03 janeiro, 2019

LIDERANÇA REFORÇADA.


AVES-FC PORTO, 0-1

O jogo desta noite na Vila das Aves revelou-se de extrema importância para a equipa de Sérgio Conceição. Não que os outros jogos não sejam de igual importância, mas uma vitória esta noite significaria cimentar ainda mais a liderança num campeonato que apresenta até à data quatro sérios candidatos ao título.

Há duas jornadas atrás, o FC Porto apresentava uma vantagem de dois pontos para o 2º classificado (Sporting). Na jornada transacta, a equipa azul-e-branca passou a dispor do conforto de quatro pontos de diferença para o 2º lugar (Benfica). À hora do jogo na Vila das Aves, os Dragões tinham a oportunidade de reforçar a liderança para o 2º da tabela classificativa (Sporting), aumentando a distância para cinco pontos e não se fizeram rogados.


Isto quer dizer que, nos últimos jogos, o campeão nacional ganhou pontos aos seus eternos rivais, bem como ao quarto candidato, o Sp. Braga que, em muitas jornadas apenas baqueou estrondosamente frente ao Benfica. Assim se vai construindo o caminho rumo ao bicampeonato.

Sérgio Conceição repetiu o onze habitual que muitas vezes tem utilizado nos jogos. Um 4x4x2 completamente virado para o ataque. E, desde o início, os azuis-e-brancos encostaram o Desp. Aves atrás, não permitindo que os pupilos de José Mota saíssem em contra-golpe como é habitual. Apesar de tudo, a equipa da casa estava bem organizada defensivamente e não era fácil entrar no seu último reduto.

A partir dos 15 minutos, os Dragões começaram a ameaçar o golo. Soares, por duas vezes, de cabeça e Marega mostraram ao que vinham e só um Guarda-redes inspirado e o poste impediram que o FC Porto se adiantasse no marcador. Na outra baliza, Casillas tinha que fazer alguma coisa para não congelar numa noite bastante gélida.


Soares viu um golo bem anulado aos 23 minutos após cruzamento de Marega, mas dois minutos depois o FC Porto inaugurou mesmo o marcador. Depois de jogadas de insistência após a cobrança de um canto na baliza do Desp. Aves, Brahimi lançou a bola para a área e Militão, sem marcação, bateu Beunardeau sem qualquer dificuldade.

O jogo ganhou emoção. O Aves tentou reagir, mas o FC Porto fazia forte oposição e procurava o segundo golo. Aos 38 minutos, a bola entrou novamente na baliza de Beunardeau, mas o golo foi anulado pelo VAR. Na cobrança de um livre, Alex Telles colocou o esférico na área, mas Danilo cabeceou em fora-de-jogo. Lance bem ajuizado.

Na segunda metade, assistimos a um jogo completamente diferente. Foi preciso um FC Porto de ferro, com nervos de aço e bastante concentrado para levar de vencida este obstáculo. O Desp. Aves apostou tudo no ataque e conseguiu levar o jogo até às imediações da área portista. É certo que Casillas nunca viu a sua baliza verdadeiramente ameaçada, excepto no último lance da partida. Mas também é certo que o FC Porto baixou muito na sua produção ofensiva.


A equipa de Sérgio Conceição não conseguiu fazer o seu jogo e só numa ocasião levou perigo à baliza de Beunardeau. Alex Telles bateu um livre na direita e Danilo cabeceou a rasar o poste da baliza contrária. A terminar, Nildo Petrolina dispôs de um livre perto da área portista e rematou estrondosamente à trave. O jogo terminou logo de seguida.

Notas finais dignas de registo para ambas as equipas. Primeiro para a equipa do Desp. Aves que, nos últimos cinco jogos, apenas fez um ponto, mas deu um imenso trabalho ao FC Porto. E depois para a equipa azul-e-branca que aumentou o seu recorde de vitórias consecutivas, encontrando-se a apenas uma vitória de igualar o recorde nacional.

A bela moldura humana e o apoio incansável dos apoiantes portistas numa noite bastante fria são de enaltecer, visto que a meteorologia convidava ao conforto do lar junto dos aquecedores e lareiras. O FC Porto não tem descanso e prepara desde já o jogo da próxima jornada da Liga NOS com a recepção ao Nacional, na próxima Segunda-feira.




DECLARAÇÕES

Sérgio Conceição: "Resultado inteiramente justo num jogo difícil"

Primeira parte de grande nível
“Foi um jogo difícil, como tínhamos previsto. Fizemos uma primeira parte de grande nível, muito compactos. Criámos três ou quatro ocasiões para fazer golo, conseguimos marcar um. O resultado mais justo ao intervalo seria pelo menos mais um golo a nosso favor. Na segunda parte controlámos, fomos resolvendo os problemas. Podíamos ter saído com um pouco mais de critério, mas o resultado é inteiramente justo num jogo difícil, contra uma equipa que tem bons valores individuais.”


Fazer o que o jogo estava a pedir
“Provávamos algumas situações sabendo o que é o processo defensivo do Aves. Na segunda parte, senti que devíamos ter mais um médio em campo, meti também um extremo para defender mais na largura do que fazemos habitualmente. Fomos fazendo o que o jogo estava a pedir, sabendo que o adversário, com o jogo direto, numa ou outra bola parada, podia causar problemas. Estivemos muito concentrados e muito rigorosos nesse aspeto. Resumindo, foi uma vitória justa num campo difícil.”

O mais importante é o FC Porto
“Estamos atentos aos adversários mas o foco está sempre no que temos e devemos fazer. É sempre importante olhar para os adversário, mas mais importante que isso é olhar para a nossa equipa.”



RESUMO DO JOGO

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