17 agosto, 2017

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO PLANTEL.


Depois de uma pré-época de nível elevado, e de uma jornada inicial muito bem conseguida a catapultar-nos para o sempre agradável primeiro lugar da classificação, nada como cruzarmo-nos com um dos ex-libris da fatah anti-Porto em Portugal: O Tondela.

Como seria de esperar, e apesar de ainda só estarmos na 2ª jornada do campeonato, a equipa tondelense entrou em campo como se estivesse nos derradeiros 90 minutos da prova, a necessitar desesperadamente do ponto para sobreviver. Cada bola disputada era uma luta pela vida. Como equipa portuguesa medíocre que se preze, a estratégia escolhida foi a da faca nos dentes na defesa e chutão para os galgos, ou eventuais bolas paradas, nos movimentos ofensivos. Apesar da partida controlada e do perigo insípido das investidas da equipa da casa, a verdade é que foi a primeira vez desde a digressão mexicana, de há quase 1 mês atrás, que nos sentimos desconfortáveis no resultado.

Como em qualquer discussão de adepto de bancada, café ou sofá, podemos argumentar pelo nome deste ou aquele jogador para lançar dentro das 4 linhas. Dentro das preferências pessoais de cada um, milhares de argumentos são justificáveis. Olhando para a realidade nua e crua, no nosso banco em Tondela, como "armas secretas" tínhamos um médio ofensivo (Otávio), e a coisa mais parecida com um atacante puro era Hernâni, um jogador que por muita fé que se possa ter, ou não, nele, neste momento está longe de ser uma solução para as nossas necessidades. Se quisermos entrar num campo mais depressivo, ver num jogo de campeonato, Marega como a melhor opção credível para titular do FCP, entra no campo do surrealismo dáliano.

Por mérito próprio, chamamento divino, destino (ou todos juntos), Sérgio Conceição pegou nas aparas de NES e Lopetegui, e conseguiu até ao momento, contra todas as expectativas, formar um esboço coerente de uma equipa coesa, competitiva, ofensiva e a praticar bom futebol. Contudo não nos iludamos. Este jogo de Tondela não foi caso único. Jogos menos conseguidos acontecem e acontecerão. A perda de pontos será infelizmente uma inevitabilidade numa prova longa como é a Liga Portuguesa. Ciclos menos positivos, uma quase certeza.

Apesar do bom trabalho que a SAD azul e branca tem efectuado neste início de temporada de 2017/18, dentro das contingências a que se vê obrigada, se quiser alcançar o topo das competições nacionais, é essencial fornecer ao treinador algo mais do que uma pistola de fantasia com fulminantes. Se o treinador vê num esquema de 4-4-2 a fórmula de alcançar o sucesso, não se pode compor o plantel nas necessidades eternas do 4-3-3. Não faz muito sentido ter 7 médios para 2 lugares, e 7 avançados para 4. Há uma descompensação aqui que, caso não seja corrigida, numa época longa e dura com sobrecarga de jogos, lesões e castigos leva a que o treinador em algumas ocasiões tenha que inventar, com o perigo que isso representa.

Sendo ainda prematuro fazer juízos de valor definitivos até ao mercado fechar, faço votos que a SAD portista esteja atenta a este nosso calcanhar de Aquiles, com o risco que uma atitude laxista possa significar.


Confesso que a temporada ciclista me passa completamente ao lado. Não faço a mínima ideia quando ocorrem os vários meetings e grandes prémios, nem sequer os nomes dos seus vencedores. Contudo, desde tenra idade, dois grandes momentos existem que tenho curiosidade natural em acompanhar: A Volta a França e a Volta a Portugal.

Se a prova gaulesa tem ganho ainda mais prestígio, e audiências, nas cadeias televisivas internacionais, é verdadeiramente lamentável o clima de frete com que se cobre a principal prova nacional. Com as genuínas críticas que se podem apontar à RTP por alguns "lapsos" nos seus comentários, esta merece o benefício da dúvida por ainda ser a única que se preza a dar destaque às aventuras e desventuras dos vários heróis sobre rodas, o maior dos quais este ano, o nosso Raúl Alárcon. Como tal, não queria deixar de endereçar os meus parabéns à W52-FC-Porto por mais uma Volta conquistada.

2 comentários:

  1. quem nos deu as vitorias contra o estoril e o tondela foi o poderio fisico de soares, marega e abou, com a silva por exemplo nao ganhavamos, com rui pedro nem pensar. este tipo de equipas destroiem se com rapidez e força fisica, bater, bater, desgasta los ate abrirem brechas por todo o lado. Por isso os brafas, maritimos e etc na liga europa quase nao conseguem gamnhar a ninguem pois a difer3ença esta na velocidade, intensidade e força

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  2. Caro Hugo. Vamos ter calma. Repare no exemplo dos nossos ciclistas que entraram na meta abraçados.
    Não é altura para derrotismos. Temos que lutar com aquilo que temos.
    Saudações Portistas

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