http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/
Eu estava lá. Estava nas Antas, em 1997, no dia em que João Pinto atravessou meio relvado para ir depositar uma camisola nas mãos de Jorge Costa, selando uma passagem de testemunho que só quem cresce a amar um clube é capaz de perceber por inteiro o que significa.
Um observador objectivo, factual e desinteressado dirá apenas que, naquele dia, um jogador de futebol entregou um pedaço de pano a outro jogador de futebol. Estará correcto. Mas isso seria não perceber os insondáveis, os mistérios e os imponderáveis da vida. Não. Aquela camisola não era uma camisola qualquer. Não. Era A camisola. A 2. A dois.
O homem que entregava a camisola, esse homem com H muito grande, retirava-se dos palcos com 585 jogos e 51118 minutos distribuídos por 16 temporadas, 25 títulos, incluindo 9 campeonatos nacionais, 1 Taça dos Campeões Europeus, uma Supertaça Europeia e um Taça Intercontinental, capitaneando o FC Porto durante grande parte da sua carreira.
Não era um jogador qualquer. Nem um Capitão qualquer. Não podia necessariamente ser um qualquer. Era o homem que Pinto da Costa disse um dia ser o número 2 do clube e de quem Bobby Robson dizia que tinha “dois corações e quatro pernas”. Foi o protagonista do célebre agarrar da mítica Taça dos Campeões de Viena para não mais a largar. João Pinto foi isto tudo mas foi muito mais que isto. E esse mais foi cada sprint que deu, cada subida pela lateral, cada corte em esforço, cada entrada de carrinho, cada corte a varrer, cada alívio, cada tabela, cada golo, cada cruzamento (a sua pecha), cada condução de bola que fez junto à lateral direita. E, acima de tudo, com um portismo dos pés à cabeça, o verdadeiro jogador à Porto.
Não era um qualquer, portanto. Tratava-se de um verdadeiro sinhore do Norte aquele que entregou, na tal tarde de 1997, a camisola 2. E quem era o receptor? Também não podia ser um vulgar. Óbvio que não. Tratava-se de Jorge Costa, O Bicho, O Implacável. Terminou a carreira com 13 épocas de dragão ao peito, 382 jogos e 24 títulos, entre eles 8 campeonatos nacionais, 1 Liga dos Campeões, 1 Taça UEFA e uma Taça Intercontinental, erguendo estes três últimos troféus como Capitão do FC Porto. Era sócio do Porto desde os 3 anos e respirava portismo por todos os lados, encarnando a raça de Dragão, nunca virando a cara à luta, tendo inclusivamente recuperado de duas lesões ligamentares no joelho. A carreira similar à de João Pinto, quer em títulos quer em longevidade, demonstra bem que aquele entregar de camisola surtiu o devido efeito, sendo o transmissor da mística e da cultura de vitória ganhas com José Maria Pedroto. A dois representava esse elo de ligação entre o FC Porto do passado e o FC Porto o século XXI. Seria, digamos, a corrente invisível e mágica que unia Viena e Gelsenkirschen, que ligava os anos de 87 e 2004.
O número 2 do FC Porto, tendo sido usado por estes homens, nunca mais poderia ser um número qualquer. E o clube pareceu ter percebido isso, entregando essa honra a Bruno Alves, que poderia ter sido um símbolo do FC Porto à altura ou pelo menos algo semelhante aos outros dois, mas um pai demasiado falador, algumas atitudes pouco consentâneas com o seu estatuto de Capitão e e as tentações dos petro-rublo-dólares (que se percebem nos profissionais, atenção!) falaram mais alto.
É verdade que oferecer de seguida essa mesma camisola a Danilo soou algo estranho. Nunca o ex-santista se poderia equiparar aos antigos donos da camisola, desde logo por ser natural de terras de Vera Cruz e por ter o caminho já traçado para um grande europeu num curto prazo. Não obstante, pareceu óbvio que o clube não quis tornar a camisola um fardo para qum a usasse, desmistificando a sua importância e asumindo que a mesma devia ser envergada tão só pelo lateral-direito. Foi uma opção que se entende, dado que nunca esteve em cima da mesa retirar a camisola de “circulação”, o que também defendo, pois isso é fechar a história do clube a novas lendas e a novas inspirações. E mais a mais, a cada vez maior ausência de jogadores da prata da casa tornaria necessariamente impossível uma atribuição condigna da camisola 2.
Esclarecido isso, e tendo Danilo provado afinal de contas ser um digno portador da mesma, é imperioso dizer que Maxi Pereira nunca poderia envergar o nº 2 do FC Porto. Poderia envergar todos os números, menos esse. Trata-se de um jogador que passou 8 anos no maior rival, erguendo 3 títulos de campeão nacional, estando intimamente conotado com as manhas e os truques do futebol de Jorge Jesus. No fundo, Maxi é um símbolo dessas vitórias vermelhas e desse futebol do agora treinador sportinguista.
Percebe-se que a camisola 2 seja agora uma camisola aparentemente normal, que tenha que ter um dono todos os anos. Isso é uma coisa que se tem que interiorizar e perceber, atendendo ao facto do número estar disponível para envergar. Outra coisa é atribuí-la a um jogador intimamente conotado com o rival, que ainda há dias entregou a instituições de caridade camisolas autografas do rival e que chega ao FC Porto não para ganhar títulos e por se identificar mais com o clube (como claramente foi o caso de João Moutinho), mas sim por uma questão meramente financeira.
E perdoem-me contrariar o Presidente, mas não, Maxi Pereira não é um jogador à Porto, Presidente, tenha lá paciência. Jogador à Porto era o João Pinto, o André, o Paulinho, o Secretário, o Rui Barros e o Jorge Costa. E mais alguns, claro. Não basta ter raça, trincar a língua e dar traulitada para se levar o epíteto de jogador à Porto. É preciso muito mais, muitos minutos de jogo, muitos títulos, muito amor, muito suor e muitas lágrimas com a nossa camisola. Colocar Maxi e João Pinto no mesmo patamar é insultuoso e revela o desnorte de um clube e de uma SAD que nada ganha há dois anos consecutivos e que já não sabe o que há-de fazer para disfarçar um claro e notório ambiente de fim de ciclo ou, quiçá, de fim de festa.
Dizem por aqui que este blog se tornou num muro de lamentações do portismo. Talvez. Talvez este blog seja um dos últimos baluartes do portismo como ele devia ser ou pelo menos da inspiração dos anos 80 e 90 onde ele devia ir beber. É que quando chegar o fim de festa e o fim de ciclo, é a mística e o espírito do portismo que vai restar. E é esse insondável e imponderável, esse algo que só se sente no ar das Antas em dia de jogo, que vai aguentar e resistir aos tempos menos felizes.
É dever de todos nós lutarmos e defendermos um clube com cultura, com tradição, com espírito, com mística, com respeito pelos seus símbolos, pela sua camisola, pelo seu hino, pelo seu emblema. Oferecer a 2 a Maxi Pereira foi, nada mais nada menos que escarrar na nossa História.
I M P E R D O Á V E L.
Nota 1: não obstante o dito acima, o autor deseja a maior das sortes a Maxi Pereira com a nossa camisola e que vença muitos títulos aqui.
Nota 2: estatística relativa a João Pinto e Jorge Costa retirada da página Os Filhos do Dragão, do Paulo Bizarro, a quem agradeço o seu contributo para este texto.
Rodrigo de Almada Martins
Um observador objectivo, factual e desinteressado dirá apenas que, naquele dia, um jogador de futebol entregou um pedaço de pano a outro jogador de futebol. Estará correcto. Mas isso seria não perceber os insondáveis, os mistérios e os imponderáveis da vida. Não. Aquela camisola não era uma camisola qualquer. Não. Era A camisola. A 2. A dois.
O homem que entregava a camisola, esse homem com H muito grande, retirava-se dos palcos com 585 jogos e 51118 minutos distribuídos por 16 temporadas, 25 títulos, incluindo 9 campeonatos nacionais, 1 Taça dos Campeões Europeus, uma Supertaça Europeia e um Taça Intercontinental, capitaneando o FC Porto durante grande parte da sua carreira.
Não era um jogador qualquer. Nem um Capitão qualquer. Não podia necessariamente ser um qualquer. Era o homem que Pinto da Costa disse um dia ser o número 2 do clube e de quem Bobby Robson dizia que tinha “dois corações e quatro pernas”. Foi o protagonista do célebre agarrar da mítica Taça dos Campeões de Viena para não mais a largar. João Pinto foi isto tudo mas foi muito mais que isto. E esse mais foi cada sprint que deu, cada subida pela lateral, cada corte em esforço, cada entrada de carrinho, cada corte a varrer, cada alívio, cada tabela, cada golo, cada cruzamento (a sua pecha), cada condução de bola que fez junto à lateral direita. E, acima de tudo, com um portismo dos pés à cabeça, o verdadeiro jogador à Porto.
Não era um qualquer, portanto. Tratava-se de um verdadeiro sinhore do Norte aquele que entregou, na tal tarde de 1997, a camisola 2. E quem era o receptor? Também não podia ser um vulgar. Óbvio que não. Tratava-se de Jorge Costa, O Bicho, O Implacável. Terminou a carreira com 13 épocas de dragão ao peito, 382 jogos e 24 títulos, entre eles 8 campeonatos nacionais, 1 Liga dos Campeões, 1 Taça UEFA e uma Taça Intercontinental, erguendo estes três últimos troféus como Capitão do FC Porto. Era sócio do Porto desde os 3 anos e respirava portismo por todos os lados, encarnando a raça de Dragão, nunca virando a cara à luta, tendo inclusivamente recuperado de duas lesões ligamentares no joelho. A carreira similar à de João Pinto, quer em títulos quer em longevidade, demonstra bem que aquele entregar de camisola surtiu o devido efeito, sendo o transmissor da mística e da cultura de vitória ganhas com José Maria Pedroto. A dois representava esse elo de ligação entre o FC Porto do passado e o FC Porto o século XXI. Seria, digamos, a corrente invisível e mágica que unia Viena e Gelsenkirschen, que ligava os anos de 87 e 2004.
O número 2 do FC Porto, tendo sido usado por estes homens, nunca mais poderia ser um número qualquer. E o clube pareceu ter percebido isso, entregando essa honra a Bruno Alves, que poderia ter sido um símbolo do FC Porto à altura ou pelo menos algo semelhante aos outros dois, mas um pai demasiado falador, algumas atitudes pouco consentâneas com o seu estatuto de Capitão e e as tentações dos petro-rublo-dólares (que se percebem nos profissionais, atenção!) falaram mais alto.
É verdade que oferecer de seguida essa mesma camisola a Danilo soou algo estranho. Nunca o ex-santista se poderia equiparar aos antigos donos da camisola, desde logo por ser natural de terras de Vera Cruz e por ter o caminho já traçado para um grande europeu num curto prazo. Não obstante, pareceu óbvio que o clube não quis tornar a camisola um fardo para qum a usasse, desmistificando a sua importância e asumindo que a mesma devia ser envergada tão só pelo lateral-direito. Foi uma opção que se entende, dado que nunca esteve em cima da mesa retirar a camisola de “circulação”, o que também defendo, pois isso é fechar a história do clube a novas lendas e a novas inspirações. E mais a mais, a cada vez maior ausência de jogadores da prata da casa tornaria necessariamente impossível uma atribuição condigna da camisola 2.
Esclarecido isso, e tendo Danilo provado afinal de contas ser um digno portador da mesma, é imperioso dizer que Maxi Pereira nunca poderia envergar o nº 2 do FC Porto. Poderia envergar todos os números, menos esse. Trata-se de um jogador que passou 8 anos no maior rival, erguendo 3 títulos de campeão nacional, estando intimamente conotado com as manhas e os truques do futebol de Jorge Jesus. No fundo, Maxi é um símbolo dessas vitórias vermelhas e desse futebol do agora treinador sportinguista.
Percebe-se que a camisola 2 seja agora uma camisola aparentemente normal, que tenha que ter um dono todos os anos. Isso é uma coisa que se tem que interiorizar e perceber, atendendo ao facto do número estar disponível para envergar. Outra coisa é atribuí-la a um jogador intimamente conotado com o rival, que ainda há dias entregou a instituições de caridade camisolas autografas do rival e que chega ao FC Porto não para ganhar títulos e por se identificar mais com o clube (como claramente foi o caso de João Moutinho), mas sim por uma questão meramente financeira.
E perdoem-me contrariar o Presidente, mas não, Maxi Pereira não é um jogador à Porto, Presidente, tenha lá paciência. Jogador à Porto era o João Pinto, o André, o Paulinho, o Secretário, o Rui Barros e o Jorge Costa. E mais alguns, claro. Não basta ter raça, trincar a língua e dar traulitada para se levar o epíteto de jogador à Porto. É preciso muito mais, muitos minutos de jogo, muitos títulos, muito amor, muito suor e muitas lágrimas com a nossa camisola. Colocar Maxi e João Pinto no mesmo patamar é insultuoso e revela o desnorte de um clube e de uma SAD que nada ganha há dois anos consecutivos e que já não sabe o que há-de fazer para disfarçar um claro e notório ambiente de fim de ciclo ou, quiçá, de fim de festa.
Dizem por aqui que este blog se tornou num muro de lamentações do portismo. Talvez. Talvez este blog seja um dos últimos baluartes do portismo como ele devia ser ou pelo menos da inspiração dos anos 80 e 90 onde ele devia ir beber. É que quando chegar o fim de festa e o fim de ciclo, é a mística e o espírito do portismo que vai restar. E é esse insondável e imponderável, esse algo que só se sente no ar das Antas em dia de jogo, que vai aguentar e resistir aos tempos menos felizes.
É dever de todos nós lutarmos e defendermos um clube com cultura, com tradição, com espírito, com mística, com respeito pelos seus símbolos, pela sua camisola, pelo seu hino, pelo seu emblema. Oferecer a 2 a Maxi Pereira foi, nada mais nada menos que escarrar na nossa História.
I M P E R D O Á V E L.
Nota 1: não obstante o dito acima, o autor deseja a maior das sortes a Maxi Pereira com a nossa camisola e que vença muitos títulos aqui.
Nota 2: estatística relativa a João Pinto e Jorge Costa retirada da página Os Filhos do Dragão, do Paulo Bizarro, a quem agradeço o seu contributo para este texto.
Rodrigo de Almada Martins
De João Pinto nada a apontar.
ResponderEliminarJá o Jorge Costa não se pode comparar. Saiu a mal do clube quando se viu ultrapassado por Ricardo Carvalho e J.Andrade (braçadeira ao chão no tempo de Octávio) e depois escreveu num livro (de Mourinho em 2003 acho eu) que não voltaria mais a sair do FC Porto. Bastou o Del Neri chegar e ele logo desertou 1 ano ou 2 depois de escrever o que escreveu.
Quanto ao Maxi, eu já encaixei a situação (até acho q vai ser dos jogadores + importantes este ano) e quanto às camisolas não dou especial importância.
Mas isso sou eu que sou um Portista de trazer por casa.
O joao pinto não pode ser clonado. O Jorge costa também não. Os tempos são outros...não adianta lamentar...temos de nos adaptar a novas realidades... Boa sorte maxi!Tens raça e querer. Falta-te o portismo desses míticos n° 2, resta-te o profissionalismo.
ResponderEliminarRAM.
ResponderEliminarSubscrevo por completo.
Viva. O pior de tudo ainda foi ouvir o presidente falar daquela maneira desse bandido.
ResponderEliminarAinda há quem diga bem vindo, e agora que é dos nossos já é bom rapaz.
Alguém que nos fez o que fez, que tem a atitude que tem em campo (porco)e que cá está apenas pelo dinheiro, nunca pode ser um jogador à PORTO.
A mim resta-me renovar o lugar, pagar as quotas, e esperar que o meu PORTO volte.
Porque um dia já não vão cá estar nenhum destes treinadores / jogadores / dirigentes, mas o clube sim, e eu também.
Não sou mais portista que ninguém, mas também não sou menos por não dizer que sim a tudo como um carneiro. Ou por ter a integridade intlectual de dizer que se o maximiliano era um filho duma puta, dum carneiro marrador, porco a jogar à bola e sem carácter (ao contrario da opinião do "mister) continua a ser. Lamento mas é o que penso.
Abraço.
Sérgio.
Um dos mais recentes Nº2 do FCP... Ricardo Costa... Oi? Então é assim tão mítico?
ResponderEliminarEntão é mítico porque João Pinto e Jorge Costa o usaram, mas ignoram todos os que usaram entretanto e antes disso?
Deixem-se de ser mesquinhas...
Acho que este ponto de vista é demasiado fechado nele próprio. Até ao final da década de 80 e princípios de 90 do séc. XX, a camisola 2 era uma camisola vulgar, visto que tradicionalmente os números não eram individualizados. Como tal, antes do João Pinto existiram 80 anos de portadores de camisolas 2, muitos deles com um portismo e raça, que em nada ficariam a dever ao do capitão. Pela mesma lógica, o 9 seria eternamente do Gomes, o melhor ponta de lança de sempre do FCP, e portista de gema.
ResponderEliminarA existir alguma racionalidade na atribuição dos números das camisolas, os mais importantes, de 1 a 11, devem ser atribuídos aos prováveis titulares ou referências do plantel, como se passou recentemente com o 1 do Helton, e muito bem por parte da SAD.
Quanto ao resto, o passado já lá vai. O Maxi, como qualquer outro jogador portador da camisola encarnada, mereceu e bem, o nosso escárnio. Mas agora, as cores dele são o azul e branco. Como tal, deve merecer o nosso apoio incondicional. Para ódio, já tem o de todos os vermelhos.
E sim, o presidente tem razão. Jogador à Porto é aquele que entra em campo para lutar cada 1 dos 90 (ou 120 minutos) até à exaustão, disputando cada bola, por mais insignificante que ela seja, como a mais decisiva de sempre. O Maxi tem isso. E por exemplo, um Quintero (entre outros) não.
Hugo
ResponderEliminarTambém eu estive nas Antas nesse dia de passagem de testemunho. Como em muitos, muitos outros.
Já não há Antas, já não há cativos nem arquibancada, já não há Dragões Azuis (excepto o Relógio), já não há João Pinto nem Jorge Costa.
Também eu tenho nostalgia desse tempo.
Mas o clube não pode viver do passado. Deve respeita-lo, até para projectar melhor o futuro. Mas muitas coisas se perderam e outras tantas se ganharam. É a lei da vida.
O Maxi, para mim, encaixa na definição de jogador à Porto. O único defeito é chegar com oito anos de atraso. A camisola 2 foi um símbolo por causa de João Pinto e depois Jorge Costa. Antes e depois não me parece. Deveria ter continuado a ser, isso sim. Mas não é por passar para o Maxi que se perde o que quer que seja, o erro já vem de trás.
Quanto ao rumo que o clube segue, apenas duas coisas:
- Cada um poderá gostar ou não, mas é ainda com o mesmo timoneiro de "sempre"; muitos erros, muitas coisas nebulosas, mas tudo amplificado pelos dois anos a seco. Se fossemos neste momento penta, quase nada disto teria grande relevância. Eu acho que esta direcção já passou do prazo, mas enquanto lá se mantiverem, só lhes desejo todo o sucesso do mundo.
- Se o rumo for tão catastrófico como alguns antevêm, possivelmente acabaremos no CNS, após refundação com outro nome devido à insolvência. Uma tragédia. Mas no fundo, lá estariamos todos nós, de volta às origens, cheios de amor e orgulho em carregar o clube às costas de volta ao seu lugar. Um regresso ao portismo puro, e quem sabe purificador.
Um abraço portista,
Do Porto com Amor
LAeB
http://doportocomamor.blogspot.pt/2015/07/dicionario-lampionico-dragones.html
O desespero de quem não ganha nada nos últimos dois anos, leva a que o presidente diga estas barbaridades.
ResponderEliminarDou os meus parabéns ao autor do texto, que sabe distinguir Portismo com a realidade.
Cumprimentos,
Óscar Silva
Boa tarde os tempos mudam é certo e temos que evoluir mas não podemos esquecer quem somos e de onde viemos. O n°2 é especial para quem viu jogadores com o João Pinto, Jorge Costa e até mesmo Bruno Alves que adorava que voltasse está época. E dar ao maxi do cacete esse número é cuspir na história do clube. Não sou capaz de apoiar essa criatura mas perdi a fé na Sad e nos dirigentes adoro e respeito Pinto da Costa mas quanto ao sr. Antero acho que ele é mais amigo dos próprios interesses que do clube e sinto que ele está a destruir o clube por dentro. Mais uma achega o empréstimo de Gonçalo é uma estupidez para mim não há índio (estrangeiro) melhor que os jovens que temos por Cá mas o cheiro dos euros das comissões é mais forte que o talento e desejo de comer relva e furar redes desse jovem português e portista.
ResponderEliminarQuanto a mim continuarei a apoiar o Fcp mas a distância não sou capaz de presenciar o que se tem vindo a fazer ao clube.
Um jogador que há um mês a traz dizia que o Porto era um clube corrupto. De um momento para o outro,já é um jogador à Porto e digno de vestir a camisola nº2.
ResponderEliminarFico perplexo com comentários favoráveis a e esta situação. Mas enfim são os adeptos que temos.
Filipe Alves
Bla bla bla... A unica coisa que retive deste texto e que este blogue se tornou num muro das lamentacoes! Tristemente verdadeiro!!!
ResponderEliminarJoao, Carcavelos
O que não se devia ter feito era a contratação desta criatura que nos criticou com clareza. E era logo cortar o mal pela raiz.
ResponderEliminarNão havendo esta contratação, não estávamos aqui a falar do portador desta Camisola.
Como ele está aqui e com o Nrº 2 vou continuar a ter a opinião que tinha antes.
O Nosso Presidente desde que se adquiriu o Porto Canal não tem estado nada bem nas suas palavras.
Será que isto de estarmos a andar no pequeno deserto tem alguma influência na comunicação do nosso Clube?
Eu respondo afirmativo.
Só posso ficar estupefacto com o que por aqui leio.
ResponderEliminarNão vejo portistas. Vejo velhos do Restelo!
Agora que o Danilo saiu, digam-me uma coisa: vêm algum lateral direito melhor do que o Maxi no campeonato português? A SAD foi curta, grossa e pragmática. Comprou o que de melhor há cá dentro no momento, e como bónus enfraqueceu um clube rival. É uma aposta segura.
Só se fosse tolinho, é que eu acharia que o Maxi está cá por amor ao FCP. Não está! Mas acredito que está cá como profissional de alto nível. É isso que espero e exijo dele.
Quem quiser continuar a acreditar no Pai Natal, ou no Coelhinho da Páscoa, que o faça por conta e risco. Mas todos vocês já deveriam saber que o futebol não é o mesmo de há 30 anos atrás. O futebol profissionalizou-se. Hoje és do Porto, amanhã és de um clube qualquer e vice-versa. Quem fôr mais forte e melhor souber se movimentar no mercado, melhores perspectivas de conquistas terá.
O que vejo aqui são pessoas presas ao passado. E assim, não vamos a lado nenhum. Se vos dessem a hipótese de decidir, tínhamos neste momento uma equipa de "vacas sagradas", e um museu bem mais pobre.
Cumprimentos,
Hugo
Perfeitamente de acordo.
Eliminarsecretário um jogador à Porto? tá bem abelha..
ResponderEliminarMário Costa, de Arrifana, ao lado de são joão da madeira.. se é que me percebem ;)
Estamos num período em que estes supostos portistas de blogues e facebooks são os maiores adversários, críticos, antis do nosso clube. Antes aplaudíamos as contratações de insurrectos como Kulkov, Yuran, Cebola, todos pouco consistentes apesar do talento. Agora contratamos um gajo que está há 10 anos a jogar a alto nível, titular da selecção, relegando para o banco durante todos estes anos o nosso fucile. E depois não gostam da atitude dele, das manhas, etc. Então o que fazia o Paulinho Santos, o Jorge Costa, etc.? Não era exactamente isso? A diferença é que nós descrevíamos essa atitude como experiência, mística, à Porto. Agora, para o Maxi dizemos que é jogo sujo.
ResponderEliminarDeixem o trabalho para quem sabe e apoiem o clube porque é nos momentos difíceis que se vê o Portismo de cada um.
Jogadores como João Pinto, André ou Rui Filipe, já não há. Quebrou-se o molde. Jorge Costa, no que me diz respeito, deixou de representar o espírito do FC Porto no dia em que atirou a braçadeira ao chão e não se retractou por o ter feito. E penso que a decisão do clube de o autorizar a voltar a envergar a camisola, marca um momento histórico pela negativa. Anos mais tarde, a direcção ficou ao lado de alguns jogadores e não do treinador (Adriaanse) algo inaudito até então. Com o tempo deixou de haver jogadores como Fernando Gomes, João Pinto, Bandeirinha, Aloísio, André que se sacrificavam pelo clube e passaram a existir alguns caudillos que se achavam donos do balneário. Deixou de haver líderes naturais pelo exemplo e passou a haver chefinhos por estatuto. Sabeis de quem falo, naturalmente. Isto só para contextuaizar a história e referir que de facto de há uns anos para cá não há referências no plantel. O mais parecido que temos são Maicon e Helton. Até um jogador que há pouco mais de um ano desrespeitou um treinador à vista de toda a gente, como o Quaresma, jogou mais ume época e se arrogou a declarar-se portador da mística. Ora, a verdade é que a filosofia de compra e vende, em que jogadores entram já a falar do dia em que vão sair, e em que os conflitos entre atletas e direcção nunca foram tantos, não propicia que os jogadores fiquem durante muito tempo ou ganhem amor à camisola.
ResponderEliminarE qual mística, qual quê ... Mística é honrar os treinadores que querem ficar. Mística é não premiar jogadores que se oferecem todas as semanas a outros clubes. Fazer o contrário é destruir a dita. E é o que tem sido feito.
E chegamos a Maxi. Jogador lutador, razoável e caceteiro. Do cacete não vou falar porque é mais pormenor do que outra coisa. Como alguém antes aqui escreveu, jogadores que recorrem à paulada, já os tivemos e voltaremos a ter. O que me preocupa com Maxi Pereira é que é um jogador mediano. É razoável defensivamente mas medíocre no ataque. Pelo que vem auferir, há jogadores melhores. Poderá não haver haver como Danilo, que diga-se nunca atingiu o seu potencial enquanto cá esteve, mas há com certeza jogadores mais consistentes e equilibrados do que Maxi. Tempos houve em que ir buscar jogadores ao rival poderia ter algum efeito psicológico, mas já ninguém liga a isso. O rival encontrará facilmente quem substitua este jogador. Nós é que ficamos com um jogador mediano a preço de jogador de elite. Na minha opinião esta é mais uma asneira dos 4 As que tomaram conta do FC Porto: O Adelino, o Acácio, o Antero e o Alexandre. Reinaldo Teles e JNLPC fariam melhor, mas já não são eles que vão ao leme da nau que vai desgovernada. Urge, dentro do possível, mostrar a porta de saída aos 4As e restante universo de empresários e comissionistas e voltar ao caminho que estava a ser trilhado por JNLPC antes de a SAD fazer ninho no clube.
Sei que há quem ao ler o que escrevi ache que sou pessimista, mas há 32 anos que acompanho o nosso FC Porto. Foram 32 anos de vitórias e derrotas, de sonhos realizados e decepções. Mas durante a maior parte do tempo, soube que estávamos no caminho certo. De há uns dez anos para cá, a cada época que passa nos desviamos mais do rumo. Respeito quem ache o contrário, mas como diz um famoso humorista "Depois ... não se queixem!" e não digam que ninguém alertou para o que está à frente dos nossos olhos. Saudações portistas para todos.
Não gosto de ganhar desprezando os meus princípios. A dignidade está acima de tudo. Prefiro perder com dignidade a ganhar sem coluna vertebral. O Maxi no FC Porto é incompatível com a dignidade do clube.
ResponderEliminarNave
Tinha muito para escrever, mas sinceramente nem sei por onde começar.
ResponderEliminarMaxi NÃO É UM JOGADOR á PORTO e NUNCA SERÁ, é um defesa mediano, pago a peso de ouro que nada trás ao clube, muitos falam que é profissional, ora eu discordo, é um mau profissional, só se aguentou no 5lb devido á sua forma de estar e ser que é compatível com a do (jj).
A gestão desportiva dos atletas do clube nunca foi tão mal feita, contratam-se jogadores a crédito e dispensam-se jovens sem sequer lhes dar oportunidades, contratam-se jogadores que fazem um estágio (SAMI) e são logo emprestados para por no seu lugar outros com empresários mais "influentes".
Por exemplo que motivação terá o Helton agora ?
Será que vai fazer uma época á Adrien Lopez?
E os jogadores da Equipa B e juniores que ano após ano vêem ex-colegas ser emprestados a clubes medíocres e esquecidos em campeonatos secundários, que motivação (extra) terão para dar tudo em campo e aprenderem mais?
Será que o Sr. 20 milhões será alguma vez melhor que João Moutinho?
Será que um jogador que saiu a mal o ano passado e preferiu ser emprestado é melhor que o Quaresma com todos os defeitos (já muito limados) que este possa ter ?
Como é possível que com a época já iniciada não haja patrocinador oficial disposto a associar-se ao NOSSO CLUBE ?
Porque é que jogadores que já não fazem parte (fora os que ainda podem sair) do nosso plantel foram escolhidos para serem as caras dos novos equipamentos, que raio de planeamento antecipado é esse ?
Como é possível continuar-se a insistir a "manifestações organizadas" para saudar a chegada de novos craques.
Porque é que o Clube sendo dono de uma estação de televisão com profissionais experientes (digo eu) tem uma politica de comunicação ao nível de um qualquer clube da 2ª liga com exagero de comunicados e excesso de uso das redes sociais para falar ?
Porque é que todos os anos é preciso fazer empréstimos obrigacionistas quando se sabe que temos excesso de jogadores muitos deles estrangeiros de qualidade mediana a nível de futebol e muito duvidosa a nível pessoal ?
Como pode um jogador como o Rolando andar aos caídos há 3 ANOS, assim como outros (Walter por ex.) ?
Todos queremos Títulos mas os mesmos não podem camuflar NUNCA a capacidade de fazermos autocritica e tentarmos melhorar o que está mal e nos ultimos 5 anos muitas coisas têm sido mal feitas e é sobre essas que temos de reflectir e se possível actuar sob pena de mais tarde ou mais cedo acordarmos para um pesadelo.
Quanto á Camisola 2, engana-se quem pensa que os tempos mudaram e que os símbolos/referências são para deitar fora depois de criados, é essa mesma mentalidade que está a levar PORTuGAL á Ruina financeira e sobretudo MORAL.
P.S. - Estou muito, mas mesmo muito apreensivo com esta época, vejo muitas coisas que podem correr muito mal mas isso não me impedirá de apoiar / defender sempre o meu Clube pois os maxi's desta vida chegam e passam mas a INSTITUIÇÃO e o que ELA me Ensinou e Representa ao longo dos anos PERDURARÁ SEMPRE !