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Chegou cá como uma promessa, saiu como uma estrela, a troco de 45 milhões de euros. Em apenas três anos, ganhou outros tantos campeonatos, uma Liga Europa, uma Taça de Portugal e três Supertaças – bem mais do que Jesus em seis. James Rodriguez esteve cá pouco tempo, mas chegou e sobrou para se tornar portista, para se tornar um dos nossos.
No dia em que assinou pelo Real Madrid, coroado pela classe fenomenal que passeou no Mundial, fez questão de ligar ao Presidente para dizer que o Porto continuará a ser o seu clube do coração, apesar de ter assinado não pelo maior, mas por um dos clubes mais ricos do mundo, porque o maior é mesmo o nosso. Não surpreende. Aliás, só surpreende quem anda distraído ou, pura e simplesmente, quem prefere renegar a realidade. James foi apenas o último a ser conquistado por nós, mais um, no meio de tantos outros num passado recente ou mais distante. Madjer, Yuran, Aloísio, Jardel, Deco, McCarthy, Lucho, Lisandro, Hulk e até o Sapunaru, que nunca foi um titular indiscutível, tornaram-se devotos do azul e branco. E até portugueses que outrora torciam por outros clubes renderam-se a estas cores, como Maniche, Raul Meireles ou João Moutinho. Cito apenas alguns, não os nomeio todos, sob pena de este texto não ter fim.
Os ignorantes dirão: conquistam títulos, são reconhecidos internacionalmente, como não hão-de ficar gratos ao clube? Ganhar ajuda, pois claro, mas não chega. É preciso dar-lhes condições para isso. E aqui não faltam, dão-se todas, mesmo aquelas que, à primeira, vista parecem mais insignificantes. Há uns tempos, confidenciava o Varela a um amigo meu: “Não há clube igual em Portugal. Aqui só precisamos de nos preocupar em jogar, mais nada. Todo o problema, mais ou menos grave, que tenhamos, o clube resolve, não deixa que nos falte nada.”
Não permite, por exemplo, que os jogadores viajem de táxi do aeroporto para casa quando regressam de um compromisso com a selecção, como já aconteceu com as agremiações da capital. Nem permitiria ataques de jornalistas, em pleno aeroporto, a “reforços”, que nem sequer assinaram contrato, como se passou com o grego que chegou ontem à capital. E muito menos admitiria o circo que se montou na Portela com a chegada do Nani. Se fosse em Pedras Rubras, o moço tinha saído por uma porta secundária, evitando empurrões, abraços e afins de gajos com cheiro a suor ou outros odores desagradáveis. Quer queiramos quer não, os jogadores já não estão para se sujeitar a estas chatices. Há quanto tempo não se vê um reforço chegar ao aeroporto do Porto e fazer o mesmo trajecto de saída que os demais passageiros?
São pormenores - ou “pormaiores” – que fazem toda a diferença e que os profissionais de futebol valorizam cada vez mais, nos dias de hoje. O segredo de tantas vitórias não é só escolher os melhores, é também dar aos melhores o melhor, para que mais tarde possam vir a descobrir que ser portista é condição necessária e suficiente para se ter uma vida feliz.
No dia em que assinou pelo Real Madrid, coroado pela classe fenomenal que passeou no Mundial, fez questão de ligar ao Presidente para dizer que o Porto continuará a ser o seu clube do coração, apesar de ter assinado não pelo maior, mas por um dos clubes mais ricos do mundo, porque o maior é mesmo o nosso. Não surpreende. Aliás, só surpreende quem anda distraído ou, pura e simplesmente, quem prefere renegar a realidade. James foi apenas o último a ser conquistado por nós, mais um, no meio de tantos outros num passado recente ou mais distante. Madjer, Yuran, Aloísio, Jardel, Deco, McCarthy, Lucho, Lisandro, Hulk e até o Sapunaru, que nunca foi um titular indiscutível, tornaram-se devotos do azul e branco. E até portugueses que outrora torciam por outros clubes renderam-se a estas cores, como Maniche, Raul Meireles ou João Moutinho. Cito apenas alguns, não os nomeio todos, sob pena de este texto não ter fim.
Os ignorantes dirão: conquistam títulos, são reconhecidos internacionalmente, como não hão-de ficar gratos ao clube? Ganhar ajuda, pois claro, mas não chega. É preciso dar-lhes condições para isso. E aqui não faltam, dão-se todas, mesmo aquelas que, à primeira, vista parecem mais insignificantes. Há uns tempos, confidenciava o Varela a um amigo meu: “Não há clube igual em Portugal. Aqui só precisamos de nos preocupar em jogar, mais nada. Todo o problema, mais ou menos grave, que tenhamos, o clube resolve, não deixa que nos falte nada.”
Não permite, por exemplo, que os jogadores viajem de táxi do aeroporto para casa quando regressam de um compromisso com a selecção, como já aconteceu com as agremiações da capital. Nem permitiria ataques de jornalistas, em pleno aeroporto, a “reforços”, que nem sequer assinaram contrato, como se passou com o grego que chegou ontem à capital. E muito menos admitiria o circo que se montou na Portela com a chegada do Nani. Se fosse em Pedras Rubras, o moço tinha saído por uma porta secundária, evitando empurrões, abraços e afins de gajos com cheiro a suor ou outros odores desagradáveis. Quer queiramos quer não, os jogadores já não estão para se sujeitar a estas chatices. Há quanto tempo não se vê um reforço chegar ao aeroporto do Porto e fazer o mesmo trajecto de saída que os demais passageiros?
São pormenores - ou “pormaiores” – que fazem toda a diferença e que os profissionais de futebol valorizam cada vez mais, nos dias de hoje. O segredo de tantas vitórias não é só escolher os melhores, é também dar aos melhores o melhor, para que mais tarde possam vir a descobrir que ser portista é condição necessária e suficiente para se ter uma vida feliz.
"Se fosse em Pedras Rubras, o moço tinha saído por uma porta secundária, evitando empurrões, abraços e afins de gajos com cheiro a suor ou outros odores desagradáveis."
ResponderEliminarPara mim o que aconteceu foi que aquele encontro com "as massas" foi preparado e teve pelo menos duas intenções, levantar momentâneamente "o moral das tropas" perante a negada saída do Rojo, e dar um "aviso silencioso" ao Nani, obrigando-o a ter que dar o litro durante a sua estadia em Lisboa. Foi uma mensagem sibilina. Senão leva no toutiço!
É uma típica estratégia neoFascista.
Sem espinhas este artigo do Farpas! Nem uma virgula a retirar!
ResponderEliminarEnquanto no FCPorto o facto de os jogadores quando chegam serem resguardados também funciona em proteção deles. Há a preocupação de não os endeusar e não criar espectativas maiores do que o normal.
No caso do Nani, acho que o objectivo é precisamente o inverso e foi premeditado. Enquanto falarem do Nani, não falam do empate na 1ª jornada, da transferência do Rojo ou dos milhões que têm que pagar aos fundos... agora prejudiciais ao futebol, segundo o Exmo. Sr. da Voz de Bagaço!
Como diz o Farpas... são pormaiores que fazem a diferença!
Abraço portistas!
DMST
Boas!
ResponderEliminarPois é, há tantos exemplos de jogadores que não eram portistas e, que depois de deixarem o clube, continuaram a apoiar e a torcer como se ainda lá estivessem, ou como um simples adepto… tornaram-se portistas. Para os adeptos de outros clubes pode ser apenas gratidão, para mim, tal como para muitos portista, chama-se paixão…
Toda a organização que o FC Porto tem faz toda a diferença. E são esses pormenores ou pormaiores que separam os clubes grandes dos menos grandes.
Cumprimentos
Ana Andrade
www.portistaacemporcento.blogspot.com
Elementar, meu caro Farpas. Certeiro, como sempre. Este ano é para limpar tudo!
ResponderEliminarAquele abraço portista.