28 outubro, 2018

VITÓRIA E LIDERANÇA.


FC PORTO-FEIRENSE, 2-0

Depois da liderança conquistada na fase de grupos da Champions League, o FC Porto recuperou a liderança da Liga NOS. Aproveitando da melhor forma o empate do Sp. Braga em Guimarães e a derrota do Benfica no Jamor, os Dragões receberam e venceram o Feirense no Estádio do Dragão.

Na ressaca da vitória em Moscovo, os azuis-e-brancos apresentaram-se com uma formação bastante ofensiva. Herrera ficou no banco e Soares fez parelha com Marega. De resto, os mesmos jogadores que iniciaram o jogo na Rússia.


O jogo foi complicado como era esperado. Sérgio Conceição preparou a equipa para o assalto inicial à baliza feirense. Nos primeiros minutos, o árbitro anulou um lance que deixa muitas dúvidas.

Marega interceptou uma bola na área dos forasteiros, endossou a Corona e o mexicano devolveu ao maliano que só teve que encostar para a baliza. O árbitro, entretanto, tinha interrompido o lance mas, sinceramente, não vi nenhuma falta sobre o jogador do Feirense. Vejo esse jogador chutar no chão e perder a bola.

Aos 8 minutos, começou a funcionar o VAR. Pontapé de canto com bola aliviada para a zona central do meio-campo de Santa Maria da Feira. De costas, Óliver colocou na área e Danilo atirou para a baliza. Estava aberto o marcador. No entanto, o VAR entrou em acção e anulou e bem o golo aos portistas.

O FC Porto jogava bem e rápido com boas combinações entre os seus jogadores. Óliver, em grande forma, voltou a ser o melhor jogador em campo, com a bola controlada, teve rasgos de brilhantismo, fazendo jogar a equipa.


Aos 22 minutos, os Dragões inauguraram o marcador. Livre estudado à entrada da área com Corona a tocar para Alex Telles. O brasileiro deixou para Óliver que lançou Corona na direita. O mexicano cruzou e Felipe, com uma entrada fulgurante, bateu o Guarda-redes contrário.

O golo foi anulado prontamente pelo árbitro auxiliar. O VAR, no entanto, alertou o árbitro Rui Oliveira para analisar o lance. Longos três minutos passaram até ser tomada uma decisão. A posição de Felipe deixa muitas dúvidas porque o pé do jogador do Feirense parece estar a colocar o jogador portista em jogo.

No meu ponto de vista trata-se de uma decisão controversa. É certo que o bom senso diz que na dúvida não deve ser sancionado o infractor mas por outro lado, o VAR só deve intervir em situações claras. Ora, neste lance a situação não é clara. Não consigo afirmar se é fora-de-jogo ou não. É uma questão de interpretação e de análise.


O golo valeu mas o jogo continuou a ser muito disputado. Corona perdeu uma bola junto à sua área uns minutos depois e Edinho rematou fortíssimo para defesa aparatosa de Iker Casillas. Brahimi respondeu aos 41 minutos com um remate, na pequena área, com a bola a bater estrondosamente na trave e dois minutos depois, Marega, isolado pela meia direita, rematou forte mas a bola bateu na perna do Guarda-redes Caio e saiu pela linha final.

Ao intervalo a vantagem portista aceitava-se bem. Na etapa complementar, o treinador do Feirense mandou subir a equipa no relvado. O FC Porto teve sérias dificuldades para fazer o seu jogo.

Apesar de não ter criado grandes situações de golo, a equipa da Feira teve um penalty negado pelo árbitro, num lance em que Alex Telles, de forma involuntária, tocou com o joelho na perna do adversário, provocando a sua queda. Depois, Sturgeon viu o árbitro anular-lhe um golo. Decisão acertada do juiz da partida.

Sérgio Conceição decidiu mexer na equipa. Herrera entrou para o lugar de Corona. O FC Porto voltou a equilibrar a equipa e passou a controlar o jogo. Faltavam cerca de 25 minutos para o fim do jogo. O Dragão procurava o segundo golo, mas o Feirense espreitava o empate.


No entanto, o golo da tranquilidade tardava em aparecer. Soares desperdiçou uma clara oportunidade, após excelente combinação com Brahimi. A dez minutos do fim, novamente Soares desmarcou Marega, na entrada da área e o maliano rematou para defesa incompleta de Caio. Na recarga, Marega com ângulo apertado, colocou a bola na baliza com o contributo de um defesa contrário.

Estava encontrado o vencedor do jogo. Até ao fim do jogo, registo para mais três situações de golo. Herrera e Adrián perderam o 3-0 e João Silva também viu Iker Casillas defender uma bola por duas vezes no mesmo lance, fazendo uma mancha perfeita e impedindo o golo forasteiro.

No fim do jogo, a plateia azul-e-branca estava satisfeita com o que se tinha passado no relvado. Mais de 46 mil espectadores puderam assistir ao jogo que colocou o FC Porto na liderança da Liga NOS ex-aequo com o Braga.

Os Dragões regressam à competição já na Quarta-feira, com a recepção ao Varzim a contar para a Taça da Liga. A Liga NOS regressa no Sábado com uma deslocação ao sempre difícil Estádio dos Barreiros, no Funchal.




DECLARAÇÕES

Sérgio Conceição: "Há muito campeonato pela frente"

Análise ao jogo
“Jogámos perante um adversário que se organiza muito bem defensivamente, em que toda a gente trabalha muito e bem, o que vem dar ainda mais valor à nossa vitória. Tivemos um golo que na minha opinião é limpo - às vezes, é melhor os árbitros deixarem a jogada andar até ao fim. Fizemos um golo, houve uma reação normal do Feirense, e tivemos mais oportunidades para dilatar a vantagem. Fomos para o intervalo com vantagem mínima e entrámos na segunda parte sempre à procura do golo que nos desse mais tranquilidade, e embora o tenhamos conseguido mais tarde do que queríamos, é de realçar o trabalho dos jogadores e a forma como interpretaram a estratégia para o jogo.”

Os lances de bola parada
“São situações que trabalhamos, os esquemas táticos são decisivos no jogo e nós trabalhamos muito essas situações.”


De volta ao primeiro lugar
“Voltamos ao lugar que normalmente estamos habituados e queremos continuar lá. Mas para já não significa nada, porque há muito campeonato pela frente, estamos na corrida, sempre estivemos, somos uma equipa competente, um balneário fantástico e vamos continuar dessa forma.”

Uma vitória para o Mar Azul
“É muito importante para a equipa sentir e estar com os seus adeptos. Dedicamos esta vitória a estas pessoas que puxam por nós. Estes jogos são complicados, fora ou em casa, porque as equipas estão cada vez mais competitivas, mas estamos preparados para aquilo que aí vem.”



RESUMO DO JOGO

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