LEIXÕES-FC PORTO, 1-2 (ap)
O FC Porto está nas meias-finais da Taça de Portugal mas não foi uma qualificação fácil. Não porque o adversário desta noite tenha criado grandes oportunidades, mas sim porque o FC Porto não sentenciou a partida em várias fases do jogo e também porque o regresso da capela tentou influenciar o desfecho da eliminatória. Há dois anos, o artista conseguiu em Chaves, hoje o campeão não permitiu em Matosinhos.
Não estou a dizer que o Leixões nada fez para justificar a difícil qualificação do FC Porto, mas não foi, com certeza, o principal adversário dos Dragões. A equipa leixonense apresentou-se bem defensivamente e tentou remar contra a maré. Fez três remates durante 120 minutos, no qual um deles deu um golo. Mas os grandes adversários dos campeões nacionais foram a própria equipa portista e o senhor que anda lá dentro a tomar decisões incompetentes e de intenção duvidosa.
Sérgio Conceição poupou sete unidades da equipa azul-e-branca em relação ao último jogo, em Alvalade. Mantiveram-se Felipe, Alex Telles, Herrera e Corona. Depois jogaram jogadores com poucos minutos e os dois reforços de inverno: Pepe e Fernando. Destaque para a exibição fantástica e segura de Pepe que, estou convicto, irá ser uma grande opção para a segunda metade da época. O luso-brasileiro apresenta-se numa forma física invejável e joga com uma autoridade ímpar na sua zona de jurisdição.
O primeiro tempo foi bastante positivo da parte do campeão nacional. A equipa portista pegou no jogo e procurou marcar cedo, de forma a resolver cedo a questão da eliminatória. Aos 11 minutos, desmarcação perfeita de Óliver Torres a isolar Herrera na área. O mexicano fez a recepção perfeita de pé direito e rematou colocadíssimo de pé esquerdo ao ângulo inferior esquerdo da baliza de Luís Ribeiro.
Logo a seguir, aos 18 minutos, os azuis-e-brancos podiam ter aumentado a vantagem. Numa jogada de entendimento, Fernando Andrade roda sobre si próprio na grande área e rematou de pé esquerdo às malhas laterais. O avançado ex-Santa Clara não se ficou por aqui. Cerca de vinte minutos depois, apareceu novamente na área, solto, a rematar ao lado quando tinha tudo para acertar na baliza.
A etapa inicial estava completamente controlada pelos Dragões. De regresso das cabines, os campeões nacionais baixaram um pouco a intensidade e permitiram ao Leixões pegar um pouco no jogo. No entanto, a equipa de Matosinhos, com muitos adeptos benfiq…, perdão, leixonenses nas bancadas, não conseguia chegar à baliza de Fabiano.
Foi o FC Porto a criar a primeira oportunidade de golo da etapa complementar. Com 70 minutos de jogo, Adrián isolou Corona na área, mas o extremo mexicano perdeu ângulo e rematou ao lado da baliza contrária. Não marcou o FC Porto, marcou o Leixões, num lance fortuito. Zé Paulo recebeu a bola na zona central do meio-campo portista e rematou com força ao canto da baliza de Fabiano. Um empate inesperado e que alterava os planos de Sérgio Conceição.
Militão tinha entrado minutos antes para o lugar de Corona, para apoiar Herrera no miolo, mas com o golo do empate, Sérgio Conceição teve que recorrer ao banco e meter a artilharia pesada para desfazer o empate. Primeiro Soares e depois Marega entraram para os lugares de André Pereira e Mbemba. O Dragão voltou a carregar no acelerador, mas Soares não foi feliz num cabeceamento.
Os leixonenses dispuseram de um remate de Zé Paulo para defesa atenta de Fabiano e depois só deu FC Porto. Os 90 minutos chegavam com um empate, mas que castigava um pouco da apatia da equipa na segunda parte e o desacerto na hora da finalização.
Depois veio o prolongamento e a oportunidade do artista do costume tentar meter “a mão na massa”. Aos 94 minutos, Fernando cabeceou uma bola e Dasse, deliberadamente, jogou a mesma com o braço. Grande penalidade que ficou por assinalar e, como não há VAR, nesta fase da prova, lá se foi uma oportunidade de corrigir a incompetência (ou não) do artista.
Aos 100 minutos, nova actuação da “equipa de circo” presente em Matosinhos. Alex Telles cobrou um livre na esquerda, Marega cabeceou, na área, para defesa sensacional de Luís Ribeiro e Soares, na recarga, introduziu a bola na baliza. Um golo limpo, prontamente, anulado pelo árbitro auxiliar que acompanhou a jogada. Mais uma decisão para o VAR que mais uma vez não existiu para ajudar a corrigir a incapacidade de ajuizar bem os lances capitais da partida.
O FC Porto continuou a fazer uma pressão altíssima e a reagir rapidamente à perda de bola. Hernâni entrou no FC Porto para o lugar de Fernando Andrade. A quarta substituição, permitida no prolongamento, foi a chave da eliminatória. Primeiro fez o ensaio quando, isolado por Adrián, rematou, incrivelmente, contra Luís Ribeiro. Depois, a dois minutos do fim do prolongamento, apareceu à boca da baliza a corresponder, com sucesso, a uma solicitação, novamente, de Adrián. Tal como no Bessa, Hernâni voltou a ser o abre-latas da equipa de Sérgio Conceição.
Os campeões nacionais avançam assim para as meias-finais da prova, cujo o adversário será o Sp. Braga, numa eliminatória a ser disputada a duas mãos.
DECLARAÇÕES
Sérgio Conceição: "A Taça é um objetivo nosso"
Vitória num terreno difícil
“Nós analisámos a equipa do Leixões e hoje foi uma equipa verdadeiramente competitiva. Estamos num terreno difícil que torna o jogo tecnicamente mais fraco e onde por vezes é difícil aparecer algumas situações do processo ofensivo. Para quem ataca e vai à procura do resultado é mais difícil. Fizemos uma primeira parte, na segunda parte baixámos um bocadinho, também era normal uma reação do Leixões, que tem uma boa equipa. Deixámos de ter bola, quisemos esticar muitas vezes o jogo quando devíamos ficar em posse. Fez um bom golo numa das poucas situações que criou e depois no prolongamento era a nossa obrigação dar esta resposta e ganhar o jogo.”
Rodagem da equipa
“O André Pereira não jogava há algum tempo, tal como o Fernando. Mudei alguns jogadores, é normal que com este terreno que cansa que houvesse uma gestão inconsciente do esforço. Mas não deixámos correr o tempo. Sempre que pudemos, fomos à procura da baliza adversária. É verdade que também jogámos contra um adversário de valor que nos criou algumas dificuldades. É uma equipa aguerrida, determinada que esteve muito bem naquilo que foi a ocupação do espaço. Foi um bom espetáculo dentro do possível com todas as condicionantes que frisei. Não demos a volta porque os que jogaram têm menos qualidade do que os que entraram. Tem a ver com a frescura dos jogadores que entraram.”
Taça é objetivo claro
"Foi importante seguir para as meias-finais. A Taça é um objetivo nosso.”
RESUMO DO JOGO
SC não referir os roubos dos padres diz bem da incompetência de quem devia defender o clube. É inadmissível o silêncio quer dele quer da Sad. Parecem o OMO a branquear os roubos de que somos alvo. O Fcporto merecia mais.
ResponderEliminarbem pepe um defesa extra, fabiano mais uma vez mal colocado no golo, SC teimoso e inventor, capela sempre o mesmo, Adrian cada vez melhor a assistir. Anulando as faixas laterais ao porto e nao saindo as bolas paradas a equipa nao consegue jogar, herrera tem de fazer tudo ate rebentar, Mbemba nao tem jeito para def direito.
ResponderEliminarPRECISAMOS DE UM MEDIO A SERIO QUE REMATE DE LONGE BEM, PODERIA TER SIDO BAZOER, mas medios com SC sera sempre dificil, PRECISMOS DE UM DEF DIREITO PARA SENTAR EM DEFINITIVO MAXI que por acaso e ele proprio a perceber isso.