A conceituada revista mensal, “So Foot“, tem na sua edição diária, uma rúbrica denominada, Top 10. É assinada por Chérif Ghemmour. Os temas tratados, sempre em relação com o futebol e a sociedade, são variados. O último texto da referida rubrica (o nº 11) , publicado a 26 de Maio do ano em curso, tem por tema: “As melhores finais da C1“.
O autor indica e justifica quais foram, na sua opinião, as finais memoráveis da história da Champions League:
- 1960 : Real Madrid - Eintrach Francfort ( 7-3 )
1967 : Celtic Glasgow - Inter Milão ( 2- 1 )
1971 : Ajax - Panathinaikos ( 2-0 )
1974 : Bayern - Atlético de Madrid ( 1-1 / 4-0 )
1977 : Liverpool - B. Monchengladbach ( 3-1 )
1985 : Juventus - Liverpool ( 1-0 )
1987 : FC Porto - Bayern ( 2-1 )
1994 : AC Milan - Barcelona ( 4-0 )
1995 : Ajax – AC Milan ( 1-0 )
1999 : Manchester - Bayern ( 2-1 )
2005 : Liverpool - AC Milan ( 3-3 / 3-2 )
Não é meu intuito analisar em detalhe esta lista. Verifico, unicamente, que o FC Porto é o único clube Português a ser citado. Assim, passo a traduzir as linhas que dizem respeito à final de Viena:
“Bela final cheia de suspense. O Bayern é favorito e, antes do jogo, fanfarroneia. O que sossega o astucioso Artur Jorge. Kogl abre o marcador ao 24º minuto. Tranquila a Baviera.... e, depois, o artista apareceu: Rabah Madjer. Aos 77 minutos, marca um golo de antologia com um toque de calcanhar insensato que, desde então, tem o seu nome (como Panenka e o seu penalti). Dois minutos mais tarde, Madjer executa um passe decisivo para o 2º golo do FC Porto: um super centro para Filho Juary que chicoteia à primeira para debaixo do tecto. Magistral! Primeira C1 para o FC Porto. Nova derrota para o Bayern: uma vitória quase certa que se transforma em derrota em dois minutos. Os homens da Baviera, viverão mais tarde o mesmo pesadelo...”.
Farei unicamente uma só critica a este artigo. Na medida em que se insere num contexto jornalístico que foca o futebol e a sociedade, penso que podia ter referido que o FC Porto foi o primeiro clube a ganhar a Taça dos Campões com uma equipa transcontinental. África, América e Europa, estes três continentes, estavam representados. Em suma, o anúncio da “Aldeia Global“. Haveria que referir, igualmente, que Madjer foi o primeiro Africano, graças ao FC Porto, a ganhar a Champions League.
Isto dito, parece-me que há algo importantíssimo no texto. O golo de Madjer enriqueceu o vocabulário ligado ao futebol , pelo menos, em França. Com efeito, quando um miúdo faz um belo passe com o calcanhar, ou marca um golo com o calcanhar, é-lhe dito que fez “une talonnade à la Madjer“. E esteja ele no recreio, nos jardins ou nas escolas de futebol.
Ora, este aspecto é tão evidente que me escapou. Quando o mesmo miúdo pergunta quem é o Madjer, forçosamente, aparecerá na resposta, quer dos companheiros quer do formador, o nome FC Porto.
Viena imortalizou o FC Porto. O FC Porto faz parte dos imortais do mundo do futebol e continuo a achar estranho que haja quem não o reconheça.
E Viva o Porto!
Obs: o artigo pode ser consultado no site da “So Foot“.
Quando Madjer chegou, eu conhecia-o porque tinha assistido a jogos brilhantes dele pela selecção Argelina no Mundial da Alemanha...E ele era simplesmente o melhor da Argélia, mas mesmo assim, o que ele fez depois surpreendeu-me e mostrou-me o quanto pode ser eficaz e ao mesmo tempo artístico, o trabalho de um jogador de futebol...Um enorme talento, o melhor estrangeiro que passou -a par do Cubillas- pelo nosso Clube.
ResponderEliminarUm abraço,
Eu tinha (e tenho) uma adoração especial por este Argelino. Obrigado PortoMaravilha por mais esta relíquia:)
ResponderEliminarMemorável !
ResponderEliminarViva !
ResponderEliminarMeirelesPortuense : Não vi jogar o Cubillas .
Já tinha dado o salto.
Das poucas cartas, poucas porque não interceptadas pela pide, que recebi do meu irmão, ele dizia-me que Cubillas era um extra-terreste tecnicamente.
Já agora : Obrigado pela memória.
Obrigado por ter ido votar.
Obrigado por não ter esquecido quem tanto na "Constituição" lutou para que o voto fosse secreto e livre.
Tripeiros somos e Invictos seremos.
O que não desculpa deitar os pobres gatos para baixo da varanda. LOL !
Abraço,
E Viva o Porto !
Último comentário antes de férias: F.C.Porto 3 -Valongo 2, no golo de ouro.
ResponderEliminarUm abraço
Amanha todos ao Entroncamento ..
ResponderEliminarQue jogo este com o Valongo ..
Se não era o Edo Bosh tinhaMOS levado um reultado pesado !!
Foi uma final épica, marcada de forma indelével na nossa história. Representou a nossa dobragem do cabo das Tormentas, vencendo o Adamastor. Entramos, nesse dia de Maio de 1987, na história.
ResponderEliminarUm jogo magnífico que, felizmente, mitificou o nome de um jogador portentoso. Madjer, hoje, quanto valeria no mercado?
Aquela técnica, aliada a uma inteligência notável, colocam-no ao nível dos melhores de sempre.
ps: Sofrida vitória no hóquei, carimbando o passaporte para a final da Taça.
amanhã 17h
ResponderEliminarfutebol juvenis...benfica-fcporto (seixal...benficaTV) ...um empate e somos campeões
e à mesma hora no entroncamento
final taça hóquei
fcporto-slbenfica, sporttv1
"O que não desculpa deitar os pobres gatos para baixo da varanda. LOL !"
ResponderEliminarPortoMaravilha, meu caro, devo esclarecer -até para que não me caia, essa sim, a Associação Protectora dos Animais, em cima- nunca deitei gatos pela varanda, talvez apenas imagináriamente, nos dias de jogos em que os meus "queridos vizinhos" bufavam em cima, eu via vultos caírem pela varanda e nunca soube se eram gatos, se eram melros ou apenas frutos da minha fértil imaginação...
-Respeito muito os animais, tenho quatro em casa, todos recolhidos na rua, que me dão um trabalhão e despesa enormes...Respeito-os tanto, que todos os dias vou à rua dar comida a uma que já me conhece apenas pelo barulho do carro...É só fazer sinais de luz...
Respeito-os, como respeito o direito do voto livre que me foi concedido por quem teve a enorme coragem, de quebrar com as barreiras do medo...Como respeito todos os seres humanos.
Um grande abraço para si meu caro amigo,