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FC PORTO-Lille, 2-0
UEFA Champions League, 2ª mão play-off
Terça-feira, 26 Agosto 2014 - 19:45
Estádio: Dragão, Porto
Assistência: 45.208
Árbitro: Svein Oddvar Moen.
Assistentes: Kim Thomas Haglund e Frank Andas; Ken Henry Johnsen e Svein-Erik Edvartsen.
4º Árbitro: Sven Erik Midthjell.
FC PORTO: Fabiano, Danilo, Maicon, Martins Indi, Alex Sandro, Casemiro, Rúben Neves, Óliver Torres, Herrera, Brahimi, Jackson Martínez.
Suplentes: Andrés Fernández, Reyes (39' Alex Sandro), Evandro (62' Rúben Neves), Quintero, Ricardo (84' Casemiro), Quaresma, Adrián López.
Treinador: Julen Lopetegui.
LILLE: Enyeama, Béria, Rozehnal, Kjaer, Souaré, Mavuba, Gueye, Balmont, Corchia, Roux, Origi.
Suplentes: Elana, Delaplace (77' Gueye), Rodelin, Soumaoro, Marcos Lopes (71' Corchia), Ryan Mendes (67' Roux).
Treinador: René Girard.
Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: Brahimi (49'), Jackson Martínez (69').
Disciplina: Gueye (70'), Balmont (81'), Kjaer (89').
Depois da vitória na 1ª mão em França (1-0), o FC Porto voltou a vencer o Lille nesta terça-feira, e desta vez por 2-0. Desta forma, vai estar presente no sorteio da próxima 5ª feira em Nyon. É a sensação de missão cumprida de um dos primeiros grandes objectivos da época.
O FC Porto confirma a 19ª presença na fase de grupos da Liga dos Campeões e passa a ser um dos recordistas na prova milionária. Estrelas, estádios cheios, passagem do hino, milhões de euros, alta roda do futebol: este é o destino dos campeões. Este é o destino do FC Porto. Este é o lugar natural do maior e mais titulado clube português.
Esta noite, o FC Porto entrou muito bem no jogo. Depois de ter sufocado o Lille nos primeiros momentos do jogo, através de investidas de Ruben Neves, Brahimi, Herrera, Óliver e Jackson Martinez, a equipa do Lille foi, gradualmente, equilibrando a contenda. Mas, no entanto, o Lille nunca conseguiu ameaçar verdadeiramente o FC Porto, não obstante a lesão de Alex Sandro numa altura bastante precoce da partida que obrigou Lopetegui a colocar Indi a fechar o corredor esquerdo e a permitir a entrada de Reyes para o centro da defesa. O Lille foi incapaz de derrubar uma equipa que começa a definir-se muito bem de trás para a frente.
Lopetegui está a construir a equipa, partindo de uma boa consistência defensiva. Não é por acaso que nos jogos mais complicados reforça o meio campo com 4 médios que se desdobram para um 4X3X3 em situação de construção ofensiva. Esse 4º elemento do meio campo que descai para a ala é Óliver Torres.
Os processos ainda não estão assimilados, a equipa ainda denota, naturalmente, deficiências mas está a ir pelo bom caminho. Pedroto dizia que uma equipa faz-se de trás para a frente e esta equipa não foge à regra.
Drible, aceleração, mudança de velocidade, assistências e golos: Yacine Brahimi assinou a melhor exibição da época até ao momento, à imagem do que fez no último Campeonato do Mundo pela selecção da Argélia. Colocado no lado esquerdo do ataque português, o ex-jogador do Granada foi um autêntico quebra-cabeças para a defesa do Lille.
Abriu o marcador imediatamente após o intervalo aos 49 minutos, num livre superiormente cobrado ao ângulo da baliza francesa defendida por Enyeama. Mas Brahimi não se ficou por aqui. Aos 69 minutos ofereceu o segundo golo a Jackson Martinez num passe em profundidade que isolou o colombiano. Jackson à entrada da área rematou colocado com o pé esquerdo sem hipóteses para guarda-redes da equipa francesa.
Enquanto o resultado estava 0-0, o Lille fora inicialmente capaz de resistir à pressão portista, mas após sofrer o primeiro golo, a estratégia do Lille ruiu por completo. E René Girard, treinador do Lille, sabia disso perfeitamente. Apesar disso, os franceses criaram algum perigo na etapa complementar mesmo depois do golo sofrido.
Aos 50 minutos, Origi não concluiu da melhor forma um lance de ataque pela esquerda. Corchia, aos 51 minutos, rematou fortíssimo num livre superiormente batido que Fabiano defendeu. Roux não conseguiu dar melhor sequência a um cabeceamento aos 55 minutos. Em sete minutos o Lille reagiu muito bem ao golo portista mas não conseguiu materializar as oportunidades criadas. E por ali terminaram as suas hipóteses de qualificação.
O FC Porto, após o 1º golo, recuou as linhas e passou a actuar em 4X5X1, reforçando a sua zona intermédia e, neste capítulo, realço a grande prestação de Herrera, umas das melhores exibições que vi o mexicano fazer ao serviço do FC Porto. Herrera esteve no campo todo. Correu, defendeu, atacou, rematou e teve ao cair do pano uma grande oportunidade para ampliar o resultado. Numa investida individual, Herrera rematou fortíssimo de fora da área e o guarda-redes do Lille sacudiu para canto.
Notas finais para a equipa de arbitragem que, à excepção de uma grande penalidade escandalosamente não assinalada no 1º tempo sobre Jackson Martínez, teve uma actuação discreta e acompanhou de perto os lances, castigando algumas entradas mais duras dos franceses.
O FC Porto aguarda até 5ª feira pelos adversários que irá defrontar na fase de grupos da champions league. Na liga portuguesa recebe o Moreirense no Estádio do Dragão, no próximo Domingo, com o objectivo de conquistar mais 3 pontos e consequentemente fechar o 1º ciclo de jogos da época 100% vitorioso.
DECLARAÇÕES
Lopetegui: “Fizemos dois jogos magníficos”
Duas vitórias frente ao Lille e lugar reservado entre as 32 equipas que vão disputar a fase seguinte da maior prova europeia de clubes. Na conferência de imprensa que se seguiu ao triunfo caseiro sobre os franceses (2-0), Julen Lopetegui destacou a exibição colectiva na eliminatória e considera que os Dragões deixaram pelo caminho “uma equipa forte”.
“Foi muito difícil, pois tivemos pela frente um grande adversário. A equipa fez dois jogos magníficos e está de parabéns, pois mereceu ultrapassar esta eliminatória. Os adeptos foram maravilhosos e ajudaram-nos a concretizar um objectivo muito importante para nós, que era estar na UEFA Champions League”, começou por afirmar o treinador espanhol.
Ciente de que o processo de evolução demorará o seu tempo, Julen Lopetegui garantiu que ainda há muito para melhorar e deixou elogios ao Lille. “Estamos a construir uma equipa e continuamos a precisar de melhorar em vários aspectos. Fizemos dois grandes jogos frente a uma equipa forte e que exigiu o máximo de nós. Só conseguimos vencer o Lille porque trabalhámos muito para isso”.
No entender do técnico basco, o FC Porto entrou bem no jogo mas perdeu fulgor “nos últimos quinze minutos” da primeira parte, altura em que o Lille assumiu o comando das operações. O momento de inspiração de Brahimi, garante, foi essencial para lançar os Dragões para a vitória. “Começámos bem o jogo, mas perdemos fulgor na parte final da primeira parte. Reentrámos forte na segunda e o grande golo do Brahimi deu-nos mais tranquilidade, sabendo, ainda assim, que nunca poderíamos relaxar frente a uma equipa como o Lille”.
Ao fim de quatro jogos oficiais, o FC Porto mantém as suas redes invioladas. Julen Lopetegui volta a puxar pelo colectivo e deixa um alerta: “Uma equipa que quer ser bem sucedida tem de ser forte em todos os sectores”. "Estamos a responder bem em termos defensivos, mas podemos ser ainda melhores. Estamos felizes por estar na UEFA Champions League. É algo muito importante para o clube e para os nossos adeptos”, acrescentou.
Jackson: “Estamos preparados para perseguir as vitórias”
O colombiano Jackson Martínez marcou o segundo golo do FC Porto na vitória desta terça-feira (2-0), frente ao Lille, e destacou o “bom trabalho” que os Dragões fizeram “frente a uma equipa que lutou muito”. Jackson realçou também que o conjunto azul e branco “podia ter marcado mais golos”, mostrando-se “contente pelo apuramento”.
“Fizemos um bom trabalho frente a uma equipa que lutou muito. Estava a ser difícil controlar o jogo e soubemos esperar e organizá-lo, para conseguirmos jogar mais perto uns dos outros. Estou contente pelo apuramento. Penso que tivemos muitas ocasiões de golo e que estivemos bem defensivamente”, destacou o avançado sul-americano.
Jackson assumiu também que pensa sempre “em ajudar a equipa”: “Os triunfos são colectivos e são mais importantes do que aquilo que posso alcançar individualmente. O importante é que eu esteja bem quando surgirem ocasiões de golo para poder marcar”. Em relação aos adversários futuros, Jackson deixa o aviso: “Há jogos mais difíceis, outros mais tácticos, e temos de tratar de entrar sempre como temos trabalhado na pré-época. Sempre preparados para perseguir as vitórias, como esta, que foi importante”.
Confirmando que a equipa ainda tem muito por onde melhorar, Jackson agradeceu aos adeptos, apesar de lhes pedir o apoio nos bons e nos maus momentos: “Penso que os adeptos têm de aprender a ajudar a equipa a ultrapassar os momentos difíceis. Em qualquer competição, em qualquer jogo, toda a gente tem de apoiar a equipa - é disso que precisamos. A equipa entrega-se, dá sempre o seu melhor e o apoio ajuda-nos a ultrapassar as dificuldades”.
Martins Indi: “O FC Porto tem de estar sempre na Champions”
O central holandês Martins Indi voltou a integrar a defesa portista, que ainda não sofreu golos nos quatro jogos oficiais disputados. Após a vitória sobre o Lille, que valeu a qualificação para a fase de grupos da UEFA Champions League, o internacional holandês mostrou-se feliz por ter ajudado a equipa a conseguir o primeiro dos objectivos da temporada e disse também que o facto de ser um jogador polivalente “é importante para acrescentar mais soluções à equipa”.
Martins Indi valorizou o papel de todos na vitória desta noite, referindo que a equipa “jogou muito bem”: “Apesar de, por vezes, os passes não terem saído muito bem, o facto é que quando marcamos sentimos que o jogo estava controlado. Ganhámos e estou muito contente, até porque o FC Porto tem de estar sempre na Champions League. O Lille é uma boa equipa, a qualificação foi difícil, mas estamos muito satisfeitos”.
O central, que na noite desta terça-feira, jogou também a lateral-esquerdo, após a saída de Alex Sandro por lesão, afirmou ser óptimo poder ajudar a equipa: “Tive de pensar de forma diferente após a saída do Alex Sandro. Eu sou central, mas estou habituado a jogar a lateral e consegui ajudar nessa posição. É importante fazer um bom trabalho nessa posição, para dar mais soluções à equipa”.
Maicon: “Foi uma vitória mais do que merecida”
Depois da vitória (2-0) sobre o Lille, que garantiu a presença na fase de grupos da UEFA Champions League, o ambiente que se vivia no Dragão era, naturalmente, de felicidade e Maicon reflectia a satisfação do balneário portista. O brasileiro realçou “uma vitória mais do que merecida” num “bom jogo” do FC Porto.
O central brasileiro acrescentou que a equipa esteve em excelente plano, tanto no Dragão, como no Pierre-Mauroy, em Lille: “Estudámos bastante a equipa do Lille, eliminámos os pontos fortes deles e creio que foi uma vitória mais do que merecida. Somos uma equipa jovem, com personalidade, que gosta de jogar em posse e que foi superior nos dois jogos”.
Destacando a qualidade dos jogadores do Lille, Maicon afirmou também que “o plantel tem alternativas, com jogadores que completam quem está a jogar” e realçou a justiça do resultado: “A equipa procurou sempre a vitória e conseguimos o nosso principal objectivo, que era a qualificação”.
RESUMO DO JOGO
UEFA Champions League, 2ª mão play-off
Terça-feira, 26 Agosto 2014 - 19:45
Estádio: Dragão, Porto
Assistência: 45.208
Árbitro: Svein Oddvar Moen.
Assistentes: Kim Thomas Haglund e Frank Andas; Ken Henry Johnsen e Svein-Erik Edvartsen.
4º Árbitro: Sven Erik Midthjell.
FC PORTO: Fabiano, Danilo, Maicon, Martins Indi, Alex Sandro, Casemiro, Rúben Neves, Óliver Torres, Herrera, Brahimi, Jackson Martínez.
Suplentes: Andrés Fernández, Reyes (39' Alex Sandro), Evandro (62' Rúben Neves), Quintero, Ricardo (84' Casemiro), Quaresma, Adrián López.
Treinador: Julen Lopetegui.
LILLE: Enyeama, Béria, Rozehnal, Kjaer, Souaré, Mavuba, Gueye, Balmont, Corchia, Roux, Origi.
Suplentes: Elana, Delaplace (77' Gueye), Rodelin, Soumaoro, Marcos Lopes (71' Corchia), Ryan Mendes (67' Roux).
Treinador: René Girard.
Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: Brahimi (49'), Jackson Martínez (69').
Disciplina: Gueye (70'), Balmont (81'), Kjaer (89').
Depois da vitória na 1ª mão em França (1-0), o FC Porto voltou a vencer o Lille nesta terça-feira, e desta vez por 2-0. Desta forma, vai estar presente no sorteio da próxima 5ª feira em Nyon. É a sensação de missão cumprida de um dos primeiros grandes objectivos da época.
O FC Porto confirma a 19ª presença na fase de grupos da Liga dos Campeões e passa a ser um dos recordistas na prova milionária. Estrelas, estádios cheios, passagem do hino, milhões de euros, alta roda do futebol: este é o destino dos campeões. Este é o destino do FC Porto. Este é o lugar natural do maior e mais titulado clube português.
Esta noite, o FC Porto entrou muito bem no jogo. Depois de ter sufocado o Lille nos primeiros momentos do jogo, através de investidas de Ruben Neves, Brahimi, Herrera, Óliver e Jackson Martinez, a equipa do Lille foi, gradualmente, equilibrando a contenda. Mas, no entanto, o Lille nunca conseguiu ameaçar verdadeiramente o FC Porto, não obstante a lesão de Alex Sandro numa altura bastante precoce da partida que obrigou Lopetegui a colocar Indi a fechar o corredor esquerdo e a permitir a entrada de Reyes para o centro da defesa. O Lille foi incapaz de derrubar uma equipa que começa a definir-se muito bem de trás para a frente.
Lopetegui está a construir a equipa, partindo de uma boa consistência defensiva. Não é por acaso que nos jogos mais complicados reforça o meio campo com 4 médios que se desdobram para um 4X3X3 em situação de construção ofensiva. Esse 4º elemento do meio campo que descai para a ala é Óliver Torres.
Os processos ainda não estão assimilados, a equipa ainda denota, naturalmente, deficiências mas está a ir pelo bom caminho. Pedroto dizia que uma equipa faz-se de trás para a frente e esta equipa não foge à regra.
Drible, aceleração, mudança de velocidade, assistências e golos: Yacine Brahimi assinou a melhor exibição da época até ao momento, à imagem do que fez no último Campeonato do Mundo pela selecção da Argélia. Colocado no lado esquerdo do ataque português, o ex-jogador do Granada foi um autêntico quebra-cabeças para a defesa do Lille.
Abriu o marcador imediatamente após o intervalo aos 49 minutos, num livre superiormente cobrado ao ângulo da baliza francesa defendida por Enyeama. Mas Brahimi não se ficou por aqui. Aos 69 minutos ofereceu o segundo golo a Jackson Martinez num passe em profundidade que isolou o colombiano. Jackson à entrada da área rematou colocado com o pé esquerdo sem hipóteses para guarda-redes da equipa francesa.
Enquanto o resultado estava 0-0, o Lille fora inicialmente capaz de resistir à pressão portista, mas após sofrer o primeiro golo, a estratégia do Lille ruiu por completo. E René Girard, treinador do Lille, sabia disso perfeitamente. Apesar disso, os franceses criaram algum perigo na etapa complementar mesmo depois do golo sofrido.
Aos 50 minutos, Origi não concluiu da melhor forma um lance de ataque pela esquerda. Corchia, aos 51 minutos, rematou fortíssimo num livre superiormente batido que Fabiano defendeu. Roux não conseguiu dar melhor sequência a um cabeceamento aos 55 minutos. Em sete minutos o Lille reagiu muito bem ao golo portista mas não conseguiu materializar as oportunidades criadas. E por ali terminaram as suas hipóteses de qualificação.
O FC Porto, após o 1º golo, recuou as linhas e passou a actuar em 4X5X1, reforçando a sua zona intermédia e, neste capítulo, realço a grande prestação de Herrera, umas das melhores exibições que vi o mexicano fazer ao serviço do FC Porto. Herrera esteve no campo todo. Correu, defendeu, atacou, rematou e teve ao cair do pano uma grande oportunidade para ampliar o resultado. Numa investida individual, Herrera rematou fortíssimo de fora da área e o guarda-redes do Lille sacudiu para canto.
Notas finais para a equipa de arbitragem que, à excepção de uma grande penalidade escandalosamente não assinalada no 1º tempo sobre Jackson Martínez, teve uma actuação discreta e acompanhou de perto os lances, castigando algumas entradas mais duras dos franceses.
O FC Porto aguarda até 5ª feira pelos adversários que irá defrontar na fase de grupos da champions league. Na liga portuguesa recebe o Moreirense no Estádio do Dragão, no próximo Domingo, com o objectivo de conquistar mais 3 pontos e consequentemente fechar o 1º ciclo de jogos da época 100% vitorioso.
DECLARAÇÕES
Lopetegui: “Fizemos dois jogos magníficos”
Duas vitórias frente ao Lille e lugar reservado entre as 32 equipas que vão disputar a fase seguinte da maior prova europeia de clubes. Na conferência de imprensa que se seguiu ao triunfo caseiro sobre os franceses (2-0), Julen Lopetegui destacou a exibição colectiva na eliminatória e considera que os Dragões deixaram pelo caminho “uma equipa forte”.
“Foi muito difícil, pois tivemos pela frente um grande adversário. A equipa fez dois jogos magníficos e está de parabéns, pois mereceu ultrapassar esta eliminatória. Os adeptos foram maravilhosos e ajudaram-nos a concretizar um objectivo muito importante para nós, que era estar na UEFA Champions League”, começou por afirmar o treinador espanhol.
Ciente de que o processo de evolução demorará o seu tempo, Julen Lopetegui garantiu que ainda há muito para melhorar e deixou elogios ao Lille. “Estamos a construir uma equipa e continuamos a precisar de melhorar em vários aspectos. Fizemos dois grandes jogos frente a uma equipa forte e que exigiu o máximo de nós. Só conseguimos vencer o Lille porque trabalhámos muito para isso”.
No entender do técnico basco, o FC Porto entrou bem no jogo mas perdeu fulgor “nos últimos quinze minutos” da primeira parte, altura em que o Lille assumiu o comando das operações. O momento de inspiração de Brahimi, garante, foi essencial para lançar os Dragões para a vitória. “Começámos bem o jogo, mas perdemos fulgor na parte final da primeira parte. Reentrámos forte na segunda e o grande golo do Brahimi deu-nos mais tranquilidade, sabendo, ainda assim, que nunca poderíamos relaxar frente a uma equipa como o Lille”.
Ao fim de quatro jogos oficiais, o FC Porto mantém as suas redes invioladas. Julen Lopetegui volta a puxar pelo colectivo e deixa um alerta: “Uma equipa que quer ser bem sucedida tem de ser forte em todos os sectores”. "Estamos a responder bem em termos defensivos, mas podemos ser ainda melhores. Estamos felizes por estar na UEFA Champions League. É algo muito importante para o clube e para os nossos adeptos”, acrescentou.
Jackson: “Estamos preparados para perseguir as vitórias”
O colombiano Jackson Martínez marcou o segundo golo do FC Porto na vitória desta terça-feira (2-0), frente ao Lille, e destacou o “bom trabalho” que os Dragões fizeram “frente a uma equipa que lutou muito”. Jackson realçou também que o conjunto azul e branco “podia ter marcado mais golos”, mostrando-se “contente pelo apuramento”.
“Fizemos um bom trabalho frente a uma equipa que lutou muito. Estava a ser difícil controlar o jogo e soubemos esperar e organizá-lo, para conseguirmos jogar mais perto uns dos outros. Estou contente pelo apuramento. Penso que tivemos muitas ocasiões de golo e que estivemos bem defensivamente”, destacou o avançado sul-americano.
Jackson assumiu também que pensa sempre “em ajudar a equipa”: “Os triunfos são colectivos e são mais importantes do que aquilo que posso alcançar individualmente. O importante é que eu esteja bem quando surgirem ocasiões de golo para poder marcar”. Em relação aos adversários futuros, Jackson deixa o aviso: “Há jogos mais difíceis, outros mais tácticos, e temos de tratar de entrar sempre como temos trabalhado na pré-época. Sempre preparados para perseguir as vitórias, como esta, que foi importante”.
Confirmando que a equipa ainda tem muito por onde melhorar, Jackson agradeceu aos adeptos, apesar de lhes pedir o apoio nos bons e nos maus momentos: “Penso que os adeptos têm de aprender a ajudar a equipa a ultrapassar os momentos difíceis. Em qualquer competição, em qualquer jogo, toda a gente tem de apoiar a equipa - é disso que precisamos. A equipa entrega-se, dá sempre o seu melhor e o apoio ajuda-nos a ultrapassar as dificuldades”.
Martins Indi: “O FC Porto tem de estar sempre na Champions”
O central holandês Martins Indi voltou a integrar a defesa portista, que ainda não sofreu golos nos quatro jogos oficiais disputados. Após a vitória sobre o Lille, que valeu a qualificação para a fase de grupos da UEFA Champions League, o internacional holandês mostrou-se feliz por ter ajudado a equipa a conseguir o primeiro dos objectivos da temporada e disse também que o facto de ser um jogador polivalente “é importante para acrescentar mais soluções à equipa”.
Martins Indi valorizou o papel de todos na vitória desta noite, referindo que a equipa “jogou muito bem”: “Apesar de, por vezes, os passes não terem saído muito bem, o facto é que quando marcamos sentimos que o jogo estava controlado. Ganhámos e estou muito contente, até porque o FC Porto tem de estar sempre na Champions League. O Lille é uma boa equipa, a qualificação foi difícil, mas estamos muito satisfeitos”.
O central, que na noite desta terça-feira, jogou também a lateral-esquerdo, após a saída de Alex Sandro por lesão, afirmou ser óptimo poder ajudar a equipa: “Tive de pensar de forma diferente após a saída do Alex Sandro. Eu sou central, mas estou habituado a jogar a lateral e consegui ajudar nessa posição. É importante fazer um bom trabalho nessa posição, para dar mais soluções à equipa”.
Maicon: “Foi uma vitória mais do que merecida”
Depois da vitória (2-0) sobre o Lille, que garantiu a presença na fase de grupos da UEFA Champions League, o ambiente que se vivia no Dragão era, naturalmente, de felicidade e Maicon reflectia a satisfação do balneário portista. O brasileiro realçou “uma vitória mais do que merecida” num “bom jogo” do FC Porto.
O central brasileiro acrescentou que a equipa esteve em excelente plano, tanto no Dragão, como no Pierre-Mauroy, em Lille: “Estudámos bastante a equipa do Lille, eliminámos os pontos fortes deles e creio que foi uma vitória mais do que merecida. Somos uma equipa jovem, com personalidade, que gosta de jogar em posse e que foi superior nos dois jogos”.
Destacando a qualidade dos jogadores do Lille, Maicon afirmou também que “o plantel tem alternativas, com jogadores que completam quem está a jogar” e realçou a justiça do resultado: “A equipa procurou sempre a vitória e conseguimos o nosso principal objectivo, que era a qualificação”.
RESUMO DO JOGO
Sem fazer um grande jogo, o FC Porto conseguiu o objectivo primeiro: a passagem à fase de grupos da Liga dos Campeões! O FC Porto iguala Real Madrid, Manchester e Barcelona entre as equipas europeias com mais presenças na fase de grupos: 19. Fantástico!
ResponderEliminarA equipa azul-e-branca continua “bem arrumada”, com boa sincronização entre sectores (ainda vai melhorar!) e, não me canso de repetir, excelente entreajuda dos jogadores. Poder-se-à dizer que estamos em presença de uma equipa SOLIDÁRIA!
Destaque, ou antes, quatro notas: Brahimi e Jackson Martínez, os autores dos golos, em grande plano; Maicon, o melhor em campo (na minha modesta opinião); Casemiro a fazer esquecer Fernando (joga mais, constrói!); Danilo a mostrar o que vale (estava ele no plantel da época transacta?!).
Mais uma nota: Lopetegui é outro espectáculo dentro do espectáculo! Não se cansa de dar instruções e incentivar a equipa. E acho muito bem, pois uma das “obrigações” do treinador é ser interventivo. Faz lembrar Mourinho.
ResponderEliminarnão há como escapar a este facto, porventura incómodo para alguns: (pelo menos) 10.7M€ encaixados (2.1M€ pela participação no 'play-off' e 8.6M€ pela passagem à fase de grupos).
é certo que foi "no risco", e espera-se que "a graça" não se repita tão cedo, mas assim ainda soube melhor a vitória.
abr@ços
Miguel | Tomo II
O primeiro grande objetivo da época foi conseguido numa eliminatória em que de mais positivo ficou a forma concentrada e responsável como a equipa abordou este importantíssimo playoff. Em 180 minutos, foram poucos os erros cometidos e isto era o mais importante, minimizar o risco e conseguir o apuramento.
ResponderEliminarOntem gostei da entrada em jogo, forte, a pressionar e com boa dinâmica. Os últimos 15 minutos da 1ª parte foram os piores de toda a eliminatória. Na 2ª parte uma excelente entrada coroada com um grande golo de Brahimi e mais um de Jackson a passe do argelino.
Individualmente destaco Brahimi, o melhor em campo. Jackson mais uma vez bem e Maicon está em grande forma. Gostei também de Martins Indi e Herrera.
Agora, com os milhões de € da Champions garantidos, haverá com certeza a margem de manobra e tranquilidade suficientes para a equipa se soltar mais ofensivamente e não ter tanta obsessão em não errar, algo que se viu muito nos jogos deste playoff dada a IMPORTÂNCIA da entrada na CL.
Defensivamente a equipa está a evoluir muito bem, há concentração, entreajuda (o corte de Danilo e a forma como festejou são prova disso) e espírito coletivo.
Ofensivamente há muito a melhorar… A inclusão de extremos puros acabará por ser uma inevitabilidade. Não tenho gostado de Oliver a extremo. Considero que Quaresma ou Tello serão muito mais úteis naquela posição. Se a equipa for consistente, coesa e segura, haverá com certeza espaço para os mais criativos e o sentido coletivo da equipa prevalecerá acima de qualquer valor individual.
Agora é esperar que o sorteio de 6ª não nos seja muito madrasto. Por mim não queria equipas inglesas, nem o Zenit, se não fosse pedir muito lolol
PS: Por mais que me esforce não consigo definir do ponto de vista mental, pessoas que assobiam uma substituição por lesão ou que num período menos bom da equipa, que por acaso estava na frente da eliminatória, desatam a assobiar… Mas que são pessoas que padecem de um distúrbio mental passageiro ou permanente, disso não tenho a menor dúvida!
Não foi a perfeição, mas as semelhanças entre o FCPorto e o do João Fonseca ou Pedro Fonseca ou o raio que o parta, são pura coincidência.
ResponderEliminarAlgumas notas da minha parte:
- Warrior: assenta que nem uma luva os novos equipamentos. Os jogadores estão mais solidários, lutadores e inspirados. Se calhar até o Licá cá jogava melhor! He! He!
- Lopetegui: não pára de intervir no jogo, ajustando métodos e posições. Não é por acaso que no final do jogo estava quase tão suado como os jogadores. Acabaram-se os braços cruzados e confianças cegas!
- Fabiano: chegou para ficar. Quanto mais difíceis os lances melhor. Mais concentração. Em lances fáceis por vezes facilita. Helton, obrigado e podes pode pedir a reforma tranquilamente!
- Defesa: Com todo o respeito e admiração, mas quem se tem lembrado do Mangala com este Indi discreto mas certeiro e um Maicon imperial, mais seco e portentoso (belo corte ontem de carrinho)? Danilo e Alex a justificar o porque da convocatória.
- Médios: Percebem o porquê de o Atletico não nos dar opção de compra sobre o Oliver? Este miúdo por vezes faz-me lembrar o mágico Deco a impor ritmos, a sua visão e a proteger a bola.
O Herrera já era dos menos maus no ano passado. Este ano é o ano da confirmação do bom jogador que é. Um poço de energia.
Brahimi: mostrou o que vale ontem. Muito para oferecer.
Do Rubem Neves nem vale a pena adjectivar. Têm dito tudo. deixem-no crescer com calma. Tem o treinador certo.
Casemiro: a surpreender-me pela positiva. Enche o campo. Mais um a fazer esquecer (até a data) o grande Fernando.
Quaresma: Em 80% dos jogos do nosso campeonato vai ser muito útil para abrir defesas e provocar faltas. Que se mentalize que vai fazer falta e que não tem lugar cativo. Se a corda partir, já sabe quem cai! Chama-se a isto, Liderança!
- Ataque: Estou a rezar que terminem as transferências e o Cha Cha Cha fique pelo Dragão!
Destaques negativos: Os 2 penaltis por marcar (ontem e fora) o que só demonstra que mesmo contra um clube frances (como Platini por exemplo), França é França.
Adrian: 11 milhões têm que valer mais do que isto.
Médio defensivo: não há quem substitua Herrera ou o Ruben. Só o ex-estorilista é curto.
Lesões: Opare e Tello. Que regressem rapidamente.
Grande abraço desportista no caminho da reconquista.
DMST
Caro Miguel,
ResponderEliminarHavia uma grande expetativa de que o FC Porto pudesse escorregar neste playoff… Da parte de muita gente, não só adeptos dos encornados ou dos lagartos…mas também dos adeptos que chamo de “adeptos de faca afiada”…
Nada que uns comprimidos para a azia não resolvam…
E graças a Deus, já não vamos à falência, como 95% dos comentadores desportivos do país temiam com uma possível não entrada na fase de grupos…
ResponderEliminar@ RCBC
estamos tão certos de que não iremos à falência, como eu estou de que haverá muito "boa gente" que irá enfiar o «fim de ciclo» num sítio onde o Sol não brilha :D
por último, aquele festejo do Danilo, num corte a um remate adversário, diz muito do que está para vir, para desespero dessas mesmas "facas afiadas" (quiçá reflexivas em demasia. ou então, demasiado orgulhosas).
abr@ço
Miguel | Tomo II
Faço minhas as palavras do Miguel LIma; há efectivamente muito portista (?) mais asqueroso que certa CS, e entre estes há portistas que tanto refletem que nada pensam, e outros que são tão orgulhosos que pensam que são diferentes e de bom tom...
ResponderEliminarA liberdade de expressão permite a existência (de salutar!) de vários espaços de opinião, cada um com o seu conteúdo, sendo que cada autor tem a sua linha de pensamento, que a pode expressar livremente, sem com isso vir algum mal ao mundo.
ResponderEliminarO que a minha observação do mundo da blogosfera azul e branca me tem permitido concluir nos últimos tempos é que existem alguns (não muitos, felizmente) Portistas que têm tanto de ordinários, como de ingratos… Por isso digo-o com toda a clareza e sem qualquer tipo de ofensa a ninguém: há Portistas que não merecem o clube que têm, um clube que a par do Man. Utd, Real e Barça tem o maior número de participações na Champions, um clube que tem esmagado internamente e dado tantas alegrias na Europa.
Ter opinião é uma coisa… Criticar e não gostar é uma coisa (eu próprio não gosto de várias coisas no meu clube)… Discordar do rumo que se está a seguir é legítimo… Ser ordinário e ingrato para com um clube que tem dado tantas alegrias aos seus adeptos, é ser nojento e mesquinho…
Mas o mais importante que tudo isso: que o FC Porto continue a causar azia a tanta gente, pois assim é bom sinal. Os cães, esses ladram “orgulhosamente” enquanto a caravana passa!