01 dezembro, 2014

A NOITE DE DANILO.

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FC PORTO-rio ave, 5-0

Primeira Liga, 11ª jornada
Domingo, 30 Novembro 2014 - 20:15
Estádio: Dragão, Porto
Assistência: 30.328


Árbitro: Olegário Benquerença (Leiria).
Assistentes: Bertino Miranda e Luís Marcelino.
4º Árbitro: Pedro Vilaça.

FC PORTO: Fabiano, Danilo, Martins Indi, Marcano, Alex Sandro, Casemiro, Herrera, Óliver Torres, Brahimi, Jackson Martínez, Tello.
Suplentes: Andrés Fernández, Maicon, Quaresma (83' Tello), Quintero (70' Herrera), Adrián López, Rúben Neves (56' Brahimi), Aboubakar.
Treinador: Julen Lopetegui.

RIO AVE: Cássio, Lionn, Marcelo, Prince, Tiago Pinto, Wakaso, Pedro Moreira, Diego, Ukra, Esmael, Marvin Zeegelaar.
Suplentes: Ederson, Luís Gustavo (78' Pedro Moreira), Hassan (62' Marvin Zeegelaar), Boateng, André Vilas Boas, Roderick, Del Valle (69' Esmael).
Treinador: Pedro Martins.

Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: Tello (47'), Jackson Martínez (78'), Alex Sandro (89'), Óliver Torres (90+1'), Danilo (90+3').
Disciplina: amarelo a Esmael (28'), Lionn (29'), Casemiro (38'), Wakaso (44'), Martins Indi (67'), Luís Gustavo (86'.

O Rio Ave apresentou-se com a missão de complicar a vida ao FC Porto. Os Dragões com a sua equipa-tipo, em 4-3-3, entraram bastante bem no jogo mas faltou sempre o último passe ou mais pontaria para acertar no alvo. Nos primeiros minutos, os portistas já poderiam estar a vencer por 2-0 ou 3-0, com oportunidades perdidas por Tello, Danilo – que exibição!!! – e Jackson Martínez.

Estes primeiros minutos foram um espelho fiel do que se espera deste FC Porto neste campeonato. A equipa de Lopetegui empregou desde o minuto inicial um ritmo bastante alto, com processos rápidos, perante um adversário rigoroso que sabe muito bem o que faz em campo. Mas tantas oportunidades não eram esperadas e os jogadores do FC Porto agradeceram, jogando com liberdade, com trocas de bola rápidas, ao primeiro toque, e jogadas que empolgaram as bancadas. Mas o golo não chegava e perto da meia hora, a equipa ressentiu-se ao não ver materializadas as oportunidades criadas. O Rio Ave nunca se desorganizou na 1ª parte e isso também terá contribuído para o retardar do 1º golo.

A segunda parte começou da melhor maneira para o FC Porto. Aquilo que faltou na 1ª parte surgiu no início da 2ª parte. Aos 48 minutos numa jogada rapidíssima de Tello, o espanhol inaugurou o marcador num remate cruzado na esquerda. Estava aberta a contenda e o mais difícil ultrapassado. O jogo entrou então numa fase bastante dividida com o Rio Ave a aparecer mais atrevido e a dificultar a vida aos Dragões.

A equipa portista não podia acomodar-se ao resultado, sob pena de sofrer o empate. Talvez essa memória tenha servido para despertar os jogadores. Lopetegui preparava-se para operar uma substituição na 2ª parte com a entrada de Aboubakar mas o golo madrugador de Tello fez com que mudasse de ideias. Aos 56 minutos, Rúben Neves entrou para o lugar de Brahimi – muito apagado – e o FC Porto ganhou superioridade no meio campo, tornou-se uma equipa mais equilibrada mas perdeu fulgor nas alas.

Mais tarde, aos 70 minutos, Herrera saiu para entrar Quintero e o meio-campo ganhou alguma frescura. Aos 79 minutos de jogo, Jackson Martínez descansou a plateia com o 2º golo. Numa iniciativa individual, o colombiano arrancou para a grande área e num pontapé fortíssimo, rematou colocado ao ângulo inferior da baliza de Cássio. Quando se pensava que o resultado estava feito e a justiça do mesmo estabelecida, eis que surgem três golos de rajada. Um castigo demasiado pesado para a turma de Vila de Conde e que não reflecte em nada o que se passou em campo.

Aos 89 minutos numa iniciativa individual, Alex Sandro faz um túnel a Lionn, entra na grande área e numa bola divida com Marcelo, a bola bate na sola do lateral brasileiro e entra, caprichosamente, na baliza adversária. Insólito! Dois minutos volvidos, numa jogada à entrada da grande área do Rio Ave com bastantes trocas de bola, Quintero isola Óliver no coração de área que à saída de Cássio remata para a baliza. Se o 4-0 já era muito pesado, Danilo depois de uma noite inspirada em termos exibicionais, quer a defender, quer a atacar, intercepta uma bola no meio-campo, progride até à entrada da grande área e remata com pé esquerdo ao ângulo superior da baliza vila-condense e obtém o golo da noite. 5-0, uma goleada, um resultado exagerado mas que vem trazer mais confiança à equipa azul e branca.

Danilo foi o melhor em campo. Danilo mostrou esta noite toda a sua qualidade e terá tido a melhor exibição desde que está no FC Porto. Pela negativa, realço o jogo muito apagado de Brahimi. Não conseguiu desequilibrar, não conseguiu criar espaços, não conseguiu ser o Brahimi que faz a diferença. Já no jogo anterior em Borisov notou-se um decréscimo de rendimento do jogador argelino.

O FC Porto desloca-se a Coimbra na próxima jornada, local onde o Benfica jogou hoje e onde voltou a ter, mais uma vez para não variar, a mãozinha da arbitragem para conseguir levar de vencida a Académica.



DECLARAÇÕES

Lopetegui: “Fomos claramente merecedores dos três pontos”

​Julen Lopetegui analisou de forma curiosa o triunfo expressivo do FC Porto sobre o Rio Ave (5-0), na 11.ª jornada da Liga portuguesa. Para o treinador basco, os Dragões estiveram melhor na primeira parte do que na segunda, ainda que todos os cinco golos portistas tenham surgido na etapa complementar. No que diz respeito à justiça do resultado, Julen Lopetegui acredita que o FC Porto foi claramente merecedor dos três pontos.

“Fomos contundentes e tivemos acerto durante a maior parte do jogo, mas também soubemos sofrer sempre que foi necessário. Do meu ponto de vista, jogámos melhor na primeira parte do que na segunda, ainda que os nossos golos tenham surgido nesse período. Praticámos um futebol excelente nos primeiros 25 minutos, durante os quais criámos algumas situações para marcar. Defrontámos uma boa equipa mas, no cômputo geral, fomos claramente merecedores dos três pontos”, afirmou Julen Lopetegui na conferência de imprensa que se seguiu ao desafio com o Rio Ave.

Para o técnico espanhol, o FC Porto soube responder aos vários momentos do jogo e não acusou um possível desgaste originado pelo compromisso europeu a meio da semana. “Qualquer equipa que joga na Europa faz vários jogos num curto espaço de tempo. Neste jogo, por exemplo, repetimos dez jogadores que jogaram em Borisov e a equipa deu uma excelente resposta. Desperdiçámos várias oportunidades de golo, mas soubemos sofrer, competir e conseguimos o mais importante, a vitória. Um jogo é feito de momentos e nós soubemos aceitar aquilo que os momentos nos pediram. Fomos justíssimos vencedores”, acrescentou Julen Lopetegui.

Danilo: “Fui decidido e rematei bem”

No final da partida que deu a vitória ao FC Porto frente ao Rio Ave, Danilo, marcador do quinto golo dos portistas, destacou a “humildade” que norteia o trabalho de todo o grupo e falou um pouco da “bomba” com que sentenciou o resultado frente aos vila-condenses.

“Era a minha última oportunidade na partida, fui decidido, rematei bem e fiz um golo para nós. Sinto-me confiante e estou bem fisicamente. O grupo trabalha com humildade e ajuda-se individualmente; sem dúvida de que estou num bom momento e, com a ajuda dos meus companheiros, vou continuar a crescer”, disse Danilo.

O internacional brasileiro afirmou também que “o resultado de 5-0 não demonstra o que foi a partida”: “O adversário dificultou ao máximo e teve as suas oportunidades. Soubemos sofrer, o que é importante para uma equipa. O nosso objectivo é jogo-a-jogo e um passo de cada vez”.



RESUMO DO JOGO

1 comentário:

  1. Que este resultado seja um bom exemplo para a equipa para que não canse de procurar mais golos, e assim temos a certeza que temos o resultado na mão.
    De destacar o Danilo que tem vindo a fazer excelentes jogos. Jackson por continuar a fazer o seu melhor e marcar golos. Já o Brahimi que não vá em ritmo decrescente, que volte ao que era, porque iremos precisar dos desequilíbrios dele.

    PS: Um grande fim-semana para o FC Porto.

    Abraços.

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