22 novembro, 2018

QUANDO VOLTAS, MÁGICO DECO?


“Que bonito é, que bonito, que bonito…! As bandeiras estão desfraldadas ao vento… Nós queremos agradecer aos Deuses do Futebol esta felicidade que nos enche a alma, que põe um país parado, um país emocionado! É golo do PORTO! Foi ele, balançou a rede, finalmente aparece o toque de génio e aparece o segundo do Porto!”
2004, na impronunciável Gelsenkirchen. Quem, de azul e branco, não sonha voltar a viver algo do género? Pois bem, hoje a crónica é para homenagear um dos que mais contribuíram para aquela glória tamanha. O número 10, que fintava com os dois pés, que era melhor que o Pelé. DECO!

Para os mais novos que não tiveram a divina oportunidade de ver jogar o Mágico: imaginem um Oliver, mas mais rápido, mais forte, com mais e melhor remate, mais incisivo, mais repentista. Mas sempre, mesmo sempre, pensador, criativo, inovador. Porque via à frente dos outros, porque fazia coisas que os outros só percebiam quando elas já estavam feitas. Polivalente, construtor, vagabundeando de uma área à outra. Deco era o cérebro da equipa, porque em cada movimento acrescentava-lhe uma ideia diferenciadora, uma iniciativa disruptiva, uma jogada fantástica, um drible fantasista, um remate espontâneo, um golo inesperado, uma assistência primorosa. Deco era o nosso Zidane, o nosso Maradona, o nosso Pelé. Era mais que isso, porque vestia de azul e branco. Deco é, pura e simplesmente, o mais brilhante jogador que tive oportunidade de acompanhar de azul e branco. Certamente um dos maiores da nossa história.

Aquele FC Porto 2004 – Barcelona 2006 em 2014 no Dragão foi a homenagem perfeita. As duas melhores equipas em que ele jogou a tentar recuperar a glória antiga, a honrar o seu legado. E aquele golo final é mesmo o melhor resumo daquilo que era a sua classe. Talvez nem sempre tenhamos sido inteiramente justos com os nossos maiores, mas com Deco creio que não podíamos ter feito a coisa de melhor forma. Não há melhor legado do que este deixado por Deco: não há um único dia em que eu não suspire por ver um “Novo Deco” a vestir de azul e branco. Alguém da tarimba dos melhores do mundo, que defenda as nossas cores e coloque quem ama este clube na sua verdadeira “cadeira de sonho”: o topo!  

Obrigado por tudo mágico Deco, aguardo ansiosamente, e esperançosamente também, pelo dia em que “voltes a jogar”.

É o número dez, finta com os dois pés, é melhor que o Pelé. É o Deco! Allez Allez
Quando voltas, Mágico?


4 comentários:

  1. E porque não o DECO como presidente??? Acho que seria uma boa possibilidade!

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  2. Deco teve efetivamente uma HOMENAGEM à sua medida e à altura do FC Porto e do Barcelona. O seu carisma justificou isso mesmo. Faltou a Fernando Gomes, por exemplo, algo do género, já que Gomes teve o final de carreira menos interessante que antes se imaginaria, distante do que seu estatuto merecia. Lembro o caso de Gomes na ocasião de seu aniversário, mas como ele aconteceu anos antes com Custódio Pinto e muitíssimos mais anos atrás com Barrigana, por exemplo, também. Isto apenas para dizer que Deco teve essa felicidade em nos proporcionar um dia à medida do sentimento portista.
    Armando Pinto
    Memória Portista

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  3. Por muito que considere o Óliver o nosso melhor meio-campista, quando comparado com o Deco, é um downgrade brutal. Foi uma boa analogia.

    Desde o Deco, talvez o mais próximo que tivemos dele foi o Lucho. Um grande jogador, capitão, e que merecia muito mais do que aquela saída pela porta dos fundos.

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  4. Felizmente tivemos vários enormes jogadores que passaram pelo nosso FCP, mas o Deco foi na minha opinião o melhor de todos. E nem sequer consigo ariscar um nome que possa colocar essa afirmação em causa. No ano de 2004 (e talvez até 2003) tivemos o prazer de ver de azul e branco o melhor jogador do mundo. Não ganhou o prémio porque jogava no FCP, mas tendo em conta o futebol jogado e o que conquistou nesse ano foi o melhor. É o jogador que me causa mais saudade entre todos aqueles que vi jogar de azul e branco.

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