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Por entre o regresso do calor, desmaios presidenciais, chumbos constitucionais, crises partidárias e o omnipresente Mundial de Futebol, estamos cada vez mais focados na praia e nas férias, isto para quem ainda se pode dar a esses “luxos”.
Sem grandes novidades no universo FC Porto, deixo-vos algumas ideias soltas sobre alguns tópicos, de uma forma light, bem ao jeito da época do ano em que nos encontramos.
Mundial 2014
Cada vez mais polémico pelas regalias e exigências de uma FIFA que se constitui cada vez mais como um dos maiores polvos internacionais, a edição Brasileira está ai à porta e não deixa nenhum amante de futebol indiferente. São nestes palcos que nascem os mitos e é fácil de constatar que sem um brilharete nestas competições dificilmente Pelé, Maradona ou Cruijff seriam tão grandes e lendários como são ainda hoje.
Serve isto para dizer que compreendo as naturais ambições dos nossos jogadores para este evento e percebo também que a vontade de representar os seus países nesta competição que apenas se realiza de 4 em 4 anos seja algo que provoque alguma ansiedade durante a temporada. No entanto a forma como alguns profissionais do FC Porto se comportaram durante a temporada roçou o exagero, quer em campo quer fora dele, o que me leva a romper com algo que normalmente fazia, que era torcer por brilharetes dos “nossos”. Sejam felizes ou não, pouco me interessa. E se passarem a maior parte dos minutos no banco não deixarei de soltar um sorriso irónico...
Dragõezinhos aquém do esperado nas fases finais do futebol de formação
Não sou daqueles que olha para as camadas jovens com a ideia de que as vitórias em campeonatos nacionais devem ser o padrão de medida para o sucesso ou insucesso do trabalho realizado. A medida de sucesso para mim deve ser a capacidade do trabalho e dinheiro investidos serem repercutidos no abastecimento regular da equipa sénior, algo que tem estado aquém do pretendido, realidade que nos levaria muitas linhas para discutir os porquês e que não interessa aqui desenvolver…
No entanto, e mesmo sem ser o objetivo nº 1, neste clube nunca se pode deixar de lutar por títulos, algo que este ano não aconteceu apesar dos sinais positivos que trazíamos das fases anteriores.
Uma das possíveis razões poderá estar na turbulência que resultou da saída de Paulo Fonseca e posterior substituição por Luís Castro, acompanhada de outros movimentos de ajustamento internos. Mesmo considerando como inevitável a “promoção” de Castro atendendo ao adiantado da época, será que era recomendável mexer tanto em vez de simplesmente proceder à sua substituição na equipa B com alguém da casa que não estivesse a exercer funções técnicas? Se já pareceu uma opção estranha e potencialmente errada na altura, o percurso irregular nas fases finais tornou quase inevitável esta conclusão…
Hóquei a patinar na hora das decisões
O hóquei em patins, modalidade emblemática do FC Porto, a primeira a conquistar um troféu internacional colectivo e recordista de campeonatos nacionais consecutivos, viveu um ano atípico, no qual à tendência para a irregularidade já patenteada noutros anos se juntou uma desapontante incapacidade de estar à altura nos momentos decisivos.
Depois de uma derrota pesada na final da Taça de Portugal, o momento é propício a uma reflexão, que espero ver feita sem dramas nem tragédias. Todos os ciclos terminam (mesmo os mais vitoriosos) e é tempo de olhar para o futuro com o rigor e exigência a que esta secção nos habituou.
Sentiu-se durante esta temporada que o nosso Hóquei esteve por baixo relativamente às suas parceiras de pavilhão, não apenas nos resultados mas também na própria ambição e atitude competitiva dos seus integrantes, perdidos por entre uma picardia estéril, um cartão azul em má hora ou uma desatenção fatal.
Todos ganham e todos perdem e por isso recuso-me a alinhar em julgamentos sumários. Mas importa perceber porque se perdeu e procurar efectuar os ajustes necessários para não repetir 2013/14.
Os equipamentos e a “eterna” questão dos estatutos do FC Porto
Não vou entrar na discussão sobre a beleza ou falta dela do novo trio de equipamentos. Essa discussão para mim perdeu quase toda a pertinência com o avanço do futebol negócio (em que o merchandising assume um papel importantíssimo e a necessidade de inovar dita regras…) e particularmente com a entrada da Nike em 2000/01 e o respectivo “sortido de listas” com que fomos brindados e que nos transformou em “mais um clube” de riscas verticais…
Gostava simplesmente de utilizar os equipamentos para perguntar algo mais abrangente: para que é que o Futebol Clube do Porto tem estatutos se poucos os conhecem e ninguém os aplica? Se é por estarem desactualizados (o que até será verdade…), porque não se trabalha para criar uma nova versão?
A História, património para o presente e futuro
O Museu demorou a renascer mas felizmente é hoje uma realidade, num espaço bonito e moderno, capaz de orgulhar qualquer Dragão. No entanto a nossa história é demasiado vasta para caber num qualquer espaço físico, dai que ter o privilégio de ouvir pessoas como o Paulo Bizarro seja sempre um prazer para quem se interessa por conhecer mais sobre o passado do Futebol Clube do Porto.
Presente na manhã do III Encontro da Bluegosfera, o autor da verdadeira “bíblia” chamada Os Filhos do Dragão – também com um super canal no youtube chamado de Art of Love – é uma enciclopédia sobre a história e as estórias do FC Porto e faz-me pensar que o Clube pode e deve aproveitar os novos espaços que nasceram com o Museu para promover encontros ou tertúlias, onde pessoas como o Paulo Bizarro e tantos outros se possam juntar e falar sobre diferentes episódios da vida do nosso FC Porto, de preferência em conjunto com antigas Glórias.
Porque conhecer e respeitar a nossa história e as nossas raízes também é “Ser Porto”…
Continuação de boa semana.
Sem grandes novidades no universo FC Porto, deixo-vos algumas ideias soltas sobre alguns tópicos, de uma forma light, bem ao jeito da época do ano em que nos encontramos.
Mundial 2014
Cada vez mais polémico pelas regalias e exigências de uma FIFA que se constitui cada vez mais como um dos maiores polvos internacionais, a edição Brasileira está ai à porta e não deixa nenhum amante de futebol indiferente. São nestes palcos que nascem os mitos e é fácil de constatar que sem um brilharete nestas competições dificilmente Pelé, Maradona ou Cruijff seriam tão grandes e lendários como são ainda hoje.
Serve isto para dizer que compreendo as naturais ambições dos nossos jogadores para este evento e percebo também que a vontade de representar os seus países nesta competição que apenas se realiza de 4 em 4 anos seja algo que provoque alguma ansiedade durante a temporada. No entanto a forma como alguns profissionais do FC Porto se comportaram durante a temporada roçou o exagero, quer em campo quer fora dele, o que me leva a romper com algo que normalmente fazia, que era torcer por brilharetes dos “nossos”. Sejam felizes ou não, pouco me interessa. E se passarem a maior parte dos minutos no banco não deixarei de soltar um sorriso irónico...
Dragõezinhos aquém do esperado nas fases finais do futebol de formação
Não sou daqueles que olha para as camadas jovens com a ideia de que as vitórias em campeonatos nacionais devem ser o padrão de medida para o sucesso ou insucesso do trabalho realizado. A medida de sucesso para mim deve ser a capacidade do trabalho e dinheiro investidos serem repercutidos no abastecimento regular da equipa sénior, algo que tem estado aquém do pretendido, realidade que nos levaria muitas linhas para discutir os porquês e que não interessa aqui desenvolver…
No entanto, e mesmo sem ser o objetivo nº 1, neste clube nunca se pode deixar de lutar por títulos, algo que este ano não aconteceu apesar dos sinais positivos que trazíamos das fases anteriores.
Uma das possíveis razões poderá estar na turbulência que resultou da saída de Paulo Fonseca e posterior substituição por Luís Castro, acompanhada de outros movimentos de ajustamento internos. Mesmo considerando como inevitável a “promoção” de Castro atendendo ao adiantado da época, será que era recomendável mexer tanto em vez de simplesmente proceder à sua substituição na equipa B com alguém da casa que não estivesse a exercer funções técnicas? Se já pareceu uma opção estranha e potencialmente errada na altura, o percurso irregular nas fases finais tornou quase inevitável esta conclusão…
Hóquei a patinar na hora das decisões
O hóquei em patins, modalidade emblemática do FC Porto, a primeira a conquistar um troféu internacional colectivo e recordista de campeonatos nacionais consecutivos, viveu um ano atípico, no qual à tendência para a irregularidade já patenteada noutros anos se juntou uma desapontante incapacidade de estar à altura nos momentos decisivos.
Depois de uma derrota pesada na final da Taça de Portugal, o momento é propício a uma reflexão, que espero ver feita sem dramas nem tragédias. Todos os ciclos terminam (mesmo os mais vitoriosos) e é tempo de olhar para o futuro com o rigor e exigência a que esta secção nos habituou.
Sentiu-se durante esta temporada que o nosso Hóquei esteve por baixo relativamente às suas parceiras de pavilhão, não apenas nos resultados mas também na própria ambição e atitude competitiva dos seus integrantes, perdidos por entre uma picardia estéril, um cartão azul em má hora ou uma desatenção fatal.
Todos ganham e todos perdem e por isso recuso-me a alinhar em julgamentos sumários. Mas importa perceber porque se perdeu e procurar efectuar os ajustes necessários para não repetir 2013/14.
Os equipamentos e a “eterna” questão dos estatutos do FC Porto
Não vou entrar na discussão sobre a beleza ou falta dela do novo trio de equipamentos. Essa discussão para mim perdeu quase toda a pertinência com o avanço do futebol negócio (em que o merchandising assume um papel importantíssimo e a necessidade de inovar dita regras…) e particularmente com a entrada da Nike em 2000/01 e o respectivo “sortido de listas” com que fomos brindados e que nos transformou em “mais um clube” de riscas verticais…
Gostava simplesmente de utilizar os equipamentos para perguntar algo mais abrangente: para que é que o Futebol Clube do Porto tem estatutos se poucos os conhecem e ninguém os aplica? Se é por estarem desactualizados (o que até será verdade…), porque não se trabalha para criar uma nova versão?
A História, património para o presente e futuro
O Museu demorou a renascer mas felizmente é hoje uma realidade, num espaço bonito e moderno, capaz de orgulhar qualquer Dragão. No entanto a nossa história é demasiado vasta para caber num qualquer espaço físico, dai que ter o privilégio de ouvir pessoas como o Paulo Bizarro seja sempre um prazer para quem se interessa por conhecer mais sobre o passado do Futebol Clube do Porto.
Presente na manhã do III Encontro da Bluegosfera, o autor da verdadeira “bíblia” chamada Os Filhos do Dragão – também com um super canal no youtube chamado de Art of Love – é uma enciclopédia sobre a história e as estórias do FC Porto e faz-me pensar que o Clube pode e deve aproveitar os novos espaços que nasceram com o Museu para promover encontros ou tertúlias, onde pessoas como o Paulo Bizarro e tantos outros se possam juntar e falar sobre diferentes episódios da vida do nosso FC Porto, de preferência em conjunto com antigas Glórias.
Porque conhecer e respeitar a nossa história e as nossas raízes também é “Ser Porto”…
Continuação de boa semana.
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