Preocupação.
Após a revelação do relatório e contas consolidado de 2015/16 é incontornável a preocupação que os maus números provocaram no Universo Portista. Mesmo esperados, a dimensão dos 58,4 milhões de Euros trouxeram ainda mais sombras e dúvidas sobre a gestão corrente da SAD, que, há que frisar, soma o mau resultado financeiro a um péssimo desempenho da equipa de futebol que não foi capaz de inverter o ciclo que trazia de 2 anos sem troféus.
Já analisadas e comentadas por muitos ao longo dos últimos meses, a governação e as decisões da equipa de gestão encabeçada pelo Presidente terão de ser devidamente escrutinadas quer pelos accionistas quer pelos sócios do FC Porto (o principal accionista da sociedade) em sede própria. Ficamos então a aguardar as próximas Assembleias Gerais, onde se esperam mais explicações e medidas desportivas e financeiras concretas da parte da Administração que possam tornar um pouco menos agrestes as preocupações naturais que todos sentimos.
Orgulho.
Neste momento é fácil ter orgulho do Basquetebol do FC Porto. Olhando um pouco para trás, esta modalidade nem sempre teve o carinho que hoje ostenta junto dos Portistas. Durante largos anos, esta espécie de “parente pobre” das 3 grandes modalidades de pavilhão do FC Porto foi a modalidade menos vitoriosa do clube, principalmente desde o grande arranque do Andebol em 1999.
Apesar de ciclos de sucesso com Jorge Araújo, Alberto Babo e Luís Magalhães, nesta modalidade estamos ainda longe do principal rival em numero de títulos conquistados e após a traumática derrota de 2012 e o abandono da Liga Profissional parecia que décadas de história estariam assim terminadas.
Contrariamente ao que foi sucedendo com diferentes modalidades como o Voleibol, Atletismo ou Ciclismo (apenas recentemente regressado), afinal o Basquetebol não parou aí e sob a batuta de Moncho Lopez (que surpreendentemente ficou connosco!) um novo projecto surgiu e o regresso ao topo não tardou muitos anos.
Após um campeonato nacional e outros troféus recém-conquistados é fácil dizermos que o Basquetebol é um orgulho para o Clube. No entanto o meu maior orgulho é recordar quem não se resignou à decisão tomada e fez o possível para manter viva a chama, mesmo sendo inconveniente em aeroportos e em jogos de outras modalidades.
Este momento é vosso, obrigado por tudo o que fizeram para estarmos a viver este momento marcante na história do Basquetebol do FC Porto.
Regularidade.
Após a paragem para selecções regressa o futebol, com um jogo para aquecer os motores contra o Gafanha. Desengane-se no entanto quem conta com facilidades para os próximos tempos. A corrida vai começar a apertar e mais do que nunca pede-se à equipa que possa encontrar a regularidade que nos permita atacar o 1º lugar da Liga e atingir os oitavos-de-final da Champions por todas as razões e mais uma “pequena” de 58,4 milhões.
Tranquilidade.
Mesmo que tal possa parecer contraditório, o momento pede tranquilidade, não só no tabuleiro desportivo, mas também no plano institucional.
Voltando ao 1º ponto deste texto admito que a tranquilidade normalmente casa mal com a preocupação. No entanto, e mesmo que por vezes existam correntes que, preocupadas com o estado do Clube/SAD, quase que peçam para que aconteça qualquer coisa externa ao FC Porto para punir eventuais abusos e ajudar a colocar o clube de novo no trilho certo, há que perceber que se as nossas fronteiras forem invadidas por outros que não os Portistas o resultado será difícil de imaginar, com o FC Porto a arriscar-se a ser devassado e enxovalhado para além do razoável.
Os nossos problemas têm de ser resolvidos por nós, dentro das nossas paredes, na certeza que este é o momento para todos os que geograficamente estão disponíveis dizerem presente. Não apenas os sócios que regularmente acompanham de forma mais constante o dia-à-dia do Clube, mas também aqueles que são Portistas dos sete costados mas que raramente tem aparecido. Para já não falar das ditas elites, cujas criticas tem de ser de uma vez por todas consequentes e assumidas junto de quem decide e sinónimas de acções concretas para ajudar a inverter o rumo do Clube.
Oportunidade.
Quando se vence é relativamente fácil apoiar um Clube. Mesmo com a negatividade estratégica que sempre rodeou o sucesso do FC Porto o Clube cresceu e granjeou um apoio cada vez maior em Portugal e não só.
Quando as coisas não correm tão bem é o momento em que muitos se questionam sobre se vale a pena a dedicação e a energia que despendem a viver o FC Porto.
Mais do que nunca esta é a oportunidade para deixarmos claro que quem queremos junto de nós e a lutar lado a lado nos diferentes tabuleiros são aqueles que sabem que um projecto com 123 anos de história não vive sempre de sucessos e de momentos felizes e que sente que a maior diferença positiva que poderá fazer é nunca deixar cair o nosso FC Porto nos momentos em que esteja a passar por fases mais complicadas.
Alguém já disse metaforicamente que o Futebol Clube do Porto é como uma estafeta interminável, cujo testemunho recebemos da geração anterior e que durante a nossa passagem tentamos tratar o melhor possível e entregá-lo ainda melhor e mais forte aos vindouros.
Chegou o momento de pugnar para que tal aconteça, garantindo que este momento de dúvidas se possa transformar numa oportunidade para a afirmação do FC Porto como uma instituição em que o sucesso está consolidado, não permitindo que se volte atrás no tempo e se reeditem períodos de dias felizes esporádicos.
Para isso não precisamos de ser muitos. Basta sermos bons.
Como decerto repararam, as iniciais de cada tópico formam a palavra PORTO.
Embora admita que possam olhar para este exercício como algo até um pouco piroso, entendam-no como um lembrete de que tudo o que façamos em prol do nosso Clube nunca deve ter senão em mente o que nos move – o FC PORTO.
Mesmo que seja um simples texto...
Após a revelação do relatório e contas consolidado de 2015/16 é incontornável a preocupação que os maus números provocaram no Universo Portista. Mesmo esperados, a dimensão dos 58,4 milhões de Euros trouxeram ainda mais sombras e dúvidas sobre a gestão corrente da SAD, que, há que frisar, soma o mau resultado financeiro a um péssimo desempenho da equipa de futebol que não foi capaz de inverter o ciclo que trazia de 2 anos sem troféus.
Já analisadas e comentadas por muitos ao longo dos últimos meses, a governação e as decisões da equipa de gestão encabeçada pelo Presidente terão de ser devidamente escrutinadas quer pelos accionistas quer pelos sócios do FC Porto (o principal accionista da sociedade) em sede própria. Ficamos então a aguardar as próximas Assembleias Gerais, onde se esperam mais explicações e medidas desportivas e financeiras concretas da parte da Administração que possam tornar um pouco menos agrestes as preocupações naturais que todos sentimos.
Orgulho.
Neste momento é fácil ter orgulho do Basquetebol do FC Porto. Olhando um pouco para trás, esta modalidade nem sempre teve o carinho que hoje ostenta junto dos Portistas. Durante largos anos, esta espécie de “parente pobre” das 3 grandes modalidades de pavilhão do FC Porto foi a modalidade menos vitoriosa do clube, principalmente desde o grande arranque do Andebol em 1999.
Apesar de ciclos de sucesso com Jorge Araújo, Alberto Babo e Luís Magalhães, nesta modalidade estamos ainda longe do principal rival em numero de títulos conquistados e após a traumática derrota de 2012 e o abandono da Liga Profissional parecia que décadas de história estariam assim terminadas.
Contrariamente ao que foi sucedendo com diferentes modalidades como o Voleibol, Atletismo ou Ciclismo (apenas recentemente regressado), afinal o Basquetebol não parou aí e sob a batuta de Moncho Lopez (que surpreendentemente ficou connosco!) um novo projecto surgiu e o regresso ao topo não tardou muitos anos.
Após um campeonato nacional e outros troféus recém-conquistados é fácil dizermos que o Basquetebol é um orgulho para o Clube. No entanto o meu maior orgulho é recordar quem não se resignou à decisão tomada e fez o possível para manter viva a chama, mesmo sendo inconveniente em aeroportos e em jogos de outras modalidades.
Este momento é vosso, obrigado por tudo o que fizeram para estarmos a viver este momento marcante na história do Basquetebol do FC Porto.
Regularidade.
Após a paragem para selecções regressa o futebol, com um jogo para aquecer os motores contra o Gafanha. Desengane-se no entanto quem conta com facilidades para os próximos tempos. A corrida vai começar a apertar e mais do que nunca pede-se à equipa que possa encontrar a regularidade que nos permita atacar o 1º lugar da Liga e atingir os oitavos-de-final da Champions por todas as razões e mais uma “pequena” de 58,4 milhões.
Tranquilidade.
Mesmo que tal possa parecer contraditório, o momento pede tranquilidade, não só no tabuleiro desportivo, mas também no plano institucional.
Voltando ao 1º ponto deste texto admito que a tranquilidade normalmente casa mal com a preocupação. No entanto, e mesmo que por vezes existam correntes que, preocupadas com o estado do Clube/SAD, quase que peçam para que aconteça qualquer coisa externa ao FC Porto para punir eventuais abusos e ajudar a colocar o clube de novo no trilho certo, há que perceber que se as nossas fronteiras forem invadidas por outros que não os Portistas o resultado será difícil de imaginar, com o FC Porto a arriscar-se a ser devassado e enxovalhado para além do razoável.
Os nossos problemas têm de ser resolvidos por nós, dentro das nossas paredes, na certeza que este é o momento para todos os que geograficamente estão disponíveis dizerem presente. Não apenas os sócios que regularmente acompanham de forma mais constante o dia-à-dia do Clube, mas também aqueles que são Portistas dos sete costados mas que raramente tem aparecido. Para já não falar das ditas elites, cujas criticas tem de ser de uma vez por todas consequentes e assumidas junto de quem decide e sinónimas de acções concretas para ajudar a inverter o rumo do Clube.
Oportunidade.
Quando se vence é relativamente fácil apoiar um Clube. Mesmo com a negatividade estratégica que sempre rodeou o sucesso do FC Porto o Clube cresceu e granjeou um apoio cada vez maior em Portugal e não só.
Quando as coisas não correm tão bem é o momento em que muitos se questionam sobre se vale a pena a dedicação e a energia que despendem a viver o FC Porto.
Mais do que nunca esta é a oportunidade para deixarmos claro que quem queremos junto de nós e a lutar lado a lado nos diferentes tabuleiros são aqueles que sabem que um projecto com 123 anos de história não vive sempre de sucessos e de momentos felizes e que sente que a maior diferença positiva que poderá fazer é nunca deixar cair o nosso FC Porto nos momentos em que esteja a passar por fases mais complicadas.
Alguém já disse metaforicamente que o Futebol Clube do Porto é como uma estafeta interminável, cujo testemunho recebemos da geração anterior e que durante a nossa passagem tentamos tratar o melhor possível e entregá-lo ainda melhor e mais forte aos vindouros.
Chegou o momento de pugnar para que tal aconteça, garantindo que este momento de dúvidas se possa transformar numa oportunidade para a afirmação do FC Porto como uma instituição em que o sucesso está consolidado, não permitindo que se volte atrás no tempo e se reeditem períodos de dias felizes esporádicos.
Para isso não precisamos de ser muitos. Basta sermos bons.
Como decerto repararam, as iniciais de cada tópico formam a palavra PORTO.
Embora admita que possam olhar para este exercício como algo até um pouco piroso, entendam-no como um lembrete de que tudo o que façamos em prol do nosso Clube nunca deve ter senão em mente o que nos move – o FC PORTO.
Mesmo que seja um simples texto...
MM, tens a minha admiração e o meu sincero aplauso, pela forma como escreves mas sobretudo pela lucidez do que dizes. Que todos os Portistas ouçam / leiam o que escreves e o tenham em conta ao escolherem que posições e atitudes tomam face à presente situação do clube.
ResponderEliminarCaro MM, este não é um simples texto. É um verdadeiro tratado que deveria ser lido e relido por todos os portistas.
ResponderEliminarAinda que o seu conteúdo não seja o que me agrada, pois infelizmente não é para enaltecer os grandes feitos do FCP, mas sobretudo para nos colocar alerta dos efeitos dos problemas do grande FCP, o texto está maravilhosamente bem escrito e coloca o universo portista com muito mais atenção que a tida!!!
ResponderEliminarInfelizmente e tenho-o repetido aqui neste espaço, acho que já não existe espaço para esta SAD.
Continuo a tirar o chapéu ao grande presidente Pinto da Costa, contudo pergunto-me se não está na hora!!!
Agradeço a vossa simpatia, esperemos que o futuro próximo nos traga alegrias desportivas e um corrigir de rumo na gestão do clube que nos devolva a sustentabilidade.
ResponderEliminarAté lá "resta-nos" fazer a nossa parte para ajudar a que essa inversão aconteça.
Até porque depende também bastante dos Portistas, mais ou menos mediáticos, a criação e desenvolvimento de uma massa crítica que alavanque o clube para os patamares a que nos habituou.
O que me preocupa é que independentemente do texto (que aplaudo) que seja escrito aqui ou acolá, nao vejo capacidade em nós (adeptos) para mudarmos o rumo da situação miseravel em que nos encontramos. Dependemos sempre dos que la estão, no poder. E esta visto que enquanto se mantiverem la e nao have uma mudança drástica, vamos continuar a enterrar o nosso clube, o nosso FC PORTO. Espero mesmo que as coisas mudem! Custa me muito mas mesmo muito ver as coisas neste estado. (isto é so um desabafo de quem sente o clube como muitos de vos)
ResponderEliminarAbraço para todos
Agora é que vemos quem são os verdadeiros portistas!
ResponderEliminarQuando o navio afunda, nem sempre é o capitão o último a abandonar o barco...
Força MM...
Estamos num tempo em que nós Portistas temos que nos questionar se nós apoiamos o FC Porto e nunca o deixamos.
ResponderEliminarSó a partir daí é que se pode retirar considerações sobre o trabalho que os outros fazem.
Mais um texto que deve ser interiorizado e pensado por cada um de nós. Muito bom texto caro MM.
Espero que estes momentos sirvam de uma vez por todas dar o belisque aos responsáveis da SAD para melhorar o estados de coisas.
Abraços.
O texto está muito bom , parabéns.
ResponderEliminarApesar de tudo, há muita coisa que nós adeptos ainda podemos fazer, claro com um pouco de imaginacao.
Eu há dias dei por mim a pensar...se este país miserável nao nos quer ( ja sabemos o porque )a inveja é terrivel, porque nao abracar um projeto no país vizinho( sei lá , atraves da compra de alguma sad que esteja para subir a la liga ), o que sei sim é que se se comecasse a falar muito nisso as coisas mudavam, senao ficavam os 2 clubes da orcolandia a distribuir vouchers aos metralhas da APAF pra ver quem era o campeao.
Claro que para isto era necessario outro presidente.
Também sei que num espaco geografico relativamente amplo, ou seja todo o noroeste peninsular somos indubitavelmente o mais reconhecido e ganhador clube!Ou seja depois dos sacrosantos barca e real somos nós, e os resultados desportivos estao aí para confirmar.
O nosso amor ao FC Porto faz-nos sofrer ao ver o que se passa atualmente. No entanto o sentimento de impotência que sentimos para mudarmos a situação é inversamente proporcional ao comodismo de quem nos dirige. Está mais do que visto que temos uma Sad completamente ultrapassada em todas as áreas e que não aprende com os erros antes cometidos. Lamento que pelas redes sociais lancemos o nosso grito de revolta mas depois quando é preciso avançar ninguém seja capaz de o fazer. Infelizmente o tempo é carrasco e o que outrora foi o maior presidente hoje é uma sombra e em vez de solução passou a ser o maior problema. Atualmente o seu amor ao absurdo salário ultrapassa o seu amor ao clube pois de contrário e perante os resultados desastrosos dos últimos anos quer financeira quer desportivamente já se tinha demitido. Agora não passa de um pequeno ditador caduco agarrado ao poder que está a delapidar tudo que demorou anos a construir. Mas como a massa associativa do clube é comodista e mesmo no caos ainda elege por maioria o seu causador, só temos o que merecemos.
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