19 abril, 2017

O SÉRIO PRESIDENTE DO CONSELHO DE DISCIPLINA.


Desde Junho passado que José Manuel Meirim é o presidente do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, numa escolha que se tem vindo a revelar uma verdadeira falácia, pois o professor de direito desportivo tem por repetidas vezes deixado na gaveta a imparcialidade que se exige a quem desempenha tais funções.

O último episódio, e talvez o mais chocante até à presente data, prende-se com o castigo a Brahimi e Luís Gonçalves após as suas expulsões no sábado passado em Braga.
Em relação a Brahimi, depois de termos assistido a uma série de casos em que nada aconteceu como na semana passada Samaris ter dado um murro num adversário, o mesmo Samaris ter agredido Alex Telles na semana imediatamente anterior, e Luisão (um clássico!) ter encostado a cabeça ao árbitro Nuno Almeida (ok, ficou tudo em família!) no slb-chaves, agora vemos o argelino castigado em dois jogos por alegadamente ter encostado a cabeça ao 4.º árbitro (já alguém viu essas imagens?) e de ter proferido palavras impercetíveis (bandido, não lhe chamou filho da p... pois isso ele já percebia!). Fantástico!
Relativamente a Luís Gonçalves, não sabemos se o descrito como justificação para a sua expulsão é verdade ou não, pois quem mente uma vez, mente quatro ou cinco vezes. O que sabemos é que os casos não são todos tratados da mesma forma, bastando para isso recordar os comportamentos de Rui Costa ontem recordados no Porto Canal e as diversas ocasiões em que o banco do slb (não confundir com Novo Banco, apesar de servir como banco do presidente do slb) pressiona, intimida, insulta e ameaça adversários e equipas de arbitragem.

Mas não é de hoje que José Manuel Meirim tem uma relação difícil com a imparcialidade.
O Sr. Dr., após ser indicado como candidato a CD da FPF, proferiu declarações fantásticas sobre o caso dos vouchers e do caso do atraso do FC Porto num jogo da taça da Liga em 2013/14. Para além de considerar os vouchers algo impoluto (que justiça esperar de quem pensa desta forma?), atente-se ao que diz sobre o atraso do nosso clube: “O ónus da prova está do lado da acusação....”. Ora pergunto eu: Então, que provas factuais existem relativamente aos comportamentos de Brahimi no passado sábado? Basta o 4.º árbitro dizer que este lhe encostou a cabeça quando mais ninguém viu tal coisa? A relação entre coerência e José Manuel Meirim pelos vistos também não passam os melhores dias.

Mas vamos à cereja no topo do bolo!
Em 2014, aquando das eleições para a Liga Portuguesa de Futebol Profissional, a sumidade do direito desportivo cá do burgo, mostrou-se muito indignado com a recusa da candidatura de Fernando Seara à presidência da Liga por parte do presidente da Assembleia Geral da Liga.
E o que tem isto de problemático? É que José Manuel Meirim era, à data, advogado de uma Sociedade chamada CSA – Correia, Seara, Caldas, Simões e Associados.
Conseguem adivinhar a quem se refere o nome Seara? Precisamente Fernando Seara, o tal candidato à Liga. Ou seja, Meirim emitiu parecer sobre o colega do mesmo escritório de advogados... ser juiz em causa própria é, de facto, de uma imparcialidade notável. Mas calma, que isto ainda não acabou!
Quem será que também fazia parte desta Sociedade? O dr. João Correia! Este ilustre advogado, entre muitas e muitas coisas, advogado do slb na disputa com Jorge Jesus, chegou a ser o representante do slb na UEFA enquanto era Vogal do Conselho Superior do Ministério Público, eleito pela Assembleia da República. Chega? Não...
Quem também fazia parte desta Sociedade era Nuno Lobo, presidente da Associação de Futebol de Lisboa, o tal que em Setembro de 2013, após um incidente com Pinto da Costa e Adelino Caldeira, afirmou que “Lisboa vai liderar o futebol em Portugal, custe o que custar”.

Em conclusão, o presidente do CD da FPF denota comportamentos não de alguém equidistante dos poderes existentes no futebol, mas sim, alguém que pelo seu passado, percurso e relações, parece não ter condições para desempenhar tais funções. Tem a palavra a direção da FPF.
Até lá, cabe a todos os portistas não se desunirem. Cabe a todos nós continuarmos esta luta com um objetivo comum. Todos remam para o mesmo lado, todos lutam com a mesma orientação. Para desconforto de muitos como Pedro Guerra que criticam Luís Gonçalves e suspiram por Antero Henrique, este clube está diferente. Está lutador, está mais fiel à sua identidade, está mais PORTO. Pode e deve ainda fazer melhor, pode e dever ainda ser mais agressivo e letal como algumas máquinas de propaganda que por aí existem. Mas, ando farto de dizer isto, o caminho que já se percorreu e recuperou esta época, é um ganho que nunca mais poderemos desperdiçar, pois tem que ser um verdadeiro caminho sem retorno.

Um abraço, até domingo no sítio do costume!

3 comentários:

  1. Esse Meirim é mais um tentaculo do polvo. Como pode um sujeito destes que é de uma parcialidade chocante ocupar tal lugar? O que me admira são os paspalhos da nossa Sad assistirem a tudo isto calados. Não recorrer do castigo do Brahimi denota bem a quem estamos entregues. Uma cambada de velhos caqueticos já fora do prazo de validade.É hora de mudar.

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  2. Na sociedade de advogados desse Prof. de Direito (em que Madrassa é profeta?) só falta mesmo o Juíz do Laço.

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  3. Muito bem, este é um dos piores tentáculos do octopus orelhudus e é sobre esses que temos de agir primeiro e em força!

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