18 outubro, 2018

TIRO AOS PATOS.


Num fim de semana em que o interesse noticioso se centrou, com o já habitual histerismo, na tempestade Leslie, outros pequenos mini-furacões aconteceram para os lados do Dragão, com consequências incertas no futuro.

O menor, será a derrota com o slb. Num jogo em que ambas as equipas jogaram (?) mais para não perder, do que para se superiorizar ao adversário, acabaram por ser mais felizes os da casa no, porventura, único lance de golo legal que tiveram na partida inteira. Perder um jogo com o maior rival, em casa dele, de quatro em quatro anos, não é nenhuma calamidade. Mais anormal foi a reação eufórica daquela tribo, presenteando-nos com banda sonora especial por nos terem conseguido ganhar com o credo na mão. É um pequeno consolo quando vemos os mais maiores do mundo, universo e arredores, a equipararem-se a um qualquer Tondela ou Arouca por nos conseguirem vencer.

Bem mais grave do que o percalço competitivo, foram os resultados económicos entretanto divulgados. Num período em que estamos sob escrutínio da UEFA, o que motivou austeridade no investimento, e vendas sonantes é, no mínimo, incompreensível que o passivo tenha atingido os valores pornográficos a que chegou. Como? Porquê?

Pior, em vez de um mea culpa, o que verificamos mais uma vez, a exemplo do que já aconteceu com Lopetegui, foi a procura fácil de bodes expiatórios, entre os alvos mais visados pelos adeptos, com a Herrera a servir desta vez para cordeiro a ser imolado.

Herrera está longe de ser um dos meus jogadores preferidos no plantel. Provavelmente, estará longe de ser um dos jogadores preferidos de todos os adeptos portistas, novos e velhos. Contudo, é conveniente não esquecer, que apesar do mexicano falhar demasiados passes fáceis, e ter uma atração especial pelo erro, não é ele que contrata jogadores de qualidade duvidosa para o clube, não é ele o responsável pela sumptuosa distribuição de comissões obscuras, não é ele que recusa propostas de dezenas de milhões para depois deixarem sair jogadores a custo zero, não é ele que gere as renovações dos jogadores, nem sequer é ele que estipula cláusulas ou percentagens de aquisição.

O mexicano pode ser culpado de muitas coisas em campo, mas algo que deve ser dito em sua defesa, é que enquanto muitos quiseram sair do clube ao fim de 1 ou 2 anos de contrato, ele sempre quis ficar. Aspirar a dar um passo maior no auge (?) da carreira, é algo que todos os jogadores - sem excepção - pretendem. Aproveitarem-se disto para sacudir culpas próprias, e desviar injustamente o foco para um jogador contestado, mas leal, é um golpe baixo.

Nem Herrera, nem nós portistas, merecíamos isto. 

Merecemos uma direcção competente, preocupada com os interesses do FC Porto, e não com o bolso próprio. 

Por todo o seu passado, Pinto da Costa não merecerá o insulto de qualquer tentativa de rebelião, motim ou revolução. Contudo, é importante preparar-se um futuro do FC Porto democrático, e não uma transição semi-monárquica. Pois para as caras do presente, já não há qualquer futuro no clube.

Cumprimentos Portistas

1 comentário:

  1. concordo com a parte de uma transiçao pacifica e inevitavel, o resto e mais do mesmo, porque nao pensar que a saida a custo zero de herrera e um premio para a sua dedicaçao? Vamos ver para onde vai herrera ou arranja um treinador com um futebol de pontape para a frente como SC ou tera dificuldade em qualquer clube que jogue em 4 3 3, Marcano ca ja era o maior apesar das borradas que foi fazendo, e esta acabar no banco e provavelmente acabar numa equipa espanhola de terceiro plano. Brahimi sera o mesmo, se derem 6 M por ele ja nao e mau, vai para italia e faz 4 ou 5 jogos, vou repetir o que escrevi para ai, nesta altura e tirando casillas e militao e porto nao tem nenhum jogador que nao possa ser substituido com vantagem de um momento para o outro, chamem leonardo jardim e perceberao, com SC e dificil porque ele adora hernani e fabiano e so joga com os mesmos nao conseguindo integhrar ninguem. E A VIDA.

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