http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/
Não vale a pena dourar a pílula, tentar dizer de forma simpática aquilo que neste momento não pode ser dito de outra forma, nem vale de muito enfiar a cabeça na areia ocultando tudo o que está à volta. Toda e qualquer equipa, todo e qualquer treinador, todo e qualquer jogador pela natureza das suas profissões (muito bem pagas em clubes da dimensão do FC Porto) são sujeitos a uma avaliação continua, tendo em conta as suas prestações semanais. Não há como negar isto, nem há outra forma de dizer isto: os últimos 2 jogos do FC Porto atingiram um nível de mediocridade inacreditável: no jogo com o Dínamo Kiev, hipotecamos (não digo hipotecamos completamente, porque já vi muito em futebol, como uma equipa vencer uma final da Champions virando um resultado no tempo de compensação) a passagem aos oitavos-final da CL quando precisávamos apenas de 1 ponto, num jogo em casa onde ainda não havíamos perdido na era JL nesta competição; enquanto no jogo com o Tondela, não exagero se disser que o FC Porto fez o seu jogo mais miserável nos últimos 2 anos (em 2013/14 tivemos alguns jogos ainda mais miseráveis!), lançando um mar de interrogações ainda maior que após a primeira derrota da época.
Até há algumas semanas atrás, a época não estava a correr mal. É verdade que já tínhamos perdido pontos estúpidos frente a equipas muito inferiores, mas a equipa ainda não tinha atingido um nível tão baixo como aquele que foi exibido nos últimos 2 jogos. Estávamos em excelente posição para atingir um grande objetivo desportivo e financeiro, os oitavos-final da CL, estávamos na taça de Portugal, e no campeonato as expetativas mantinham-se intactas. O jogo a menos na Madeira alargava a vantagem para 5 pontos, mas a verdade é que as expetativas não eram as piores, nem os receios eram demasiados para mim, enquanto Portista seguidor do dia-a-dia do clube.
Infelizmente, a quantidade de disparates, asneiras e incompetência que se viram nos últimos 2 jogos fazem soar não só um pequeno alarme, mas sim uma quantidade significativa de sirenes com elevado grau sonoro, algo que com certeza fez acordar todos os Portistas minimamente atentos ao clube.
Não tenho qualquer curso de treinador, nunca treinei sequer nenhum clube amador, nunca joguei futebol federado (apenas joguei e jogo umas “futeboladas entre amigos”), mas já vejo futebol há uns anos valentes e palavra de honra que há coisas que não me entram na cabeça por mais que me esforce em tentar compreendê-las. Bem sei que é muito fácil acertar no totobola à 2ª feira mas, creio em abono da total honestidade intelectual com que tento sempre nortear as minhas opiniões sobre o FC Porto, que há coisas que entram pelos olhos adentro de tão inacreditáveis que são.
No jogo com o Kiev, o FC Porto apenas precisava de um ponto, era suposto jogar com meio-campo reforçado, como por exemplo havia feito com o Chelsea com tão bons resultados, ou seja, com André André a fazer de 4º elemento de meio-campo em momento defensivo e 3º elemento de ataque em momento ofensivo, com Brahimi e Aboubakar mais avançados. Mas não, jogou com 2 extremos, depois na 2ª parte foi um rodopio de mudanças, substituições, mudanças de posição de cada jogador, mudanças táticas, tudo a redundar num jogo miserável, em que para cúmulo dos cúmulos, mesmo jogando horrivelmente, tivemos a habitual dose de pouca sorte e mandamos 2 bolas à barra. Se uma dessas bolas tivesse entrado, já não necessitaríamos de vencer em Londres, passando a responsabilidade de ganhar para os pupilos de Mourinho que não atravessam propriamente um momento de excelência.
No jogo frente ao último classificado, disputado em campo neutro, era mais que evidente que o modelo teria de ser o tradicional 4X3X3 que ao longo da última década tanto sucesso tem trazido (Jesualdo, AVB e VP interpretaram quase sempre bem esse modelo e os jogadores apropriados ao seu melhor desenvolvimento). Acho que não é muito difícil perceber que na grande maioria dos jogos do campeonato português frente a adversários fechados, é necessário jogar com 2 extremos puros e com um meio-campo com apenas um pivot defensivo e dois médios de transição com características complementares, ou seja, dar pendor ofensivo à equipa. Mas não, o que vimos foi um meio-campo com Herrera, jogador completamente a “leste do paraíso” há já muito tempo, perdido em campo sem saber o que fazer, errando passes de 3 metros, sendo um elemento que contribuiu e muito para a desorganização coletiva que se viu, vimos André André encostado à linha sem potenciar as suas melhores características e vimos Bueno que nem foi avançado, nem foi médio, nem foi coisa nenhuma, completamente perdido em campo sem saber que posição ocupar, aí com óbvias responsabilidades do treinador. Das trocas e baldrocas na 2ª parte, passando Danilo para central num minuto, para 5 minutos depois lhe colocar outra vez no meio-campo, ou colocando Martins Indi em praticamente 3 posições diferentes no mesmo jogo, nem vale a pena dissertar muito. Uma das críticas que se fez ao FC Porto de JL no ano passado, era a não existência de um plano B. No jogo frente ao Tondela, na 2ª parte, o FC Porto demonstrou ter 4 ou 5 planos dentro do mesmo jogo. Nenhum deles resultou, pois as trocas e baldrocas, mudanças de sistema tático, mudanças de posição de vários jogadores ao mesmo tempo, foram fatores suficientes para que não corresse bem.
Só resta portanto uma solução. E a solução é muito simples, de uma vez por todas JL deixar de inventar, de estar constantemente a mudar demasiados jogadores de um jogo para o outro, estabilizar a equipa e o modelo tático e... ganhar, ganhar, ganhar!
Repito o que disse há uns tempos: se em 2 anos com os recursos que teve ao seu dispor, JL nada conseguir ganhar no FC Porto, será o maior feito na história do clube pela negativa. Cabe ao técnico espanhol dar a volta à situação. Ele tem bons jogadores, conhecimento da Liga e todas as condições financeiras e desportivas da parte do clube. Chega de desculpas e paninhos quentes, JL tem mesmo de se assumir e levar o clube à glória no fim do ano, sob pena de ser considerado o maior erro de casting de Pinto da Costa em 30 anos de presidência.
PS - Reitero aquilo que genuinamente penso em relação a tudo isto... temos bons jogadores, temos uma folha salarial várias dezenas de vezes superior ao que o comum dos mortais ganha na sua vida toda, temos boas condições de treino, desportivas e financeiras e temos um treinador que não é propriamente alguém que nada sabe de futebol. Temos todas as condições para ter uma época boa, cumpram todos o seu papel. E cabe à SAD verificar em cada momento se TODOS estão a cumprir bem o seu papel. Mas também aí, sou muito concreto: a mudar-se algo, que se mude a tempo, não tarde e a más horas como em 2013/14, porque senão, mais vale assumir as consequências de se levar um treinador até final da época, não se queimando um desgraçado qualquer. A minha paciência esgotou-se. Não quero saber como, mas passar mais um ano em branco, será muito difícil de engolir, depois de tudo o que se tem investido.
Até há algumas semanas atrás, a época não estava a correr mal. É verdade que já tínhamos perdido pontos estúpidos frente a equipas muito inferiores, mas a equipa ainda não tinha atingido um nível tão baixo como aquele que foi exibido nos últimos 2 jogos. Estávamos em excelente posição para atingir um grande objetivo desportivo e financeiro, os oitavos-final da CL, estávamos na taça de Portugal, e no campeonato as expetativas mantinham-se intactas. O jogo a menos na Madeira alargava a vantagem para 5 pontos, mas a verdade é que as expetativas não eram as piores, nem os receios eram demasiados para mim, enquanto Portista seguidor do dia-a-dia do clube.
Infelizmente, a quantidade de disparates, asneiras e incompetência que se viram nos últimos 2 jogos fazem soar não só um pequeno alarme, mas sim uma quantidade significativa de sirenes com elevado grau sonoro, algo que com certeza fez acordar todos os Portistas minimamente atentos ao clube.
Não tenho qualquer curso de treinador, nunca treinei sequer nenhum clube amador, nunca joguei futebol federado (apenas joguei e jogo umas “futeboladas entre amigos”), mas já vejo futebol há uns anos valentes e palavra de honra que há coisas que não me entram na cabeça por mais que me esforce em tentar compreendê-las. Bem sei que é muito fácil acertar no totobola à 2ª feira mas, creio em abono da total honestidade intelectual com que tento sempre nortear as minhas opiniões sobre o FC Porto, que há coisas que entram pelos olhos adentro de tão inacreditáveis que são.
No jogo com o Kiev, o FC Porto apenas precisava de um ponto, era suposto jogar com meio-campo reforçado, como por exemplo havia feito com o Chelsea com tão bons resultados, ou seja, com André André a fazer de 4º elemento de meio-campo em momento defensivo e 3º elemento de ataque em momento ofensivo, com Brahimi e Aboubakar mais avançados. Mas não, jogou com 2 extremos, depois na 2ª parte foi um rodopio de mudanças, substituições, mudanças de posição de cada jogador, mudanças táticas, tudo a redundar num jogo miserável, em que para cúmulo dos cúmulos, mesmo jogando horrivelmente, tivemos a habitual dose de pouca sorte e mandamos 2 bolas à barra. Se uma dessas bolas tivesse entrado, já não necessitaríamos de vencer em Londres, passando a responsabilidade de ganhar para os pupilos de Mourinho que não atravessam propriamente um momento de excelência.
No jogo frente ao último classificado, disputado em campo neutro, era mais que evidente que o modelo teria de ser o tradicional 4X3X3 que ao longo da última década tanto sucesso tem trazido (Jesualdo, AVB e VP interpretaram quase sempre bem esse modelo e os jogadores apropriados ao seu melhor desenvolvimento). Acho que não é muito difícil perceber que na grande maioria dos jogos do campeonato português frente a adversários fechados, é necessário jogar com 2 extremos puros e com um meio-campo com apenas um pivot defensivo e dois médios de transição com características complementares, ou seja, dar pendor ofensivo à equipa. Mas não, o que vimos foi um meio-campo com Herrera, jogador completamente a “leste do paraíso” há já muito tempo, perdido em campo sem saber o que fazer, errando passes de 3 metros, sendo um elemento que contribuiu e muito para a desorganização coletiva que se viu, vimos André André encostado à linha sem potenciar as suas melhores características e vimos Bueno que nem foi avançado, nem foi médio, nem foi coisa nenhuma, completamente perdido em campo sem saber que posição ocupar, aí com óbvias responsabilidades do treinador. Das trocas e baldrocas na 2ª parte, passando Danilo para central num minuto, para 5 minutos depois lhe colocar outra vez no meio-campo, ou colocando Martins Indi em praticamente 3 posições diferentes no mesmo jogo, nem vale a pena dissertar muito. Uma das críticas que se fez ao FC Porto de JL no ano passado, era a não existência de um plano B. No jogo frente ao Tondela, na 2ª parte, o FC Porto demonstrou ter 4 ou 5 planos dentro do mesmo jogo. Nenhum deles resultou, pois as trocas e baldrocas, mudanças de sistema tático, mudanças de posição de vários jogadores ao mesmo tempo, foram fatores suficientes para que não corresse bem.
Só resta portanto uma solução. E a solução é muito simples, de uma vez por todas JL deixar de inventar, de estar constantemente a mudar demasiados jogadores de um jogo para o outro, estabilizar a equipa e o modelo tático e... ganhar, ganhar, ganhar!
Repito o que disse há uns tempos: se em 2 anos com os recursos que teve ao seu dispor, JL nada conseguir ganhar no FC Porto, será o maior feito na história do clube pela negativa. Cabe ao técnico espanhol dar a volta à situação. Ele tem bons jogadores, conhecimento da Liga e todas as condições financeiras e desportivas da parte do clube. Chega de desculpas e paninhos quentes, JL tem mesmo de se assumir e levar o clube à glória no fim do ano, sob pena de ser considerado o maior erro de casting de Pinto da Costa em 30 anos de presidência.
PS - Reitero aquilo que genuinamente penso em relação a tudo isto... temos bons jogadores, temos uma folha salarial várias dezenas de vezes superior ao que o comum dos mortais ganha na sua vida toda, temos boas condições de treino, desportivas e financeiras e temos um treinador que não é propriamente alguém que nada sabe de futebol. Temos todas as condições para ter uma época boa, cumpram todos o seu papel. E cabe à SAD verificar em cada momento se TODOS estão a cumprir bem o seu papel. Mas também aí, sou muito concreto: a mudar-se algo, que se mude a tempo, não tarde e a más horas como em 2013/14, porque senão, mais vale assumir as consequências de se levar um treinador até final da época, não se queimando um desgraçado qualquer. A minha paciência esgotou-se. Não quero saber como, mas passar mais um ano em branco, será muito difícil de engolir, depois de tudo o que se tem investido.
Os jogadores andam ansiosos de ferias!!
ResponderEliminarMark Margo
www.markmargo.net (entretenimento e cinema)
estou a tirar uma cerveja do frigorifico savado a noite para ver o nosso Porto. jà estiou sentado , o jogo começa rapidamente sinto que vai ser dqueles jogos de mer...o meu Filho està ao meu lado com um mês,tinha dito a brincar a minha mulher que ia ser o primeiro jogo que ele ia ver do nosso grande clube. E graças a deus ele nao viu puto de um corno desse jogo, porque por milagre adormeceu logo o arbitro apitou o inicio da partida. O brahimi faz aquele golo bonito, olho para o meu Filho para ver se ele sentiu a minha Alegria, NADA! A dormir como um bebe ...Chega o intervalo, depois de ter pasado por sono, e faço algo que nunca costumo fazer, deito me no sofà sabendo que essa posiçao resultarà automaticamente por me fechar os olhos. Acordo com os comentarios dos jornalistas com um fundo de imagem, o maicon a fazer um carrinho despropositado, e penso "FODES! eles empataram ?" vejo logo a seguir a defesa do casillas. Um alivio e também uma REVOLTA! como uma equipa como a nossa nao enfia 3 OU 4 a essa equipa inferior? os especialistas tenham que parar de dizer que jà nao hà equipas faceis! é treta... NOS é QUE NAO JOGAMOS NADA! resumindo a ansiedade de ver a minha equipa diminui cada vez mais porque para mim esses gajos andam a sujar o que nos todos aqui aprendemos a amar. Nao so por causa das vitorias mas sobretudo por causa da raça , dos valores, do "correr mais que os outros"... Eu sou porto mas vos(jogadores , treinadores) nao sois nada para mim. TIRANDO UMA CAMBADA DE MIMADOS....
ResponderEliminarDepois de ver os 2 jogos de hoje reforço a minha ideia: só não seremos campeões se formos infinitamente incompetentes.
ResponderEliminarTudo o que está escrito no post é verdade e concordo. Agora temos de concordar que ano passado perdemos o campeonato porque os outros foram muito ajudados, isto são factos. Nos momentos em que nós falhamos os outros também falaharam só que tinham a ajuda dos árbitros com expulsões e penaltis de bradar aos céus, sejamos realistas, não utilizando isto como desculpa mas sim como factual e este ano as ajudas mudaram de lado na 2ª circular porque o treinador do ex porting sabe muitas coisas que podem comprometer os carnairos encornados e nós continuamos como se nada fosse, deixa andar os bananas cá continuam a pagar lugares anuais e cotas não há problema.
ResponderEliminarO problema é que não pode ser o treinador sozinho a lutar contra todos os fdp.
Tudo isto é verdade mas se a SAD do FC POrto tem andado calada, eu pressuponho uma coisa: é porque tem muita confiança que os seus profissionais terão capacidade de lutar e ganhar contra tudo e contra todos.
ResponderEliminarMais, nos últimos 10 anos não tem sido muito diferente do que se está a passar....O meu grau de doença Portista permite-me lembrar de uns episódios curiosos e elucidadivos:
1) Lembro-me de em 2002/2003 termos ganho 1/0 em alvalade e termos sido espoliados de 3 penalties claros. Mesmo assim ganhámos.
2) Lembro-me de em 2010/2011 no jogo da supertaça termos sido roubados à descarada, terem sido perdoadas varias expulsões a jogadores encornados por trincadelas, pisadelas e cotoveladas. Ganhámos o jogo.
3) Lembro-me de em 2010/2011 no jogo do apagão se ter inventado um penaltie para o slb empatar o jogo. Ganhámos também o jogo.
A minha ideia é a mesma e mantém-se sempre... Só nos podemos queixar de arbitragens quando formos competentes internamente e fizermos tudo para ganhar. Aí sim podemos nos queixar, caso contrário com jogos miseráveis como em Tondela as coisas não vão lá.
Os próximos jogos até final do ano vão ser decisivos no que à capacidade de reação da equipa diz respeito. Se queremos lutar pelo título, não podemos alargar a desvantagem para a liderança. E mesmo mantendo a desvantagem de 2 pontos, entraremos em alvalade a correr atrás do prejuízo mas sem necessidade imperiosa de vencer, porque ainda os recebemos em casa.
"mesmo mantendo a desvantagem de 2 pontos"
ResponderEliminarClaro que falar em título só faz sentido ganhando na Madeira amanhã...porque se assim não for, começo é a ter sérias dúvidas que ficamos nos 2 primeiros lugares.