Os túneis do campeonato nacional tornaram-se em locais pouco recomendáveis. E nas verdadeiras estrelas desta liga. Anos a fio depois da inefável história, contada com a espiritualidade habitual, naquele tom de surdina como se a mesma fosse um segredo de estado, o guarda Abel, essa figura mitológica, quase comparável ao Adamastor, encontra um rival à altura. Que o torna quase numa figura angélica.
Os sinais já vinham, desde o ano passado, a acumular-se. Estava lá, como se o Destino quisesse apregoar que nascia, no mundo sem lei do futebol português, um novo pistoleiro. Mais refinado nos gostos, vestindo caros fatos Armani e sapatos Gucci, ostentando, como os chefes ciganos tribais, grossas pulseiras em ouro e relógios pontilhados por pequenas pedras preciosas, Rui Costa emergiu como um justiceiro quezilento, disposto a devolver a glória de antanho ao clube do seu coração.
E assim, quando as coisas não correm de feição aos encarnados – que é quase sempre – a fraca capacidade do dirigente benfiquista em lidar com a frustração torna-o uma ameaça séria e credível aos adversários.
A comunicação social, sempre branda e bajuladora para tudo que provenha daquele lugarejo junto da 2ª circular, lá ia esboçando um sorriso condescendente, como um pai que acha piada às tropelias do seu petiz. Vendo nisso uma espécie de apoio popular, Rui Costa foi substituindo a sua personalidade recatada por uma mais inflamada aura messiânica, à imagem do líder da colectividade [nem me admirava muito que procurasse, através de uma cirurgia estética, ampliar os seus apêndices auditivos, transformando-se num clone do camionista-e-vendedor-de-pneus-que-se-transformou-numa-espécie-de-presidente-de-clube-de-futebol]. E assim, como se possuísse um daqueles livre-trânsitos populares no jogo do monopólio, que impedem o jogador de vegetar na cadeia enquanto vê os parceiros a jogar, o ex-jogador ganhou uma impunidade que foi extremando as acções.
Coacção daqui, aperto dali, agressão dacolá, numa orgia bélica que ia condicionando as arbitragens. Alguns, ingénuos, ainda procuravam alertar a opinião pública do que se passava. Eram rapidamente abafados pela máquina trituradora da imprensa, lesta a desviar atenções. Ruben Micael terá sido a última vítima conhecida. O crime do madeirense? Apregoar, nas páginas da imprensa desportiva, a vontade de marcar na Luz. Não marcou, mas levou. No toutiço. Enquanto Jesus, trauliteiro, mostrava com o fanfarronismo habitual, os dedos ao técnico adversário [a classe não se compra. É inata], o médio madeirense levava um correctivo dos antigos. Com a Instituição, diriam os valentões, não se brinca. Com este tipo de exemplos, o que se poderia esperar, senão o protagonizado por Di Maria? Alguns ainda procuraram, à boa maneira lusa, deitar água na fervura. “É um jovem, tadito”. O jovem, a quem tecem loas diárias nos jornais, achou-se no direito de invectivar e cuspir no treinador adversário. Azar. Erro crasso. As gentes do Norte são assim. Coração perto da boca, solidárias com os injustiçados. Como disse a um amigo meu, vermelho na devoção, “só se perderam as que não se deram”.
Depois, queixem-se dos assobios. Perante tão confrangedora mostra de qualidades, nos últimos jogos, é acessório e colateral discutir o portismo de quem assobia os vigentes campeões? Sempre tive para mim que, numa altura em que a discussão em torno do tema ganhou algum mediatismo, que quem sofre por este clube, tendo a paixão como norteadora das suas acções, tem legitimidade para manifestar o seu desagrado, quando as coisas, tal como agora, não correm de feição. O mero acto de assobiar é, muitas vezes, instintivo, resultado do acumular de frustrações, perante inenarráveis exibições.
Neste ponto, entra em acção o eterno dilema do optimista/pessimista. Onde alguns verão sinais de retoma, outros sentirão o aproximar do apocalipse. Uns recordarão outros momentos difíceis ultrapassados, nas conquistas passadas, para justificar a sua contínua crença numa melhoria generalizada. Outros, dirão que os sinais já lá estavam, desde o inicio da época.
Inclino-me mais para concordar com os pessimistas, nesta altura. Pese o fatalismo que parece pairar sobre a equipa [derrota em Braga com golo fortuito e derrota na Madeira com um auto golo], é notória a incapacidade da equipa em construir lances de ataque, gizando com os mesmos oportunidades de golo. Não seduz nem encanta, com o seu futebol desgarrado, onde falta um pensador, alguém capaz de manobrar as transições da equipa, gerindo eficazmente os ritmos do jogo. Sem Lucho – uma grande perda, ainda por quantificar – e com Belluschi incapaz de ser algo que a sua natureza rejeita, e sem Lisandro – mas aqui a lacuna foi camuflada com o instinto goleador de Falcao – os azuis e brancos sofrem ainda do estranho desaparecimento de Raul Meireles, médio de exuberante capacidade, acometido de um insólito efeito colateral, após a saída do parceiro argentino. Sem aptidão para abrir espaços nas defesas contrárias ou para fazer transições rápidas, como outrora, aparece abúlico e surpreendentemente desgastado, para fase tão precoce da época.
Existiu, estou certo, um claro erro na constituição do elenco para esta temporada. E agora? Será tempo de deitar a toalha ao chão? Claro que não. A este Porto, pelo menos, ainda sobra um assomo de orgulho. Uma soberba que nasce no momento em que se veste aquela camisola. Mítica. Um orgulho, mesclado com a mística, que pode valer pontos.
Terá capacidade de reacção a resultados adversos? Pergunta difícil. Para aqueles que acham que a forma no futebol é uma mera questão física e/ou anímica, a resposta será sempre monossilábica. Um sim ou um não. Rotundos. Sendo esses vectores importantes e fulcrais no futebol moderno, não são primordiais para o sucesso de um clube. O ponto mais valorizado será, sem dúvida, táctico. É aqui que reside, bastas vezes, o ingrediente que separa uma época de vitórias de uma travessia do deserto, provocada por derrotas. É nesse vector da estratégia que reside a chave do êxito de um clube que luta por ser campeão. Na ocupação/reocupação dos espaços, dentro do campo, pela facilidade de tomada de decisões, pela rapidez nas transições ofensivas, pela capacidade de gerir um jogo, sem sobressaltos, com astúcia. É isso que permite, posteriormente, os elevados índices de confiança, capazes de por si só ultrapassarem obstáculos que parecem irredutíveis.
Posto isto, transcrevo a pergunta, novamente. Terá este Porto capacidade de reacção a resultados adversos? Resposta fácil. Não. E quanto eu adorava estar enganado, em relação a isso…
Os sinais já vinham, desde o ano passado, a acumular-se. Estava lá, como se o Destino quisesse apregoar que nascia, no mundo sem lei do futebol português, um novo pistoleiro. Mais refinado nos gostos, vestindo caros fatos Armani e sapatos Gucci, ostentando, como os chefes ciganos tribais, grossas pulseiras em ouro e relógios pontilhados por pequenas pedras preciosas, Rui Costa emergiu como um justiceiro quezilento, disposto a devolver a glória de antanho ao clube do seu coração.
E assim, quando as coisas não correm de feição aos encarnados – que é quase sempre – a fraca capacidade do dirigente benfiquista em lidar com a frustração torna-o uma ameaça séria e credível aos adversários.
A comunicação social, sempre branda e bajuladora para tudo que provenha daquele lugarejo junto da 2ª circular, lá ia esboçando um sorriso condescendente, como um pai que acha piada às tropelias do seu petiz. Vendo nisso uma espécie de apoio popular, Rui Costa foi substituindo a sua personalidade recatada por uma mais inflamada aura messiânica, à imagem do líder da colectividade [nem me admirava muito que procurasse, através de uma cirurgia estética, ampliar os seus apêndices auditivos, transformando-se num clone do camionista-e-vendedor-de-pneus-que-se-transformou-numa-espécie-de-presidente-de-clube-de-futebol]. E assim, como se possuísse um daqueles livre-trânsitos populares no jogo do monopólio, que impedem o jogador de vegetar na cadeia enquanto vê os parceiros a jogar, o ex-jogador ganhou uma impunidade que foi extremando as acções.
Coacção daqui, aperto dali, agressão dacolá, numa orgia bélica que ia condicionando as arbitragens. Alguns, ingénuos, ainda procuravam alertar a opinião pública do que se passava. Eram rapidamente abafados pela máquina trituradora da imprensa, lesta a desviar atenções. Ruben Micael terá sido a última vítima conhecida. O crime do madeirense? Apregoar, nas páginas da imprensa desportiva, a vontade de marcar na Luz. Não marcou, mas levou. No toutiço. Enquanto Jesus, trauliteiro, mostrava com o fanfarronismo habitual, os dedos ao técnico adversário [a classe não se compra. É inata], o médio madeirense levava um correctivo dos antigos. Com a Instituição, diriam os valentões, não se brinca. Com este tipo de exemplos, o que se poderia esperar, senão o protagonizado por Di Maria? Alguns ainda procuraram, à boa maneira lusa, deitar água na fervura. “É um jovem, tadito”. O jovem, a quem tecem loas diárias nos jornais, achou-se no direito de invectivar e cuspir no treinador adversário. Azar. Erro crasso. As gentes do Norte são assim. Coração perto da boca, solidárias com os injustiçados. Como disse a um amigo meu, vermelho na devoção, “só se perderam as que não se deram”.
- "Para mim não existem marcações individuais. Não acredito nesse tipo de marcação. Prefiro zonas de pressão e limitação de espaços. Se pressionar como pretendo e limitar as zonas de acção dos jogadores adversários, então percorremos meio caminho para conseguir um resultado positivo".
André Vilas Boas dixit.
Depois, queixem-se dos assobios. Perante tão confrangedora mostra de qualidades, nos últimos jogos, é acessório e colateral discutir o portismo de quem assobia os vigentes campeões? Sempre tive para mim que, numa altura em que a discussão em torno do tema ganhou algum mediatismo, que quem sofre por este clube, tendo a paixão como norteadora das suas acções, tem legitimidade para manifestar o seu desagrado, quando as coisas, tal como agora, não correm de feição. O mero acto de assobiar é, muitas vezes, instintivo, resultado do acumular de frustrações, perante inenarráveis exibições.
Neste ponto, entra em acção o eterno dilema do optimista/pessimista. Onde alguns verão sinais de retoma, outros sentirão o aproximar do apocalipse. Uns recordarão outros momentos difíceis ultrapassados, nas conquistas passadas, para justificar a sua contínua crença numa melhoria generalizada. Outros, dirão que os sinais já lá estavam, desde o inicio da época.
Inclino-me mais para concordar com os pessimistas, nesta altura. Pese o fatalismo que parece pairar sobre a equipa [derrota em Braga com golo fortuito e derrota na Madeira com um auto golo], é notória a incapacidade da equipa em construir lances de ataque, gizando com os mesmos oportunidades de golo. Não seduz nem encanta, com o seu futebol desgarrado, onde falta um pensador, alguém capaz de manobrar as transições da equipa, gerindo eficazmente os ritmos do jogo. Sem Lucho – uma grande perda, ainda por quantificar – e com Belluschi incapaz de ser algo que a sua natureza rejeita, e sem Lisandro – mas aqui a lacuna foi camuflada com o instinto goleador de Falcao – os azuis e brancos sofrem ainda do estranho desaparecimento de Raul Meireles, médio de exuberante capacidade, acometido de um insólito efeito colateral, após a saída do parceiro argentino. Sem aptidão para abrir espaços nas defesas contrárias ou para fazer transições rápidas, como outrora, aparece abúlico e surpreendentemente desgastado, para fase tão precoce da época.
Existiu, estou certo, um claro erro na constituição do elenco para esta temporada. E agora? Será tempo de deitar a toalha ao chão? Claro que não. A este Porto, pelo menos, ainda sobra um assomo de orgulho. Uma soberba que nasce no momento em que se veste aquela camisola. Mítica. Um orgulho, mesclado com a mística, que pode valer pontos.
Terá capacidade de reacção a resultados adversos? Pergunta difícil. Para aqueles que acham que a forma no futebol é uma mera questão física e/ou anímica, a resposta será sempre monossilábica. Um sim ou um não. Rotundos. Sendo esses vectores importantes e fulcrais no futebol moderno, não são primordiais para o sucesso de um clube. O ponto mais valorizado será, sem dúvida, táctico. É aqui que reside, bastas vezes, o ingrediente que separa uma época de vitórias de uma travessia do deserto, provocada por derrotas. É nesse vector da estratégia que reside a chave do êxito de um clube que luta por ser campeão. Na ocupação/reocupação dos espaços, dentro do campo, pela facilidade de tomada de decisões, pela rapidez nas transições ofensivas, pela capacidade de gerir um jogo, sem sobressaltos, com astúcia. É isso que permite, posteriormente, os elevados índices de confiança, capazes de por si só ultrapassarem obstáculos que parecem irredutíveis.
Posto isto, transcrevo a pergunta, novamente. Terá este Porto capacidade de reacção a resultados adversos? Resposta fácil. Não. E quanto eu adorava estar enganado, em relação a isso…
Não sei alguém deu conta, mas no "Trio de Ataque", no pouco tempo que vi, o "nosso" representante, Rui Moreira desiludiu-me.
ResponderEliminarTeve a "coragem" de enaltecer e colocar no seu "Top" da semana, precisamente o "terror....dos túneis" Rui Costa.
Muito "oportuno" e muito "político"...
«Posto isto, transcrevo a pergunta, novamente. Terá este Porto capacidade de reacção a resultados adversos? Resposta fácil. Não. E quanto eu adorava estar enganado, em relação a isso…»
ResponderEliminarCaro Paulo, acho o teu post excelente, mas este paragrafo final para mim está a mais. «Coitados daqueles que não forem capazes de reagir...» é o título do meu último post e se todos, dirigentes, técnicos e jogadores, não forem capazes de dar a volta, perceber que até podemos perder, mas não podemos perder como temos perdido, então este F.C.Porto não é o meu F.C.Porto, porque o meu F.C.Porto cerra o dentes, vai à luta, coloca em campo o verdadeiro espírito do Dragão e ganha...mas se não ganha vende muito cara a derrota. Foi, é e TEM de continuar a ser assim...recuso-me a pensar no contrário.
Um abraço
PS- Logo lá estou para ver o Andebol. Tenho um bilhete a mais...quem quiser que espere por mim junto ao Pavilhão.
Grande crónica do PP.
ResponderEliminarA minha resposta qt ao último parágrafo é a mesma do autor da crónica. Não tem reacção. É um Porto acomodado, conformado, mediocre. Tb eu gostava de estar enganado mas em mais de 20 anos de bola nunca vi nada assim.
A não ser que ... cortem o mal pela raiz. Não preciso dizer mais nada.
Os problemas no motor costumam ser solucionados pelo mecânico de serviço mas demora muito tempo a fazer o diagnóstico. E não temos esse tempo, este ano.
ResponderEliminarps-logo apareço no andebol...
Vila Pouca,
ResponderEliminarEu acredito nessa capacidade de superação de que falas. Acredito e agarro-me a ela desesperadamente, como forma de continuar a acreditar. E ela até tem existido. Vê-se na expressão do Bruno Alves, quando anda lá peça frente (como contra o Marítimo), procurando encontrar o caminho do golo. Ou no esforço de Fernando, lutando de forma intensa para empurrar a equipa. Mas falta algo. E, sinceramente, este ano duvido que a concorrência dê as normais baldas, que têm permitido camuflar, em anos anteriores, algumas insuficiências...
E, sinceramente, a saída de Lucho não foi atempadamente colmatada. Tem-se notado isso, quando o naufrágio é persistente e a previsibilidade incomoda.
Teremos, nas próximas 2 jornadas, a possibilidade de discutir isto até ao fim. Assim, saibam eles cerrar os dentes, vencendo os adversários e pressionando quem anda à nossa frente...
PP, quanto ao Vilas Boas acho que ainda lhe falta algum calo, vamos com calma, só agora chegou a treinador principal, e Mourinho só há um, apesar de Vilas Boas ter "bebido" na fonte. E para substituir o Jesualdo aposto mais em Domingos, mas na altura certa, não agora certamente!
ResponderEliminarQuanto à equipa, não digo que estou pessimista, estou céptico, isso sim, pois ainda acredito, mas quero "argumentos" nos próximos jogos. Espero que o regresso de Varela e a aposta em Valeri possam mudar alguma coisa... mas é como diz o outro "... ninguém é Zandinga". Vamos ver no que dá. Uma coisa é certa, não há muito tempo para tiros ao lado. Que se aproveite bem a paragem para afinar a estratégia.
Caro PP, Estou absolutamente de acordo com o teu post e diria que me tiraste as palavras da boca.
ResponderEliminarO Gayvota dos fatos Armani é desculpado por tudo mas esta dos túneis nem eles conseguem esconder sempre para quem gostava de criticar as Antas. É por isto que os portistas (e não só) não suportam a Comunicação Social de Lisboa (e não só porque há alguma aqui no Norte que gosta de prestar vassalagem aos mouros concerteza na esperança de se tornar mais um Vara ou Penedos, etc.)
Quanto ao Porto, também eu me agarro a esse hábito que nós temos de nos tornar mais fortes nas adversidades mas, e tal como tu dizes, tenho dúvidas de que sejam capazes mas adorava estar enganado.
Desde o início do ano que se percebeu que o plantel tinha graves problemas especialmente no meio campo até porque Jesualdo tem uma flagrante incapacidade para encaixar elementos novos que tenham características diferentes dos que cá estavam. Foi assim no ano passado com Hulk e Rodriguez e é este ano com Belluschi que, ao contrário de Lucho, não é um nº 8 mas sim um 10 e que tem de jogar mais próximo dos avançados e com menos desgaste à procura da bola.
Jesualdo tem agora algumas semanas para recuperar a malta e encontrar soluções porque os 3 próximos jogos serão fundamentais para o seu futuro e também para o nosso (do F.C.Porto).
P.S. os assobios são normais mas não gosto de ver os sócios a assobiarem mais do que a aplaudir quando são jogadores (bons ou maus) do Porto.
PORTO SEMPRE!
Estamos todos a precisar de um pouco de calma,desde os adeptos até à equipa.
ResponderEliminarA vontade de nós todos é a de entrar pelo balneário deles dentro,dar um puxão de orelhas a cada um e berrar "andem lá carago!".
Mas não dá...temos que ficar pelas tertúlias na blogosfera,cafés,corredores das escolas e afins.
É esperar para ver.Vão ter duas semanas para pôr as coisas,novamente,no lugar.A última paragem deu cabo de tudo.Se até meados de Outubro a equipa estava a crescer e a ganhar consistência(até os jogadores em baixo de forma estavam a subir de rendimento),no regresso,foi-se tudo sabe-se lá para onde...foi-se a confiança que estava a crescer,foi-se o ritmo,foi-se Belluschi,foi-se Valeri,foi-se Fucile,Rodriguez andou para tráz e os outros perderam o gás.
Sendo assim,acredito que esta paragem possa ser benéfica para a equipa.Desde logo porque vai permitir a muito boa gente recuperar os indíces físicos,e a tantos outros recuperarem das suas malditas lesões, e vai permitir ao prof perceber,de uma vez por todas,o que tem que fazer para pôr o comboio a andar outra vez.
Let's press the reset button
E nós?Bem,cá esperamos melhorias e respostas.Uns pessimistas e descrentes,outros cépticos,outros mais optimistas,mas cá estamos todos.Ninguém arreda pé,ninguém atira a toalha ao chão.Vamos aguardar e ver no que isto dá,vamos ver como vai reagir o Dragão num futuro breve,vamos ver se nos diz "presente!eu não me fui embora carago!" como todos nós queremos.
Em relação à questão do túneis acho que tudo o que havia a dizer já foi dito. Não adianta estarmos a bater no ceguinho, este senhor pode fazer o que quer e assim continuará porque em relação a ele existe um enorme sentido de impunidade.
ResponderEliminarA questão dos assobios já foi abordada por mim mais do que uma vez. Disse e volto a dizer que não concordo com essa demonstração de desagrado ao longo dos 90 minutos, não assobio até porque não o sei fazer, mas convenhamos que com exibições como estas a que temos assistido é difícil conter o descontentamento. Estão lá onze homens dentro do campo a envergar aquela que é para todos nó a mais sagrada das camisolas, mas no entanto apenas se vê dedicação e empenho por parte de dois ou três jogadores, e até acho que estou a exagerar quando aponto este número.
Em relação a Jesualdo, tem apenas que por de parte algumas das suas teimosias e por aquela equipa a treinar. A sensação que dá é que aqueles meninos passam a semana a jogar às cartas. Posto isto é tempo de lutar e muito, porque apesar de a procissão ainda ir no adro, o Benfas tem jogado bom futebol e quando não o fizer, todos nós sabemos que começam a fazer as coisas por outro lado...
Abraço
A SAD do F.C.P. é o melhor patrão deste país. Já teve funcionários bons, assim assim e também maus (felizmente poucos). Mesmo estes ultimos, são protegidos, acarinhados, bem tratados até rumarem a outros destinos. Qualquer patrão português, mesmo os da face oculta, se tivessem um funcionário que não cumprisse minimamente os objectivos, já estaria no olho de rua há muito tempo. A SAD que gere os destinos do clube do nosso coração, assim não o entende. A experiência deles prova que eles é que estão certos, mas nós, que seguimos os passos da equipa todos os dias e vivemos tudo isso mais com paixão do que com razão, constatamos que é um desperdício constante de talentos, só pelas birras duma só cabeça. Esperemos que a SAD no recato dos gabinetes, dê um murro na mesa e seja mais exigente com os funcionários ao seu serviço.
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ResponderEliminardragon soul disse:
ResponderEliminar"Espero que o regresso de Varela e a aposta em Valeri possam mudar alguma coisa..."
Aposta em valeri, qd? a jogar 2 minutos por jogo?
ele n muda...
Lucho: estou em total acordo contigo. Um dos grandes problemas do Prof é que ele usa sempre os mesmos (13 ou 14) e os restantes são só para fazer número nas peladinhas e, às vezes, jogar contra os Sertanenses. Por isso, há muitos jogadores no plantel que nós nunca sequer vimos jogar e portanto não podemos dizer nada sobre a sua valia.
ResponderEliminarAlém disso, há os que estando em má forma ou não prestando mesmo, jogam sempre e têm oportunidades atrás de oportunidades e vão-nas desperdiçando. Outros (normalmente portugueses jovens) têm uma oportunidade na Taça, jogam bem, e como prémio o treinador esquece-os.
Tem sido assim ao longo de 3 anos e acho que ele está cada vez mais próximo do fim da linha. E depois ainda vai dizer como o outro: "fiquei 4 meses a mais".
No entanto, quando um cunhado meu, benfiquista, todo inchado, me questionava sobre o Porto eu respondi-lhe que o campeonato nem a meio está e que mesmo que o Porto perdesse sempre serei do Porto até morrer. E repisei "Não se louva quem bem começa mas quem bem acaba" e eu acredito que ainda vamos chegar ao Penta porque já vi este filme outras vezes e acaba maior parte das vezes com um "final azul".
PORTO SEMPRE!
Quem escolhe as contratações é a SAD. O Jesualdo não risca nada. Zero. É um treinador submisso. Por isso, é tão apreciado. Todas as negociatas são permitidas.
ResponderEliminarO próprio Jesualdo não defende o seu trabalho pois é sabotado e ele não se importa. O patrão quer assim, é assim que vai. Os dois aninhos de contrato já lá cantam. Se o tiverem que mandar embora, vão ter que pagar tostão por tostão. Reforma dourada assim o obriga. A SAD paga e todos ficam contentes e com os bolsos cheios. No fim, isso é o que verdadeiramente importa. O resto, bom, o resto eles deixam para os otários dos adeptos se entreterem. Se ganharem, festejam. Se perderem, que aguentem a frustação, porque eles têm milhares euros para gastar numa qualquer ilha paradisiaca. O problema é dos adeptos, não deles.
Quando será que os adeptos percebem isto? Será preciso fazer um desenho?
Viva !
ResponderEliminarMuitos parabéns pela tua escrita. É bela e fluída.
Não concordo com tudo o que escreves, mas escrita como a tua é mais que necessária na blog esfera Portista.
Não sei se estou a ficar velho ( acho que sim ), mas já vi o Porto em situações muito piores e nunca desanimei.
Estamos qualificados para os oitavos da Liga dos Campeões. Há algum outro clube Português ?
Querem a Lua ?
Quanto a mim, Jesualdo Ferreira, é um monumento ! Não se lembram das angústias : O Porto vai não vai and etc.
Vinte pontos de avanço não deixaram espaço a qualquer discussão.
Estar a pensar já em novos futuros substitutos de treinador, quase no início da época, não me parece acertado. ( aí discordo contigo Paulo Pereira )
E desde já penso e escrevo : Vai ser um quebra cabeças para o Porto essa de arranjar um novo treinador.
Eu continuo a acreditar no treinador do Porto.
Qual foi e é a única equipa Portuguesa que está em todas as frentes ?
Vamos ver o desgate que terá o Salazar Lisboa e Benfica nos jogos da liguinha europeia.
Eu penso que falta um criador no meio campo . Como laterais. Já o escrevi.
Cisso foi convocado para a selecção Francesa. Mas creio bem que o Porto fez bem de o vender.
Boa sorte a Cisso e à França ( Vive la France )
Mas acho que vamos colmatar isso.
Para mim , o jogo teste será contra o Chelsea ! Aí poderemos melhor analisar.
E Viva o Porto !
Um texto repleto de verdades, mas com conclusões nem sempre as mais propensas a esperanças no futuro desta equipe.
ResponderEliminar“Posto isto, transcrevo a pergunta, novamente. Terá este Porto capacidade de reacção a resultados adversos? Resposta fácil. Não. E quanto eu adorava estar enganado, em relação a isso…”
Desculpe mas, escolho antes um talvez e isso por já ter assistido a verdadeiras metamorfoses para melhor de algumas equipes que o Professor liderou.
Reconheço sem esforço que estamos perante uma fase menos conseguida da nossa prestação no campeonato, mas também parece-me que o tom das críticas está mais exacerbado devido ao facto do nosso rival estar este ano mais arrogante, e mais agressivo nas provocações através de todos os órgãos da comunicação social.
Posso estar a ser ingénuo e demasiadamente optimista, mas a realidade tem demonstrado que nem nós estamos de rastros, nem eles estão com essa pujança toda que apregoam nos escaparates.
Acredito que ainda poderemos silenciar novamente o “milhafre” triturador de pastilhas elásticas.
Boa noite.
Concordo com tudo o que foi dito inclusivé a parte do Villas Boas.. Este treinador não engana... Vejam jogos da académica e vêm esta equipa a pressionar alto mesmo com os jogadores que têm..
ResponderEliminarTemos de correr com este treinador rápido..
PP,
ResponderEliminarQuanto ao Rui Bosta, apenas e só, PQoP... tomara que no túnel do Dragão lhe metam a queixada dentro... na hora em que a câmara esteja a «mirar» pró lado.
Quanto ao Vilas Boas, vamos com calma... ainda tem de comer muito papa maizena até provar algo... a ver vamos.
Por fim, o «nosso» FC Porto, erros têm sido mais que apontados, soluções é que por ora parecem demasiado escassas para a problemática, mas «i believe»... sempre e sempre!!
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