Viragem de ano, viragem de volta, álibi perfeito para balanços e congeminações futebolísticas. Se quanto às provas em curso, tudo ainda há para falar num futuro que se espera a médio prazo, irei concentrar-me neste texto, no que foi o ano de 2017 para as nossas cores.
Estando na moda a escolha de uma palavra que defina o ano, a minha opção para o Futebol Clube do Porto recai em "Renascer".
Após três longos anos, marcados pelo insucesso e clivagens entre portistas, onde "pipoqueiros" e "verdadeiros portistas" entraram surpreendentemente no léxico do Dragão, a segunda metade do ano de 2017 foi marcada a letras garrafais por um nome: Sérgio Conceição!
Ainda nada está ganho, como o próprio faz - e bem - questão de sublinhar. No entanto, para o bem, ou para o mal, o nosso treinador deu-nos já algo porque suspirávamos há longos anos. Uma equipa com sede de vitória, de conquistas. Uma equipa em que a vantagem mínima é apenas uma etapa intermédia para a ampliar. Uma equipa onde o empate voltou a ser considerado como uma derrota seja contra quem for, como sempre o deveria ter sido em quem enverga o manto azul e branco.
Era injusto, da minha parte, se não reconhecesse uns pozinhos de mérito a Nuno Espírito Santo, pela forma como assentou a poeira do desastre que tinha sido a herança de Peseiro, e deixou ao seu sucessor a semente de uma equipa defensivamente bem estruturada. Mas a reinvenção do ataque demolidor, valorizado ainda mais por sê-lo com um punhado de "renegados", e não estrelas pagas a peso de ouro, tem a marca registada de Sérgio Conceição.
Olhando para 2017 do ponto de vista dos resultados, é curioso verificarmos que internamente só fomos derrotados duas vezes, e pelo mesmo adversário. Ironicamente, o mesmo do jogo de amanhã: o Moreirense. Uma para a taça CTT, com o contributo inestimável da visão traseira do Sr. Luís Godinho. Outra na derradeira jornada da temporada, com a ausência competitiva da equipa portista (excepto o eterno guerreiro Maxi).
Das 4 restantes derrotas, todas em contexto Champions, pouco haverá a dizer. Duas delas, ainda no reinado NES, contra a finalista Juventus, onde o 10 portista foi demasiado imaturo e insuficiente para tão credenciado adversário. As outras duas, já sobre a égide de Sérgio Conceição, contra Besiktas e RB Leipzig. Lições úteis, e felizmente sem consequências de maior, para o crescimento da equipa.
Olhando para as derrotas, e exceptuando o adeus a uma competição, resultante dos confrontos com a "Vecchia Signora", chegamos facilmente à conclusão que não foi pelos desaires que somamos outro ano amorfo no nosso historial. O grande réu de 2017 é mesmo o síndroma do “empate”. Desses destaco dois:
- O de NES no Dragão contra o Setúbal - com o contributo inestimável do Sr. Manuel Oliveira - onde o que seria uma estocada profunda nas aspirações encarnadas, com a ultrapassagem na classificação em jornada pré-clássico, acabou transformado num golpe mortal na nossa moral e motivação.
- O de Sérgio Conceição contra slb - com o contributo inestimável do Sr. Jorge Sousa - injusto pelo que se passou em campo, e que seria a cereja no topo do bolo para uma primeira volta (quase) perfeita.
Debruçando-me nas vitórias durante 2017, com NES, pouco há a referir para além do tímido 2-1 ao Sporting, e um anormal 7-0 ao Nacional. Já na atual temporada, apesar de na balança dos pesos pesados apenas podermos incluir as vitórias expressivas ao fragilizado Mónaco, no geral, as exibições e números têm sido deveras convincentes, colocando-nos as expectativas de conquistas nos píncaros.
Em período de vitórias tudo parece cor de rosa, e qual mancebo apaixonado, as virtudes valem muito mais do que os defeitos. Entre elas, a dinâmica ofensiva e de vitória que o treinador incutiu na equipa, ao que não é de somenos destacar a recuperação incrível de jogadores dados como perdidos, sendo expoentes máximos os nomes de Aboubakar e Marega, aos quais adicionaria surpresas tão díspares como Diego Reyes, Herrera e até mesmo o jogador fabuloso em que se tornou Brahimi. Contudo, também existe o reverso da medalha. Óliver, um dos melhores jogadores do plantel, passou mais de metade da primeira volta entre a bancada e o banco, vendo à sua frente um jogador que não lhe chega a meio do calcanhar, como é o caso de André André. Corona transformou-se num jogador banal de equipa do meio da tabela e Hernâni encarnou o espírito do Marega de 2016. Casillas, que sempre revelou um empenho e profissionalismo inatacáveis, foi afastado injustamente da titularidade com uma explicação no mínimo "manhosa", vendo a titular um miúdo que, apesar de não comprometer, também não acrescenta nenhuma mais valia ao que o próprio seria capaz de fazer.
Para finalizar, para além da esperança e orgulho que, até ao momento, nos trouxeram as exibições em campo do nosso Porto, nunca é demais elogiar e destacar o excelente trabalho feito na retaguarda pelo Francisco J. Marques que, sem chutar à baliza, conseguiu de uma vez por todas fazer engolir aos benfiquistas, a hipócrita supremacia moral que tanto se orgulhavam.
Uma última palavra para a equipa de Hóquei do FC Porto, pela brilhante época de superação e crença, que tão saborosas conquistas nos proporcionaram.
Entre dias de azar ou sorte, a bipolaridade de um árbitro como o Sr. Artur Soares Dias, tanto nos consegue dar dois penaltys como não ver outros dois.
Entre as brumas da Choupana, ou o verdejante tapete do Dragão, a coragem de um árbitro como o Sr. Jorge Sousa, tanto pode fraquejar ou favorecer perante o azul e branco vestido.
Mas quando numa partida de 90 e tal minutos, todos os erros, e por todos refiro-me a muitos mesmo, são sempre para um só lado, a minha opinião do Sr. Fábio Veríssimo está bem expressa no cartaz acima.
Bruno Paixão que se cuide. Com exibições como a do Feirense - FCP, o puto prodígio é bem capaz de o suplantar.
Cumprimentos Portistas.
Estando na moda a escolha de uma palavra que defina o ano, a minha opção para o Futebol Clube do Porto recai em "Renascer".
Após três longos anos, marcados pelo insucesso e clivagens entre portistas, onde "pipoqueiros" e "verdadeiros portistas" entraram surpreendentemente no léxico do Dragão, a segunda metade do ano de 2017 foi marcada a letras garrafais por um nome: Sérgio Conceição!
Ainda nada está ganho, como o próprio faz - e bem - questão de sublinhar. No entanto, para o bem, ou para o mal, o nosso treinador deu-nos já algo porque suspirávamos há longos anos. Uma equipa com sede de vitória, de conquistas. Uma equipa em que a vantagem mínima é apenas uma etapa intermédia para a ampliar. Uma equipa onde o empate voltou a ser considerado como uma derrota seja contra quem for, como sempre o deveria ter sido em quem enverga o manto azul e branco.
Era injusto, da minha parte, se não reconhecesse uns pozinhos de mérito a Nuno Espírito Santo, pela forma como assentou a poeira do desastre que tinha sido a herança de Peseiro, e deixou ao seu sucessor a semente de uma equipa defensivamente bem estruturada. Mas a reinvenção do ataque demolidor, valorizado ainda mais por sê-lo com um punhado de "renegados", e não estrelas pagas a peso de ouro, tem a marca registada de Sérgio Conceição.
Olhando para 2017 do ponto de vista dos resultados, é curioso verificarmos que internamente só fomos derrotados duas vezes, e pelo mesmo adversário. Ironicamente, o mesmo do jogo de amanhã: o Moreirense. Uma para a taça CTT, com o contributo inestimável da visão traseira do Sr. Luís Godinho. Outra na derradeira jornada da temporada, com a ausência competitiva da equipa portista (excepto o eterno guerreiro Maxi).
Das 4 restantes derrotas, todas em contexto Champions, pouco haverá a dizer. Duas delas, ainda no reinado NES, contra a finalista Juventus, onde o 10 portista foi demasiado imaturo e insuficiente para tão credenciado adversário. As outras duas, já sobre a égide de Sérgio Conceição, contra Besiktas e RB Leipzig. Lições úteis, e felizmente sem consequências de maior, para o crescimento da equipa.
Olhando para as derrotas, e exceptuando o adeus a uma competição, resultante dos confrontos com a "Vecchia Signora", chegamos facilmente à conclusão que não foi pelos desaires que somamos outro ano amorfo no nosso historial. O grande réu de 2017 é mesmo o síndroma do “empate”. Desses destaco dois:
- O de NES no Dragão contra o Setúbal - com o contributo inestimável do Sr. Manuel Oliveira - onde o que seria uma estocada profunda nas aspirações encarnadas, com a ultrapassagem na classificação em jornada pré-clássico, acabou transformado num golpe mortal na nossa moral e motivação.
- O de Sérgio Conceição contra slb - com o contributo inestimável do Sr. Jorge Sousa - injusto pelo que se passou em campo, e que seria a cereja no topo do bolo para uma primeira volta (quase) perfeita.
Debruçando-me nas vitórias durante 2017, com NES, pouco há a referir para além do tímido 2-1 ao Sporting, e um anormal 7-0 ao Nacional. Já na atual temporada, apesar de na balança dos pesos pesados apenas podermos incluir as vitórias expressivas ao fragilizado Mónaco, no geral, as exibições e números têm sido deveras convincentes, colocando-nos as expectativas de conquistas nos píncaros.
Em período de vitórias tudo parece cor de rosa, e qual mancebo apaixonado, as virtudes valem muito mais do que os defeitos. Entre elas, a dinâmica ofensiva e de vitória que o treinador incutiu na equipa, ao que não é de somenos destacar a recuperação incrível de jogadores dados como perdidos, sendo expoentes máximos os nomes de Aboubakar e Marega, aos quais adicionaria surpresas tão díspares como Diego Reyes, Herrera e até mesmo o jogador fabuloso em que se tornou Brahimi. Contudo, também existe o reverso da medalha. Óliver, um dos melhores jogadores do plantel, passou mais de metade da primeira volta entre a bancada e o banco, vendo à sua frente um jogador que não lhe chega a meio do calcanhar, como é o caso de André André. Corona transformou-se num jogador banal de equipa do meio da tabela e Hernâni encarnou o espírito do Marega de 2016. Casillas, que sempre revelou um empenho e profissionalismo inatacáveis, foi afastado injustamente da titularidade com uma explicação no mínimo "manhosa", vendo a titular um miúdo que, apesar de não comprometer, também não acrescenta nenhuma mais valia ao que o próprio seria capaz de fazer.
Para finalizar, para além da esperança e orgulho que, até ao momento, nos trouxeram as exibições em campo do nosso Porto, nunca é demais elogiar e destacar o excelente trabalho feito na retaguarda pelo Francisco J. Marques que, sem chutar à baliza, conseguiu de uma vez por todas fazer engolir aos benfiquistas, a hipócrita supremacia moral que tanto se orgulhavam.
Uma última palavra para a equipa de Hóquei do FC Porto, pela brilhante época de superação e crença, que tão saborosas conquistas nos proporcionaram.
Entre dias de azar ou sorte, a bipolaridade de um árbitro como o Sr. Artur Soares Dias, tanto nos consegue dar dois penaltys como não ver outros dois.
Entre as brumas da Choupana, ou o verdejante tapete do Dragão, a coragem de um árbitro como o Sr. Jorge Sousa, tanto pode fraquejar ou favorecer perante o azul e branco vestido.
Mas quando numa partida de 90 e tal minutos, todos os erros, e por todos refiro-me a muitos mesmo, são sempre para um só lado, a minha opinião do Sr. Fábio Veríssimo está bem expressa no cartaz acima.
Bruno Paixão que se cuide. Com exibições como a do Feirense - FCP, o puto prodígio é bem capaz de o suplantar.
Cumprimentos Portistas.
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