29 agosto, 2014

SEMPRE A BATER NOS ADEPTOS.

http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/

Sou adepto de futebol desde que nasci, amante do FC Porto desde nove meses antes do nascimento, presença habitual nos estádios onde o meu clube joga desde que me lembro de existir.
O futebol, como qualquer outro desporto, só faz sentido com adeptos, com público, com apoio, pois são eles que transmitem a emoção, a vibração e o sentimento.

Como em tudo na vida, quando há um grande sentimento de paixão, por vezes existem excessos, os quais têm que ser controlados porque jamais podem colocar em causa a segurança de todos os outros que se deslocam aos estádios. No entanto, e pese embora a cultura do futebol moderno desejar tornar o futebol como um outro qualquer espetáculo, eu continuo a pensar diferente. Não, não consigo imaginar o futebol como o teatro ou o cinema, em que após aquela uma ou duas horas, perdemos o vínculo sentimental com aquilo que se passou... não, não é a mesma coisa, não há o mesmo amor, não há a mesma paixão!
Não, não consigo imaginar o futebol com todos sentados a comprar as pipocas e a coca-cola, sem sentir o coração a bater mais depressa e as mãos a suar de nervosismo. Não, não é assim que sinto o desporto, não é assim que sinto o futebol, não é assim que sinto o meu Porto.

Mas voltando atrás, a emoção de uns deve ter como limite a segurança de outros.
É por isso que a Liga aprova regulamentos disciplinares, os quais são elaborados e aprovados pelos respectivos clubes. Ou seja, os clubes elaboram e aprovam os regulamentos disciplinares, quer na óptica do que deve ser punível, quer na óptica do valor pecuniário para cada infracção.

Mas o que é punível e não é punível?
Dou alguns exemplos: quando em pleno estádio brindamos o nosso adversário de carnide com o simpático “slb....slb...etc”, está o clube a ser multado.
Quando se abre uma tocha (definitivamente não confundir com very lights) está o clube a ser multado. Mas curiosamente, um pote de fumo não é punido!
O mesmo com um petardo... um atraso no início de um jogo ou uma qualquer falha na organização de um jogo.

Significa isto portanto que os clubes criam regulamentos para punir o comportamento adeptos, fumentando o futebol do pipoqueiro, retirando a emoção e vibração do mesmo, mesmo nos casos em que não é posta em causa a integridade física de nenhum dos intervenientes.
Mas depois, vemos responsáveis (alguns deles, pseudo responsáveis!) dos clubes, e do nosso em particular, muito indignados com os valores das multas e pedindo aos adeptos maior contenção.
Mas curioso, é que existem presidentes de clubes rivais que até pedem complacência à polícia para que os adversários percebam o que é o “inferno da luz”.

Eu não abro uma tocha, não pela multa do clube, mas pela multa que posso apanhar.
De resto, a tocha é inofensiva, não cria dano em nada nem ninguém, e cria o ambiente que milhares de pessoas como eu gostam.
Porque têm que ser punidos adeptos e clubes??
Porque os clubes assim o definem??
Então porque se queixam depois de multas??

Um abraço,

PS – Sorteio da champions... obviamente favorável!

2 comentários:

  1. Não percebo. Então para vibrar, sentir emocionar-se com o clube são preciso tochas? É preciso brindar o nosso rival com esse tipo de cânticos mesmo que eles não estejam presentes?? e depois assobiadelas qundo estam a jogar mal e precisam de incentivos??? estou em completo desacordo, Sentir o clube é enaltece-lo cantar de principio ao fim em apoio e principalmente nas derrotas, nos momentos menos bons...ser adepto nas vitórias é muito fácil...É a minha opinião como dragão desde que me conheço e já lá vão largos anos. Abraço

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  2. Eu tal como você, adepto desde o tempo de Pavão, também não concebo o futebol sem vibração, apoio, assobio, canticos, tochas inofensivas e provocações ao adversário. Mas parece que agora se instituiu o adepto VilaPouquista e carneirista como os de Carnide. Imagine-se que agora até é proibido gostar dos génios como Quaresma e temos que gostar (senão isso é um insulto ao treinador, dos Marcanos, José Angel e Adrian), Só falta obrigarem-nos a jogar com equipamento vermelho.

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