05 dezembro, 2018

ENGODOS.


Após meses de humilhação por parte de Francisco J. Marques, à conta da rábula dos apelos à denúncia de atividades ilícitas do FC Porto, ou mesmo da conivência com a infame e inventada listagem dos clubes mais corruptos (subtraída da grandeza do slb neste campo), Luís Bernardo e seus muchachos do departamento de comunicação benfiquista, têm-se divertido nos últimos tempos a ocuparem os lugares que estarão mais de acordo com as suas reais capacidades. O de meros adeptos de tasca. Só assim se pode entender o comunicado benfiquista sobre o recente dérbi entre Boavista e Porto, com enfoque num lance entre Brahimi e Rochinha, onde os axadrezados alegadamente reclamam lance para grande penalidade.

Confesso que, como porventura muitos, à falta da presença no estádio do Bessa, seguiram as incidências do jogo através da oferta da Internet. Neste caso concreto, de uma transmissão de um canal em língua inglesa. Desta experiência, só posso dizer o quanto é fresco e revigorante ouvir da boca de comentadores estrangeiros, completamente a leste das vicissitudes, jogos de interesses e compadrio que existem neste cantinho à beira mar plantado, que é Portugal, que o lance em causa foi um claro aproveitamento do jogador boavisteiro, que simplesmente se atirou para chão, procurando o contacto com o adversário a meio do caminho. Isto foi o que eu vi, o que comentadores ISENTOS viram.

Fantástico como cá no burgo, temos uma suposta autoridade em arbitragem num canal privado, a credibilizar um lance T-U-G-A com todas as letras.

Despindo-me de clubismos, facciosismos e afins, um árbitro que comete um erro, ou se engana para as duas partes, merece a minha total confiança. Quem de nós não errou no seu local de trabalho, ou teve dias menos bons? Incompreensível, do meu ponto de vista, é o que se passou nas épocas de 2015/16 ou 2016/17 em que todas - T-O-D-A-S - as decisões duvidosas e não duvidosas em jornada sim, jornada sim, foram sistematicamente contra o mesmo emblema. Isso sim, já não se enquadra num dia mau. Provavelmente o processo e-toupeira dará, um dia, o devido enquadramento a essa situação. Coincidentemente, "estranha-se" o barulhento silencio do departamento de comunicação encarnado nessas temporadas. Provavelmente lamentáveis desatenções, ou fuga de verbas para vouchers, bilhetes e sucedâneos.

Contudo, e por muito que me custe, tenho que finalmente dar os meus parabéns a Luís Bernardo, por lentamente estar a conseguir fazer vingar a sua estratégia. Tantas vezes repete mentiras, que no cérebro de muitos, elas tornam-se verdades. Incluindo-se, lamentavelmente, muitos portistas.

Senti-me chocado, com a quantidade de adeptos azuis e brancos que engoliram a patranha de que fomos beneficiados no Bessa, calando-se, ou tentando contra-argumentar com o golo anulado em fora de jogo de Herrera. A crítica mais rigorosa sobre arbitragem pode, eventualmente e na pior das hipóteses, equacionar que possa ter existido um lance duvidoso para ambos os lados. Contudo, a única certeza concreta e analítica, é que o Sr. Hugo Miguel aplicou um critério inglês, quando uma das equipas em campo não sabia minimamente soletrar a palavra fair-play. A ser uma arbitragem justa, muitos mais cartões amarelos deveriam ter sido exibidos para um dos lados.

Este ano, fomos escandalosamente beneficiados num lance. O golo de André Pereira contra o Vitória de Guimarães. Jogo que perdemos. Tudo o resto, não passam de táticas de diversão de um clube onde Presidente e Treinador são detestados pela maioria dos próprios adeptos.

O apelo que faço, principalmente às novas gerações de portistas, é de que se vacinem! Para dar cobertura às visões proféticas do líder, preveem-se tempos bem criativos para os lados comunicacionais de Carnide.

Cumprimentos Portistas.

3 comentários:

  1. Parabéns pela cronica. Aqui no Brasil também assisti, via internet, sem as "certezas" dos comentadores tugas.Apenas um reparo ao seu texto: o lance foi entre o Brahimi e o Rochinha. Saudações Azuis e Brancas.

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