13 outubro, 2010

Tributo ao Adepto

http://bibo-porto-carago.blogspot.com/

Com o intervalo nas competições do nosso clube, decidi dedicar o meu post aos Adeptos em geral, não só a um clube, mas a todos; não só ao Futebol, mas ao Desporto, e começo logo com uma frase: Jock Stein (antigo treinador do Celtic de Glasgow), “football is nothing without the fans”.

Corrijo este senhor, dizendo que o “Desporto não é nada sem os adeptos”; é para eles que os jogadores se esforçam, é para eles que os atletas correm quando festejam os golos, é para eles que os atletas inventam formas espectaculares de passar a bola, é para eles que as regras nos desportos vão evoluindo, é para eles que se modernizam estádios, é para eles que se constroem acessibilidades, é para eles que se inventam os mais variados produtos, é para eles que se constroem planteis milionários, resumindo é para eles que os Atletas jogam os adeptos são a cor no desporto que tantas vezes é bem cinzento.

Por isso os adeptos vêm primeiro quando se fala em desporto, muitas vezes esquecidos por causa de um fenómeno chamado Televisão.

Este fenómeno serviria e muito bem todos aqueles que querem acompanhar e pelas mais diversas razões não o conseguem fazer, seja por ordem monetária, ou pela distância, ou pela falta de tempo, ou pelo horário Laboral ou até mesmo pela manifesta falta de tempo, nos dias uma situação muito normal.

Até aqui tudo bem, o problema vem quando a Televisão começou a mandar e a monopolizar o Futebol, seja pela forma de horários, negociação dos direitos dos jogos (onde compram o equivalente à lotação do estádio), pela forma massiva como apresentam os conteúdos publicitários, com produtores de imagem a mostrarem aquilo que quer que se veja, até à forma que implementaram neste triste país que quiser ver Desporto tem de pagar uma mensalidade de 25 euros.

Com isto “cativizaram” os adeptos ao sofá, aqueles que podiam perfeitamente se deslocar ao Estádio e conviver com os amigos, vivem agora agarrados ao comando da Televisão à espera que acabe um jogo para de seguida fazer uma “perninha” até às 23h:59min do jogo seguinte, ao ridículo que isto chegou.

Tornaram os clubes malandros no que ao chamar adeptos ao estádio diz respeito, ninguém se importa de passar os jogos para um segunda-feira às 21h, com bilhetes a 20 euros cada, com as condições equivalentes ao famoso ano 1967, sem casas de banho, sem lugar onde comprar uma bebida, foi nisto que o monopólio da Televisão e o comodismo dos Clubes transformou, a verdadeira cultura tudo o que vier a seguir é lucro, já que os lugares já se encontram vendidos num contrato Televisivo.

Já nem vou entrar pelas trocas e baldrocas das contas dos clubes e da forma como são geridas que isso é areia demais para a minha camioneta, apenas coloco o cenário hipotético de um dia ir ver o Supermercados Continente FC no Arena Bacalhau Pascoal, seria surreal mas acontece por esta Europa Fora.

Ódio ao Futebol Moderno

Se acharem que o problema é só nosso, fica aqui o vídeo de outros mundos onde a Televisão afecta da mesma maneira:



A notícia da semana que me levou a escrever hoje este tema: "Futebol: Adeptos alemães protestam contra «mercantilização»".

No seguimento do Futebol Moderno, veio uma moderna Polícia, apetrechada com os melhores equipamentos logísticos e operacionais, com os melhores veículos para o combate a uma desordem pública (ainda não conseguem separar a cimeira do G20 com um jogo de futebol), munidos de armas de fogo e cassetetes.

Infelizmente, isto é a mesma coisa que eu chegar ao muito autobianchi de 56 e enfiar-lhe um airbag, um símbolo da Ferrari e bancos desportivos que aquilo vai andar mais ou vai ficar melhor, os meios que a Polícia usa são mais que suficientes para não se fazerem notar num jogo de futebol, infelizmente como só anda nisto os chamados “ninjas da aldeia”, é muito normal que a coisa dê para o torto num abrir e fechar de olhos.

É usada sempre força excessiva, meios para o fazer desproporcionais ao problema em questão e há outros meios de prevenir violência é estudar o fenómeno, haver formação contínua dos agentes para se alhear do ambiente e concentrarem-se na sua missão que é manter a segurança de quem vai ao Futebol, mas infelizmente paramos numa coisa que se chama caixa de segurança algo importado de um Itália90 onde foi tremendamente eficaz e depois do Euro2004 que trouxe algumas coisas boas como está e ficamos por aqui, com uma armada de iletrados que só sabe responder de cassetete na mão ou de 6.35mm, onde insultam e parecem que gostam daquilo que fazem.

Muitos perguntarão: "e os adeptos também não são maus"?

Há adeptos maus, mas serão a maioria? Claro que não, mas eu não escondo isso, aliás, não passo o ano todo metido num gabinete de relações publicas a tentar esconder a pouca vergonha que fazem aos adeptos, nem presto vassalagem a um hipócrita Orelhudo que anda a pedir aos adeptos para não se deslocarem para ali ou para acolá mas no fundo, o que ele quer é outra coisa, há sempre quem tenha falta de atenção, este é um deles.

Entretanto aproveito aqui para dedicar a um adepto muito especial, que como eu adorava o seu clube e se deslocava a todo lado para apoiar aqueles que amava; faz 3 anos no próximo dia 11 de Novembro que foi assassinado numa bomba de gasolina dentro de uma viatura por um Polícia que o atingiu fatalmente no pescoço, um jovem de 26 anos de nome Gabriele Sandri que se deslocava para ir ver o Inter contra a sua equipa a Lázio.

Estive presente no último adeus ao Gabo não porque o conhece-se, mas por tudo aquilo que significava a sua morte, estive junto de milhares de adeptos como eu de diferentes clubes onde desencadeou uma onda de solidariedade para com o adepto em questão e a acordou os adeptos para uma nova realidade. Há assassinos que matam impunemente de crachá ao peito e no final levam uma palmadinha nas costas e nada lhes acontece. Luigi Spaccarotella foi o Polícia que se safou apenas com homicídio involuntário onde não cumpriu 1 mês de cadeia sequer. Esta foi a Justiça que vi. Ontem foi Gabriele, amanhã seremos nós e já faltou mais para isso ser uma realidade.

“Gabriele uno di noi, A.C.A.B”

Despeço-me com um vídeo que não me deixa indiferente e me põe a chorar:



O triste Julgamento.



Um abraço Tripeiro e muito... muito Portista.

20 comentários:

  1. Antas, post fantástico!

    Um tema bastaste interessante, é caso para dizer que temos que estar sempre de olhos bem abertos, porque todo o cuidado é pouco, porque os homens do cacetete, não olham a meios para atingir os seus fins!


    BIBA OS ADEPTOS
    BIBÓ PORTO

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  2. obrigado mesmo porque os adeptos nao podem ser esquecidos
    nunca
    FCPorto fans

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  3. Meu amigo Antas, esmeraste-te, mas que grande post, carago!!

    O meu obrigado por este "Tributo ao adepto". Eles que são o coração do desporto, sofrem e fazem muitos sacrificos em prol do clube. Muitas vezes são injustiçados, infelizmente.

    Como eu te compreendo. Fizeste um post pertinente e não te faltou nada. Estamos no mesmo barco amigo.

    Tu sabê-lo perfeitamente porque já to disse, mas digo-te mais uma vez que tens muito a ensinar nesta matéria.

    Gosto de aprender com os mais velhos, ultras que já têm muita experiência, como tu! É um orgulho defender o meu clube ao teu lado numa bancada.

    Digo que é um post pertinente pois fala do essencial e daquile que os adeptos são alvo hoje em dia, com o tão badalado "futebol moderno".

    Sabem porque é que o Porto - Limianos é às 19h? Porque o Estoril - lagartos é às 17h e o slm - Arouca é às 21h! Quem manda são as tv's e os adeptos que se lixem... andam a toque de caixa!

    A que horas chegarão os adeptos do Arouca à sua terra?! Não interessa, ninguém pensa nisso, ninguém está preocupado. Está tudo interessado é em passar uma tarde/noite de Sábado agarrado à Sporttv.

    Nós não, nós somos diferentes, somos os "maus da fita". Somos aqueles que estamos sujeitos a levar um tiro dum bastardo ao virar da esquina. Muitos dos que não andam neste "mundo" talvez nem soubessem de tal história. Mas infelizmente aconteceu e já vai fazer 3 anos. Já sabia que lá tinhas estado e dou-te os meus parabéns por isso!

    Mentalidade não te falta!

    ULTRAS CONTRA O FUTEBOL MODERNO
    FUTEBOL SIM, NEGÓCIO NÃO

    A.C.A.B

    Um grande abraço

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  4. Caro Antas:
    Chamas a atenção para uma verdade insofismável: o desporto não existia sem os adeptos. São eles que lhe dão a vida, para além dos praticantes.

    Os clubes mão subsistiriam sem adeptos mas… que fazem aqueles, na maioria dos casos? Nada, porque os interesses comerciais se sobrepõem aos dos adeptos.

    Antas: que saudades dos jogos às 15 horas! Vivia em Mirandela e, mesmo com as antigas e obsoletas estradas, dava para ir jantar/cear a casa. Agora estou mais perto mas, depois de um jogo à noite no Dragão, nunca chego antes da meia-noite ou 1 hora.

    Um abraço e, já agora, obrigado pelos parabéns a 13.

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  5. Belo tema!

    Muitas ideias com conteúdo inquestionável.
    Muito poderia dizer sobre o tema, mas permito-me a apenas dar os parabéns ao autor do post.

    Ódio eterno ao futebol moderno!

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  6. Este moço é um craque e agora ainda está melhor, porque será?

    Concordo em absoluto e por isso há tempos atrás disse e repito, os símbolos dos clubes, para mim e em primeiro lugar são os adeptos, alguns dos quais fazem das tripas coração para estarem sempre junto do clube...nos bons e nos maus momentos.

    Um abraço, Antas e manda mais.

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  7. Todo este teu fabuloso post se poderia resumir a uma pergunta:

    "Quem mais sofre, quem mais vibra, quem mais grita, quem mais chora nas vitórias e nas derrotas de um clube desportivo?"


    Houve um determinado jogo há uns anos atrás em que o Porto perdeu numa determinada modalidade. Acabou o jogo e eu estava de rastos. A meu lado passa um dirigente do clube com uma indiferença tal que me chocou. É esta a era moderna. A era dos milhões.

    Aos adeptos em geral, aos do meu clube em perticular, aqui ficam os meus cumprimentos a todos. Viva o desporto! Vivam os adeptos.

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  8. Jorge da Silva13 outubro, 2010

    Boas ...
    Aqui está um resumo muitissimo bem
    elaborado em relação áquilo que eu
    penso e defendo á alguns anos ..!
    Isto do Futebol Moderno está em
    definitivo a acabar com o Futebol
    que todos (acho eu!...) defendemos!
    Parabéns por ter alertado algumas
    mentes mais distraidas para aquilo,
    que infelizmente,se passa hoje em
    dia no Futebol Moderno !!!
    Ultra um dia ... Ultra a Vida Toda!

    18 ACAB 93

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  9. Ontem mais uma vez imperou a falta de informação, o que fazer com estes jornalistas?

    Falavam dos supostos Adeptos da Sérvia que estariam a causar disturbios no estádio, onde inclusive nem sequer se chegou a jogar por causa disso.

    Falou-se no Guarda-redes Stojkovic, mas imagens que vi só mostra que o jogo nem começou e ficou pelo aquecimento.

    Não se falou que estavam a queimar a bandeira da Albânia, que estavam a cantar palavras de ordem incentivando ao racismo e ao extremismo Político, fodasse mas anda tudo distraído o que tem haver um grupo armado com uma claque de futebol?

    Porque é que a conotação tem de vir colada, não são adeptos de futebol é gente que o seu único propósito é o extremismo quer político quer religioso, algo que não combina com o Futebol.

    Já agora vi ali a confirmação daquilo que disse em relação à Polícia, então como é que alguém com cadastro e histórico para-militar entra num país via transporte colectivo, usa a escolta polícial para entrar no estádio, coloca-se em cima das barreiras com o seu gorro a tapar a cara, e com um alicate vai cortando a rede de protecção da bancada sem que ninguém faça nada!

    Continuo a dizer tudo o que seja além do bater em adeptos esta gente não sabe fazer mais nem melhor.

    Comigo aquele rapaz nem entrava em Itália, quanto mais ir ver um jogo.

    Conheço bem Belgrado e os seus adeptos, isto vai muito para lá do Futebol.

    Meus amigos obrigado pelas palavras que deixaram aqui, Um grande abraço.

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  10. Grande reflexão, Antas. Tocas em dois assuntos que me dizem muito, e que, embora relacionados, são bastante diferentes.

    O abuso de autoridade por parte da polícia, no geral, é uma das coisas que mais me tira do sério. E os adeptos de futebol são um dos grupos, embora não o único, em que a generalização de meia-dúzia de maus exemplos leva à rotulagem de todos como criminosos, passando a polícia, e em particular os seus elementos sem pingo de ética nem carácter, a ter carta branca para fazer o que quiser, justificado ou injustificado, perante a conivência de colegas, superiores e até da opinião pública, que devido à intoxicação mediática também vê os adeptos de futebol, e sobretudo os do FCP, como vândalos.

    Outro problema totalmente diferente é aquele a que chamas a "mercantilização" do futebol, e que é uma questão bem mais complexa. A nossa visão romântica ainda vê o adepto como o fim último de um desporto de massas como é o futebol (o que em si já é uma distorção do conceito original, em que o fim último de qualquer modalidade desportiva era o entretenimento e actividade física dos participantes), mas a verdade é que, mesmo nos clubes em que continuamos a ser o fim, já somos também um meio há muito tempo. Somos um meio, ou o principal meio, de obtenção de receitas, através das quotas, dos bilhetes para os jogos, do merchandising e sobretudo do nosso consumo de publicidade no estádio e nos media. E temos vindo a aceitar isso com tranquilidade. O FCP foi o primeiro clube português a colocar publicidade nas camisolas, em 1986, e na altura houve alguma oposição (ténue, pelo que me contaram, talvez por a prática já ser comum no estrangeiro), mas agora já nem questionamos isso. Se amanhã o Dragão passasse a Estádio Bacalhau Pascoal (para que conste, bati três vezes na madeira), nós iríamos reclamar, mas a geração de portistas que crescesse com isso já iria achar normal. E, no fundo, enquanto for para arranjar mais fundos para investir na equipa e obter melhores resultados desportivos para nossa alegria (se for para encher os bolsos de administradores gananciosos já é outra história), até que ponto está "errado" mudar o nome do estádio? E desvirtuar a camisola do clube com uma publicidade? Até onde se pode ir? Onde se traça a fronteira?

    E agora o ponto onde os dois temas se tocam: esse policiamento excessivo e troca de galhardetes entre a polícia e os adeptos também não interessa aos clubes. Não apenas porque pode desmobilizar alguns dos adeptos, mas também porque uma fonte importante de receitas são, além dos adeptos "verdadeiros", os visitantes e curiosos ocasionais. É por eles que a vertente de entretenimento é cada vez mais forte no estádio, com a musiquinha e as bailarinas e as pipocas (o verdadeiro adepto está ali para ver a bola e pronto). E para atrair essa gente interessa passar a imagem do estádio como um local tranquilo e pacífico, onde se pode levar as crianças e desfrutar agradavelmente do "espectáculo". Batalhões de polícia de choque no estádio e notícias no jornal sobre adeptos mortos e feridos pela polícia não ajudam a passar essa imagem.

    Ou seja, o tipo de comportamento que descreves por parte da polícia não "interessa" a ninguém. É mesmo incompetência e canalhice. Precisávamos era de melhores polícias. E isso, infelizmente, como deixaste claro, não é apenas um problema nacional.

    É importante de vez em quando reflectirmos um bocado sobre estas coisas. Obrigada pelo teu post e desculpa lá o testamento. São mesmo assuntos que me dizem muito :)

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  11. O melhor elogio que posso fazer a este post é dizer que não ficou nada por dizer...

    Amigo Antas, parabéns pelo post!

    Um grande abraço!

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  12. Enid excelente!

    Mas se reparares tive o cuidado de não ir por aí fora no tema.

    Vamos por partes, uma País onde o Futebol não gera receitas avultadas tem um clube que quer montar um projecto vencedor para chegar longe, aí não há muito que saber vai precisar de dinheiro, vai precisar de publicidade, vai precisar de vender o símbolo e vai ter de fechar os olhos a muita tradição acabada mas não é obrigado a fechar relações com os adeptos\sócios e ter o chamado sugar boss.

    Lembro que Alavés acabou depois de ser deixar comprar por um milionário Russo que acabou com o clube em três tempos, a fronteira para mim está aqui.

    Respeito, Tradição e acima de tudo um jogo pensado para os adeptos, mas isso não significa que não se possa ganhar dinheiro com isso, mas que entramos num exagero entramos.

    Um exemplo disto, o que podem fazer os adeptos do Liverpool caso o clube possa ou não ser vendido?

    Eu respondo, nada!

    Enid é sempre um gosto ler o que escreves, sábado lá estaremos um beijinho.

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  13. Viva !

    Existem ultras e Adeptos.

    Não há que confundir alhos com bugalhos.

    Os ultras nascem com uma estória ligada à Lázio que, por sua vez, mergulha no fascismo e até no nazismo.

    Na tag PortoMaravilha deste blog, creio que há contribuições suficientes que mostram o que é ou o que foi a história do futebol.

    Basta consultar a referida tag no seu histórico.

    Não deixa de ser interessante o seguinte : Após os assassinatos cometidos pelos ultras do psg, em seguimento de batalhas de rua meios loucos, o psg jogou às portas fechadas. Pois bem : Ganhou todos esses jogos.Antes perdia.

    Lol !

    O que mostra que ultra, quanto ao apoio,é para Inglês ver !

    Até hoje tenho lido, neste blog, sem dúvida mostra ainda o peso do passado, a palavra tribunal escrita entre aspas.

    Medo da memória ? Sim há que ter medo ! É que um tripeiro não esquece a convivialidade dotribunal das Antas, longe dos fumigéneos e outras drogas leves ou pesadas.

    Para terminar: há mais espectadores,em Paris,nos teatros,num sábado,que em todos os estádios de futebol de França.

    Porque será ? Cidades com mais de um milhão de habitantes, só atraem 10 000 pessoas no máximo dos máximos para ver um jogo de futebol.

    Qual televisão qual quê ?

    O teatro também dá na tv !

    Que a cultura ultra conjuge com si própria e que se ficar endogámica não é o meu problema. Mas é, certamente, o anúncio da morte da modalidade.

    O que me não agrada !

    E Viva o Porto !

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  14. aNTAS,

    já vou tarde, mas ainda muito a tempo, aliás, pa memória futura, o mesmo que há umas pouqitas horas falamos em Águas Santas.

    este teu post, bem, diria que desde a tua entrada, tens mantito a bitola sempre alta, muito alta, o que concerteza agrada a todos aqueles que frequentam, diariamente ou não, este espaço de tertúlia, mas sem desprimor para todos os outros, apetece-me dizer e vou mesmo dizê-lo, este é o teu post d'identidade, se me faço entender... reconheci cada palavra, cada frase, cada sentimento descrito, naquela imagem +perfeita com que me habituei a conhecer aquele já tão reconhecido e porque não até dizê-lo, o famoso «Fred» ;)

    este teu post, por vários e múltiplas interpretações, tá simplesmente, 7 estrelas... revejo-me em tudo o descrito, quer na opinião formada, quer nos sentimentos... tá cá tudo, não falta nada!!!

    apetece só mesmo dizer, em jeito de provocação, que conseguirás bater em futuros, este teu, para mim, «best of the best» post?

    fica na natural expectativa... surpeende-me... surpreende-nos... ficaremos todo muito satisfeitos, vai uma aposta?

    o futebol, é isto mesmo, paixão, sentimento e alma... haverá mais? duvido!!!

    aMIGO, aKeLe aBrAÇO.

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  15. Malta amiga,

    Com todo o respeito que tenho por todas as opiniões (o 25 de Abril de 74 trouxe-nos a liberdade de expressão), julgo ser importante termos algum cuidado com as coisas que dizemos, para que as mesmas correspondam á realidade.

    Assim sendo, e sublinho novamente o máximo respeito por todas as opiniões, tenho que dizer que o PortoMaravilha diz coisas que nem de perto nem de longe, correspondem á realidade.

    O nascimento que aponta para os ultras, é absolutamente desconforme.
    Os problemas em Paris, prendem-se apenas com questões racistas que extravasam o futebol.
    Ainda em agosto estive em Paris no torneio de pré-época que lá fizemos, e pude in-loco confirmar isso.

    Somos livres de gostar ou não dos ultras. Mas não os devemos rotular com aquilo que não são, e quando nos pronunciamos, ter o cuidado de não meter tudo no mesmo saco.

    Viver no mundo ultra, ser um ultra, é viver num mundo de magia, onde a paixão é vivida em toda a sua plenitude. Não há barreiras para expressar essa paixão, pois é ela que nos consome.
    É viver num mundo onde encontramos outras pessoas que tal como nós, querem conviver, viver, serem felizes, amar o seu ideal.
    Um ultra vive 365 dias por ano a pensar e a acompanhar o seu amor, mas só é notícia pelas piores razões, mesmo que em nada tenha contribuído para que algo corre-se mal. E porquê? Porque já está rotulado!

    Mais respeito pelos ultras, porque são cidadãos como os outros, com as suas profissões, pagando os seus impostos, e vivendo em sociedade como qualquer um dos outros mortais.

    Um abraço ao PortoMaravilha.
    Um abraço a todos os ultras.

    Hugo MIL893

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  16. PortoMaravilha, é uma questão de rótulo, por e simplesmente. E hoje viu-se isso mais uma vez no pavilhão do Águas Santas.

    Se fossemos "adeptos normais", estivessemos sossegados e sentadinhos a ver o jogo, a polícia nem se tinha mexido. Mas como cantamos e estamos de pé a ver o jogo, "não somos adeptos normais", somos logo cercados e mandados para trás.

    Uma questão de rótulo.

    Um abraço ao ultra com mais mentalidade da Curva Portista!

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  17. PortoMaravilha sem querer ser demagógico o mundo Ultra não nasce em Roma quanto muito nasceria em Génova, mesmo assim longe da data do aparecimento do primeiro grupo de adeptos organizados de um histórico clube da Ex-Jugoslávia o Hadjuk Split e ainda mantém o nome desde então são os Torcida, fundados em 1950, nesta altura a Lázio nem sonhava com claques.

    Entretanto e como se passou a cobrar bilhetes mais baixos em diferentes bancadas, principalmente atrás das balizas começaram a concentrar-se grupos de adeptos fieis onde apoiavam incessantemente o seu clube, como maior parte dos estádios na altura tinha um formato maratona começaram a ser apelidados de CURVA.

    É aqui que nasce o mundo Ultra.

    Depois a fácil conotação do Hooliganismo, Extremismo e fanatismo Religioso ao mundo Ultra foi fácil, era o local onde se encontravam mais jovens compreendidos numa faixa etária dos 15 aos 20, principalmente jovens fáceis de manipular e guiar até ao extremismo e lavagens cerebrais, mas a fácil recruta não quis dizer que levavam todos apenas alguns, entretanto e um mundo de fácil informação como o de hoje já estas coisas são mais difíceis de ter sucesso.

    Mas continuo achar que a sua natureza(dos grupos organizados) continuou e está para durar, estão ali para Apoiar, nada os faz recuar e estão ali até ao fim incondicionalmente, se achar que é mentira basta ver um jogo ao meu lado.

    Em relação à França penso que ou se está a falar à sorte ou então os Teatros em Paris levam meio milhão de pessoas todos os fins-de-semana senão vejamos:

    Club 2006/07 2007/08 2008/09
    Olympique Marseille 51600 52600 52275
    Paris Saint Germain 36360 36945 40900
    Olympique Lyonnais 38545 37295 37295
    RC Lens 34260 34655 29840
    AS Saint-Etienne 29390 29235 28170
    Girondins de Bordeaux 24900 25490 26955

    Só disponho de números até ao ano de 2009, mas sei que no ano passado o número de espectadores no Marselha dobrou, juntamente com os do Bordeus, estes números são apenas referentes à liga francesa não contabilizei as competições Europeias.

    Por isso acho que o Teatro não consegue competir com o Futebol ainda, mesmo que todos os fins-de-semana apresentasse peças do Oscar Wild, Arthur Miller ou até mesmo William Shakespeare.

    E já agora o Tribunal não é coisa do passado, o Tribunal das Antas não era um grupo localizado, o Tribunal é um conjunto de sócios os chamados vai a todas que decidiam e transformavam o assobio em palmas e incentivo à equipa fosse basquetebol, andebol, hóquei patins e Futebol, até mesmo nas assembleias gerais do clube.

    São um conjunto de sócios activos, ainda existe este espírito e está para durar.

    Um abraço a todos.

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  18. Viva !

    Nada tenho contra para quem apoia o seu clube sentado, de pé ou cantando, com bandeiras ou sem bandeiras. Como também nada tenho contra quem acompanha o seu clube a todo o instante.

    Desde que seja no respeito das regras, da lei e da ordem pública !

    Mas o real problema não está aí. O real problema é que a modalidade futebol vai morrendo, vítima duma violência sem nexo nem eixo.

    O espectáculo do Itália-Sérvia foi mais um prego para o caixão futebol.

    @ Anónimo :Por essa razão, penso que o presidente do psg teve muita coragem, dissolvendo as curvas do Parc des Princes. De qualquer modo, para o psg, trata-se duma questão de sobrevivência. A violência passada ( assassinatos, linchagens..)no parc foi,quanto a mim ,muito mais além da tradicional clivagem direita/esquerda/racismo... Aquilo era o cúmulo da animalidade.

    Por outro lado,quem joga no Stade de França ( capacidade dupla da do Parc des Princes) é o Stade Français, clube de rugbi. Sempre casa cheia sem problemas de violência. O futebol perdeu, duma certa maneira, uma batalha com o rugbi, na capital Francesa.

    @ Antas : Tem razão. Devia ter explicitado Região Parisiense ( Ile de France ) e não Paris, no que diz respeito à comparação entre o número de espectadores Teatro-Futebol.

    A região Parisiense tem, salvo erro, cerca de 12 milhões de habitantes.

    Eu também fiquei admirado com a informação.

    No entanto, só Paris têm mais de cinquenta teatros, sem contar os cafés teatro. Qualquer cidade da região de Ile de France tem um ou dois teatros. E a maior parte das cidadezinhas tem o seu teatrinho.

    Sejam os teatros públicos ou privados.

    Se adicionarmos o número de espectadores por teatro é fácil constatar que o número é superior ao dos espectadores presentes nos estádios de futebol.

    São dados acho indiscútíveis.Já mais interessante ( sem ser fanático ), é saber porque a comparação é feita com o futebol e não com outra actividade desportiva.

    No que diz respeito ao movimento Ultra, obrigado por me ter lembrado Split. No entanto, acho que a noção de torcida e de claque não corresponde bem à noção de Ultra.

    Os Ultra são orgánicos e não espontaneos e heterogeneos como o eram as claques e torcidas. Mas posso me enganar.

    Sempre vi, pelo passado,os jogos do Porto na superior. O tribunal por ser espontaneo e não orgánico nunca teve data de nascimento.

    Mais uma vez obrigado pela lembrança de Split que, estupidamente, o meu disco rígido tinha esquecido. Sou humano.

    E Viva o Porto

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  19. PortoMaravilha tive o cuidado de começar logo com a frase de não querer usar demagogia, o que escrevi sobre o mundo Ultra porque é um tema sobre o qual leio bastante, procuro sempre saber mais sobre o tema acho-o interessante.

    Achei importante mostrar que foi ali que começou o primeiro movimento Ultra, a claque da Lázio foi pioneira noutra coisa, foi em transformar um claque de futebol num negócio, numa empresa, começando por registar a sua marca, comprar uma bancada, comercialização de produtos e deslocações organizadas, aqui sim eles foram pioneiros.

    Em relação e a Região Parisiense Paris estamos num impasse. :) Como deves saber melhor que eu é talvez a capital mais cosmopolita da Europa onde o Futebol não é prioridade, e muito por culpa dos desastrosos resultados desportivos que a equipa tem, aliado a uma Região que o clube da Capital nada lhes diz.

    A confirmar isto acho que li algures que só na "região" de Paris está a maior comunidade Muçulmana da Europa, só aqui se pode explicar a falta de adeptos aos clubes de Paris, embora como é claro não explique todas.

    Não explicará tudo mas como isto são opiniões acho que está longe de estar acabado.

    Os incidentes do Itália vs Servia mostram acima de tudo que Futebol e Politica não combinam, aquilo ontem foi uma demonstração do que uma simples infiltração de algumas pessoas que outrora pertenceram a um Braço Armado podem trazer ao Futebol, de Ultra não têm nada muito pelo contrário.

    Em Belgrado quando por lá andei consegui rever esta realidade.

    PortoMaravilha um grande abraço.

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  20. GABRIELE UNO DI NOI!!!!

    ULTRAS FCPORTO

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