08 março, 2012

Para o infinito... e mais além!!!

http://bibo-porto-carago.blogspot.com/

Março, afigura-se mês de correcção, ajustamento às derrapagens futebolísticas de um Dragão torpe e ímpio de processos que por muita reflexão que me mereça, não passa por ser mais que uma cogitação individual, onde os porquês e reais motivações para determinadas exibições, são em mim, duvidas entre interesses próprios/pessoais de uns e a visão colectiva de uns tantos outros.

Não sei se o País parou à hora do Clássico, desconfio que muitos especularam sobre o porquê de as equipas trazerem expresso em forma publicitaria o desfecho da contenda, nas suas vestes habituais.

PT 4G… a liga tuga não prima por ser vertiginosa, nem em competitividade, muito menos em grandes emoções, como tal, o logo publicitário mais não era que um feitiço bruxico que haverá de traduzir a verdade da tabela classificativa para memória futura.

Supus que a tentativa era propalar a ideia de que em Portugal há 4 Grandes, algo que Sá Pinto logo tratou de desmistificar colocando os Leões ao nível das lutas pela despromoção.

Percebi que afinal era visão, perspectiva futura, conceito matemático de pontos infinitos, onde os 3 pontos derivam da vitória e o infinito, é tudo aquilo que o FC Porto nos tem habituado, inumerável em títulos, cuja intuição nos percebe como emblema maior.

Há muito que o futebol em Portugal se inverteu perante pólos de um domínio centralista, cada época molda o género textual e por muito que a propaganda se consuma em volta de audiência sectarista, ou se aumente a largura de banda, a linguagem não-verbal explana sobre o relvado, aquela que é a verdade dos factos… somos lideres!

Anuncia-se futebol veloz e fantástico que ganha asas a cada voo picado, publicidade enganosa diria, tal a velocidade com que os G’s os fazem despenhar-se a cada embate frente ao granítico Dragão, cimentado por infinitas projecções de sucesso, reinventando em faces capazes de doutrinar a expressão “Somos Porto”.

A Norte, as idiossincrasias são profundas, a força das estruturas fazem de cada 11 um colectivo táctico capaz de “comer” o Mundo e qual outdoor ou banner de crença em Azul, aqui o limite tende sempre para o infinito, mesmo que o encarte habitual dos mídias se faça de discriminação e/ou tratamento diferenciado, sejam ou não evidentes as matérias de facto.

Mobilidade criativa é tudo o que a mente pede às dinâmicas de pensamento, respirando para lá de convicções individualistas. E com um terço de Liga pela frente, VP variou graficamente a sua imagem colectiva, persuadindo os interlocutores a aderir à ideia imperativa de ganhar.

Depois de 6ª feira, ficará no imaginário de cada um, a comunhão entre o imperturbável e o impassível, um Dragão capaz de se libertar de fantasmas e se alocar ao mais comum ADN que lhe provem das bases e não das realidades ou imagens metafóricas que muitos tentam vender-nos.

O Relógio tic-tac, às 20h15 em movimento… o presente imobilizava-se perante um futuro que sempre avança inexplorado, mas que ganha dimensão cada vez que o Dragão entra em campo.

Clássicos vão e vem, os nossos jogadores são infinitos! Muitos ganham a eternidade nas nossas memórias quando se esfumam os 90 minutos.

Os Azuis e brancos mesclam fronteiras emocionais com desenhos tácticos que experimentam o adepto em variáveis recursos de paciência e/ou diatribes sonoras.

Lucho é o padrão mor da casa táctica que equilibra o centro nevrálgico deste FC Porto, inquebrantável nas noções posicionais e de cinética rotatividade em transição, “el comandante” é a nova visão geral que premeia a ideologia de posse, envolvendo com a sua cultura de inteligibilidade os processos da fase construtiva, sem desarmar a equipa entre os momentos de pressão alta e os de linhas mais recuadas, para lançar movimentos verticais capazes de ruptura.

Fernando “o polvo” que abraça todo o peso de cobertura, farol táctico de equilíbrio defensivo, respira agora um ar filtrado, que o liberta da rarefacção que era aguentar todo a ofegante fôlego de um colectivo que se achava à beira do divã psiquiátrico, tal a dicotomia entre a personalidade futebolística e autoridade da táctica.

Ganhar o hoje é ter consciência que a transformação vai muito para além da diferença pontual que a tabela reflecte, VP pode pensar bem o jogo, mas falta(va)-lhe ainda a capacidade de transpor para o relvado essa capacidade, concessão maior/menor das suas ainda limitações. Ganhar, à luz da melhor e mais forte ideia de jogo patenteada no curso da época, é ter como limite algo que há muito norteia o meu Portismo…

O que este Clube nos pode dar, é sempre mais que aquilo que um treinador/jogador nos pode tirar.

No DRAGÃO, o presente são 3 pontos, o futuro é o infinito (∞) e mais além!!!!

5 comentários:

  1. Bibó Porto, carago entre os candidatos a blog desportivo do ano.

    http://cabelodoaimar.blogspot.com/2012/03/blogue-doiro.html

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  2. Silva Pereira08 março, 2012

    Excelente prosa, parabens.
    Tenho uma dúvida é se o VP, pressiondo pelas declarações do JNPC (...jogo determinante...), ao contrário das proferidas por ele e dai essa sua nova atitude 8talvez de desespero) e agora nesta nova posição,e voltará ao de costume um VP temeroso, pusilânime, transmitindo isso para os jogadores.
    Espero que esteja enganado e que tenha aprendido a lição, os jogos são para ganhar, e que comanda a melhor equipa deste país e uma das melhor do mundo.

    Ontem qd vi o jogo Apoel - Lyon vincou ainda mais esse meu sentimento.

    Saudações

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  3. Alguem conhece quem organize viagens lá abaixo a Lisboa para ver o jogo do Porto?

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  4. Ora nem mais Bruno, o nosso limite, não é sequer o infinito... vais para além disso!!!

    Quando tudo parece perdido, quando tudo parece mau e mal, surge o click e voilá, está dada a volta à situação e então, é hora de partir rumo ao mais além do que o tal infinito que não é para nós, local de paragem obrigatória... apenas de paragem!

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  5. @ Nuno Taker,

    quanto ao teu pedido, mais informações, só mesmo via email... blogdoblueboy@gmail.com.

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