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1 - DOS JOGADORES ESPANHÓIS...
Por força da contratação de um técnico com reconhecido sucesso enquanto seleccionador nas camadas jovens da roja, não há dia que passe sem que os jornais desportivos portugueses associem vários jovens jogadores espanhóis ao FCPorto.
Nacho, Suso, Ignacio Camacho, Tello, Cuenca, Illarramendi, Ayoze, Alberto Moreno e etc..
Desejo, muito sinceramente, que tudo não passe de um estratagema para vender jornais. Não que os jogadores em causa não tenham valor, porque o terão certamente. Mas antes pelo fenómeno de scottmintização que a chegada de vários jogadores espanhóis poderia consubstanciar para o FCPorto.
Para além de correr o risco de contratar, na feliz expressão de um querido amigo, uma camioneta de Nolitos, já que os melhores jogadores, provavelmente, não estarão dispostos a deixar Barcelona, Liverpool, Real Madrid e etc., a verdade é que a tradição do FCPorto não é a de nacionalizar o seu plantel em função de um novo treinador que chega.
O FCPorto distinguiu-se, durante muitos anos, por fazer florescer, em cada geração, um conjunto de jogadores completamente comprometidos com a filosofia do clube - raça, ambição, entrega e sede de vitória.
Algo que, infelizmente, se vem perdendo nos últimos anos.
Tudo se conjuga – financeira e desportivamente – para o regresso ao olhar para dentro de que André Castro, muito sentidamente, falava AQUI.
No fundo, a pergunta é: qual a diferença entre os 8 milhões pagos por um Iturbe ou por um Suso ou Tello ou os 8 milhões que poderiam ser pagos para adquirir o passe de Rafa, Éder, Antunes ou Bruno Alves?
2 – DA CAMISOLA ROSA...
Sejamos francos: a camisola rosa é um momento infeliz.
Ponto final. Não há como dar a volta ao texto.
Podemos apoiar. Podemos até fazer de conta que gostamos. Podemos discorrer alegremente sobre as vantagens económico-financeiras da parceria com a Warrior e etc..
Mas a verdade é só uma: se SLB ou SCP apresentassem aquela camisola rosa, o que diriam os meus amigos? As provocações lançadas aos rivais seriam de meninas para cima.
Há que aceitar e saber viver com isso, defendendo as cores (o azul e branco, note-se) do clube em qualquer circunstância.
Há, no entanto, um outro pormenor que me parece merecer, esse sim, verdadeira preocupação.
Foi divulgada nas redes sociais, através dos órgãos oficiais do clube, uma imagem publicitária relativa à nova camisola rosa do FCPorto. Nessa imagem, quem ostenta – de forma, aliás, muito orgulhosa – a dita camisola são membros das claques do FCPorto.
Não me entendam mal. Sou daqueles que acredita que as claques desempenham um papel fundamental no futebol moderno e, muito em particular, no FCPorto, organizando os adeptos e oferecendo apoio incondicional à equipa. As claques – e os adeptos em geral – devem, por isso, ser objecto de especial atenção e de um agradecimento sincero por parte do clube.
No entanto, já não me parece correcto misturar as coisas e confundir os planos, institucionalizando – isto é, conferindo natureza institucional (instituição FCPorto) – a determinadas pessoas, por muito importantes e influentes que as mesmas possam ser.
É que um dia destes as coisas podem dar para o torto, as comadres podem zangar-se e depois há que correr atrás das imagens para apagar certas silhuetas das fotografias…
Temos de aprender com os erros.
Caso contrário, a história repetir-se-á sem que dela retiremos qualquer lição.
Fica a reflexão.
Pedro Ferreira de Sousa
Por força da contratação de um técnico com reconhecido sucesso enquanto seleccionador nas camadas jovens da roja, não há dia que passe sem que os jornais desportivos portugueses associem vários jovens jogadores espanhóis ao FCPorto.
Nacho, Suso, Ignacio Camacho, Tello, Cuenca, Illarramendi, Ayoze, Alberto Moreno e etc..
Desejo, muito sinceramente, que tudo não passe de um estratagema para vender jornais. Não que os jogadores em causa não tenham valor, porque o terão certamente. Mas antes pelo fenómeno de scottmintização que a chegada de vários jogadores espanhóis poderia consubstanciar para o FCPorto.
Para além de correr o risco de contratar, na feliz expressão de um querido amigo, uma camioneta de Nolitos, já que os melhores jogadores, provavelmente, não estarão dispostos a deixar Barcelona, Liverpool, Real Madrid e etc., a verdade é que a tradição do FCPorto não é a de nacionalizar o seu plantel em função de um novo treinador que chega.
O FCPorto distinguiu-se, durante muitos anos, por fazer florescer, em cada geração, um conjunto de jogadores completamente comprometidos com a filosofia do clube - raça, ambição, entrega e sede de vitória.
Algo que, infelizmente, se vem perdendo nos últimos anos.
Tudo se conjuga – financeira e desportivamente – para o regresso ao olhar para dentro de que André Castro, muito sentidamente, falava AQUI.
No fundo, a pergunta é: qual a diferença entre os 8 milhões pagos por um Iturbe ou por um Suso ou Tello ou os 8 milhões que poderiam ser pagos para adquirir o passe de Rafa, Éder, Antunes ou Bruno Alves?
2 – DA CAMISOLA ROSA...
Sejamos francos: a camisola rosa é um momento infeliz.
Ponto final. Não há como dar a volta ao texto.
Podemos apoiar. Podemos até fazer de conta que gostamos. Podemos discorrer alegremente sobre as vantagens económico-financeiras da parceria com a Warrior e etc..
Mas a verdade é só uma: se SLB ou SCP apresentassem aquela camisola rosa, o que diriam os meus amigos? As provocações lançadas aos rivais seriam de meninas para cima.
Há que aceitar e saber viver com isso, defendendo as cores (o azul e branco, note-se) do clube em qualquer circunstância.
Há, no entanto, um outro pormenor que me parece merecer, esse sim, verdadeira preocupação.
Foi divulgada nas redes sociais, através dos órgãos oficiais do clube, uma imagem publicitária relativa à nova camisola rosa do FCPorto. Nessa imagem, quem ostenta – de forma, aliás, muito orgulhosa – a dita camisola são membros das claques do FCPorto.
Não me entendam mal. Sou daqueles que acredita que as claques desempenham um papel fundamental no futebol moderno e, muito em particular, no FCPorto, organizando os adeptos e oferecendo apoio incondicional à equipa. As claques – e os adeptos em geral – devem, por isso, ser objecto de especial atenção e de um agradecimento sincero por parte do clube.
No entanto, já não me parece correcto misturar as coisas e confundir os planos, institucionalizando – isto é, conferindo natureza institucional (instituição FCPorto) – a determinadas pessoas, por muito importantes e influentes que as mesmas possam ser.
É que um dia destes as coisas podem dar para o torto, as comadres podem zangar-se e depois há que correr atrás das imagens para apagar certas silhuetas das fotografias…
Temos de aprender com os erros.
Caso contrário, a história repetir-se-á sem que dela retiremos qualquer lição.
Fica a reflexão.
Pedro Ferreira de Sousa
Estou em pleno desacordo com quase todo o post, mas vamos por partes.
ResponderEliminar1- Os espanhóis: compreendo a preocupação do Pedro em relação àquilo que apelida de scottmintização, mas parece-me um receio prematuro. Não sabemos se está planeada a vinda de um camião de jogadores de nacionalidade espanhola. Desconfio que esteja.
Posto isto, considero normal que o Lope queira trazer um ou dois elementos que conheça e acho muitíssimo bem que a direcção se esforce por satisfazer esse desejo, ao contrário do que p. ex. aconteceu com Del Neri ou Adriaanse. Depois, essa ideia do "não servem para Barça ou Madrid, logo não servem para nós" parece-me não ter o menor sentido. Já se sabe que os melhores jogadores dos referidos emblemas não virão, o que está a léguas de significar que algum do seu refugo não coubesse perfeitamente aqui. É claro que cabe e temos mil e um exemplos de excelentes futebolistas que não vingaram nos tubarões espanhóis e deixaram a sua marca noutras paragens. Não colhe a ideia de que não prestam e também não colhe que aqueles que são bons não queiram vir para Portugal.
2- Os equipamentos, ou melhor, o equipamento. Continuo sem perceber porque é que é objectivo que a camisola rosa representa um momento infeliz do NGC.
O design está muito bem conseguido. O rosa é uma cor suave e bonita. Não tem nada a ver com o FCP? E o laranja e o amarelo tiveram? Os equipamentos alternativos não existem exactamente para destoarem do principal? A partir daqui, sinceramente, só consigo entender as críticas por puro e total preconceito. As pessoas não estão interessadas em avaliar o lado estético da camisola, estão preocupadas é com convenções (retrógradas, na minha opinião), as suas e as dos outros.
Um verdadeiro atentado ao bom gosto é o segundo equipamento, esse sim é algo de aberrante. Temos uma camisola(a primeira alternativa) feia, mas há pessoas que preferem preocupar-se com o rosa, só porque é isto mesmo: rosa.
Também me preocupa a questão da claque "institucionalizada" via camisolas... e, mais do que isso, como um anónimo deixou na caixa de comentários, preocupa-me que a direção de marketing depois de alguns dias de divulgação na net, tenha percebido que a cor não era muito bem vinda, e tenha tentado colocar uns "moços de barba rija" na propaganda... Ou estamos convencidos e vamos para frente com tudo, ou então não vale a pena; isto de dizer entrelinhas que gostamos do dinheiro não das cores, não está com nada!
ResponderEliminarQuanto aos jogadores: chineses, tunisinos ou alemães, tanto me faz! Desde que não vejam isto com rampa de lançamento, que sejam profissionais e joguem bem, que dignifiquem a camisola para mim é suficiente: não precisamos de beijos no emblema, declarações de amor, que não tenham tradução em futebol jogado... digo eu...