07 setembro, 2017

É COM ESTES QUE VAMOS À GUERRA!


O mercado fechou há precisamente uma semana e, como se foi prevendo com o passar dos dias, o nosso clube não contratou mais ninguém para além do Guarda-Redes Vaná. Desilusão para muitos, um desfecho já esperado e compreendido por outros.

Enquadro-me no segundo grupo, o que não invalida que não ache que o plantel precisava de um ou outro retoque e que isso era de elementar justiça para com o nosso Mister. Ainda assim, não fiquei surpreendido por não termos contratado ninguém, nem acho que isso seja o fim do mundo, bem pelo contrário.

Ora vejamos, na defesa as soluções, a meu ver, são até melhores do que na época passada. Temos 2 laterais para cada posição, sendo que Layun pode fazer os 2 lados e Ricardo é, como tem provado neste início de Época, um Upgrade em relação a Maxi. Nos Centrais temos o mesmo número de jogadores que tínhamos a temporada passada, mas parece-me que Diego Reyes é também uma melhoria em relação a Boly. Dir-me-ão, e com razão, que dificilmente teremos uma Temporada sem lesões nesse sector como na anterior, mas sem grande margem de manobra a nível financeiro e sendo que iríamos atrás de um eventual suplente, percebo que tenhamos ficado quietos em vez de comprar por comparar, gastar por gastar, como no caso do Central Francês que está neste momento emprestado aos Wolves.

No Meio Campo as coisas pouco mudaram. Perdemos Rúben Neves e ganhamos Sérgio Oliveira, sendo que não é uma “troca” direta dado que são jogadores que não jogam exatamente na mesma posição. Na minha opinião, um downgrade, até porque nunca achei que o Médio que esteve emprestado ao Nantes fosse jogador com qualidade suficiente para integrar um Plantel do FC Porto. Ainda assim, a saída do Rúben significa a venda de um enorme talento com grande margem de progressão, mas como já tive oportunidade de dizer aqui neste espaço, na atualidade tratou-se de um ótimo negócio e, factualmente, foi a saída de um jogador que foi suplente a Época passada e que, provavelmente, iria assumir o mesmo estatuto esta Temporada.

Na frente, saiu André Silva e entrou Aboubakar. Não me parece que tenhamos ficado a perder, sendo que o que disse sobre a venda do Rúben no que diz respeito à margem de progressão aplica-se também ao André. Perdemos também o Depoitre, sendo que aqui o perder é bastante relativo porque o Belga pouco ou nada contou, e ficamos com o Marega que é um jogador bastante versátil na zona mais adiantada do terreno. É verdade que se trata de um jogador com algumas limitações técnicas mas, francamente, entre ele e o Depoitre acho que não ficamos nada desfavorecidos, bem pelo contrário. Nos flancos é que me parece que estamos um pouco mais limitados, mantivemos os titulares Brahimi e Corona e fizemos regressar o emprestado Hernani. Bem sei que Otávio pode jogar pelas alas, sem render o máximo que pode render no meio, e que a posição também não é nada estranha ao Ricardo Pereira, mesmo assim, acho que nos falta aqui mais alguém para render os 2 habituais titulares pois a Época será exigente e desgastante.

Resumindo, na minha análise, não parece que tenhamos um Plantel inferior ao da Época passada. E é bom lembrar que na Época passada, mesmo com um Treinador medíocre, não fomos Campeões Nacionais porque as arbitragens tiveram um papel decisivo no Tetra do Regime. É por isso legítimo que com um Treinador substancialmente melhor, com uma Equipa unida e focada no objetivo, com um Clube que deixou de dar a outra face e que há largos meses combate o regime sem dó nem piedade e também com uma massa adepta mobilizada, galvanizada e optimista, possamos aspirar a ser Campeões Nacionais, a vencer as outras duas provas domésticas e a fazer uma boa prestação na Europa mesmo com um Grupo bastante equilibrado.

É verdade que não temos um Plantel perfeito, longe disso, também é verdade que tendo um pouco de azar com castigos e lesões ele pode tornar-se demasiado curto, mas não é menos verdade que, historicamente, sempre soubemos combater as fragilidades com garra, atitude e caráter e isso, ninguém o pode negar, esta Equipa e este Treinador já mostraram ter de sobra.

Para terminar, apenas uma pequena nota sobre a Seleção Nacional. Danilo Pereira foi titular na Hungria e, sem sobra de dúvidas, foi um dos melhores em campo como aliás acontece em quase todos os jogos que disputa. Espero que o facto de ter ficado no banco contra a modesta Seleção das Ilhas Faroé e ter jogado na exigente deslocação a Budapeste tenha significado que, finalmente, o Engenheiro Fernando Santos percebeu que os melhores são para jogar nos momentos mais importantes e que, para a posição 6, não tem melhor opção do que o Danilo Pereira por muito que haja quem nos queira mostrar o contrário.

Um abraço Azul e Branco,
Pedro Ferreira

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