19 junho, 2009

2 comentários:

  1. RUI MOREIRA

    Adeus, grande capitão!

    PEDRO EMANUEL fez bem em colocar um ponto final na sua carreira como jogador de futebol, recusando a proposta que lhe fora feita para renovar por mais uma época. Creio que os bons jogadores sabem, melhor que ninguém, quando é chegado o momento de se retirarem, porque já não conseguem atingir os níveis físicos que são impostos pela alta competição.
    Esta foi, aliás, uma época difícil para Pedro. No eixo da defesa, e a par de Bruno Alves, o lugar disponível foi conquistado por Rolando, que não desperdiçou a primeira oportunidade que lhe foi concedida e se impôs como titular indiscutível. Por isso, as poucas oportunidades que Pedro Emanuel teve para jogar atiraram-no para as funções de lateral, um lugar que exige a velocidade que ele já não tem e que, de resto, nunca foi o seu forte.

    Em vez disso, sempre se destacou pela sua coragem e pela inteligência na interpretação dos lances, ganhando posição por perceber onde a bola iria cair e antecipando, assim, o movimento do adversário. Mas, Pedro era também um líder dentro do campo que, vindo do Bessa, logo se impôs no FC Porto. Foi exactamente por essas suas qualidades, pela visão de jogo e pela sua capacidade de liderança que Jesualdo confiou nele, dando-lhe algumas e derradeiras oportunidades de jogar, ainda que em lugar adaptado, como aconteceu em Madrid. E foi, também por isso que, no balneário e no banco de suplentes, se impôs como o substituto de Baía, ajudando e incentivando os seus colegas.

    Agora, Pedro Emanuel vai treinar os mais novos do clube. Mais do que um justo corolário, é um bom compromisso, porque certamente saberá transmitir aos mais jovens talentos os valores de liderança e os traços de carácter que fizeram dele um jogador de eleição, e que tão raros são nestes nossos dias.


    Rui Moreira n' A Bola.


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    HUGO SOUSA

    Dor de dentes

    Não tenho conhecimentos suficientes para avaliar quando um problema dentário deixa de ser banal e passa a ser determinante para encravar um negócio. Mas, a julgar pelas propostas que o Milan terá feito ao FC Porto, o que realmente não consigo perceber é em que medida um suposto desconto de quatro milhões sobre os 15 inicialmente acordados tornaria a transferência menos arriscada. Ainda se consegue mastigar a ideia italiana do empréstimo, mesmo que cheire a "artistice" de quem quer experimentar antes de se comprometer, mas o desconto soa mais a arrependimento de quem não tem margem para falhar, sobretudo a este preço. É preciso não esquecer que o Milan também tem os seus esqueletos no armário em compras recentes para o lado esquerdo na defesa. Grimi, por exemplo. Da parte do FC Porto, o que se segue é uma dupla gestão do caso: a financeira, claro, e a psicológica, porque, além de 15 milhões, há outra coisa que se pode perder. O próprio Cissokho.

    Hugo Sousa n' O Jogo.

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  2. Olha outro "messias" que se julga o salvador da pátria... no meio de capas que, vá-se lá saber porquê, andam hoje com umas tonalidade pó verde. Porque será? Será que o jagunço môr anda a perder óbvias influências na CS da treta?

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