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SC Braga 0-2 FC Porto
Liga 2012/13, 10.ª jornada.
25 de Novembro de 2012.
Estádio Municipal de Braga.
Assistência: 17.251 espectadores.
Árbitro: Carlos Xistra (Castelo Branco).
Assistentes: Nuno Pereira e Jorge Cruz.
Quarto árbitro: Manuel Mota.
SC BRAGA: Beto; Salino, Douglão, Nuno André Coelho e Ismaily; Custódio, Hugo Viana e Rúben Micael; Alan (cap.), Éder e Mossoró.
Substituições: Hugo Viana por Rúben Amorim (67m), Rúben Micael por Djamal (86m) e Custódio por Carlão (90m+1).
Não utilizados: Quim, Paulo César, Hélder Barbosa e Elderson.
Treinador: José Peseiro.
FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, João Moutinho e Lucho (cap.); James, Jackson Martínez e Varela.
Substituições: Varela por Atsu (69m), João Moutinho por Defour (80m) e Lucho por Kleber (88m).
Não utilizados: Fabiano, Castro, Miguel Lopes e Abdoulaye.
Treinador: Vítor Pereira.
Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: James (90m) e Jackson (90m+3).
Cartões amarelos: Fernando (39m), Custódio (52m), Varela (63m), Ismaily (72m), Salino (87m) e Helton (90m+3).
Cartões vermelhos: nada a assinalar.
Os artistas servem para isto. Caso contrário não seriam artistas, seriam com os demais mortais. Eles nasceram para estes momentos, para mudar o rumo de um jogo, para alterar à última hora as capas dos jornais, para inverter o tom das conversas de café, para nos fazer começar a semana com um sorriso estampado na cara quando nada o fazia prever. Quando o conjunto não resolve, quando a equipa não se consegue superiorizar do ponto de vista táctico, eles assumem a responsabilidade de decidir a contenda.
Carregar esse fardo não é fácil. James herdou-o de uma nobre linhagem que o faz arrastar nos ombros o peso histórico de um Hulk, de um Deco, de um Jardel, de um Madjer, de um Futre, de um Gomes, de um Oliveira. São aqueles cuja bota imita Midas, escrevendo a ouro as páginas do nosso futebol.
O jogo de hoje na Pedreira foi, provavelmente, o mais difícil da época. Até ao golo de James, o pequeno treinador de sofá que reside em cada um de nós talvez estivesse a fazer as suas críticas a Vítor Pereira. Uns dizendo que teria sido cedo demais para apostar em Alex e Fernando no onze inicial; outros pedindo a verticalidade e irreverência de Atsu em vez da previsibilidade e maior rigor táctico de Varela. Qualquer coisa do género. Afinal de contas, o que interessa nestas coisas é menosprezar o adversário e atirar as culpas seja para quem for, nomeadamente o treinador.
Contudo, será justo fazer aqui um elogio à equipa de José Peseiro, que jogou sempre em alta voltagem, com Custódio e Hugo Viana a enfiarem Moutinho e Lucho num colete de forças. A nível ofensivo, o jogo do Braga vive muito do momento em que Hugo Viana consegue colocar a bola de forma vertical em Ruben Micael, na sensível zona entre os médios centro e o trinco portistas. A partir aí, o madeirense ora combina com o sensacional Éder (cada vez mais um caso sério do nosso campeonato), ora coloca a bola nas faixas, onde Alan e Mossoró asseguram a condução do ataque.
Só que, do outro lado, do nosso lado, estava uma defesa fortíssima, pronta para sofrer e para dar a segurança e estabilidade necessárias aos artistas da frente. Os laterais estiveram excelentes, dando provas de que o treinador e a estrutura estão a saber cuidar da evolução destes jovens canarinhos. Otamendi confirmou o excelente momento de forma, visível nos carrinhos bem temporizados, nas antecipações cheias de classe e no impetuoso jogo aéreo. Mangala, por seu lado, confirmou o que havia previsto durante a semana: Vítor Pereira deu-lhe rodagem na lateral para, tal como com Maicon, lhe oferecer a zona central numa bandeja. O francês não se fez rogado e respondeu com uma exibição de grande nível, impondo a sua impressionante capacidade física nas alturas e mostrando a todos a sua velocidade supersónica, recuperando bolas nas costas com uma facilidade quase assustadora.
Do meio-campo para a frente as coisas já não funcionaram assim. Fernando terá acusado a falta de ritmo e ficaram algumas saudades do triângulo composto por Défou, Moutinho e Lucho, que fazia do toque e da posse de bola a sua arma. A equipa terá ganho maior poder de choque e de desarme, mas perdeu o futebol de toque e corre. De Moutinho e Lucho já nos ocupamos acima, demasiado presos ao nó táctico de Peseiro, cujos intérpretes maiores foram Custódio e Viana.
James cotou-se sempre como o elemento mais inconformado da frente de ataque. Apesar de vigiado de perto pelos homens bracarenses, deu um recital de fintas e de simulações, nunca se escondendo do jogo, nem quando começou a ser castigado com duras entradas. Jackson terá feito um dos jogos mais apagados desde que chegou ao Dragão, perdendo quase todos os duelos travados com Douglão (excelente exibição do brasileiro).
Poderemos apontar a imaculada Champions até aqui realizada como causa para algum menor fulgor da parte dos nossos médios e atacantes. Mas será impossível escamotear a grande exibição da turma de Braga, que mostrou que é prematuro excluí-los deste campeonato.
Durante todo o jogo, em especial na segunda parte, mantivemo-nos unidos, compactos, nunca perdendo o discernimento. Vítor Pereira, mais uma vez, soube ler o jogo e fez as alterações correctas. Primeiro, lançou Atsu, que veio agitar o jogo ofensivo da equipa. Logo depois, retirou Lucho (algo abatido ao sair) e colocou Défour em campo, passando James para a posição 10. E, por fim, Kléber, para aproveitar o cansaço bracarense. Olhando para trás, fica a sensação de que a equipa sabia que aquele momento iria surgir, que o mágico ia aparecer para resolver. Fé, em suma. Até que o momento surgiu, fruto das alterações realizadas (na tal posição 10) e...fruto da tal sorte que muitos invejam.
Pouco depois, Jackson selou o triunfo azul e branco com um grande remate, no único momento em que conseguiu fugir dos feudos de Douglão.
O FC Porto sai de Braga com a liderança na mão, muito devido à estrelinha de campeão que teve, indiscutivelmente, do seu lado. Uns dirão que é sorte. É bom que pensem assim. Mal eles sabem o que custaram estes trinta e cinco anos de domínio do Dragão!
DECLARAÇÕES
Vítor Pereira
"Foi uma vitória difícil, suada e há que dar os parabéns aos jogadores e os parabéns aos adeptos. A equipa tem carácter, como tem demonstrado sempre, está unida e deu mais uma demonstração cabal disso mesmo. Parabéns aos jogadores, pois são eles que ganham os jogos, por toda a união demonstrada."
James
"Fico muito feliz. Penso que o FC Porto está a jogar para ser campeão. Sabíamos todos que o Braga é uma grande equipa e conseguimos um bom resultado, para podermos continuar a lutar. Estamos bem, estamos a passar um bom momento, mas sabemos que devemos seguir passo a passo e continuar por este caminho. Somos unidos."
RESUMO DO JOGO
Liga 2012/13, 10.ª jornada.
25 de Novembro de 2012.
Estádio Municipal de Braga.
Assistência: 17.251 espectadores.
Árbitro: Carlos Xistra (Castelo Branco).
Assistentes: Nuno Pereira e Jorge Cruz.
Quarto árbitro: Manuel Mota.
SC BRAGA: Beto; Salino, Douglão, Nuno André Coelho e Ismaily; Custódio, Hugo Viana e Rúben Micael; Alan (cap.), Éder e Mossoró.
Substituições: Hugo Viana por Rúben Amorim (67m), Rúben Micael por Djamal (86m) e Custódio por Carlão (90m+1).
Não utilizados: Quim, Paulo César, Hélder Barbosa e Elderson.
Treinador: José Peseiro.
FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, João Moutinho e Lucho (cap.); James, Jackson Martínez e Varela.
Substituições: Varela por Atsu (69m), João Moutinho por Defour (80m) e Lucho por Kleber (88m).
Não utilizados: Fabiano, Castro, Miguel Lopes e Abdoulaye.
Treinador: Vítor Pereira.
Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: James (90m) e Jackson (90m+3).
Cartões amarelos: Fernando (39m), Custódio (52m), Varela (63m), Ismaily (72m), Salino (87m) e Helton (90m+3).
Cartões vermelhos: nada a assinalar.
Os artistas servem para isto. Caso contrário não seriam artistas, seriam com os demais mortais. Eles nasceram para estes momentos, para mudar o rumo de um jogo, para alterar à última hora as capas dos jornais, para inverter o tom das conversas de café, para nos fazer começar a semana com um sorriso estampado na cara quando nada o fazia prever. Quando o conjunto não resolve, quando a equipa não se consegue superiorizar do ponto de vista táctico, eles assumem a responsabilidade de decidir a contenda.
Carregar esse fardo não é fácil. James herdou-o de uma nobre linhagem que o faz arrastar nos ombros o peso histórico de um Hulk, de um Deco, de um Jardel, de um Madjer, de um Futre, de um Gomes, de um Oliveira. São aqueles cuja bota imita Midas, escrevendo a ouro as páginas do nosso futebol.
O jogo de hoje na Pedreira foi, provavelmente, o mais difícil da época. Até ao golo de James, o pequeno treinador de sofá que reside em cada um de nós talvez estivesse a fazer as suas críticas a Vítor Pereira. Uns dizendo que teria sido cedo demais para apostar em Alex e Fernando no onze inicial; outros pedindo a verticalidade e irreverência de Atsu em vez da previsibilidade e maior rigor táctico de Varela. Qualquer coisa do género. Afinal de contas, o que interessa nestas coisas é menosprezar o adversário e atirar as culpas seja para quem for, nomeadamente o treinador.
Contudo, será justo fazer aqui um elogio à equipa de José Peseiro, que jogou sempre em alta voltagem, com Custódio e Hugo Viana a enfiarem Moutinho e Lucho num colete de forças. A nível ofensivo, o jogo do Braga vive muito do momento em que Hugo Viana consegue colocar a bola de forma vertical em Ruben Micael, na sensível zona entre os médios centro e o trinco portistas. A partir aí, o madeirense ora combina com o sensacional Éder (cada vez mais um caso sério do nosso campeonato), ora coloca a bola nas faixas, onde Alan e Mossoró asseguram a condução do ataque.
Só que, do outro lado, do nosso lado, estava uma defesa fortíssima, pronta para sofrer e para dar a segurança e estabilidade necessárias aos artistas da frente. Os laterais estiveram excelentes, dando provas de que o treinador e a estrutura estão a saber cuidar da evolução destes jovens canarinhos. Otamendi confirmou o excelente momento de forma, visível nos carrinhos bem temporizados, nas antecipações cheias de classe e no impetuoso jogo aéreo. Mangala, por seu lado, confirmou o que havia previsto durante a semana: Vítor Pereira deu-lhe rodagem na lateral para, tal como com Maicon, lhe oferecer a zona central numa bandeja. O francês não se fez rogado e respondeu com uma exibição de grande nível, impondo a sua impressionante capacidade física nas alturas e mostrando a todos a sua velocidade supersónica, recuperando bolas nas costas com uma facilidade quase assustadora.
Do meio-campo para a frente as coisas já não funcionaram assim. Fernando terá acusado a falta de ritmo e ficaram algumas saudades do triângulo composto por Défou, Moutinho e Lucho, que fazia do toque e da posse de bola a sua arma. A equipa terá ganho maior poder de choque e de desarme, mas perdeu o futebol de toque e corre. De Moutinho e Lucho já nos ocupamos acima, demasiado presos ao nó táctico de Peseiro, cujos intérpretes maiores foram Custódio e Viana.
James cotou-se sempre como o elemento mais inconformado da frente de ataque. Apesar de vigiado de perto pelos homens bracarenses, deu um recital de fintas e de simulações, nunca se escondendo do jogo, nem quando começou a ser castigado com duras entradas. Jackson terá feito um dos jogos mais apagados desde que chegou ao Dragão, perdendo quase todos os duelos travados com Douglão (excelente exibição do brasileiro).
Poderemos apontar a imaculada Champions até aqui realizada como causa para algum menor fulgor da parte dos nossos médios e atacantes. Mas será impossível escamotear a grande exibição da turma de Braga, que mostrou que é prematuro excluí-los deste campeonato.
Durante todo o jogo, em especial na segunda parte, mantivemo-nos unidos, compactos, nunca perdendo o discernimento. Vítor Pereira, mais uma vez, soube ler o jogo e fez as alterações correctas. Primeiro, lançou Atsu, que veio agitar o jogo ofensivo da equipa. Logo depois, retirou Lucho (algo abatido ao sair) e colocou Défour em campo, passando James para a posição 10. E, por fim, Kléber, para aproveitar o cansaço bracarense. Olhando para trás, fica a sensação de que a equipa sabia que aquele momento iria surgir, que o mágico ia aparecer para resolver. Fé, em suma. Até que o momento surgiu, fruto das alterações realizadas (na tal posição 10) e...fruto da tal sorte que muitos invejam.
Pouco depois, Jackson selou o triunfo azul e branco com um grande remate, no único momento em que conseguiu fugir dos feudos de Douglão.
O FC Porto sai de Braga com a liderança na mão, muito devido à estrelinha de campeão que teve, indiscutivelmente, do seu lado. Uns dirão que é sorte. É bom que pensem assim. Mal eles sabem o que custaram estes trinta e cinco anos de domínio do Dragão!
DECLARAÇÕES
Vítor Pereira
"Foi uma vitória difícil, suada e há que dar os parabéns aos jogadores e os parabéns aos adeptos. A equipa tem carácter, como tem demonstrado sempre, está unida e deu mais uma demonstração cabal disso mesmo. Parabéns aos jogadores, pois são eles que ganham os jogos, por toda a união demonstrada."
James
"Fico muito feliz. Penso que o FC Porto está a jogar para ser campeão. Sabíamos todos que o Braga é uma grande equipa e conseguimos um bom resultado, para podermos continuar a lutar. Estamos bem, estamos a passar um bom momento, mas sabemos que devemos seguir passo a passo e continuar por este caminho. Somos unidos."
RESUMO DO JOGO
Um saborosa vitória contra os artistas da queda... e um árbitro sempre medíocre.
ResponderEliminarDois golos espetaculares, algumas boas prestações: Mangala, James, Otamendi (apesar de ter entregue o ouro ao bandido por duas vezes, e alguns passes sem nexo), Fernando (muito bem)...
Enfim, vejo a equipe com confiança e isso sempre traz algo de muito positivo!...
O Porto demonstra ser uma VERDADEIRA EQUIPA. É um orgulho ver como todos estão unidos.
ResponderEliminarE depois há a magia de JAMES a decidir.
E os parabéns ao Vitor Pereira que tem mt mérito nisto tudo que tem acontecido esta época. Merece!
Grande vitória, mesmo nos últimos minutos com dois mísseis colombianos a selar a manutenção da liderança no campeonato!
ResponderEliminarA consistência demonstrada pela equipa, aliada à qualidade excecional individual de alguns jogadores e a um espírito de sacrifício notável foram os ingredientes necessários para uma vitória fundamental num terreno extremamente difícil.
Depois da grande vitória e exibição do jogo de hoje apenas tenho a dizer mais uma coisa: estes jogadores e esta equipa técnica não merecem que no próximo jogo no Dragão apareçam 20 e tal mil espetadores… Esta equipa e este treinador merecem mais apoio dos adeptos no seu próprio estádio, porque apesar de muita gente ainda não ter dado conta, a época do FC Porto tem sido de uma elevada competência a todos os níveis… Não sei se vamos ser campeões, se vamos ganhar alguma coisa, mas a qualidade que tenho visto, o espírito de união e sacrifício de todos os jogadores, a evolução de VP em várias vertentes são tudo coisas que tenho de elogiar muito neste momento. Tenho gostado bastante do que tenho visto. E até agora, são 18 jogos oficiais, nem uma derrota e 15 vitórias, uma supertaça ganha, liderança no grupo da champions, apuramento para os oitavos facilmente garantido, e liderança no campeonato com melhor ataque e melhor defesa em igualdade com o 2º classificado! Somos também a única equipa na Europa que ainda não perdeu esta época!
PS: A atitude dos adeptos do braga ao longo de todo o jogo com cânticos insultuosos ao FC Porto, as patéticas queixas do treinador no fim do jogo (reclamou penaltie num lance à queima roupa num lance em que a bola bate na mão de Alex Sandro) e o próprio ambiente gerado antes do jogo (pelo que li até confrontos houve entre adeptos) são de facto a última prova (se necessário fosse) de que muitos dos jogadores que o FC Porto enviou de graça para o Braga foram um erro… E aquele jogador que o FC Porto devia ter ido buscar ao braga foi parar aos bois encarnados...
Outra coisa: tenho achado imensa piada a alguns comentários que tenho visto por aí de alguns anormais encornados que devem estar cheios de dor de corno quando já viam a liderança a escassos minutos do fim do jogo, ao dizerem que o FC Porto teve sorte…. Teve sim, teve uma sorte do ca***** quando o Otamendi rematou a bola à barra logo no 1º minuto… Já dizia o porco analfabeto do treinador dos bois encarnados que o FC Porto tinha muita sorte em braga…
ResponderEliminarcaríssimas(os),
ResponderEliminarna pedreira, onde habita o «salBaduôre», tiBemos mesmo aquela "pontinha de suórte" que o burgesso das madeixas tanto não queria que acontecesse.
com aquele ar de palonço que tanto lhe é característico (e comum a qualquer lampião), até se engasgou quando desejou que «bóm éra que perdêreçem os duois»...
esta noite, vai ter que digerir um mamute. e "inventar" o autocarro de dois andares para não ser muito humilhado em Barcelona. e pensar que o duelo da Segunda Circular é já na próxima jornada. a Vida não lhe sorri e a Sorte não quer mesmo nada com ele, 'tadinho.
(peço desculpa por concentrar a minha raiva na azia lampiónica do abstrôncio em causa, mas estava entaladinho :D)
somos Porto!, car@go!
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!
saudações desportivas mas sempre pentacampeãs a todas(os) vós! ;)
Miguel | Tomo II