25 outubro, 2017

CARTÃO VERMELHO.


Ficou-se ontem a saber que, para além dos enfermeiros, médicos, professores, pilotos, funcionários da Autoeuropa e demais funcionalismo público, também os árbitros portugueses decidiram-se pela entrada no movimento grevista.

Em causa estão os jogos da Taça da Liga dos meses de Novembro e Dezembro, aos quais os juízes do principal escalão da arbitragem vão fazer um manguito.

Desconhece-se se a acção poderá provocar tumultos sociais, que possam ferir a geringonça de António Costa. Certo é que teremos a oportunidade de ver caras novas atrás do apito, e quem sabe, a revelação de verdadeiras promessas da arbitragem.

Sobre a presente manifestação, se no plano político geral, ainda conseguimos compreender algumas reivindicações nobres, como são o excesso de trabalho, ou salários diminutos, já no caso dos árbitros a pergunta óbvia a fazer é: A razão assiste aos protestos destes senhores?

Afirmam eles que "perante a asfixia constante em torno do papel do árbitro, que tornou "quase irrespirável" o ar nos relvados em Portugal... não existem condições para continuar a arbitrar".

Confesso perante os caros leitores, que existem dois géneros de programas que recuso-me a visionar por serem um óbvio atentado à inteligência do Ser Humano. São eles as feiras de comentário desportivo e reality shows (além de tudo que implique o Rui Santos!). Assumindo a minha ignorância no que ali é debatido, do conhecimento que tenho da restante comunicação de clubes e imprensa generalizada, a presente época está a ser das mais calmas no que a casos de arbitragem diz respeito. Se excetuarmos o "caso Eliseu", não têm existido grandes celeumas, para além dos normais pequenos casos pontuais rapidamente votados ao esquecimento na jornada seguinte.

Em sentido contrário, o que é público e assumido, é a cruzada do FC Porto (e em menor grau do Sporting) em desmascarar a rede de influências e conluios montada pelo Slb, que mina a transparência e verdade desportiva do futebol nacional. Esta ofensiva tem visado diversos nomes relacionados com a estrutura do Slb, observadores, alguns dirigentes associativos menores e homens de mão. Quanto a árbitros houve a referência explícita a 8 nomes. Não mais. 8 árbitros que, "por coincidência e infelicidades constantes", acumulam erros e erros sempre em benefício da mesma equipa. Quanto à esmagadora maioria dos árbitros nacionais houve, a determinada altura, a preocupação de proteger nomes e informação da vida privada de cair no domínio público.

Posto os factos, porque razão a tomada de posição AGORA, por parte da APAF? Algo se está a passar diferente do que têm sido as últimas 4 ou 5 décadas do futebol nacional?

Para qualquer adepto que siga minimamente a atualidade do futebol nacional, só existe uma parte que neste momento está debaixo de fogo e sob forte pressão, quer interna quer externa. Essa parte não são os árbitros. Essa parte chama-se: Benfica!

Para aqueles que eventualmente possam estar mais esquecidos do passado recente do futebol português, nunca é demais relembrar...

«TÍTULO DO FC PORTO É UM TRIBUTO DOS ÁRBITROS»
João Gabriel, Director Comunicação Slb
Para declarações destas, ofensivas, caluniosas, e instigadoras de ódio, infelizmente as comunicações na sede da APAF e na da FPF devem estar a ir sempre abaixo... provavelmente como no recente jogo da Vila das Aves.

Cumprimentos Portistas.

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