiro jogo que lhe vi fazer: este gauchinho do Anderson, a menos que alguma coisa de muito má e muito estranha lhe aconteça, está destinado a vir a ser um dos melhores jogadores do Mundo, não tarda nem um par de anos. E, se dúvidas houvessem, aí está já o baile dos vampiros voando sobre a sua cabeça para ficarmos esclarecidos. E lá vamos nós, portistas, viver a habitual saga que já conhecemos do Jorge Andrade, do Ricardo Carvalho, do McCarthy ou do Deco: cada vez que há um fora de série na equipa, ninguém nos dá tréguas, no desejo expresso de o ver rapidamente pelas costas, exportado à primeira oferta. Mas, neste caso, ficaria bem um pouco de pudor: o miúdo tem só 18 anos, chegou há apenas um ano e foi preciso esperar seis meses para que começasse a jogar. Dêem-lhe ao menos tempo de aquecer a camisola e não o queiram ensinar já a transformar-se num mercenário!....

# in "A BOLA", 2006.09.19

19 setembro, 2006

Fresquinhas… por cá & por lá

Campeão, “Anderson já vale mais de 20 milhões de euros” O Barcelona, pela voz de Txiki Begiristain já reconheceu trazer o jogador debaixo de olho… ao que se julga saber, o Chelsea está também muito atento… entre um e outro, temos já duas certezas absolutas: em primeiro lugar é que o «puto» não vai cá estar muito tempo; a outra é que vamos ganhar muito dinheiro, se olharmos a que o FC Porto desembolsou 5 milhões por 50% do seu passe e neste momento pode bem embolsar já mais do dobro investido… nada mau… nada mau.

Rotos, “Orelhas mantém tabu sobre candidatura” Está ai há porta um novo movimento “FICA ORELHUDO”. Depois de tantos avanços, recuos, hesitações e birras, o Orelhas prepara-se para deslindar o «tabú» sobre a sua recandidatura ou não numa entrevista à RTP1 na próxima 5ª feira… como se fosse preciso dizê-lo, digo eu!!... és um brincalhão, ó Orelhas, não és?... então, não está já marcado um mega-jantar de apoio para 6ª feira?... brincamos, não?... por mim, podes avançar, porque eu sou o primeiro a apoiar-te quando dizes que o “SL Bosta é um elefante adormecido”… eu até digo mais, é mesmo um Enorme Elefante, basta olhar para as trombas dos seus adeptos… eheheh

Emproados, “ponderam avançar com um pedido de repetição do jogo” Acho bem… muito bem!!!... então, olhando-se à pontaria de Liedson, do Bueno, do Alecsandro, têm total razão!!.. já agora, podem aproveitar e pedir também a repetição do jogo com o Nacional da jornada passada, do jogo da época passada com o Leiria no WC XXI, etc, etc, etc… é que por este andar, vamos andar a ver repetir jogos até ao virar do século para se pôr tudo em dia… é caso para dizer, pela boca morre o peixe… perdão, lagarto… eheheh

Nota humorística… do dia

Nos últimos tempos, com alguma piada, diga-se de passagem, alguns jogadores a actuar em Portugal têm sido referenciados por “apelidos” bastante interessantes... é vê-los a tratar o Deco por «mágico», o Quaresma por «harry potter», o Lucho por «el comandante», Rui Costa por «maestro», Ronaldo por «virtuoso», etc, etc, etc… é caso para dizer, para quando personagens da banda desenhada da minha infância, tipo Pateta, Zé Carioca, Zé Sopapo ou até mesmo o Pato Donald?

Eu estou completamente de acordo, e até posso dar umas sugestões:

- o Pateta pode ser talvez a grande contratação dos emproados, o Carlos Bueno;

- o Zé Carioca pode ser o Liedson, até pelo bico, não sei se já repararam que o nariz dele é um bocado para o estranho;

- o Zé Sopapo, evidentemente, só pode ser o Petit, não é?

- o Pato Donald, talvez o Hélton, que calça o 48… tem cá uma barbatana que faz favor...

Acho que são boas sugestões, mas outras se poderiam colocar… querem lançar também vocês umas sugestões sobre personagens da nossa infância?... bora lá, esmerem-se carago!!... eheheheh… tou curioso com as vossas sugestões e qual o vosso nível humoristico… eheheheh

18 setembro, 2006

Liga Kaos… 3ª Jornada

A navegar… na liderança!!

Ao fim da 3ª jornada, já somos líderes (mesmo que provisoriamente…) com 9 pontos, 7 golos marcados e apenas 1 sofrido… bem bom, digo eu.

O FC Porto derrotou a Naval 1º de Maio por 2 golos sem resposta, apontados ainda não estavam decorridos os primeiros 30 minutos da 1ª parte, golos estes da autoria dos defesas Marek Cech e de Mário Sérgio na própria baliza.

Desta vez, o Prof. Jesualdo apostou num esquema 4x4x2, com a saída do último onze interno de Tarik para a entrada do renovado Hélder Postiga, mas que rapidamente se transformava em 4x3x3 ou 3x5x2, dadas as constantes mudanças de posição dos jogadores em campo, que por vezes, davam a impressão de não ter nenhuma posição fixa no terreno de jogo. Principalmente na fase inicial de jogo, a Naval nunca se conseguiu adaptar a este esquema e aos 25 min de jogo, já levavam com 2 golos.

A sensação que ficou entretanto foi de que estes 2 golos, mataram com o que restava para jogar, visto que o FC Porto passou a controlar o jogo, com muita circulação de bola, e a gerir o esforço em campo, o que obrigava os jogadores da Naval a correr atrás da bola, mas «sem a cheirar».

Na 2ª parte, o cariz do jogo manteve-se nesta toada, lenta e mastigada, mesmo que controlada, mas com poucos pontos de interesse, aqui e acolá, abanada por uma ou outra incursão atacante por parte do FC Porto junto da área adversária, mas que não mais resultaram em qualquer golo. Estava feito o que mais interessava… vitória e mais 3 pontos.

A minha principal nota de destaque deste jogo vai para o colectivo do FC Porto que com mestria e saber, entrando com aquela dinâmica de jogo, atordoaram por completo com a Naval nos primeiros 45 minutos, o que permitiu passar a 2ª parte unicamente a gerir esforços… muito bem!!

Para memória futura… ontem, mais 2 penalties que na dúvida não foram marcados a nosso favor… o apito dourado deve andar a pesar muito na cabeça de alguns homens de negro… parece-me!!

Uma visôm, carago… sobre Rotos Lampiões e Emproados Lagartos

Rotos Lampiões Afinal o gigantone ainda cá mora?... e eu a pensar que um «colosso mundial» já o tinha vindo resgatar!!... nada como ver a mouraria toda contente… eheheh

Emproados Lagartos Porque será que desta vez todos ouvimos o Paulo Bento a resingar?... porque será?... como eu dizia na última crónica relativa à 2ª jornada, “cuidado com o sistema, muito cuidado com este sistema!”… desta vez, virou, digo eu!!... ainda não estavam decorridos 5 minutos de jogo, e naquele WC XXI já era, como aliás é normal e corriqueiro, um mar de assobios… para nós, “qualquer um serve”… para eles, “parece que nenhum serve”… arre que gentalha mais emproada e cheia de manias de Condes e Viscondes… eheheh

Ridículo lampião... humilhado faz 10 anos

Esmagador, inesquecível e fantástico!!

Mesmo que passem muitos anos, mesmo que corra muita água sobre as pontes, nunca se irá esmorecer na memória a fabulosa exibição do FC Porto em pleno Estádio da Luz, na 2ª mão da Supertaça de Portugal de 1995-96.

Claro que foi mais uma noite de glória… é evidente que construímos um resultado histórico… é indesmentível que muitos poucos estariam à espera de um resultado assim… era incontornável que se dava o caso singular à época, de, em Portugal, uma equipa que tinha vencido a Taça dos Clubes Campeões Europeus, a Taça Intercontinental, a Supertaça Europeia e o maior número de campeonatos da última década, ainda teria que provar, jogo a jogo, que vencia… porque era melhor!!

Os 5 golos sem resposta marcados por Artur, Edmilson, Jorge Costa, Wetl e Drulovic, calaram os gloriGOZOs ridículos… mas calaram muita outra gente.

Porque RECORDAR é VIVER… aqui fica a minha visão sobre essa Supertaça de Portugal 1995-96. Divirtam-se a bom divertir nesta viagem ao passado longínquo… mas sempre presente nas nossas mentes e no nosso orgulho «azul e branco».

Supertaça de Portugal 1995-96

- 1ª MÃO -
Data: 18 de Agosto de 1996
Local: Estádio das Antas, Porto

FC Porto – Wozniak, Bino, Rui Jorge, Aloísio, Jorge Costa, Paulinho Santos, Barroso, Edmilson (Sérgio Conceição), Domingos, Artur (Rui Barros), Drulovic
Treinador: António Oliveira

SL Ridículos – Preud’Homme, Calado, Bermudez, Hélder, Dimas, Jamir, Donizete, João Pinto, Bruno Caíres (Gustavo), Valdo, Panduru (Hassan)
Treinador Paulo Autuori

Marcadores: (1-0) Domingos 43'

O primeiro jogo oficial da época futebolística colocou frente a frente os vencedores do Campeonato Nacional e da Taça de Portugal da época passada. FC Porto e SL Ridículos tinham aqui a oportunidade de ensaiar um primeiro experimentar de forças muito importante. As duas equipas tinham passado por uma renovação importante, e este primeiro frente a frente surgiu num momento importante para avaliar o estado de preparação dos dois grandes rivais.

O FC Porto, mais uma vez, mostrou estar melhor. Foi mais consistente e mais criativo. Soube ser mais perigoso e mostrou uma maior apetência pela baliza. O resultado foi escasso e não espelha completamente o bom trabalho desenvolvido pela equipa azul e branca.

Havia um segundo jogo para disputar, pelo que, pode-se dizer, estaria tudo em aberto. A vantagem de um golo não deixava margem para qualquer descanso, mas também era inegável que o triunfo tinha sido um excelente passo em frente. O objectivo era mesmo a conquista do troféu.

- 2ª MÃO -
Data: 18 de Setembro de 1996
Local: Estádio da Luz, Lisboa

SL Ridículos – Preud’Homme, Calado (Tahar), Bermudez, Hélder, Dimas (Iliev), Valdo, Jamir, Bruno Caíres, João Pinto, Donizete, Gustavo
Treinador Paulo Autuori

FC Porto – Wozniak, Lula, Sérgio Conceição, João Manuel Pinto, Jorge Costa, Fernando Mendes, Wetl, Paulinho Santos, Zahovic, Edmilson (Rui Barros), Artur (Drulovic)
Treinador: António Oliveira

Marcadores: (0-5) Artur 3', Edmilson 42', Jorge Costa 46', Wetl 55' e Drulovic 83'

Foi uma noite de gala... Como é que se descreve um jogo destes?... Como é que se pode falar da magia e da fabulosa exibição de um conjunto de jogadores capazes de transformar em noite de gala o que parecia ser uma noite normal de um normal jogo de futebol?

Nunca os Ridículos tinham perdido por tantos e no seu próprio terreno... nunca os Ridículos se tinham sentido tão pequenos perante o gigantismo... jamais os Ridículos imaginariam ver-se em tal, ser autenticamente humilhados logo no seu terreno e no jogo decisivo para a atribuição do primeiro jogo da época, é algo que jamais os adeptos dos Ridículos esquecerão.

Ainda bem que o jogo foi transmitido pela TV, porque assim todos tiveram a oportunidade de ver uma exibição inesquecível, um resultado histórico e uma vitória arrasadora.

Noites de glória como esta são raras, mas não podemos cair no erro de pensar que se conseguiu um resultado daqueles que só se conseguem uma vez na vida… não!!, nós temos condições para repetir muitos mais resultados como estes. Cinco a zero é um resultado saboroso, aqui e em qualquer parte do mundo. Às vezes, também é um resultado do outro mundo… este é um desses casos.

Ridículos Infiéis…
verguem-se perante a nossa SUPERioridade!!

16 setembro, 2006

5.000 visitas... Obrigado!!

É uma sensação estranha, pensar que desde o dia 25 de Maio de 2006, este blog acumulou um total de 5.000 visitas, o que quanto a mim é um sucesso e completamente fora das minhas perspectivas iniciais, admito.

O que é um facto é que lentamente o blog foi crescendo, sempre com passos firmes e seguros, e eu como autor/administrador deste espaço, a conclusão a que chego é que há quem o visite e perca algum tempo a ler e/ou comentar os artigos que vou postando… por isso, um especial obrigado pela motivação que me dão.

Gostaria de relembrar-vos as minhas ideias base para a criação deste blog que enunciei logo no 1º post (podem clicar aqui para o ler)… e que hoje, posso dizer, saíram completamente reforçadas.

Outro aspecto não menos importante a destacar é o facto de pela primeira vez desde a inauguração, mais precisamente no passado dia 14.09.2006, ter ultrapassado a barreira das 100 visitas diárias, neste caso, 144 visitas e 209 pageviews... no dia seguinte, 15.09.2006, voltei a receber 100 visitas e 203 pageviews. Para quem começou por ter uma média diária de 25/30 visitas, e neste momento começa a ultrapassar as 100 visitas diárias, não é bom, é obra!!!

Por todos estes factores, digo que continuarei a dar voz às minhas alegrias, tristezas, anseios, dúvidas, certezas, etc, etc, até que a minha “voz tripeira” me doa.

Bem hajam a todos vós e mais uma vez, o meu muito e especial obrigado, porque sem vocês, nunca aqui teria chegado… na verdade, vocês é que são o ELO MAIS FORTE!!

Espero que continuem a passar por cá diariamente.

PS – Estejam atentos ao post da próxima 2ª feira… muito atentos… vamos ter fortes motivos para comemorar… estejam atentos… muito atentos!!

15 setembro, 2006

14 setembro, 2006

Liga dos Campeões 2006/07… 1ª jornada

Meio copo cheio ou meio copo vazio?... apesar de claramente favorito e jogar em casa, o FC Porto não conseguiu derrotar mais uma vez, diga-se de passagem, a «bem organizada» equipa de leste, CSKA Moscovo, somando apenas 1 ponto na luta pelo acesso aos 1/8 final esta competição milionária.

Olhando-se para o onze que entrou em campo, nada de novo, dados os impedimentos já de todos conhecidos; Ezequias e Paulo Assunção para os lugares dos lesionados Marek Cech e Raul Meireles… no resto, tudo igual.

Digamos que entramos bem no jogo, com uma já razoável fluidez de processos de jogo, em que fomos lentamente empurrando a equipe do CSKA para o seu meio terreno, com o explosivo e talentoso Anderson em grande destaque. Pertenceu a este a jogada individual da noite, onde depois de passar por vários adversários, rematou com uma tal violência na entrada da área moscovita, tendo a bola embatido com um enorme estrondo no poste da baliza…que azar!!. Na 1ª parte, contabilizei 5 jogadas para golo… que deram em nada.

Chegado ao intervalo, o Prof. Jesualdo Ferreira esteve muito bem, quanto a mim, na substituição do inconsequente e apagado Tarik pela entrada em jogo do agora motivado Hélder Postiga. Ao contrário da 1ª parte, entramos mal e de alguma forma ansiosos para jogar os segundos 45 minutos. Apesar de muito esforço e suor, salvo raras excepções, nunca conseguimos criar jogadas de grande perigo para a baliza adversária, parecendo mais jogar com o coração do que com a cabeça… e aqui e acolá, o CSKA ia criando alguns lances perigosos para a nossa rectaguarda através de contra-ataques rápidos.

Até ao fim, registo para as duas únicas grandes oportunidades perto já do final do jogo, uma através de Lucho que cabeceou junto ao poste, proporcionado uma grande defesa ao guarda redes adversário, e outra situação criada por Lisandro, que tinha entrado para o lugar do Adriano, que fez a bola através de um remate cruzado, passar a poucos centímetros do poste.

O jogo chegou ao fim com assobiadelas enormes dirigidas aos moscovitas, em virtude das excessivas perdas de tempo, de cada vez que a bola saia do terreno… se assim aconteceu, podem agradecer a passividade do árbitro norueguês, Tom Henning. Manteve-se o 0-0 inicial, com repartição de pontos para ambas as equipas, mas tendo ficado aquela sensação de que poderíamos e deveríamos ter conseguido melhor resultado; a vitória… lá mais para a frente, veremos se o copo estava meio-cheio ou meio-vazio.

Obviamente que nada ainda está perdido, até porque o Arsenal cumpriu a sua parte, e venceu por 1-2 no reduto do Hamburgo, o que facilita em muito o nosso desempenho futuro nesta fase de grupos.

Agora, urge, rectificar os pontos menos positivos e encarar os próximos jogos com uma maior atitude e acerto, para que consigamos alcançar os objectivos a que nos propomos, que não passa por mais do que, ultrapassar esta fase de grupos.

Na próxima jornada, dia 26/09, o FC Porto deslocasse ao terreno do Arsenal para cumprir a 2ª jornada… tenhamos mais sorte, já que os deuses hoje nada quiseram com as cores “azuis e brancas”.

PS1 – Miau… já não bastava teres sido desmascarado com a tua «objectiva secreta» em pleno Dolce Vita, ainda nos fazes esperar para entrar no Estádio?... humm… olha que entradas no Dragôm com cartões de sócio sem estarem «oficializados» pelos serviços administrativos do gabinete do associado, não dá, não!!... ou eram as cotas que não estavam pagas?... eheheheh

PS2 – Amanhã, com calma, colocarei aqui algumas fotos desta nossa noite… cinzenta!

13 setembro, 2006

Novo autocarro... do «ridículo GloriGOZO"

A partir do momento que o FC Porto apresentou o seu novo e luxuoso autocarro, os «ridículos» ficaram de tal forma enraivecidos e espumados com tal prepotência dos «campeões», que resolveram também eles encontrar uma nova forma de «inovar».

Passadas que foram muitas reuniões realizadas no maior secretismo dos deuses, a dupla “Orelhas & Al Beiga” tomou então a decisão mais esperada por todos os «ridículos» e resolveram também eles «inovar»… para arrasar!!

Não contavam era com uma pequena fuga de informação… era então tempo de colocarmos os nossos serviços secretos cá do blog a trabalhar em velocidade cruzeiro… as «rédeas da operação» ficaram a cargo do seu responsável máximo, o operacional “Sherlock BicHo”, que sozinho, e depois de muitas capturas, sequestros e torturas, desvendou todo o caso em mãos.

Como prova testemunhal do magnifico trabalho no terreno do nosso operacional, aí está ele… em primeira mão, apresento-vos o novo autocarro do «GloriGOZO».

«Inovar» no dicionário dos «ridículos», é uma máquina de «transporte de animais vivos»!!... Está bem, está!!... digo eu.

Miguel Sousa Tavares – Nortada

Zangam-se as comadres, soa o apito…

Há mais de ano e meio que uma vasta legião de jornalistas, comentadores e dirigentes desportivos vivem agarrados ao Apito Dourado como bóia de salvação capaz de lhes trazer, servida numa bandeja, a única conclusão e a única «verdade» que ansiosamente esperam: a «prova» de que a hegemonia do FC Porto, nas últimas duas décadas do futebol português, tem uma única razão de ser — a compra dos árbitros. É por isso, segundo o seu esperançoso discurso, que o FC Porto ganha bem mais e mais vezes que os seus rivais do sul.

Em vão lhes foram constantemente fornecidos motivos de reflexão para outras razões possíveis, que eles desprezaram sempre, porque reconhecer o mérito alheio seria reconhecer o demérito próprio. Foi e é inútil argumentar com outro tipo de razões lógicas. Por exemplo, que se os árbitros (e, aparentemente, todos eles) se dispõem a vender os seus bons ofícios ao FC Porto, é natural que também o façam com os outros clubes. Por exemplo, que é difícil de perceber como é que um clube que só ganha internamente graças a batota, conseguiu ser, no espaço de dezasseis anos, duas vezes campeão da Europa e do Mundo, juntando ainda uma Taça UEFA e uma Supertaça Europeia ao rol dos seus triunfos internacionais. Por exemplo, que é difícil aceitar a batota como única razão para a supremacia portista, quando, uns após outros, jogadores e técnicos, portugueses e estrangeiros, que têm passado pelo FC Porto são unânimes em elogiar a sua superior organização, profissionalismo e atitude competitiva, em comparação com os seus rivais. Ou, por exemplo, que é difícil perceber como é que o FC Porto conseguiria exercer tão duradouramente tal poder subterrâneo, quando há vários anos se encontra afastado de todos os órgãos de decisão que integram a Liga de Clubes e a Federação Portuguesa de Futebol — que são os órgãos onde se decide as nomeações de árbitros, as suas classificações e punições disciplinares. Enfim, como é que alguém de boa-fé pode sustentar que é por batota que o FC Porto ganha e os outros não, quando todos temos, semanalmente, acesso a todos os jogos dos «grandes» e o que vemos é demasiado evidente para poder ser explicado por «razões ocultas». Depois de ver jogar o Benfica no Bessa, este sábado, alguém acredita que é por falta de «transparência» e de «rigor» que o Benfica é a desilusão continuada que tem sido? Alguém se lembra quando foi o último ano que o Benfica teve uma equipe de categoria, a jogar um futebol de categoria?

A muita gente, incapaz ou incompetente, que tem dirigido os destinos do Benfica e do Sporting dava muito jeito convencer o pagode que só razões extrafutebol é que explicam os seus fracassos e os sucessos portistas. O Apito Dourado — um processo mal instruído e mal amanhado desde o início, construído mais para os jornais do que para os tribunais, como é hábito entre nós — foi a tábua de salvação a que se agarraram para provar a sua razão. E, mesmo quando os primeiros indícios recolhidos e as primeiras fugas do processo começaram a revelar, sem margem para dúvidas, que o grande implicado do processo era o sócio benfiquista na Liga, o major Valentim Loureiro, as esforçadas almas benfiquistas não pararam de alimentar a lenda e a «verdade» de que tudo se resumia às tropelias de Pinto da Costa e do FC Porto.

Para não dizerem que não disse, anotem bem que eu não considero nem normal, nem aceitável que se corresponda ao pedido de um árbitro que queria os serviços de uma prostituta ou que o presidente de um clube receba em sua casa, para um «cafezinho», um árbitro que daí a dias vai dirigir um jogo do seu clube. Penso que ambas as coisas deveriam ser investigadas e punidas, no foro disciplinar, mesmo que arquivadas no foro criminal, como foram. Embora também não possa presumir a má-fé de Pinto da Costa, quando disse em depoimento que a visita do árbitro a sua casa foi inconveniente e não desejada por si, e embora também não seja tão ingénuo que não saiba ou não desconfie que os serviços sexuais aos árbitros ou as jantaradas de mariscos em restaurantes são uma prática habitual e disseminada por todos os clubes. Mas se os processos contra o FC Porto foram arquivados pelo Ministério Público é porque desde o início, como aqui escrevi, não se fez prova de duas coisas essenciais: nexo de causalidade e o móbil do suposto «crime». Ou seja, não se provou, antes pelo contrário, que aqueles árbitros tivessem beneficiado o FC Porto naqueles jogos. E, como era evidente, entendeu-se que era impossível demonstrar em tribunal, apenas com base na opinião dos benfiquistas ou sportinguistas, que o FC Porto de 2003-4, que era de longe a melhor equipa portuguesa de então, que jogava um futebol de encher o olho, treinada pelo melhor treinador português de sempre, que viria a ganhar o campeonato com mais de dez pontos de avanço sobre os seus rivais imediatos e viria a ser campeã da Europa, precisava de subornar os árbitros para ganhar em casa ao Estrela da Amadora ou fora ao Beira-Mar. Mas foi essa lenda que se alimentou durante ano e meio, através de «fugas» criteriosas do processo e extractos seleccionados das escutas telefónicas.

Sempre me perguntei porque é que ninguém falava de outros clubes e outras épocas, ainda mais recentes e pertinentes — como a época de 2004-5, em que o Benfica, sem jogar absolutamente nada, conseguiu ser campeão e entrar para o Guiness, através da proeza de, nos últimos dez jogos da época, marcar golos sempre e exclusivamente de «penalty» ou de livre à entrada da área, quase todos duvidosos e alguns escandalosos.

Mas eis que rebenta uma súbita zanga de comadres entre os sócios da Liga. Com Valentim Loureiro a negociar a sua própria sucessão na Liga, de forma a ficar com um pé dentro e o Benfica com os dois fora, a sociedade Benfica-Boavista estilhaçou-se e a mostarda subiu ao nariz do presidente do Benfica, e com razão. E, vai daí, começou ele a falar, dia sim, dia sim, do Apito Dourado, até que o Diário de Notícias de quarta-feira escarrapachava as escutas feitas à família Loureiro — cujo teor, não sendo logo integralmente desmentido, justificaria, se houvesse um pingo de vergonha, que eles se demitissem de todos os cargos que exercem nas horas seguintes.

E, sexta-feira, no Público, veio a vingança. Luís Filipe Vieira apanhado por tabela numa escuta feita a Valentim Loureiro, a escolher, sem pudor, o árbitro para uma meia-final da Taça e a dizer coisas tão sugestivas como «não quero mais esquemas nem quero falar muito» ou «não me quero chatear com isto porque eu estou a fazer isto por outro lado». Enfim, como ele próprio disse sem se rir, uma conversa que «revela o estado de espírito de um homem que pugna pela transparência e pelo rigor».

Mas o mais irónico ainda, é que a seguir o Público revelava uma conversa entre Pinto de Sousa e Pinto da Costa, que alguns bem intencionados se apressaram a declarar idêntica à conversa entre Loureiro e Vieira. Com estas diferençazinhas: enquanto Vieira recusava o árbitro indicado para o seu jogo, Pinto da Costa era confrontado com a recusa do árbitro por parte do adversário — o União de Leiria; enquanto que Vieira, a seguir, recusava mais quatro nomes indicados por Loureiro (nem ele nem a Liga tinham competência para escolher o árbitro dum jogo da Taça...) até aceitar o quinto, Pinto da Costa sugeria ao seu interlocutor um nome de consenso, a seguir propunha-lhe que escolhesse quem tivesse sido o melhor classificado e, finalmente, que escolhesse quem quisesse, que ele aceitaria qualquer um. E só para completar a história: nessa meia-final da Taça de 2004, o FC Porto apanhou um dos dois árbitros que mais o prejudicam habitualmente e, na final contra o Benfica, apanhou o outro — e ganhou o Benfica, sem justiça alguma.

Pois é, o Apito Dourado transformou-se em «Apito Desgovernado» e agora apita em todas as direcções. E cada vez menos na direcção programada.

# in "A BOLA", 2006.09.12

12 setembro, 2006

José Vei(j)a... o Padrinho

Mais um «beijinho húmido e avermelhado» para o cadastro... das «virgens ofendidas».

Podem ler toda a noticia de hoje no Jornal "Público", clicando aqui.

Questiono-me várias vezes ao dia porque é que até há poucos dias atrás, os nomes destas «virgens puras e ofendidas» tenham sido sempre encobertas pela imprensa e pela justiça, no âmbito deste tal e famigerado caso "apito dourado"??... porquê??... alguém me explica??

Razão tem o Orelhudo-Mor... "o apito vai mesmo apitar"!!

Calha a todos... completo eu.

10 setembro, 2006

Liga Kaos… 2ª Jornada

Em terra de infiéis, conquistamos mais 3 pontos a caminho do «bi»… objectivo cumprido.

Como já era esperado, o FC Porto apresentou-se disposto num 4x3x3, com a entrada para o onze titular de Bruno Alves para central ao lado de Super-Pepe, e Lisandro para a ponta esquerda, em virtude da ausência do Harry Potter dos convocados. Com a nova composição da linha defensiva de 4 elementos, o sacrificado foi Paulo Assunção.

Centremo-nos apenas nos segundos 45 minutos, porque nos anteriores, não obstante um domínio territorial por parte do FC Porto, ficando sempre a sensação de haver muito e muito espaço para se jogar, a falta de ideias foi de tal modo gritante, com os jogadores demasiado presos no novo sistema táctico, que de positivo, apenas o remate ao poste de Andersson… e pouco mais… muito pouco!!

Com a substituição ao intervalo de Lisandro por Hélder Postiga (e que bem que ele esteve… surpreendeu-me bastante pela positiva, diga-se de passagem, logo eu que fui sempre um seu crítico), muito se modificou e para melhor sem dúvidas. A partir daí, o jogo começou a ser mais fluído, com uma maior rapidez na circulação da bola, e o perigo começou a rondar a baliza dos estrelistas.

Foi então à passagem do minuto 55 que o marcador foi inaugurado a favor do FC Porto, mesmo que através de um auto golo do recém entrado na partida Rui Duarte. Digamos que o mais difícil estava feito… a partir daí, era uma questão de tempo até ao desmoronar completo do baralho de cartas da equipe adversária… e foi o que aconteceu.

As jogadas de perigo junto à baliza à guarda de Paulo Lopes iam acontecendo a um ritmo alucinante… e aos 83 minutos, surgiu o momento da noite… do meio da rua, Raúl Meireles desfere um remate de tal forma violento que este só parou dentro da baliza, e que golo, minha nossa!

Aos 89 minutos, Anderson após mais uma boa jogada de envolvimento colectivo, oferece o 3º golo a Lucho que só teve de encostar o pé na bola para fechar o score em 0-3 para o FC Porto.

O prémio do azar vai direitinho para Ibson que esteve em campo apenas 14 minutos, tendo-se lesionado com alguma gravidade, a fazer fé na imagens de dor na face do brasileiro… esperemos que nada seja de muito grave e que em breve, voltes a vestir a nossa camisola.

Uma visôm, carago… sobre Rotos Lampiões e Emproados Lagartos

Rotos Lampiões - Que belo “polvo” de 3 tentáculos encaixaram lá dentro e mais 3 para o olho da rua…Petit “The Beast”, aguardo apenas para memória futura, quantos jogos vai levar pela sua atitude «babosa e vernácula» para com o militar; tou curioso, tou mesmo!… Kit's, Kit's em promoção, vai um Kit?... que clube mais rídiculo, minha nossa!

Emproados Lagartos - Vitória justa… mas que dizer do lance que dá origem ao golo de Nani?… só mesmo Paraty é que não viu que era precedida de uma falta clara sobre Ávalos por parte do mesmo Nani... cuidado com o sistema, muito cuidado com esse sistema!

09 setembro, 2006

Tratamentos... diferenciados

Hoje, nova noticia de destaque no Jornal “PÚBLICO” sobre o processo “Apito Dourado”. Para verem toda a notícia, podem clicar aqui.

Desta vez, calhou em «sorte» falar do nosso Presidente, Pinto da Costa… e digamos que, lendo-se com muita atenção todo o diálogo mantido com Pinto de Sousa, saíram umas tiradas engraçadas, como abaixo transcrevo:

“O presidente do Conselho de Arbitragem deu-lhe conta de que a nomeação não agradava ao presidente dos leirienses, João Bartolomeu…”

“Mas Pinto da Costa diz também a Pinto de Sousa que pode mudar o nome, se assim o entender. "Por mim, estás à vontade. Se vires que te defende mais outro, põe outro", afirmou.”

“… a escuta telefónica levou o procurador a entender que havia indícios de crime. Os motivos que o levaram a ter um entendimento diferente para o caso do Benfica são uma incógnita. Aliás, segundo o PÚBLICO soube, há mais conversas comprometedoras com o presidente dos encarnados.”

Agora respondam-me lá como se eu fosse muito anjinho… vamos por partes, é que parece que somos todos uns tolinhos e andamos aqui a dormir, ou a ler coisas totalmente diferentes… o problema deve ser mesmo uma questão de tonalidades, só pode:

1) Antes de falar com Pinto da Costa, já não tinha falado com João Bartolomeu?

2) Pinto da Costa, afirma ou não textualmente que a escolha pode recair noutro qualquer, até por uma questão de defesa de Pinto de Sousa?

3) Afinal, qual é o critério para se decidir se há ou não indícios de crime?... esta escuta serviu, mas a outra do Orelhudo, já não serviu?... mas porquê?

4) Se há mais conversas comprometedoras do Orelhudo, porque é que ninguém as sabe ou nunca foram divulgadas?... mas têm medo do quê?... que ele invada mais alguma sede de jornal ou de televisão?

Vamos deixar de brincar com coisas sérias… e tratar todos por igual.

08 setembro, 2006

Apito... Avermelhado

A verdade dos «ridiculos» é como o azeite… vai sempre ao fundo!

Podem ler toda a noticia de hoje do Jornal “PÚBLICO”, clicando aqui.
E agora, como vai ser «ridiculos» ?... não vos ouço, falem mais alto!

PS – O violador vai voltar a atacar… fechem imediatamente as portas e janelas da sede do jornal!

07 setembro, 2006

Avante... Camaradas

Só porque vem ai novo fim-de-semana e é preciso muito boa disposição... andava eu a «navegar pela net» quando por um acaso qualquer, ou não, quiçá, encontrei um vídeo lá pelos lados do YouTube simplesmente contagiante e hilariante.

Na verdade, a história do PCP diz-me bastante quando tento encontrar um paralelo com a história do meu FC Porto... aquele «sentimento de liberdade» é qualquer coisa de brutal e que não tem explicação possível, só mesmo sentida!

Lembrei-me então, e se me permitem, tomo a liberdade de vos relembrar um anterior post que exemplifica o que acima tentei transmitir (para o ver, podem clicar aqui)... e porque há que encarar as coisas de modo positivo e com um enorme sentido de humor, deliciem-se com este magnifico trabalho de reportagem on-live do «Mr. Bondage» na festa do Avante que decorreu pelo Seixal no último fim-de-semana...

Bom fim-de-semana... "aZuL e bRaNcO" lá prós lados do CIRCO ROMANO da 2ª circular!!

Porca miséria… 5º jogo consecutivo sem vencer

Finlândia vs Portugal (1-1)…

Escarrolari e o seu grupo de amigos tanto falaram, falaram e repetiram que um empatezinho já era bem bom, que foi nisso mesmo que deu o resultado final do primeiro jogo rumo ao Euro 2008. Diga-se de passagem que foi um jogo demasiado pachorrento para o meu gosto, onde o grupo de amigos jogou mais de 30 minutos com apenas 10 jogadores. Apesar de tudo, o Nu(l)o Gomes, perto do intervalo, salvou a alma do convento para os tugas, empatando o jogo.

O grupo de amigos fez uma primeira parte sofrível, onde apenas um elemento se destacava dos restantes… o estreante Nani… tudo o resto, era entre o mau e o péssimo. Quando o nosso mágico Deco apareceu... o grupo de amigos marcou.

Na segunda parte, o grupo de amigos entrou bem no jogo, mas perto dos 10 minutos, Ricardo Costa tem mais uma entrada dura sobre um adversário e é expulso, por acumulação de amarelos. A partir daqui, o jogo arrastou-se até ao apito final do árbitro

De bom resultado quanto a mim, tem muito pouco… o tempo se encarregará ou não de me dar razão… lá mais para a frente voltaremos a falar no assunto.

Algumas considerações… para vosso comentário/análise:

1) Inicio de campanha... ao nível da ambição demonstrada por Escarrolari!!
2) Apenas... 5º jogo consecutivo sem vencer!!
3) Imaginem... mesmo sistema, mesmas opções, mas treinador português… como seria?
4) Deco para superar e disfarçar... a incompetência do Escarrolari!!
5) Garantia de estatuto de intocável... ao Cristianinho Romero!!
6) Ricardo Costa... passou a ser a 1ª teimosia do Escarrolari!!

As palavras… dos outros:

Escarrolari: «Gostei do que vi e estou muito satisfeito»

Tens razão… afinal, empatamos com uma selecção que nunca esteve presente em nenhum Europeu ou Mundial e no ranking internacional, está a escassos (!!!) 50 posições abaixo de nós. Acho que é razão para todos comemorarmos este feito, não achas também?

Agora deu-te para embirrar a «titular» do teu grupo de amigos com o Ricardo Costa?... que tal convocares também o Bru(t)o Alves?... ia ser o máximo, não achas?

Haja Nossa Senhora do Caravaggio para te «salvar» o pelo... PORCA MISÉRIA!!

06 setembro, 2006

Miguel Sousa Tavares – Nortada

Mateus: uma questão de ética e desportivismo

Já a semana passada tive ocasião de aqui escrever que o Gil Vicente está muito bem assessorado na sua persistente e talvez suicida demanda no chamado caso Mateus. Esses apoios e a aparente solidez das suas argumentações poderão levar os sócios e simpatizantes do Gil a imaginarem que têm a razão por seu lado mas o mundo inteiro contra si, por injustiça ou com idade. Eu, no lugar deles, tentaria, porém, ver as coisas com mais calma e distância, não deixando que a floresta das ambiguidades jurídicas impedisse de distinguir o essencial. O essencial não é saber se o Gil Vicente tem razão jurídica — (e, a meu ver, não a tem) — mas se tem razão do ponto de vista ético-desportivo. Porque o Gil Vicente não é uma sociedade de advogados nem um fórum de jurisconsultos, nem sequer uma empresa em litígio com o Estado devido a um acto administrativo. O Gil Vicente é um clube desportivo, cuja finalidade última é praticar desporto, entrar em competições segundo as respectivas regras e ser aceite de acordo com o comportamento de cavalheiros que, mesmo de forma longínqua, deve estar presente em todas as competições e todo o comportamento dos praticantes desportivos. Tanto quanto sei, o Gil Vicente está no desporto para competir e não para mudar, por via judicial, as regras das competições em que entra e que previamente aceitou. De nada lhe servirá—muito trabalho, muita discussão e muito tempo depois— ver um tribunal reconhecer-lhe razão jurídica, se essa vitória extrafutebol o desacreditar perante todo o país desportivo e o tornar um clube indesejado entre os seus pares. Como sabemos, o Gil é acusado de duas coisas, cuja validade contesta: —inscrever um jogador como profissional, quando, de acordo com o regulamento em vigor, não tinha ainda decorrido um ano sobre a sua inscrição como amador, só então podendo passar a profissional e jogar na Superliga; — ter apelado da decisão federativa que lhe negou a inscrição para os tribunais comuns, voltando a fazê-lo, quando nova decisão o relegou para a Liga de Honra. Em relação à primeira acusação, diz o clube de Barcelos que se trata de uma norma que limita a liberdade de trabalho. Penso que não tem razão alguma, nem jurídica, nem moral. Não é uma regra que limita a liberdade de trabalho, é apenas uma regra que estabelece uma das condições para se ser praticante federado de futebol profissional. Existem regras semelhantes em todos os desportos e, por maioria de razão, para profissionais. Ninguém pode, invocando a liberdade de trabalho, querer entrar no América’s Cup sem ter a carta de patrão de altomar e licença de competição em alto-mar, e ninguém pode correr na Fórmula 1 sem ter a Super Licença Desportiva. Mas é do ponto de vista ético que o comportamento da direcção do Gil Vicente é ainda mais reprovável. O clube contratou um jogador que sabia não poder ser inscrito desde logo como profissional. O Gil não ignorava o regulamento, aprovado pela Liga de clubes, de que faz parte, e que se integra num conjunto de regras essências para que haja competição em igualdade de circunstâncias, regras essas por todos assumidas voluntariamente. Pode-se discutir — em sede própria, que é a assembleia geral da Liga—se a regra é justa e se deve ou não manter-se. O que não se pode é fazer o que o Gil fez: sem nunca ter posto em causa tal regra na Liga, resolveu atacá-la quando tal lhe deu jeito, recorrendo para tal aos tribunais comuns, com isso visando obter um tratamento de excepção em relação a todos os outros clubes. E, para mais, fê-lo através de uma batota que em nada o dignifica, que foi a de fingir que tinha sido o jogador e não o clube a recorrer a tribunal, para defender a sua liberdade de trabalho. Por mais doutos pareceres jurídicos que consiga arregimentar a seu favor, nenhum conseguirá o milagre de lhe salvar a face em tal comportamento. A segunda acusação que pende sobre o Gil Vicente é a mais controversa: a da impossibilidade de recurso à justiça comum. Sobre isto, o Gil Vicente defende-se de duas formas. Por um lado, dizendo que não se trata de matéria estritamente desportiva, mas sim laboral: já vimos que o não é, salvo melhor opinião. Por outro lado, recorrendo à bomba atómica, ou seja, contestar o princípio em si mesmo da proibição de recurso à justiça comum em matérias do âmbito desportivo. Éaqui que alguns dos seus defensores já esfregam as mãos de contentes na perspectiva de um novo caso Bosman que volte a abalar o princípio da auto-replicação das entidades que gerem o futebol mundial . E é aqui também que a FIFA se mete ao barulho, ameaçando também com a sua bomba atómica, que é a suspensão das representações portuguesas nas competições internacionais — castigo que, diga-se, é totalmente absurdo e injustificado. Muito embora eu também seja, em muitas coisas, um crítico da prepotência da FIFA e da UEFA, devo dizer que, nesta matéria reconheço toda a razão de ser da sua intransigência. Ao contrário do que, em defesa do Gil escreveu o professor de direito de Coimbra, João Leal Amado, eu penso que aquilo a que ele chama «a submissão do poder desportivo ao direito» seria uma má notícia e não uma boa. Uma coisa é garantir que o futebol vive dentro da legalidade empresarial, fiscal, administrativa, etc. Outra coisa é impor que aquilo que apenas diz respeito ao futebol — como as regras de organização e de competição — passe a estar sujeito ao crivo da justiça. Porque a competição desportiva é, como disse, uma associação voluntária de equipas, países ou praticantes, que escolhem e têm o direito de escolher as próprias regras com que querem competir, sem que venham os omnipresentes juristas dizer-lhes que isso é ilegal, inconstitucional ou contrário ao direito comunitário. Depois, porque, apesar de tudo, o futebol, nomeadamente, funciona muito melhor do que a justiça (em particular a justiça portuguesa), e não pode, sob pena de morrer rapidamente, ficar sujeito aos prazos, formalismos e ambiguidades da justiça comum. Aliás, uma das coisas que funcionam mal no futebol entre nós — como o caso Mateus amplamente demonstrou mais uma vez—é a incompetência funcional dos juízes que habitam na justiça desportiva. E a estes guardiães do templo jurídico convém recordar que o tão louvado caso Bosman, onde a UE triunfou sobre a UEFA, não melhorou o futebol, piorou-o: permitindo a utilização sem limite de jogadores comunitários e aparentados por qualquer equipa, veio, obviamente, favorecer os clubes ricos dos países ricos, com isso distorcendo a concorrência e falseando a competição.

PS: Eu sei que a coerência não abunda entre os nossos dirigentes, mas às vezes a falta de coerência confunde-se com a falta de pudor. É o que constato quando oiço o presidente do Nacional, Rui Alves — cuja providência cautelar interposta no tribunal administrativo impediu a nova direcção eleita da Liga de entrar em funções — vir acusar Valentim Loureiro de «se querer perpetuar no lugar». Ou quando oiço o presidente do Benfica, que defendeu (e praticou) que era mais importante ter o poder na Liga do que uma boa equipa para o campeonato, vir agora dizer que a Liga não serve para nada. Ou quando oiço o cidadão Luís Filipe Vieira indignar-se porque um jornal escreveu que ele ia ser constituído arguido num processo-crime, vir exigir todos os dias a condenção sumária, judicial e extrajudicial, dos que ele quer ver implicados no processo Apito Dourado, dos quais nenhum foi ainda confrontado com qualquer acusação de que se possa defender nem provas que possa contestar — excepto parte escolhida de supostas escutas telefónicas, não validadas nem autenticadas, saídas nos jornais sem direito de defesa, e o tal «nojento dossier» que Luís Filipe Vieira diz ter recebido anonimamente na tal casa onde «só três ou quatro pessoas» sabem que ele mora e que, não se percebe porquê, não entrega à polícia.

# in "A BOLA", 2006.09.05