11 março, 2018

MAU DEMAIS!


PAÇOS FERREIRA-FC PORTO, 1-0

Aí está a primeira derrota da época do FC Porto nas competições internas. Algum dia teria que acontecer e aconteceu esta noite. Mas não deixa de ser mau demais ter acontecido na fase da época em que nos encontramos presentemente.


Em momentos de grandes decisões, o Dragão sabe que tem pela frente obstáculos complicados. Vencendo esta noite dava um importante passo rumo ao título. Não aconteceu e o Dragão, apesar de se manter na liderança, permitiu que agora o seu rival directo dependa também apenas de si próprio para chegar ao título. A vantagem confortável esfumou-se e a partir daqui os portistas terão que fazer pela vida. Olhar para os 8 jogos que faltam e vencê-los.

A Mata Real começa a ser bastante agreste para o Dragão. Nas últimas épocas, o FC Porto tem encontrado sérias dificuldades para sair de lá com sucesso. Pelo contrário, tem averbado algumas derrotas e pelo terceiro ano consecutivo, o FC Porto não consegue vencer para a Liga NOS.

Não vou falar do jogo em si porque esse, parafraseando o nosso treinador, não existiu. E não existiu mesmo. O jogo propriamente dito resumiu-se a um golo da equipa da casa pouco depois da meia hora da etapa inicial e a uma grande penalidade desperdiçada por Brahimi aos 67 minutos que estava prevista ser convertida por Sérgio Oliveira. Mas este acusou a pressão e passou a responsabilidade ao argelino.


De resto, na primeira parte surgiu um FC Porto muito pobre e na etapa complementar apareceu um Paços de Ferreira a praticar um anti-jogo vergonhoso com a complacência e o contributo do paixão de serviço, o homem que ficará para sempre ligado a um dos maiores escândalos do futebol em jogos realizados em solo nacional. O futebol português saiu lesado. O Dragão, apesar de fazer um jogo sofrível, criou algumas oportunidades.

Mas os dragões têm de fazer mea culpa perante o que lhe aconteceu. Estando avisados e bem conscientes para as situações de anti-jogo e para as arbitragens demasiado habilidosas, os azuis-e-brancos sabem que têm que entrar com grande determinação, muita intensidade e agressividade em níveis elevados para derrubar os adversários. Caso contrário, só por sorte ou por golpe de génio é que os Dragões poderão vencer as suas partidas.

Sérgio Conceição não me parece que tenha feito as melhores opções para este jogo, perante o campo pesado e perante as ausências já conhecidas. Mas isso é apenas a minha opinião e fico-me por aqui neste capítulo.


Quero, no entanto, manifestar aqui o meu repúdio em relação às posturas inconcebíveis de Mário Felgueiras e de Assis (ambos jogadores da equipa da casa) que, sobretudo na etapa complementar, simularam constantemente lesões para quebrar o ritmo de jogo e promover as perdas de tempo. Quero também registar o comportamento por parte do treinador da casa que foi um nojo, dando indicações aos seus jogadores para fazer tudo, menos jogar à bola.

E, para terminar, não quero deixar de me referir ao habitual folclore e espectáculo deprimente do árbitro Bruno Ladrão, perdão, Paixão que jogo após jogo, semana após semana, época após época ainda consegue, ao fim de tantos anos, surpreender-nos com as suas actuações miseráveis e degradantes. Compactuou com o anti-jogo escandaloso do Paços de Ferreira, não compensou devidamente o tempo perdido pela equipa da casa e a cada queda dos jogadores que vestem de amarelo assinalava sempre falta contra o FC Porto.

Marcou uma grande penalidade a favor dos Dragões? Marcou, sim senhor! Ter-lhe-á passado, provavelmente, pela cabeça o jogo de Campomaior há 18 anos atrás quando escamoteou quatro grandes penalidades a favor dos portistas. E com peso na consciência, se é que ainda a tem, lá marcou e bem a respectiva e clara grande penalidade sobre Felipe.


Hoje, repito, foi mau demais! Foi o jogo, foi o péssimo relvado, foi a equipa do Paços de Ferreira, foi o árbitro e foi, inevitavelmente, a equipa do FC Porto. Espero que este jogo sirva para definitivamente abrir os olhos a toda a equipa, de modo a encarar as 8 finais que faltam com espírito de conquista e de vitória.

O FC Porto regressa à competição no próximo Sábado frente ao Boavista no Estádio do Dragão. A partir de agora os Dragões terão mais tempo para preparar melhor os jogos, uma vez que os jogos a meio da semana praticamente terminaram. A excepção será dia 18 de Abril a contar para a 2ª mão das meias-finais da Taça de Portugal.

Vamos lá vestir o fato-macaco e arrecadar aquilo que tanto queremos: O TÍTULO!




DECLARAÇÕES

Sérgio Conceição: “Vamos continuar a lutar contra tudo e contra todos”

Antijogo do início ao fim
“Jogar aqui, com estas condições, é difícil. Podíamos e devíamos ter feito mais, é verdade, mas depois do golo não houve mais jogo. Estou desiludido. Houve demasiado antijogo e o árbitro permitiu paragens constantes. Não sei se isto era estratégia, ou não, do nosso adversário, mas não me lembro de estar presente num jogo assim. Não gosto de perder, mas foi incrível, com jogadores constantemente no chão. Gostava de saber qual foi o tempo útil de jogo, mas acredito que não tenha sido mais do que 20/25 minutos.”

Tudo pelo pontinho
“O tempo de compensação foi curto, sem dúvida nenhuma. Não se jogou praticamente. Falhámos um penálti e outras ocasiões que normalmente não falhamos, é verdade, mas vale tudo para conseguir um pontinho. Hoje, o Paços de Ferreira até conseguiu três. Foi uma vergonha e nós fizemos parte dessa vergonha. Como treinador, assumo a minha culpa. Agora vamos analisar o que correu mal e trabalhar durante a semana para vencermos o próximo jogo.”


Faltou (a) dinâmica num espetáculo horrível
“O meu desagrado é geral. Toda a dinâmica da equipa não foi a habitual, primeiro pelas condições climatéricas, e depois devido a alguma apatia no início do jogo. Além disso, o tempo útil de jogo foi muito pouco, o que é algo que prejudica uma equipa como a nossa, que joga sempre com muita intensidade e num ritmo alto. Assim fica difícil. Foi um espetáculo horrível.”

Até ao fim na luta pelo título
“A resposta é ganhar o próximo jogo e fazer o resto do Campeonato de acordo com o que fizemos até hoje. Só dependemos de nós. Ainda podemos empatar um jogo e ganhar os outros sete. Vamos continuar a lutar contra tudo e contra todos e no fim fazemos as contas. Vamos chegar ao fim e com certeza vamos conseguir aquilo que toda a gente quer.”

Bruno Paixão
“Há os artistas da arbitragem e sinceramente não entendo a paciência que ele teve em deixar andar um jogo que era constantemente parado. E depois mostrar dois cartões amarelos nos descontos. Para isso, mais vale não mostrar.”



RESUMO DO JOGO

1 comentário:

  1. Isto foi um pequeno precalce para nos lembrar a todos que nada está ganho, que temos mesmo de lutar contra tudo e contra todos , contra a tolerância dos árbitros ao anti-jogo dos nossos adversários, contra a tolerância as faltas cometidas contra o FCP, contra os cartilheiros avencados. Contra uma com social vendida ao clube do regime. Mas sobre tudo contra a ansiedade no momento da verdade.

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