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Morrer de vergonha. Isso mesmo. É o que tem acontecido ao nosso FC Porto nos últimos tempos. Três anos de amarguras, que poderiam ter sido quatro não fosse Kelvin.
Não é uma questão de ganhar ou perder. É muito mais que isso. Perder não é vergonha para quem anda em competição. Vergonha é desrespeitar a história, a tradição, a mística, as origens, o que fomos e de onde viemos.
Quando antes éramos uma fortaleza inexpugnável, quando antes tínhamos um balneário blindado conforme Pedroto impôs, hoje temos o dia-a-dia do clube, os seus negócios e transacções expostos em jornais e em blogs da nossa praça, alguns até presumivelmente afectos ao FC Porto.
Como chegamos até aqui?
É simples: adormecemos à sombra da bananeira. Os adeptos, que se tornaram vaidosos e prepotentes; a Direcção, que se julgou acima dos outros clubes, deixando cair a cultura da exigência e do rigor. A palavra certa é só uma: aburguesamo-nos. Somos os novos-ricos do futebol.
O crescimento do nosso rival, que pode ir a caminho de um quase inédito tri, dá-se fundamentalmente porque depois do momento Kelvin, o benfiquista, tal como Jorge Jesus, ajoelhou por fim. Assumiu a derrota, deixou-se de falsas grandezas e da mania do mais maior grande.
Reparem na forma como o nosso rival começa agora as temporadas, quando comparado connosco. Antes eram as grandes contratações no estrangeiros, os grandes craques de tempos passados, que vinham para entrar no maior plantel de sempre, que ia ser a espinha dorsal da selecção nacional, que ia vencer todas as provas. Em todos os anos se repetia a promessa: este ano é que vai ser! Reparem, com cuidado, como o mundo benfiquista foi alterando o seu comportamento, todos eles, da Direcção aos adeptos. Andam mudos e calados, trabalham e festejam na sombra, não prometem títulos, mas trabalho. Dizem que este ano é para lançar jovens e formar uma equipa, mas todos sabemos que a ambição deles é maior do que nunca. Nos bastidores e nos palcos televisivos, mexem-se como nunca. As arbitragens são-lhes protectoras, todo o ambiente futebolístico lhes presta vassalagem, a comunicação social encobre-lhes as manhas e artimanhas. O balneário deles é blindado e terminaram as contratações para inglês ver. São eles agora que nos dizem: "enquanto falarem de arbitragens, não vão ganhar nada". Que vergonha!
O Porto, pelo seu lado, subverteu totalmente a sua anterior política de plantéis e contratações. Contrata caro e contrata mal. Contrata as ex-estrelas que dantes os outros rivais contratavam. E isso vale tanto para Casillas (que é ainda um valor seguro, óbvio, mas caríssimo e desnecessário), como para Imbula, Osvaldo, Tello, entre outros.
Compra-se pelo nome, pelo valor facial, pelo fundo, pelo empresário. Não se compra olhando à qualidade e à real necessidade de preenchimento de posição. Basta ver a escandalosa gestão das contratações de guarda-redes para o clube, que apenas servem para alimentar e satisfazer negócios instalados.
Mais, a vergonha suprema: o FC Porto começa os seus campeonatos tendo sempre o “melhor plantel dos últimos anos”, cheio de soluções e com um banco formidável, pese embora a realidade e a evidência nos mostrarem exactamente o contrário.
Infelizmente, não pude também deixar de reparar na dura curiosidade de termos sido derrotados em Braga por um ex-treinador nosso, mal-amado e quase desqualificado pela nossa massa associativa. Mas mais duro ainda foi ver outro ex-treinador portista, igualmente mal-amado e enxovalhado pelos adeptos, derrotar ontem Paulo Fonseca, fazendo aquilo que o FC Porto actual foi incapaz de fazer. Vítor Pereira, Paulo Fonseca, Lopetegui, José Peseiro. Quatro nomes, o mesmo destino, a mesma injustiça no tratamento, a mesma falta de categoria no apoio e na análise a quem representa as nossas cores.
Ouço por aí dizer que sem Lopetegui estamos muito melhor. Estamos? Onde?
Claro que a culpa não é de José Peseiro, que é um excelente treinador. Mas quase se dirá que, no FC Porto actual, com a pressão que as suas gentes impõem aos que cá estão e com a falta de critério de gestão que por aí grassa, será missão quase impossível ser campeão no FC Porto nos próximos anos.
Ou a coisa muda ou adivinha-se um deserto. Está nas nossas mãos.
Rodrigo de Almada Martins
Não é uma questão de ganhar ou perder. É muito mais que isso. Perder não é vergonha para quem anda em competição. Vergonha é desrespeitar a história, a tradição, a mística, as origens, o que fomos e de onde viemos.
Quando antes éramos uma fortaleza inexpugnável, quando antes tínhamos um balneário blindado conforme Pedroto impôs, hoje temos o dia-a-dia do clube, os seus negócios e transacções expostos em jornais e em blogs da nossa praça, alguns até presumivelmente afectos ao FC Porto.
Como chegamos até aqui?
É simples: adormecemos à sombra da bananeira. Os adeptos, que se tornaram vaidosos e prepotentes; a Direcção, que se julgou acima dos outros clubes, deixando cair a cultura da exigência e do rigor. A palavra certa é só uma: aburguesamo-nos. Somos os novos-ricos do futebol.
O crescimento do nosso rival, que pode ir a caminho de um quase inédito tri, dá-se fundamentalmente porque depois do momento Kelvin, o benfiquista, tal como Jorge Jesus, ajoelhou por fim. Assumiu a derrota, deixou-se de falsas grandezas e da mania do mais maior grande.
Reparem na forma como o nosso rival começa agora as temporadas, quando comparado connosco. Antes eram as grandes contratações no estrangeiros, os grandes craques de tempos passados, que vinham para entrar no maior plantel de sempre, que ia ser a espinha dorsal da selecção nacional, que ia vencer todas as provas. Em todos os anos se repetia a promessa: este ano é que vai ser! Reparem, com cuidado, como o mundo benfiquista foi alterando o seu comportamento, todos eles, da Direcção aos adeptos. Andam mudos e calados, trabalham e festejam na sombra, não prometem títulos, mas trabalho. Dizem que este ano é para lançar jovens e formar uma equipa, mas todos sabemos que a ambição deles é maior do que nunca. Nos bastidores e nos palcos televisivos, mexem-se como nunca. As arbitragens são-lhes protectoras, todo o ambiente futebolístico lhes presta vassalagem, a comunicação social encobre-lhes as manhas e artimanhas. O balneário deles é blindado e terminaram as contratações para inglês ver. São eles agora que nos dizem: "enquanto falarem de arbitragens, não vão ganhar nada". Que vergonha!
O Porto, pelo seu lado, subverteu totalmente a sua anterior política de plantéis e contratações. Contrata caro e contrata mal. Contrata as ex-estrelas que dantes os outros rivais contratavam. E isso vale tanto para Casillas (que é ainda um valor seguro, óbvio, mas caríssimo e desnecessário), como para Imbula, Osvaldo, Tello, entre outros.
Compra-se pelo nome, pelo valor facial, pelo fundo, pelo empresário. Não se compra olhando à qualidade e à real necessidade de preenchimento de posição. Basta ver a escandalosa gestão das contratações de guarda-redes para o clube, que apenas servem para alimentar e satisfazer negócios instalados.
Mais, a vergonha suprema: o FC Porto começa os seus campeonatos tendo sempre o “melhor plantel dos últimos anos”, cheio de soluções e com um banco formidável, pese embora a realidade e a evidência nos mostrarem exactamente o contrário.
Infelizmente, não pude também deixar de reparar na dura curiosidade de termos sido derrotados em Braga por um ex-treinador nosso, mal-amado e quase desqualificado pela nossa massa associativa. Mas mais duro ainda foi ver outro ex-treinador portista, igualmente mal-amado e enxovalhado pelos adeptos, derrotar ontem Paulo Fonseca, fazendo aquilo que o FC Porto actual foi incapaz de fazer. Vítor Pereira, Paulo Fonseca, Lopetegui, José Peseiro. Quatro nomes, o mesmo destino, a mesma injustiça no tratamento, a mesma falta de categoria no apoio e na análise a quem representa as nossas cores.
Ouço por aí dizer que sem Lopetegui estamos muito melhor. Estamos? Onde?
Claro que a culpa não é de José Peseiro, que é um excelente treinador. Mas quase se dirá que, no FC Porto actual, com a pressão que as suas gentes impõem aos que cá estão e com a falta de critério de gestão que por aí grassa, será missão quase impossível ser campeão no FC Porto nos próximos anos.
Ou a coisa muda ou adivinha-se um deserto. Está nas nossas mãos.
Rodrigo de Almada Martins
E os mesmos que escorraçaram o Vitor Pereira, agora pedem o seu regresso... Ainda ontem o Vitor falava nas saudades que tinha de Portugal, mas afirmou logo em seguida que ia ficar no estrangeiro muitos anos!!! Depois do Villas Boas mais um a nao querer regressar, alguma coisa se passa neste nosso clube!!!
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ResponderEliminarMUITO MUITO MUITO bem dito!
Acho que a maior parte de nós entende o que se passa...mas FALTA saber :
O QUE fazer???
É um vazio...
Pedro Pinto
verdade. uma grande parte do problema é a incapacidade de muitos adeptos de pensar pela própria cabeça para além daquela conversa de treta que vem em jornais e canais de televisão, sempre com interesses contra o FCP. a quem é que interessa a opinião que "o plantel é o melhor de sempre"? certamente não a quem perde condições de trabalho por causa das exigências idiotas que lhe são feitas pelos próprios adeptos...
ResponderEliminarnesse sentido, é de agradecer a todos os bloguistas que contrariam a tendência e continuam a usar a cabeça própria!
mas o aburguesamento já lá está há mais tempo. se o Kelvin não tivesse feito o golo, o VP merecia os nossos agradecimentos na mesma, por ter feito tudo o que esteve ao seu alcance, e com competência. no entanto não é o que o público do Dragão sentiu, lembro-me bem das bancadas vazias no jogo contra o Braga naquela época umas semanas antes (que também o Kelvin resolveu), quando parecia que não iamos ser campeões. muitos portistas são mais "consumidores de sucesso" do que outra coisa...
TRETAS!
ResponderEliminarComo é possível estar a elogiar a equipa que nos anda a GAMAR CAMPEONATOS?!
Viram hoje O Jogo? Não há castigados, não há vermelhos prós meninos nem penalties contra!
Jogassem eles com as mesmas regras que todos os outros, e veríamos onde estava o ficaben!
Mas quais jogadores e contenção! Façam as contas! Ai o Jimenez e o Mitroglou são da casa? E o Carcela e o Taraabt? Epá pelamordasanta!
Não está tudo bem, muito longe disso, mas é preciso nascer duas vezes antes de elogiar aqueles CARALHOS que se devem estar todos a rir dos nossos elogios!
Apoiem e ajudem, critiquem se possível, mas deixem de dar o ouro ao bandido!
“Três anos de amarguras, que poderiam ter sido quatro não fosse Kelvin.”
ResponderEliminarUm dos princiais problemas pelo facto do FC Porto estar há 3 anos a ver “a banda passar” é exatamente aquilo que o RAM refere no post, ou seja, aburguesamento.
No entanto, permitam-me fazer um pequeno reparo de uma mentira muitas vezes repetida por Portistas e adeptos de outros clubes.
Em 12/13 o FC Porto não foi campeão apenas por causa do pontapé de um rapaz chamado Kelvin. Foi campeão porque teve ZERO derrotas em toda a época, porque tinha um modelo de jogo, porque ganhava jogos e sobretudo porque demonstrava competência nos momentos fundamentais e porque andou a “morder” os calcanhares ao líder durante várias jornadas, líder esse que depois cedeu…
É exatamente essa teoria das vitórias fáceis e simples, de ser tudo fácil, carrega-se no botão e já está… É também isso que nos levou à triste e dura realidade de 3 anos no inferno.
É triste quando penso a cada semana no jogo no jogo que o FCP vai ter no fim-de-semana e sentir-me angustiado, como se fosse para a forca.
E neste momento é isso que sinto: uma enorme angustia porque sei que ou vamos ganhar à rasca ou vai ser sofrer até ao fim ou vamos novamente escorregar. É uma tristeza...
Podemos ir todos para onde formos mas MUITOS adeptos têm culpa disto que está a acontecer, não só a SAD e os jogadores. Os adeptos que enxovalharam VP, que foram os primeiros a criar um ambiente de m**** para que o basco se fosse embora como se isso resolvesse tudo num ápice.
Apetece-me dizer àqueles que agora pedem o regresso de VP, os mesmos que antes o achincalhavam: Vão mas é Bardamerda e calem-se!!!!
O futuro só depende de uma coisa muito simples que foi nossa imagem de marca e que agora não existe, chama-se competência. Voltando a tê-la voltaremos a ganhar. também não vale a pena entrar em histerismos e pensar que agora é o fim. Só não há solução para a morte, para tudo o resto há.
Bom post mas a solução não é mudar o treinador a solução é mudar a estrutura ou seja correr com estes acomodados da Sad.Mas somos uma massa associativa acomodada e cobarde que está a ver o clube a afundar-se e nada faz.
ResponderEliminarpois é, estamos a passar o terceiro ano sem grandes alegrias, depois não gostam que os Portistas se queixem deste tipo de portismo pequenino de ser um ingrato.
ResponderEliminarParece impossível como se pode comparar o FCPorto com outro clube, nem no Mundo inteiro se encontra parecido, aos jovens compreendo a revolta de estar tanto tempo sem ganhar, mas aos mais velhos não se perdoa que tenham uma memória tão curta.
A vergonha que sinto é por ver tantos contra quem vale, para dar valor a quem vive de esquemas e favores, não podemos ser sempre 3 ou 4 vezes superiores aos adversários, é quase impossível, mas só assim conquistámos os Nossos Títulos.
Hoje temos o dia-a-dia do clube, os seus negócios e transacções expostos em jornais e em blogs da nossa praça, alguns até "presumivelmente" afectos ao FC Porto.
ResponderEliminarA ladaínha dos que querem continuar a destruir em lume brando o Clube, é sempre a mesma. Não mudar de treinador por muito incompetente que seja, a solução é mudar a estrutura ou seja correr com estes acomodados da Sad. Mas somos uma massa associativa acomodada e cobarde.
Bem, cobarde até concordo que alguns sejam, principalmente por alinharem nessa palhaçada.
Enquanto todos não se convencerem que tem de haver competência dentro do campo e pensarem que é nos bastidores que se ganham Campeonatos e Ligas dos Campeões, então vão ser muitos anos de cobardia.
Comeca este texto com a frase que se nao fosse Kelvin eram quatros anos sem ganhar, entao diga nos la como seriam as contas se no ano passado nao tivesse o clube do regime ser levado ao colo?! Coerencia... Depois o coitadinho do Vitor Pereira, entao nao foi o homem que se pos a andar para ir ganhar dinheiro para as arabias!? Coerencia...
ResponderEliminarIsto nao invalida tudo o resto que afirma, com razao!
Joao, Carcavelos
boa tarde ,
ResponderEliminarcom o devido respeito como socio do fcporto , e de ter sido muito feliz com o fcporto , infelizmente temos que ter um mocho no futebol , e com o devido respeito toda sad tem que desaperecer que tem na mão o nosso jorge nuno pinto da costa , que ja manda pouco , inclusive os abutres dos empresarios que estao a volta do nosso glorioso fcp ,neste momento não somos porto , indi = fernando couto , deco = herrera , madjer = braimi , mxai = joao pinto , falcã0= ??? nem vou comentar , a contrataçoes de marega , sá e o coreano são para rir e chorar , os 3 não fazem um ...alguem comprou um carro novo .
perfiro perder , mas metade da equipa adversaria fica no hospitasl, somos muito mansos e tenrinhos ..no fundo somos prejudicados .
de qualquer forma eu e meu filho não vamos perder para aquilo que nascemos que é ir ao estadio apoiar o nosso grande amor o Futebol Clube Do Porto , obrigado .
mIGUEL rOBLES lOURES