31 janeiro, 2014

O nosso melhor jogador

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A nossa maior vitória neste pouco auspicioso início de 2014 não foi conseguida no relvado como é tradição, mas fora dele, nos estúdios de televisão. Há 15 dias, no Porto Canal, ao longo de mais de uma hora de entrevista, houve alguém que mostrou que se mantém em grande forma, bem melhor, aliás, do que aquela que os que vestem a nossa camisola têm apresentado no campo. O Presidente continua a ser, felizmente, o nosso melhor jogador e promete continuar a sê-lo durante mais uns bons tempos, para infelicidade de muita gente reles.

Como lhe é característico, Pinto da Costa não deixou uma pergunta sem resposta e o discurso não teve muito de inovador, por muito que isso tenha custado a fúria a tantos portistas: culpou os árbitros pelo facto de não estarmos na liderança do campeonato, culpou a sorte por não nos termos conseguido o apuramento para os “oitavos” da Champions e reiterou a confiança no treinador. Disse o que devia ter dito e o que se esperava que dissesse em público numa altura como esta: uma parte da verdade. A outra parte, aquela que a equipa e o próprio treinador estão ainda longe de ter um rendimento satisfatório, que se cometeram erros na planificação do plantel, Pinto da Costa também a sabe, mas também sabe que essa é para ser dita dentro das quatro paredes e nunca aos microfones da comunicação social.

Sem nunca precisar - como outros que, por muito que tentem, nunca lhe chegarão aos calcanhares apesar dessa ambição - de um papel para ler o que escreve ou o que escrevem por ele, o Presidente enumerou um por um os lances que nos roubaram dois pontos na visita ao Estoril e os que não deixaram que houvesse outra festa no salão. Cascou nos “paineleiros” que defendem o nosso clube nos debates da TV, sem nunca se enganar nos nomes de cada um, e ainda aproveitou para dar um tiro – não fatal, mas certeiro - a dois potenciais candidatos à sua sucessão na presidência: António Oliveira, antigo treinador e jogador, e Fernando Gomes, o inefável presidente da Federação. Só não percebeu quem não quis.

Com um sentido de humor brilhante, uma sagacidade incrível, uma lucidez espantosa e uma memória que, com o passar dos anos, parece ser cada vez mais prodigiosa, mostrou que o fim, que tantos lhe querem desesperadamente diagnosticar ainda está longe, muito longe. Paulo Pinho, o médico que o Presidente diz que o salvou, já confidenciou aos mais próximos que a saúde, apesar das rasteiras que lhe tem pregado nos últimos tempos, continuará a abençoa-lo por mais uns anos se as asneiras não forem muitas. Assim seja o futuro, sem asneiras, mas com muitas vitórias para festejar.

3 comentários:

  1. Caros,

    Não posso concordar contido. Dentro da estrutura o que existe é uma luta feroz de poder, de tal maneira que se for preciso decapitar a equipa, assim seja. Os problemas de alguns jogadores são dentro da própria estrutura e não tiros para o ar a tentar acertar no Oliveira ou no Gomes. Eu sei que o Gomes não tem interesse nenhum em ser presidente do FCP e Oliveira tem mais interesses em outros negócios que não este.
    A guerra está lá dentro entre o Alexandre e o Antero – duas verdadeiras nulidades (espero que venha cá para fora a verdadeira historia do iturbe).
    Veio o presidente dizer um conjunto de meias verdades, mas existem outras muito mais graves que ele não disse, e não quer dizer.
    Há quanto tempo não compramos um jogador em condições? Este ano cagadas, no ano anterior cagadas… Se os dois que se fala saírem ficamos com: Alex, Danilo e o Cha-Cha-Cha…. O resto é lixo … para onde foram os 43M que renderam os 2 jogadores que saíram em Agosto ? e os outros do ano anterior…

    Enfim….

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  2. Que os nossos inimigos sejam fortes e bravos,para que nós não termos remorsos ao derrota-los !! Viva o Futebol Clube do Porto.

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  3. Essa de perguntar por 43 milhoes e afirmar que todos os anos isso acontece. Está em profundo desacordo com a afirmação de que o Porto só compra cagadas.

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