21 março, 2016

OS CÃES, A PROPAGANDA E O QUE NÃO QUERO VER NOS PRÓXIMOS 3 ANOS…

http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/

No passado fim-de-semana, dois elementos de um clube rival afirmaram algo que considero interessante e que retrata perfeitamente aquilo que eu e muitos Portistas anónimos e não-avençados, que a única coisa que pedem em troca são vitórias do seu clube, defendemos há já muitos anos. Falo obviamente da enorme máquina de propaganda do clube do regime e tenho obviamente de fazer um elogio sincero: está de facto muito bem montada e atualmente mais oleada que nunca, a funcionar de modo excelente.

Jesus fala do que sabe, esteve lá 6 anos e percebe-se bem quando afirma: “há uma estratégia para dividir o Sporting e fazer crer que presidente e treinador estão de costas voltadas. Sei de onde vem essa estratégia. Vai ser difícil, eu sei de onde vim”. Por seu lado, Augusto Inácio nomeou um conjunto de pessoas a quem chamou de “cães de fila”, "cães" esses ao serviço de uma máquina de propaganda de cor encarnada. Direi apenas que a classificação dada por Inácio peca claramente por defeito porque alguns dos nomeados não passam de cães rafeiros, nojentos, ordinários e cobardes.

O meu grande desgosto, para além de ter de recorrer a elementos de outro clube para ilustrar uma situação que durante muitos anos se passou contra o FC Porto, é exatamente o facto desta cambada de "cães rafeiros" agora estar mais centrada no rival da 2ª circular do que no FC Porto. Como é evidente, o FC Porto da maneira como está, calado, acabrunhado e num triste e distante 3º lugar mete menos medo que a equipa que neste momento ocupa o 2º lugar. É triste e sintomático!!

Tirando a habitual forma nojenta de fazer comunicação social dos meios do costume, e essa forma está-lhes incutida no sangue, como por exemplo a “comovente” imagem deste fim-de-semana. Sim, é verdade que o FC Porto jogou muito pouco em Setúbal, apesar disso criou mais ocasiões de golo e acabou por merecer a vitória alcançada. No dia a seguir, e digo-o com conhecimento de causa pois vi o jogo, o que se viu foi o atual 1º classificado jogar menos ainda que o FC Porto e vencer ao cair do pano num jogo em que a maior parte das oportunidades de golo na 2º parte até pertenceu ao Boavista. Basta ver as capas dos jornais, bem como as análises aos 2 jogos para se perceber a diferença de tratamento entre o FC Porto e outros clubes.

Como referia há pouco, a maior parte dos “cães rafeiros” centra-se agora noutras latitudes que não o estádio do Dragão e isto é muito mau sinal. Tenho saudades dos tempos em que “eles” nos quiseram retirar da Champions League após termos sido campeões nacionais com quase 20 pontos de vantagem, dos tempos em que falavam todos os dias do apito dourado e vomitavam diariamente barbaridades contra o FC Porto. Eram os tempos em que nos temiam porque ganhávamos muito. Hoje em dia as manobras limitam-se ao essencial, sendo que quando o FC Porto começa a “chatear” muito lá vem a máquina de propaganda fazer o seu trabalhinho.

O FC Porto ganhou o estatuto de dominador do futebol português não através de falinhas mansas, de paz podre, de sermos amigos e bons companheiros dos rivais. Há "guerras" necessárias, hoje, no passado e no futuro, e a "guerra" contra a comunicação social centralista e afeta ao “regime” sempre foi uma das marcas distintas do FC Porto de Pinto da Costa. Ao longo dos 33 anos do reinado de Pinto da Costa, o FC Porto não ganhou sempre, teve até períodos de menor fulgor (1999 e 2002 por exemplo) mas creio que nunca perdeu a sua identidade lutadora e o seu espírito de “remar contra a maré”.

Assumo perfeitamente e sem qualquer problema que considero por princípio que o Homem que transformou um clube de dimensão regional noutro completamente diferente de dimensão mundial fará sempre parte da solução e não do problema, achando-se ele em condições de saúde para prosseguir na liderança do FC Porto. Mas ao abrigo da minha humilde contribuição neste espaço de opinião Portista, não posso deixar de dizer que:
  • Não quero ver nos próximos 3 anos, diretores de jornais assumidamente anti-Portistas serem convidados para eventos oficiais do clube;

  • Não quero ver nos próximos anos um clube gerido de fora para dentro;

  • Não quero ver decisões com base na opinião geral dos adeptos e dos assobiadores. Se um treinador tiver de ser demitido porque o Presidente não considera o seu futebol de qualidade, deverá sê-lo em condições normais no final ou no início de uma época, nunca a meio;

  • Não quero ver nos próximos anos um clube acabrunhado, calado e envergonhado perante situações em que se fosse o FC Porto o protagonista tal daria para os tais “cães rafeiros” levarem para os vários programas desportivos dossiers de centenas e centenas de páginas;

  • Não quero ver um clube sempre calado no que toca a arbitragens e a reagir tarde e por inércia. Para reagir tarde e a más horas, mais vale estarem calados. Um exemplo prático, ao longo de toda a época 14/15 um clube foi sistematicamente beneficiado pelas arbitragens, enquanto outros foram por vezes prejudicados. O FC Porto perdeu esse campeonato por 3 pontos, relembro que por exemplo no 1º jogo que perdeu pontos foi roubado em Guimarães onde anularam um golo LIMPO a Brahimi e apenas e só o treinador Julen Lopetegui levantou a voz contra as arbitragens. Só começar a falar dos árbitros quando o "barco já mete água por todos os lados", tem eficácia ZERO;

  • Não quero ver o treinador, seja ele qual for, só e abandonado na chegada ao aeroporto após uma eliminação nas competições europeias;

  • Não quero ver uma política desportiva errante e submissa a um treinador seja ele qual for, em que por exemplo se contratam jogadores da nacionalidade do treinador, que mais tarde se percebe que só vieram exatamente pelo facto de serem da mesma nacionalidade do treinador que os contratou, porque qualidade não têm nenhuma;

  • Não quero ver ninguém, seja ele quem for, a fugir das suas responsabilidades. As responsabilidades existem quando se ganha mas existem sobretudo quando se perde. Para bom entendedor...
É verdade que as coisas não estão nada fáceis, quer em termos exibicionais, quer em termos de classificação. É verdade que neste momento tudo parece estar cinzento, sombrio e que nada parece augurar algo de bom. Mas é fundamental acabar a época com honra e o máximo profissionalismo por parte de todos. Porém, não deixa de ser motivo de enorme reflexão, e se calhar uma das principais pela qual chegamos até aqui, que um jogador que representou o rival durante tantos anos e que tem apenas um ano de FC Porto, sofra um violento choque na cabeça que o obrigue até a levar pontos e lute em campo até ao fim, inclusive dando o corpo à bola e evitando o golo adversário mesmo no fim do jogo, e que depois outro jogador com imensos anos de clube, com títulos nacionais e até internacionais, abandone pura e simplesmente o terreno de jogo após um erro gravíssimo que colocou um clube em condições muito difíceis...

PS: Há 365 dias que um clube preenche cumulativamente duas condições em jogos a contar para o campeonato nacional: zero vermelhos a jogadores seus e zero penalties contra. Era bom que alguns rapazes, bem avençados por sinal, escarrapachassem publicamente isto na cara de tanto "cão rafeiro" que durante anos vomitaram barbaridades sobre o apito dourado. Isto de querer ir à guerra (em sentido figurado como é lógico) com rosas em vez de armas, pode ter resultados gravíssimos no futuro...

3 comentários:

  1. Caro rcbc
    Assino por baixo o seu excelente artigo. Chegamos à altura de dizer BASTA!
    Alguns de nós (é o meu caso) resmungamos nos blogues mas, na hora da verdade (leia-se eleições) deixamos lá ficar os mesmos.
    E quando se fala de rafeiros não convém esquecer o tratador dos árbitros. O senhor Vítor Pereira é o único responsável pela vergonha que os seus cãezinhos amestrados protagonizam semana após semana.
    Abraço

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  2. Este artigo descreve bem o que espera para os próximos anos.
    Mas.... Entre o nosso querer que o Clube volte a ser o que era e o que pode ser feito pelas pessoas responsáveis vai uma relativa distancia.
    Cabe a nós adeptos andarmos sempre acordados e sempre junto do que se passa com o Clube. Só assim o podemos eleva-lo aos níveis que nós tão bem estávamos habituados.

    Espero que este 13º mandato fosse "só" uma prova de como podemos reagir a uma época de insucessos.
    Que os próximos anos traga um presidente com outra vida, mais atento e assertivo.

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  3. Estou de acordo com tudo o que foi escrito neste post
    Abraço
    Manuel da Silva Moutinho

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