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I – OS ESPANHÓIS
Estou habituado a ver o meu clube vencer com a ajuda e o empenho de jogadores de todo o mundo. Apaixonei-me por Portugueses (Domingos, Maniche e etc.) com a mesma facilidade que me apaixonei por Brasileiros (Doriva, Jardel e etc.), Argentinos (Lucho, Lisandro e etc.), Colombianos (Falcão, Guarín e etc.)...
Brancos, pretos, amarelos, verdes (Hulk)... todos passam a ser azuis a partir do momento em passam a carregar aquela camisola.
Portanto, comigo não cola aquela coisa de "ah, isso de ter só portugueses na equipa é um sonho", ou então uma coisa ainda mais perigosa como "deveríamos limitar o número de estrangeiros na equipa".
Não escondo que me parece que, nos últimos tempos, o FCPorto não tem aproveitado a matéria-prima que produz no Olival. Mas isso não significa que o FCPorto se deva render aos jogadores portugueses só porque sim, independentemente da qualidade intrínseca de cada um. O que parece, repito, é que essa qualidade, ainda que parca, tem existido e tem sido mal aproveitada.
A questão dos Espanhóis não se reconduz, portanto, a nenhum destes chavões mais ou menos preguiçosos. A questão, do meu ponto de vista, é outra e bem mais séria.
O jornal "O Jogo" – normalmente especialmente bem informado no que concerne ao FCPorto – tem vindo a avançar com várias notícias que dão conta de conversações com vários portentos europeus, no sentido do recrutamento de jovens promessas Espanholas.
Até aqui nada a apontar.
O que se passa é que as notícias invariavelmente veiculam valores absolutamente astronómicos (como pagar 15 milhões de euros ou mais por jogadores sub-21?) e, por isso mesmo, inalcançáveis para o FCPorto dos dias de hoje ou avançam com o modelo de negócio "empréstimo por uma época".
E aqui é que a porca começa a torcer o rabo.
É que os tais empréstimos de que se fala não são acompanhados de cláusulas de compra do passe do jogador no final do contrato.
Pode dar-se, então, o extraordinário caso de o FCPorto contratar 1, 2, 3 ou 4 jogadores emprestados, jovens, bem pagos, que não conhecem o Porto, bons profissionais certamente, mas que não sentirão o FCPorto como algo de futuro.
Digamos que este modelo pode correr o sério risco de ser encarado como umas férias prolongadas em Portugal até chegar a próxima pré-época no colosso europeu de origem.
Arrisca-se, portanto, o FCPorto a ter jogadores potencialmente nucleares no onze base com a cabeça (e com "meio contrato") em Barcelona, Liverpool, Madrid e etc.
E, note-se, mais do que normalmente os jogadores já têm, tendo em vista que o FCPorto é, como sabemos, um trampolim de referência para equipas de topo na Europa do futebol.
É isto que me preocupa.
É isto que eu desejo, sinceramente, que não aconteça.
II – OS PORTUGUESES
A Selecção Nacional deixa o Brasil sem glória.
Penso que Paulo Bento deveria colocar o seu lugar à disposição, assumindo, assim, a responsabilidade pelo desaire em terras de Vera Cruz.
Não é que me pareça que possam / devam ser assacadas grandes culpas ao Seleccionador (à excepção da não convocação de Quaresma e Antunes).
Em primeiro lugar, a postura reservada, contida e previsível de Paulo Bento não é novidade para ninguém. Por isso a incapacidade demonstrada de afinar a agulha em função dos condicionalismos encontrados no Brasil - designadamente a nível táctico e de escolha de jogadores - não pode ser surpresa.
Em segundo lugar, convenhamos que a actual Selecção Nacional não é um portento. Também não é Ronaldo mais 10, na medida em que alguns jogadores apresentam um nível acima da média (Nani, Moutinho...). Mas a verdade é que uma selecção com Miguel Veloso, Raul Meireles em clara curva descendente, Hélder Postiga, Hugo Almeida, João Pereira, André Almeida, Vieirinha e Varela é, no mínimo, sofrível. Não abundam soluções.
Em terceiro lugar, o melhor do mundo apresentou-se neste Mundial visivelmente condicionado por uma lesão, em claro esforço e sub-rendimento. Um Ronaldo a 120% (como ele queria estar) teria certamente feito a diferença nos momentos chave.
Tudo isto é verdade, mas também é verdade que os líderes assumem a responsabilidade pelos falhanços e insucessos.
Mais tudo isto são considerações de um mero espectador (a minha selecção não participa em Campeonatos do Mundo).
Pedro Ferreira de Sousa
Estou habituado a ver o meu clube vencer com a ajuda e o empenho de jogadores de todo o mundo. Apaixonei-me por Portugueses (Domingos, Maniche e etc.) com a mesma facilidade que me apaixonei por Brasileiros (Doriva, Jardel e etc.), Argentinos (Lucho, Lisandro e etc.), Colombianos (Falcão, Guarín e etc.)...
Brancos, pretos, amarelos, verdes (Hulk)... todos passam a ser azuis a partir do momento em passam a carregar aquela camisola.
Portanto, comigo não cola aquela coisa de "ah, isso de ter só portugueses na equipa é um sonho", ou então uma coisa ainda mais perigosa como "deveríamos limitar o número de estrangeiros na equipa".
Não escondo que me parece que, nos últimos tempos, o FCPorto não tem aproveitado a matéria-prima que produz no Olival. Mas isso não significa que o FCPorto se deva render aos jogadores portugueses só porque sim, independentemente da qualidade intrínseca de cada um. O que parece, repito, é que essa qualidade, ainda que parca, tem existido e tem sido mal aproveitada.
A questão dos Espanhóis não se reconduz, portanto, a nenhum destes chavões mais ou menos preguiçosos. A questão, do meu ponto de vista, é outra e bem mais séria.
O jornal "O Jogo" – normalmente especialmente bem informado no que concerne ao FCPorto – tem vindo a avançar com várias notícias que dão conta de conversações com vários portentos europeus, no sentido do recrutamento de jovens promessas Espanholas.
Até aqui nada a apontar.
O que se passa é que as notícias invariavelmente veiculam valores absolutamente astronómicos (como pagar 15 milhões de euros ou mais por jogadores sub-21?) e, por isso mesmo, inalcançáveis para o FCPorto dos dias de hoje ou avançam com o modelo de negócio "empréstimo por uma época".
E aqui é que a porca começa a torcer o rabo.
É que os tais empréstimos de que se fala não são acompanhados de cláusulas de compra do passe do jogador no final do contrato.
Pode dar-se, então, o extraordinário caso de o FCPorto contratar 1, 2, 3 ou 4 jogadores emprestados, jovens, bem pagos, que não conhecem o Porto, bons profissionais certamente, mas que não sentirão o FCPorto como algo de futuro.
Digamos que este modelo pode correr o sério risco de ser encarado como umas férias prolongadas em Portugal até chegar a próxima pré-época no colosso europeu de origem.
Arrisca-se, portanto, o FCPorto a ter jogadores potencialmente nucleares no onze base com a cabeça (e com "meio contrato") em Barcelona, Liverpool, Madrid e etc.
E, note-se, mais do que normalmente os jogadores já têm, tendo em vista que o FCPorto é, como sabemos, um trampolim de referência para equipas de topo na Europa do futebol.
É isto que me preocupa.
É isto que eu desejo, sinceramente, que não aconteça.
II – OS PORTUGUESES
A Selecção Nacional deixa o Brasil sem glória.
Penso que Paulo Bento deveria colocar o seu lugar à disposição, assumindo, assim, a responsabilidade pelo desaire em terras de Vera Cruz.
Não é que me pareça que possam / devam ser assacadas grandes culpas ao Seleccionador (à excepção da não convocação de Quaresma e Antunes).
Em primeiro lugar, a postura reservada, contida e previsível de Paulo Bento não é novidade para ninguém. Por isso a incapacidade demonstrada de afinar a agulha em função dos condicionalismos encontrados no Brasil - designadamente a nível táctico e de escolha de jogadores - não pode ser surpresa.
Em segundo lugar, convenhamos que a actual Selecção Nacional não é um portento. Também não é Ronaldo mais 10, na medida em que alguns jogadores apresentam um nível acima da média (Nani, Moutinho...). Mas a verdade é que uma selecção com Miguel Veloso, Raul Meireles em clara curva descendente, Hélder Postiga, Hugo Almeida, João Pereira, André Almeida, Vieirinha e Varela é, no mínimo, sofrível. Não abundam soluções.
Em terceiro lugar, o melhor do mundo apresentou-se neste Mundial visivelmente condicionado por uma lesão, em claro esforço e sub-rendimento. Um Ronaldo a 120% (como ele queria estar) teria certamente feito a diferença nos momentos chave.
Tudo isto é verdade, mas também é verdade que os líderes assumem a responsabilidade pelos falhanços e insucessos.
Mais tudo isto são considerações de um mero espectador (a minha selecção não participa em Campeonatos do Mundo).
Pedro Ferreira de Sousa
"a minha seleccção não participa em campeonatos do mundo"
ResponderEliminarImpossivel finalizar de melhor modo.
Abraço!
Faz-me lembrar as declarações de um antigo presidente da Lazio de Roma - clube conhecido por ter adeptos de extrema direita, racistas até dizer chega - que afirmou: estou-me marimbando que a Lazio possa ter 11 negros em campo, desde que sejam campeões!!!!
ResponderEliminarSobre o CM, acho que Portugal - os conquistadores - fizeram a sua parte que foi ganhar ao Gana.
A culpa foi dos incompetentes alemães que não golearam os americanos. Isso faz-se, carago????
Neste Mundial foi mais 11 menos um...e a unidade a menos teve a suprema lata de dizer que os colegas não tinham qualidade para jogar com ele!
ResponderEliminarSobre a comitiva que foi representar Portugal ao Brasil,nada a dizer a não ser que milhões de tele espectadores olharam para eles como se fosse Portugal....Há duas coisas de que tenho medo: da ignorância e da indiferença.
ResponderEliminarMas o Mundo avança e em certos sítios nem as moscas mudam.
Quanto a empréstimos a um ano, os juros são mais baixos mas também o investimento não pode render muito dado o factor temporal.
Mas muito pior será o risco de ter um balneário com filhos e enteados....
Em relação á prestação da selecção Portuguesa só tenho a repetir o que vá escrito noutros sítios - Quem os endeusou, é quem agora lhes aponta o caminho do inferno!
ResponderEliminarEm relação aos espanhois nada tenho contra desde que prevaleça o profissionalismo e que obviamente não se desprezem os talentos que possam ser formados no nosso clube, o que manifestamente não aconteceu nos últimos anos embora o projecto da equipa B seja recente.
Não me parece que o Atlético de Madrid seja um colosso europeu, além de que sinceramente espero que a SAD pare de fazer compras astronómicas e se possível venda alguns dos jogadores que por um ou outro motivo já não estão focados no FCP como por ex. Defour, Herrera e Jackson ou mais alguém que se mostre incomodado com o ar do Balneário.
Há que exigir Atitude, Sentimento , Vontade e Profissionalismo a quem quer envergar a nossa camisola.