AROUCA-FC PORTO, 0-4
O Dragão apanhou-lhe o gosto. Depois de chapa 7 frente ao Nacional, o FC Porto foi a Arouca e facturou mais quatro golos que lhe garantiram uma vitória sem espinhas e bastante reveladora do actual momento do Dragão.
Com 8 jornadas realizadas na 2ª volta, o Dragão continua sem ceder qualquer ponto, batendo todos os adversários que lhe apareceram pela frente. Mas já são 9 as vitórias consecutivas para a Liga NOS, cuja sequência vitoriosa começou na última jornada da 1ª volta.
É indesmentível que as vitórias trazem confiança, mas não é só disso que chega para se tornar numa equipa vitoriosa. É preciso união e jogadores em excelente forma física. A equipa do FC Porto respira saúde, frescura, energia e dinamismo.
Quero realçar, neste capítulo, Brahimi. O argelino está incontrolável. Numa época sem igual, tem mostrado uma maturidade que não se esperava pelo percurso que teve no FC Porto desde o seu ingresso no clube.
Acusado de ser demasiado individualista e não ser um jogador de equipa, Brahimi tem mostrado uma disponibilidade fantástica em prol do grupo e ainda é capaz de desequilibrar o jogo a favor dos Dragões.
Com Brahimi em grande forma, o FC Porto é uma equipa superior. Com o argelino, o FC Porto pode ter forte crença no título. Será, com grande probabilidade, que o título passará pelos pés do argelino.
O jogo foi de sentido único. Nuno Espírito Santo apresentou o mesmo onze que tinha jogado com o Nacional com a excepção Maxi. O uruguaio substituiu Layún na lateral direita.
Nos primeiros 25 minutos ficou definido o jogo. O FC Porto inaugurou o marcador aos 14 minutos por Danilo num golpe de cabeça, na sequência de um livre cobrado por Brahimi. Alguns minutos volvidos, numa transição rápida, novamente o argelino em destaque, isolou Soares que frente ao guarda-redes rematou incrivelmente ao poste.
Mas se Soares desperdiçou uma ocasião soberana, redimir-se-ia aos 25 minutos com um golo após cruzamento bem medido de Óliver. O jogo estava decidido ao fim de menos de 1/3 de jogo, mas havia ainda muito para jogar. O Arouca só por uma vez tentou a baliza de Casillas que respondeu com uma defesa para canto. De resto, um FC Porto, imponente e intransponível, não deu qualquer veleidade ao adversário.
Na segunda metade, o FC Porto controlador, mandão e dinâmico, continuou a carregar no acelerador. Por isso, foi sem surpresa que chegou aos quatro golos. Diogo Jota fez o 0-3 aos 71 minutos, após substituir André Silva, numa jogada conduzida por Brahimi pela esquerda. E ao cair do pano, Soares bisou na partida após centro de Maxi Pereira.
O resultado estava feito, a goleada consumada e o Dragão ficou com a certeza de que, pelo menos, até à próxima Segunda-feira estará na liderança da Liga com mais dois pontos do que o Benfica.
Notas finais para a sempre “isenta” Sporttv que, com comentários de dois tolinhos, mostram toda a azia que lhes vai na alma. Por outro lado, registo com uma salva de palmas o destaque que foi dado à enorme quantidade de vezes que a mesma estação mostrou uma possível mão de Danilo na área (que não é falta) com a passagem despercebida do agarrão claro de Anderson Luís a Soares dentro da grande área arouquense.
Mas eu percebo-vos! Há muito tempo, mesmo!
Registo, pelo lado positivo, para a excelente gestão de Nuno Espírito Santo quer nas substituições operadas, quer na gestão dos cartões amarelos, tendo em vista o jogo que se vai realizar daqui por duas jornadas. É que não podemos cair nas armadilhas do apito e temos que nos precaver seriamente contra os artistas, sob pena de assistirmos a mais um golpe do polvo.
Próxima jornada, recepção ao V. Setúbal que antecede a visita ao Estádio da Luz. Mas antes, os Dragões deslocam-se a Turim para cumprir a 2ª mão dos 1/8 de Final da Champions League frente à Juventus.
Apesar de estar praticamente tudo decidido na eliminatória, nunca se pode dizer que há certezas absolutas. Os Dragões vão, sim, com a certeza de que têm um enorme prestígio a defender. Têm dois títulos conquistados na prova, são recordistas de participações a par de Real Madrid e Barcelona e têm um prestígio que, por mais que queiram desvalorizar internamente, o torna no maior clube português representativo na Europa.
DECLARAÇÕES
Nuno: “Os jogadores fizeram um trabalho muito bom”
Segredos para nova goleada
“Defender bem, pressionar, não permitir oportunidades. Vamos insistindo nisto desde o início da época. Depois, explorámos o talento dos jogadores, a mobilidade e os equilíbrios. Foi um bom jogo da nossa parte, os jogadores fizeram um bom trabalho, foram sólidos, coesos, muito equilibrados. A equipa não concedeu oportunidades ao adversário, teve uma boa circulação de bola, criou oportunidades e fez bons golos. Os jogadores fizeram um trabalho muito bom.”
Focados no golo
“As duas partes foram muito boas, nunca deixou de haver ambição da nossa parte de conseguir mais golos e houve oportunidades para tal, tanto na primeira como na segunda parte. Continuámos sempre à procura do golo. Nunca é suficiente. O resultado de 2-0 ao intervalo é perigoso, a equipa sabia que era preciso mais. É um conceito fundamental: a ambição de fazer golo. Isso faz parte do nosso crescimento.”
O momento
“O FC Porto sente que está bem, está no caminho certo. É um conceito difícil de explicar para um clube com a grandeza do FC Porto, o princípio básico é a nossa solidez defensiva, todos têm de defender desde o nosso avançado ao guarda-redes para que assim consigamos vitórias robustas. Isso exige muito trabalho, muita concentração e continuamos a focarmo-nos apenas e só em nós, no nosso crescimento, na nossa melhoria, que começa já amanhã.”
O 12.º jogador
“É impressionante o apoio que temos tido e os adeptos, de facto, fazem-nos sentir nos jogos fora de casa como se estivéssemos no Estádio do Dragão. A equipa sente-se acompanhada em todos os jogos e é um dos motivos principais do nosso êxito fora de casa. O que os nossos adeptos têm feito por nós é impressionante e a melhor maneira de retribuir esse apoio é com exibições e vitórias como estas últimas, que significam mais três pontos no nosso caminho.”
RESUMO DO JOGO
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