http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/
Uma vez mais estamos em tempo de paragem do campeonato, essa competição cada vez mais curiosa.
O FC Porto continua invicto mas já averbou escorregadelas importantes. O líder não joga nada mas lá segue na frente, fiel aos cânones do seu treinador de jogar bem nas entrelinhas do futebol. O tal Mister cujo céu é o limite, mas cuja real competência se alicerça na grande experiência de ganhar com as regras específicas do futebol português…
Portanto, nada de novo, mas queria deixar aqui uma reflexão após alguns comentários que fui ouvindo nas bancadas no último fim-de-semana.
Que Julen Lopetegui não é propriamente adorado já todos sabemos. Que mesmo que seja campeão não faltarão vozes a dizer que foi “mesmo com ele” e não “também por ele” também não surpreende. Que tudo serve para o atacar também não, seja o jogador que leva amarelo ou aquele que falha de baliza aberta, seja o futebol mais ou menos pastoso que por vezes apresentamos. Não terá caído no goto e nisto já sabemos como as coisas são: dificilmente será mais do que um “Jesualdo” (isto para ir buscar o exemplo mais extremo de alguém que noutro clube teria uma estátua e que no nosso nunca passou nem passará de uma nota de rodapé na opinião de muitos).
Agora ouvir tanto comentário a pedir o regresso do André Villas-Boas e sentir que paulatinamente vai sendo criada uma vaga de fundo para o receber de volta é um pouco surpreendente. Será que seria mesmo essa a solução que traria de vez a paz às bancadas e à opinião pública, após alguns anos de relações pouco afectivas com o Vítor Pereira, Paulo Fonseca e Julen Lopetegui?
Pessoalmente torço e muito o nariz a essa ideia. Se por um lado aquele discurso de 2010/11 era bem-vindo, por ser “nosso” e capaz de nos dar aquele suplemento de alma que tanta falta faz neste tempo de silêncios, por outro não me esqueço que ainda não foi dada uma explicação cabal e convincente para todas as enormes contradições que o “menino” da cadeira de sonho teve quando confrontado com a situação real de uma oferta que, mesmo sendo milionária e "irrecusável", parecia (e era) tão longe do ideal em termos de gestão de carreira.
Onde antes existiam sonhos Pedrotianos de uma vida dedicada ao FC Porto, passou a existir apenas a sede de emular o mentor, numa atitude precipitada que lhe custou mais caro do que provavelmente pensaria. Sendo certo que o FC Porto e o Presidente pouco tardaram em reabilitá-lo (Dragões de Ouro e Manchester City...), também foi inesquecível a reacção do Presidente na primeira entrevista nas vésperas da Supertaça Europeia.
Mesmo sabendo que o provérbio que diz que não se deve voltar ao lugar onde se foi feliz não é assim tão verdadeiro (assim de repente, e só falando do FC Porto, Artur Jorge foi e voltou, com sucesso), não deixa de ser uma aposta de risco extremo, com grandes riscos caso não atingisse o sucesso imediato. Se substituir um campeão e falhar será difícil de encaixar, se falhar após 3 campeonatos perdidos seria bem mais do que perder mais um campeonato. Perdê-lo com Villas-Boas, o Portista do coração, seria uma espécie de canto do cisne e uma situação muito difícil para o FC Porto. Não ganhar no FC Porto é sempre terrível, mas fazê-lo num cenário de regresso do filho pródigo seria um risco tremendo para o próprio Clube.
Não pondo em causa os méritos que terá como treinador, será que esse cenário é mesmo apoiado pela maioria dos Portistas ou é apenas algo que estará a ser construído por gente com mais ou menos responsabilidades, com a conivência (ou não) do próprio?
Não tendo inside information nem uma bola de cristal só me resta aguardar pelos próximos capítulos, na certeza de que sem entender convenientemente o que se passou naquele Junho de 2011 dificilmente estarei disponível para ouvir de coração aberto as mesmas frases cheias de Portismo sem achar que tal só faria parte de uma (grande) estratégia para atingir vitórias e sucessos pessoais e colectivos.
Obviamente não tenho nada contra o sucesso e as vitórias. Mas quando se usa o Sentimento, afinal o que há de mais sagrado para os adeptos de um Clube, deve ter-se consciência do que isso acarreta, principalmente quando não existe a certeza de estamos à altura das expectativas.
Quer se goste quer não, é este o fardo que o André Villas-Boas carrega para muitos Portistas, mesmo que 4 anos tenham já passado. Será que o seu tempo já terá mesmo chegado ou são apenas ruídos provocados pela saída da Rússia, somados à falta de empatia de muitos com Lopetegui?
Fica a questão...
O FC Porto continua invicto mas já averbou escorregadelas importantes. O líder não joga nada mas lá segue na frente, fiel aos cânones do seu treinador de jogar bem nas entrelinhas do futebol. O tal Mister cujo céu é o limite, mas cuja real competência se alicerça na grande experiência de ganhar com as regras específicas do futebol português…
Portanto, nada de novo, mas queria deixar aqui uma reflexão após alguns comentários que fui ouvindo nas bancadas no último fim-de-semana.
Que Julen Lopetegui não é propriamente adorado já todos sabemos. Que mesmo que seja campeão não faltarão vozes a dizer que foi “mesmo com ele” e não “também por ele” também não surpreende. Que tudo serve para o atacar também não, seja o jogador que leva amarelo ou aquele que falha de baliza aberta, seja o futebol mais ou menos pastoso que por vezes apresentamos. Não terá caído no goto e nisto já sabemos como as coisas são: dificilmente será mais do que um “Jesualdo” (isto para ir buscar o exemplo mais extremo de alguém que noutro clube teria uma estátua e que no nosso nunca passou nem passará de uma nota de rodapé na opinião de muitos).
Agora ouvir tanto comentário a pedir o regresso do André Villas-Boas e sentir que paulatinamente vai sendo criada uma vaga de fundo para o receber de volta é um pouco surpreendente. Será que seria mesmo essa a solução que traria de vez a paz às bancadas e à opinião pública, após alguns anos de relações pouco afectivas com o Vítor Pereira, Paulo Fonseca e Julen Lopetegui?
Pessoalmente torço e muito o nariz a essa ideia. Se por um lado aquele discurso de 2010/11 era bem-vindo, por ser “nosso” e capaz de nos dar aquele suplemento de alma que tanta falta faz neste tempo de silêncios, por outro não me esqueço que ainda não foi dada uma explicação cabal e convincente para todas as enormes contradições que o “menino” da cadeira de sonho teve quando confrontado com a situação real de uma oferta que, mesmo sendo milionária e "irrecusável", parecia (e era) tão longe do ideal em termos de gestão de carreira.
Onde antes existiam sonhos Pedrotianos de uma vida dedicada ao FC Porto, passou a existir apenas a sede de emular o mentor, numa atitude precipitada que lhe custou mais caro do que provavelmente pensaria. Sendo certo que o FC Porto e o Presidente pouco tardaram em reabilitá-lo (Dragões de Ouro e Manchester City...), também foi inesquecível a reacção do Presidente na primeira entrevista nas vésperas da Supertaça Europeia.
Mesmo sabendo que o provérbio que diz que não se deve voltar ao lugar onde se foi feliz não é assim tão verdadeiro (assim de repente, e só falando do FC Porto, Artur Jorge foi e voltou, com sucesso), não deixa de ser uma aposta de risco extremo, com grandes riscos caso não atingisse o sucesso imediato. Se substituir um campeão e falhar será difícil de encaixar, se falhar após 3 campeonatos perdidos seria bem mais do que perder mais um campeonato. Perdê-lo com Villas-Boas, o Portista do coração, seria uma espécie de canto do cisne e uma situação muito difícil para o FC Porto. Não ganhar no FC Porto é sempre terrível, mas fazê-lo num cenário de regresso do filho pródigo seria um risco tremendo para o próprio Clube.
Não pondo em causa os méritos que terá como treinador, será que esse cenário é mesmo apoiado pela maioria dos Portistas ou é apenas algo que estará a ser construído por gente com mais ou menos responsabilidades, com a conivência (ou não) do próprio?
Não tendo inside information nem uma bola de cristal só me resta aguardar pelos próximos capítulos, na certeza de que sem entender convenientemente o que se passou naquele Junho de 2011 dificilmente estarei disponível para ouvir de coração aberto as mesmas frases cheias de Portismo sem achar que tal só faria parte de uma (grande) estratégia para atingir vitórias e sucessos pessoais e colectivos.
Obviamente não tenho nada contra o sucesso e as vitórias. Mas quando se usa o Sentimento, afinal o que há de mais sagrado para os adeptos de um Clube, deve ter-se consciência do que isso acarreta, principalmente quando não existe a certeza de estamos à altura das expectativas.
Quer se goste quer não, é este o fardo que o André Villas-Boas carrega para muitos Portistas, mesmo que 4 anos tenham já passado. Será que o seu tempo já terá mesmo chegado ou são apenas ruídos provocados pela saída da Rússia, somados à falta de empatia de muitos com Lopetegui?
Fica a questão...
Espero que Lopetegui continue mais um ano. Porquê? Porque espero que seja campeão e se o for não vejo motivo para o despedir, logo cumpre os 3 anos de contrato que tem. A minha opinião continua a mesma, Lopetegui não é um grande treinador mas é um bom treinador, não é mau como muitos dizem. O estilo de jogo pode ser aborrecido, pouco apelativo, pastoso, aquém do que nós queremos ver mas ele tem feito um bom trabalho. A época passada falhou muito no início é verdade mas acabou por fazer um bom campeonato, sem andor tínhamos sido campeões com relativa facilidade, também podíamos ter feito mais e na Liga dos Campeões tivemos uma participação bem positiva, é difícil pedir mais.
ResponderEliminarEste ano as exibições continuam a ser algo pobres mas é preciso não esquecer que o plantel é praticamente novo, Lopetegui está a construir uma equipa de raiz. No campeonato temos todas as condições para conseguir o título e na Liga dos Campeões estamos muito bem encaminhados.
Se chegarmos ao fim e voltarmos a ficar em branco, então sim é hora de reflectir e tomar medidas.
Boa noite considero o artigo bastante pertinente, eu pessoalmente sou fã de AVB e não simpatizo com Lopetegui embora lhe reconheça certos méritos. Eu acho-me um portista bastante romântico e anseio por voltar a ver alguém como AVB ao comando da equipa alguém portista de alma e coração. Sei que a saída dele não foi fácil de digerir mas pondo-me no lugar dele provavelmente faria o mesmo. Ps: para além de ansiar alguém como AVB ansei tb mais Andrés,R neves, Danilos P. porque há bons jogaqdores por cá mais o clube não olha ao que é nosso por valor futebolistico mas por valor monetário e assim se perdeu a maioria da identidade da equipa, isto disto por quem já viu Baías, J. Costa, R.Carvalho, P.Santos,B.Alves, R.Meireles, até mesmo Derlei e nenhum destes custou um balurdio nem pertencia a nenhum fundo da p*****.
ResponderEliminarSomos Porto conttra tudo e todos e sobretudo tolos.
Acho que quando AVB disse que estava na cadeira de sonho e desapareceu logo, a identidade Portista foi-se um pouco em baixo.
ResponderEliminarAinda que Vítor Pereira deu um pouco dessa continuidade.
Depois da saída de AVB o FC Porto de VP ainda se manteve com os jogadores da época 2010/11 e teve sucesso, e conseguimos o objectivo principal.
Com a entrada de PF e uma falta de visão sobre os jogadores comprados, aí perdeu-se um plantel que desse garantias.
Lopetegui agora com jogadores de altíssima qualidade, não teve êxito porque faltou aquele quase que todos nós sabemos.
Esta época estamos invictos, mas é preciso dar um "acordar" a todos os responsáveis do Clube para que não mais haja os desaires que já tivemos.
Esperemos que este ano seja o reverso da medalha do que foi estes 2 últimos anos.
Acho que os Portistas que querem o regresso do AVB são os mesmos que assobiam, os mesmos que não fazem um metro, nem gastam 1 cêntimo para ir ver o mágico Porto. São os nabos que não percebem nada de futebol e que estão mal habituados porque ganhámos tudo nos últimos 30 anos.
ResponderEliminarSe perguntarem a esses nabos quanto é que já gastaram com o clube a resposta vai ser zero, nem sócios são, são apenas simpatizantes que gostam é de dizer mal sem conhecimento de causa. Se esses Portistas se preocupassem é com a vergonha dos vouchers, dos ex-árbitros a denunciar que sofriam pressões e com as roubalheiras a que todos assistimos isso é que era, agora esses não interessam a ninguém, façam alguma coisa pelo clube em vez de criticarem sem nada contribuir ou fazer.
Concordo na íntegra com o comentário do anónimo que me precedeu.
ResponderEliminarAcho que o trabalho que está a ser efectuado por Lopetegui é um trabalho de excelência que, como tudo o que é criação de fundações para futuros exitos, leva o seu tempo a apresentar resultados, como a maioria dos adeptos retratados no comentário que referi, quer.
Contráriamente ao que diz a maioria dessa gente que critica Lopetegui, entendo que o FC Porto, apresenta um bom futebol embora aqui e ali algo irritante, é certo!
Queixam-se de quê esses adeptos? De ganhar? De estarmos invictos? De não termos colinho?
Acham que AVB, por ser portista, é o Sassá Mutema do Clube?
Para esses que anseiam um regresso de AVB (que não me repugnará, mas daqui a uns anos)lembro que na época em que foi treinador do FC Porto, tinha uma "equipazinha" com Hulk e companhia que já vinha da época anterior....e tinha outro elemento que posteriormente provou ser fundamental: Vitor Pereira!!!
Que fez AVB, nos clubes por onde passou, sem VP? Na Russia sabemos como foi €€€......
Pensem nisso.....