17 março, 2017

MAIS AZUL.


Poucas coisas me terão dado mais prazer nos últimos anos de FC Porto do que viver as últimas semanas.

Todos os Portistas sabem perfeitamente do que falo, o ambiente é mesmo especial. Ora vejamos:
  • Pela primeira vez em alguns anos temos visto a nossa gente na sua globalidade a apoiar incondicionalmente a equipa. Os assobios rareiam e o eventual mau futebol não é punido sumariamente pela massa associativa, que nos dias que correm sabe esperar e empurrar a equipa quando ela necessita. E para além disso consegue produzir espectáculos como o de Turim, que, dito por quem lá esteve e que acompanha o FC Porto em muitas batalhas, foi das maiores exibições europeias da história dos adeptos Portistas.

  • Deixamos de dar a outra face e voltamos a utilizar o factor casa para pressionar as arbitragens. Hoje não é possível um árbitro vir ao Dragão e esperar que a dinâmica “em caso de dúvida contra o FC Porto” seja recebida com indiferença dentro e fora do relvado.

  • Os jogadores parecem estar com a cabeça a 100% nos objectivos imediatos do Clube, dando o seu melhor quando são chamados e com uma quase total ausência de momentos de “prima donnas”. Visto de fora parece claro que temos um bom balneário, que os jogadores confiam na liderança da equipa técnica e sente-se também um respeito pelo Clube ao nível dos bons dias do FC Porto, até com um upgrade: pela primeira vez desde que me lembro os finais dos jogos não são pontuados pelo breve aplauso do círculo central seguido de correrias para os balneários.

  • Pequenos pormenores foram trabalhados de modo a alavancar ainda mais esta sensação de um retomar da identidade FC Porto. A começar pelo equipamento principal que retomou a tradição das riscas desenhadas com o formato que dominou o nosso traje durante 50 anos até à recuperação da velhinha “Marcha do FC Porto” que podemos ouvir antes dos jogos, existe neste momento a crença de que o Clube está mais atento aos detalhes que fazem parte da nossa génese e do nosso ADN.

  • A comunicação parece fazer mais e melhor, servindo de forma muito mais eficaz os interesses do Clube e dos seus adeptos. Começando pelo Porto Canal, verificamos que hoje temos conteúdos mais completos com as entrevistas a actuais e antigos jogadores e o excelente Universo Porto – da Bancada (um programa obrigatório, que já fazia falta há muitos anos). Por outro lado, a capacidade de fazer passar a mensagem parece mais apurada, com o JN e O Jogo a voltarem a dar mais peso ao FC Porto nos seus conteúdos.

  • A estrutura parece mais sólida e empenhada, sendo que estes pontos anteriores serão também decorrentes de uma postura mais incisiva das cúpulas do nosso Clube. Sem querer entrar nas discussões sobre a responsabilidade ou não do anterior Administrador e Director Geral Antero Henriques (até porque me falta conhecimento para tal), é inegável que as alterações trouxeram provavelmente um nível de ambição e sangue novo que nos colocam nesta fase com uma sensação diferente daquela que tínhamos em anos anteriores. Obviamente que tudo o que estava mal não passou a estar bem como que por artes mágicas (quanto a isso, no momento certo voltaremos a ter a oportunidade de perceber se as promessas da última AG estão ou não a ser cumpridas), no entanto parece consensual que as alterações fizeram bem ao ambiente interno no Clube.
Outros pontos poderiam ser referidos, mas não quero tornar este texto demasiado exaustivo e, como disse em cima, todos nós Portistas sabemos bem o que tem representado o momento actual.

Fica o forte desejo de que nesta recta final possamos conquistar os títulos que validem este rumo que temos seguido, já que o percurso tem sido bem mais consentâneo com aquilo que deve ser o FC Porto. De qualquer modo não percamos a perspectiva: este é o caminho que temos que trilhar aconteça o que acontecer, saibamos pois prolongar este momento bem mais Azul!

6 comentários:

  1. Óbvio, tão óbvio, mas tão óbvio... não perceber o antes e o agora, é não perceber nada de nada! clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap....

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  2. Eu sou como S. Tomé.....é ver pra crer!
    Se assim é, a questão para mim é simples: o que mudou para que fosse operada essa mudança?
    Mudaram os adeptos? Não, são os mesmos!
    Mudou o treinador? Não, é o mesmo!
    Mudou o presidente? Não, é o mesmo!
    Mudaram os jogadores? Não, são os mesmos!

    Então o que mudou? Se calhar a resposta está no corpo do texto....

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  3. Concordo com os comentários e...aposto que muitas dessas coisas boas que voltaram e...até se refinaram, têm origem no acompanhamento deste e doutros blogs sobre o nosso clube, onde a massa crítica é séria e digna de consideração!

    Por tudo isto e para que esta onda azul e branca continue a avançar e a contagiar é FUNDAMENTAL ser feliz em Maio. E VAMOS SER!!!

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  4. Não podemos adormecer e facilitar pois o caminho é longo e cheio de perigos. Temos de continuar a denunciar a falta de verdade desportiva existente nos jogos dos lampiões. Auto golos suspeitos, golos aos empurrões, falta de cartões amarelos como muito bem demonstrou o Universo Porto da Bancada, em relação ao Pizzi etc. Temos de estar todos Unidos e no domingo encher o Dragão.

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  5. Outro aspecto que tenho notado é a continua renovação em jovens das nossas camadas jovens.
    Dando assim a motivação aos rapazes de continuar no seu Clube de Coração, e haver mais entrosamento do vários grupos que eles integram.

    Espero que este crescendo não pare tão cedo. É um trabalho que tem de ser continuo e com muito afinco.

    Abraços.

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  6. Para mim o que mudou (já devia ter sido há muito)foi sem duvida a saída do Sr Antero Henriques,não me esqueço das cobras e lagartos que uma grande parte de adeptos Do nosso Glorioso CLUBE diziam e depois quando ele saiu até lamentaram a sua saída.

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