FC LOKOMOTIV-FC PORTO, 1-3
O FC Porto deslocou-se à Rússia para defrontar o Lokomotiv e saiu de lá pela quinta vez com a vitória e com a liderança do Grupo D debaixo do braço. No outro jogo do mesmo grupo, Schalke 04 e Galatasaray anularam-se em Istambul.
O título desta crónica nada tem que ver com o jogo que os Dragões praticaram em Moscovo. Os azuis-e-brancos fizeram um jogo bem abaixo do que seria esperado e foram bafejados pela sorte desde o seu início. Como se pode perceber, o título tem a ver com o nome do adversário.
O jogo começou com ambas as equipas a tentarem o “assalto” às respectivas balizas. O Lokomotiv começou por provocar alguma mossa na estrutura defensiva dos portistas. Aproveitando os muitos espaços concedidos pelo FC Porto, a equipa moscovita cedo criou embaraços para a baliza de Casillas.
Aos 10 minutos, Alex Telles derrubou Miranchuk na área. No pontapé de penalty, Manuel Fernandes não conseguiu bater Iker Casillas, que correspondeu com uma defesa a preceito. Aos 20 minutos, Alex Telles iria estar de novo em destaque, mas desta vez pela positiva. Num lance de ataque russo, a defensiva do FC Porto permitiu a investida à sua baliza com muita facilidade e Telles salvou por duas vezes o golo em cima da linha.
Depois destes minutos passados, o FC Porto chegou ao golo. Num pontapé de canto cobrado na esquerda por Alex Telles, Felipe foi agarrado por Éder na grande área russa. Pontapé de penalty prontamente assinalado pelo árbitro da partida. Na cobrança, Marega rematou colocado ao canto da baliza defendida por Guilherme.
Dez minutos depois, Corona, numa jogada individual, colocou a bola na pequena área e Herrera cabeceou para o 0-2. Depois de 20 minutos em que o Lokomotiv teve a supremacia do jogo e as melhores oportunidades para se colocar em vantagem, foi o FC Porto que fez dois golos sem ter justificado tal vantagem. Mas o futebol é mesmo assim. Noutras alturas calhou aos Dragões terem provado o sabor da ironia do destino.
Mas três minutos depois do segundo golo portista, os irmãos Miranchuk tratariam de reduzir o marcador para 1-2, aproveitando uma infantilidade de Éder Militão que ficou muito mal na fotografia. Casillas nada poderia fazer para evitar o golo.
Sérgio Conceição apostou num claro 4x3x3, promovendo a mais que merecida titularidade de Óliver e colocando Corona na direita, no apoio a Marega. Foram duas boas apostas do treinador portista. O primeiro criou os desequilíbrios necessários na frente de ataque e o segundo esteve em bom plano com uma assistência para o golo e com um golo no início da etapa complementar.
Aos 49 minutos, numa transição rápida, Brahimi tirou um coelho da cartola, lançou Corona em profundidade e o mexicano, já dentro da grande área, rematou fortíssimo sem hipóteses de reacção de Guilherme. O FC Porto começava muito bem esta etapa, mas depois a postura e atitude dos jogadores do FC Porto deixou a desejar.
O Lokomotiv ainda voltou a criar lances de perigo perante uma defesa de manteiga e algo atarantada no campo. Contra uma equipa de outros valores, este FC Porto não teria vencido este jogo. Com muitas perdas de bola em zonas perigosas e a jogar com pouca agressividade, valeu o desacerto russo e um golo anulado pelo árbitro a Éder que me parece mal invalidado.
O FC Porto beneficiou ainda de uma expulsão de um jogador russo, criou oportunidades para fazer mais ou outro golo, mas na Champions League não se pode jogar tão exposto como o FC Porto fez. E no lado direito da defesa, Mr. Conceição, a idade já pesa demasiado para jogos destas andanças.
O FC Porto irá receber o Lokomotiv, no Estádio do Dragão, dentro de quinze dias. Em caso de vitória, os Dragões estarão com um pé e meio nos oitavos-de-final. Mas também poderá retirar dividendos do jogo da Alemanha, entre Schalke 04 e Galatasaray. Antes disso, os azuis-e-brancos recebem já, neste Domingo, o Feirense em jogo a contar para a 8ª Jornada da Liga NOS.
Destaque ainda para a entrada de 2,7 milhões de euros nos cofres portistas que bem precisam para pagar dívidas. O regresso de Óliver, a mostrar que é mais uma aposta muito válida para este FC Porto, e a exibição portentosa de Corona sobressaem numa equipa com exibições individuais, francamente, fracas.
DECLARAÇÕES
Sérgio Conceição: "Foi positivo, fomos melhores"
Sem margem para dúvidas
“Foi um jogo em que fomos superiores, não há menor dúvida quanto a isso. Não gostei tanto de um ou outro erro defensivo, de um ou outro erro individual. Tentámos controlar o jogo, mas de cada vez que o adversário recuperava a bola e partia para o ataque criava perigo. O golo do Lokomotiv? São falhas que podem acontecer, o erro faz parte do jogo. No geral, a equipa soube aproveitar as fragilidades do adversário e está de parabéns.”
Balanço positivo
“Estamos contentes, mas podíamos e devíamos em certos momentos ter feito mais. Há situações que temos de evitar, nomeadamente não deixar constantemente os nossos laterais expostos. De qualquer forma, no geral foi positivo, fomos melhores, fomos mais fortes, por isso parabéns aos jogadores.”
A aposta em Óliver
“Neste jogo era importante que jogasse, por isso jogou. Ele tem caraterísticas como a qualidade de posse e de circulação de bola. Era um jogo em que tínhamos de aproveitar algum espaço nas costas da defesa do Lokomitiv, com o Marega, com o Corona, por isso era importante ter um jogador com as caraterísticas do Óliver.”
Lançados para os oitavos de final?
“Estamos lançados agora para o avião para voltar e jogar contra o Feirense, que vai ser um jogo difícil, frente a uma equipa que joga bem e tem boa organização defensiva. Quando aparecer novamente o Lokomotiv falaremos da Liga dos Campeões, até porque o Galatasaray e o Schalke04 empataram, o que reforça a importância desta vitória.”
RESUMO DO JOGO
concordo, ganhamos e o mais importante mas....., tivemos a sorte do jogo, aos 30 minutos poderiamos estar a perder por 2 ou 3, anormalmente corona safou nos, o arbitro empurrou, casillas mais uma vez ajudou. Com este porto de SC nunca se sabe o que pode acontecer, estamos a frete mas o lokomotiv pode fazer 9 pontos e nos irmos de vela. A incapacidade de baixar o ritmo, de mudar de estilo de jogo torna nos numa equipa que se desiquilibra a qualquer momento. Maxi tem de sair porque esta adar cabo de toda a defesa, filipe alem de cortar as jogadas do adversario tem de defender o espaço de Maxi, Teles esta demasiado desamparado, aquela coisa de pressao alta e boa para determinadas ocasioes mas nenhuma equipa aguenta fisicamente os 90 minutos assim. SC tem de começar a rodar os jogadores e a apostar em jogadores formados no clube, andre pereira e o nosso melhor avançado mas de longe. PEÇO DESCULPA POR SER CHATO COM AS CRITICAS A SC MAS NAO CONFIO NA SUA MANEIRA DE GERIR A EQUIPA E NA SUA CONCEÇAO SOBRE O FUTEBOL DENTRO DE CAMPO, CONTINUO A DIZER QUE ME PARECE UM TREINADOR DE CHICOTADA , PARA UMA EPOCA. Ganhamos mas fomos desgarrados e desordenados, nao foi so falta de concentraçao.
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