09 julho, 2015

LARGOS DIAS TÊM CEM ANOS E AINDA BEM.

http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/


Uma vez, em finais do ano passado, um amigo disse-me algo do género: “Óbvio que estou grato pelo trabalho que tem vindo a fazer no nosso clube, mas se deu muito ao Porto também o Porto lhe deu a ele! Sei bem o que andam a fazer ao nosso Clube, por isso, quando o idolatram, não digo nada, mas penso: ele não é o meu ídolo!”

São palavras que fazem pensar. Muito. Mas para mim, a coisa é simples: é Deus Nosso Senhor nos Céus e Ele, Nosso Presidente, na Terra. Desde que o conheço que assim é. Se houvesse um ídolo maior que tivesse de identificar, ele lideraria o meu Top 5, à frente de nomes como o Nelson Mandela, Jim Morrison, Robin Williams e aquele rapaz que um dia nasceu em Tupelo, Mississippi, filho da Gladys e do Vernon. Foi sempre ele por quem o meu coração palpitou. No meio dos meus posters de adolescente, ele dominava. Não precisava de troncos nus, poses catitas, micro na mão ou penteados giros. Quando comecei a trabalhar, era ele o meu wallpaper. Ele era a minha coisa mai’ linda.

Em 1893 tornamo-nos o mais belo e fabuloso clube de foot-ball a existir à face do planeta mas foi a 17 de Abril de 1982 que a estrutura -- por coincidência esférica -- que nos serve de habitat natural ainda não sabia mas ia começar a conhecer o portento futebolístico que iria surgir no negligenciado, perseguido e segregado Norte de Portugal. A liderar os destinos desse projecto surgia nesse bendito dia e a essa abençoada hora, Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa, Presidente do Futebol Clube do Porto.

Não há como negar: foi ele que nos deu tudo ou praticamente tudo. Rompeu o duopólio de títulos dos macrocéfalos clubes lisboetas, virando o mapa do futebol português de pernas para o ar, ressuscitou-nos, furou as barreiras, derrubou certezas, expandiu horizontes, fez-nos acreditar. Deu-nos asas. De Dragão. Tornou-nos no melhor clube português nacional numa hegemonia total e arrasadora. Mesmo à escala internacional. Ano após ano, independentemente do valor da equipa, era ele sempre o nosso maior e melhor reforço. É a nossa Lenda Viva. Ficará na história do futebol deste país que nunca o considerou e sempre o vilipendiou. Ficará para a história de nós.

Mas o tempo que tanto dá também tira. São hoje 77 anos de vida. Parecendo um super-herói ao longo de todas estas épocas e exibindo poderes verdadeiramente impressionantes, é contudo chocantemente humano e o desgaste faz-se notar e de que maneira. A fragilidade também. É visível. E isso angustia-nos e de que forma. Pelo menos a mim, confesso. Um Dia (que amanhã não seja a sua véspera!), ele já não poderá mais. Já não estará mais. E nós estaremos e ficaremos e sentir-nos-emos órfãos. Não duvido. Não me iludo. E nunca mais haverá mais ninguém como ele. Será ele a incrível bitola pela qual classificaremos todos os que lhe sucederem. E nunca mais teremos um melhor Presidente. Nesse dia, será feriado nacional neste país de invejosos, prostitutas e centralistas. Nesse dia, sei que vou morrer também um pouco.

Este não é pois um assunto que eu aborde de ânimo leve. Faço-o contrariada, coração pesado, alma sofrida. Imenso tabu. Os títulos neste último par de desalmados anos têm vindo a fugir. Pássaros do Sul. Acontecem coisas nunca dantes vistas (pelo menos desde 1982) e o Portento a Norte vai-se desportentando e parece condenado por muitos a desaparecer. Surgem rumores de guerras internas de sucessão, facções, lutas de bastidores, comissões e protagonismos. Zangam-se comadres. Vivemos os dias da Grande Fome. Fala-se do Dia. Do temido Dia. Desse Dia. Cada vez mais insistentemente. Contesta-se. Aponta-se o dedo a tudo o que mexe. A tudo o que não mexe. Tudo. Decisões, silêncios, passividades, declarações, contratações, cores de camisola. Até eu já cometi o pecado de julgar, dizendo amarga e pomposamente que se já não sabe fazer bem o seu trabalho, se a defesa do que é nosso (e se o foi a tanto custo e ele melhor do que ninguém deveria sabê-lo!) já não é a mesma, que saiba retirar-se e ceder o lugar a outros. Ah, ingrata! Sinto vergonha de mim mesma. Não foi esta a filha que os meus pais criaram.

O clube mudou. Já não é o que era e nunca mais o voltará a ser. Sinais dos tempos. Malditos tempos, nunca me cansarei de o dizer. São necessários períodos de ruptura, de lamber as feridas, para voltarmos a surgir grandes. Não são? Olho em volta e as minhas retinas recaem no réu principal da fúria dos adeptos. Sim, esse. Esse mesmo. Nos dias que correm para cúmulo envolvido em escândalos e constituído arguido por contas de outro rosário. Não me interessa. Desde que não envolva o meu clube e arraste o seu nome na lama como tantos anseiam, quero lá saber. “Vidas!”

A par do Presidente, será o actual réu o grande mentor da cultura e política desportiva do FC Porto. “Rua!” Mas… será? Será a porta da rua serventia da Casa? O meu clube moderniza-se e continua a fazer-me arrepiar de emoção e de orgulho. O seu departamento de Comunicação está vibrante e pujante e apaixona qualquer um (serei apenas eu que sou fácil? :P), o Museu FC Porto by BMG é simplesmente lindo de morrer. São (ainda!) imensas as coisas boas. Há trabalho incrível a ser feito. Está à vista. Não tapemos o sol com a peneira, vá. Está à vista de todos. Claro que aspectos há que urge mudar e rápido. Mas será que não está uma grande revolução já em curso? Tendente a colocar de novo o Clube num novo patamar de excelência, mais virado para o Mundo que o respeita, destaca e elogia, esquecendo e quase subalternando um país que teima em o ostracizar? Em o humilhar? Decidi que pelo menos terão o meu benefício da dúvida. Ele, a minha coisa mai’ linda e a equipa que quis sua.

Foi este o Homem que um dia me fez a miúda mais feliz do mundo, será este o mesmo Homem que vai contar com mais paciência e dedicação da minha parte. Mesmo que a Fome ainda aumente. Mesmo que chovam canivetes. Through thick and thin. Na terça-feira, no arranque dos trabalhos da nova temporada era vê-lo em conversa com o seu staff e a observar o plantel já em acção. Parecia tão absorvido e entusiasmado como noutros tempos mais desanuviados.

Que os seus anos tenham ainda largos dias. Ámen.

15 comentários:

  1. E muito mais havia para dizer. Mas deixemos isso para ele. Para ele que sempre soube dar a(s) resposta(s) para todos que a quisessem e soubessem ouvir. Todo aquele que ainda sinta amor pelo clube,não aquele amor que surje de repente com as vitórias e foge rapido com a proxima derrota. NAO. Aquele amor que se sente simplesmente porque se ama incondicionalmente.Aquele amor que se sente por aquilo que é nosso e que sem precisar de grandes provas, apoia na derrota,aconchega na dificuldade e orgulha-se indefinidamente. Obrigado Presidente.Obrigado FC Porto, obrigado meu orgulho. Agradecer-te-ei pelo menos por mais 100 anos.

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  2. Tinha Jorge Nuno sete quando eu, aos oito, conheci o que viria a ser o Clube da paixão de uma vida: Futebol Clube do Porto. Passados que estão tantos anos, posso afirmar que uma das coisas mais gratas da minha existência é ter escolhido o FC do Porto como ideal de vida e ter Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa como membro honorário da minha família.

    No dirigismo desportivo não existe no mundo figura que se lhe compare!

    DRAGÃO, SEMPRE!
    Remígio Costa

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  3. Pronto, desta vez não posso ficar calado. Como nunca se fica quando alguém exprime o que nos vai na alma. É a essência dos poetas, certo? Obrigado Miss Bluebay.
    PS. e pelo Rei também ;)

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  4. Não tenho como discordar de si, para além de apreciar a forma apaixonada, femeninam mas simultaneamente lúcida e corajosa do seu belo post. Eu (pres)sinto exactamente o mesmo, e não queria...

    Parabéns!

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  5. Ah, passou-me a questão da comunicação do nosso clube.

    Aí, discordo em parte. A parte relacionada com o Porto Canal sobretudo. Está quase tudo por fazer. Há muito amadorismo e pouca ambição em termos regionais. Há ainda uma subserviência muito evidente com o centralismo, uns certos complexos de inferioridade patentes nos programas de tertúlia e de entrevistas onde os tios e tias de Lisboa entraram em força. Não há, nem se vislumbra um projecto. Júlio Magalhães não é o homem indicado para o efeito. Mas, como disse, o líder não é ele, como tal a escala hierárquica é quem define as responsabilidades...

    Cumptos

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  6. Queiramos, quer não, até à década 80 do século passado, o FC Porto era um simpático clube regional, que lá ganhava um título ou outro, sem contudo beliscar a hegemonia e implantação dos clubes da capital. Bem pelo contrário, as relações entre FC Porto e slb eram as melhores e mais amistosas possíveis, ao ponto de se convidarem mutuamente para as inaugurações de Antas e Luz.

    Pinto da Costa surgiu como um meteroro nesta plácida lagoa lisboeta. Se éramos um clube regional, ele soube melhor do que ninguém tirar partido dessa bandeira, num estilo guerreiro do Norte contra Sul, Porto contra Lisboa. As ondas de choque ultrapassaram os muros das Antas. A própria cidade do Porto reviu-se nesta nova forma de estar, nesta afirmação de orgulho.

    Os títulos começaram a surgir, dando ainda mais força a este novo poder que sugia a norte, culminada na conquista da Europa e do Mundo. Deixaramos de ser o clube simpático. Ousáramos alcançar aquele lugar a que as lendas nacionais apenas reservavam para slb e scp. Mas sim, ainda erámos um clube regional, a brandir a bandeira Nortenha.

    Nos anos 90 consolidámos esse domínio. Nesses tempos de absolutismo azul e branco, e na impotência vermelha em lutar honestamente connosco em campo, a imprensa começou a sua saga da mentira. Eram os tempos do sistema e do famigerado "donos da bola". Equipas fantásticas como as que tivemos com Robson ou Oliveira, com Baías, Domingos, Kostadinovs, Aloísios, Coutos, Drulovics, Zahovics, Jardéis, Conceições e muitos, muitos outros, aos olhos da bipolar imprensa corrupta, não eram suficientemente fortes para vencer os adversários. Nunca Pinto da Costa esteve tão activo como nesta época, jogando tanto ou mais nos media, como os nossos jogadores em campo.

    Chegou o séc XXI, e na sua primeira década, novos desafios, novas estruturas, e maiores vitórias. Qual criança centenária, tinhamos finalmente atingido a maioridade. Suportados por conquistas internacionais, o vírus FC PORTO alastrou-se no território nacional, e mesmo internacionalmente. Ao contrário do que se passava antes da década de 80, as nossas vitórias já não eram exclusivo das gentes do Porto e arredores. Mesmo a sul vemos festejos com as nossas conquistas, impensável uns 30 anos antes.

    Essa mudança tem um nome: Pinto da Costa!
    Na arte que teve em nos fazer crescer para lá do Porto, e na sabedoria com que nos está a fazer crescer para além de Portugal.

    Também eu, como muitos de nós apaixonados portistas, temos saudades de antigos discursos e posturas.
    Mas é necessário compreender que para chegar a novos alvos, e engrandecer ainda mais o nosso clube, possivelmente temos que abdicar de posições mais extremadas. Não quero com isto dizer que nos tenhamos que descaracterizar. Não nos devemos calar quando sabemos que coisas estranhas se passam fora de campo.

    A SAD, numa manobra ousada, está a trilhar um novo caminho. O da globalização.
    Tal como todas as epopeias, o caminho não está isento de riscos.
    Como no passado, necessitamos de títulos para o consolidar (e suportar financeiramente).
    Mas se me perguntarem se estamos na direcção correcta, não tenho a menor dúvida.


    Peço desculpa pelo testamento :-)

    Hugo

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  7. Belíssimo e comovente.

    Escrito com a Chama do Dragão.

    Abraço Azul e Branco,

    Jorge Vassalo | Porto Universal

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  8. não tem a ver com o assunto, mas a menção de Tupelo lembrou-me um outro músico dos melhores:
    https://www.youtube.com/watch?v=dftrm1bPu88

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  9. Relativamente ao que acima li, tenho a dizer seguinte: JNLPC é incontornável. É a maior figura da história do FC Porto. É um exemplo de capacidade, bravura e dedicação. Todos nós, portistas, lhe devemos muito ou quase tudo. Como se escreveu acima, tudo muda. Era impossível o clube permanecer inalterado quando tudo o resto à nossa volta evolui. A questão que se coloca é se estamos a mudar como devíamos. O caminho que o clube tem vindo a trilhar, em passo cada vez mais acelerado, é perigoso e com resultados imprevisíveis. As vitórias com José Mourinho, não deram lugar a um período de reflexão sobre o futuro. Pelo contrário, deram-nos a falsa impressão de que aquele caminho era o correcto, quando já então havia muitos sinais de alarme. Havia egos incontrolados dentro e fora do relvado e gastos avultados. As verbas então recebidas não foram usadas para estabilizar o clube e consolidar a nossa liderança a todos os níveis dentro de portas. Qual jogador de poker, apostamos tudo, mas nem todas as apostas tiveram retorno. Os empresários e comissionistas cercaram o clube e encontraram gente receptiva na SAD. Gente nova, gente que desconhecíamos. Gente que pouco ou nada para merecer a nossa confiança, ao contrario de JNLPC, Reinaldo Teles, Teles Roxo, Pôncio Monteiro ou Luís César, por exemplo. Quase sem darmos conta, o treinador que nos abandonou a poucos dias de começar uma nova época, é apresentado como herói, tal como jogadores que passam o seu tempo a relatar na imprensa os seus namoros com outros clubes. Atletas amuam em campo, sem que daí advenham consequências sérias. Este já não é o clube que conhecíamos. Temos mais reconhecimento internacional, é verdade. Temos uma estrutura mais profissional. Mas somos efectivamente melhores que no passado? Na minha opinião não somos. Apesar dos milhões movimentados, o nosso futuro não é mais certo do que era há 15 anos atrás. O passivo é grande e as receitas incertas. No campo, e referindo-me aos últimos dois anos, perdemos a nossa hegemonia. A época de 2013/2014 pôs a nu deficiências de organização graves. Lembre-mo-nos do jogador que entrou em campo numa competição europeia sem saber que estava em risco de exclusão, por já ter um amarelo. Lembre-mo-nos, também, da patética exibição contra o Atlético de Madrid em que ficaram patentes a ingenuidade e falta de cultura futebolística de uma equipa sem experiência e sem referências. Na época passada, e ao contrário do que antes se fazia, que era efectuar algumas mudanças chave, optou-se pela revolução total. Ao nível do plantel e do treinador. Devo dizer que Lopetegui me agrada. É profissional, lutador e tem a mentalidade certa. Os jogadores têm, sem qualquer dúvida, qualidade. Era o melhor plantel da liga. Mas não fomos a melhor equipa. Fomos irregulares, displicentes e falhamos nos momentos decisivos.

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  10. O FC Porto que eu amo, habituou-me a responder presente nos momentos críticos e a fazer das dificuldades uma motivação extra. Por vezes quebrávamos mas nunca torcíamos. Hoje torcemos lentamente ao longo da época. Não há referências na equipa. Não há voz de comando. Não há capacidade anímica para dar a volta. Não há o extra de querer que antes havia. Fica a impressão de que os onze que entram em campo, estão ali como podiam estar noutro clube qualquer. Não lhes vejo orgulho especial por representarem o FC Porto. São estas coisas que me fazem suspirar por outros tempos, em que não havia contratações sonantes, mas havia jogadores lutadores, em que não havia grandes estrelas, mas havia uma equipa guerreira. Nesses tempos não entravam milhões, mas o passivo era bem inferior. Nesses tempos ia-se ao desconfortável e velhinho estádio das Antas e sentiam-se profundamente as derrotas. Sentia-se o desconforto no ar quando passávamos pelos portões. Nesses tempos, JNLPC, Reinaldo Teles e mais dois ou três faziam sozinhos, e melhor, o trabalho que hoje é feito por uma estrutura altamente profissional e bem paga. Tal como quem escreveu o artigo acima, estarei sempre ao lado de JNLPC, não só por gratidão mas pelo respeito pela sua obra. Não posso, no entanto, fechar os olhos à degradação de certos valores que eram os nossos. Não consigo ultrapassar a ideia de que há gente a dirigir o clube que não é merecedora de lá estar. E não me deixo fascinar por contratações sonantes e apresentações pirotécnicas. JNLPC há muitos anos atrás ensinou-nos que largos dias tem cem anos. Não se conseguem resultados contratando este ou aquele jogador, mas formando uma equipa coesa e solidária cuja matriz se vai mantendo ao longo do tempo. É trabalho de muitos anos e não de uma pre-época. Homens como JNLPC aparecem uma vez na história de um clube. Aproveitemos o seu exemplo.

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  11. Um grande Homem que não vai precisar de panteão nenhum para descansar os seus honrados ossos!!!!
    Um Homem que se confunde com o FC PORTO e o FC PORTO se confunde com Pinto da Costa... o caminho da glória está tomado e é irreversível!

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  12. Pronto só faltava um discurso destes para me fazer vir as lágrimas aos olhos. Parabéns
    Manuel da Silva Moutinho

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  13. Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa é o Deus.

    É o Fogo do Todo Poderoso Dragão que queima tudo aquilo que nos opõem.

    É aquilo que todos nós temos de exemplo.
    O exemplo de uma forma de vida que tentamos seguir.

    É aquele que para mim vai estar sempre na alma e na mente e nunca morrerá.

    Porque afinal Deuses não morrem, e o seu espirito estará sempre bem patente no nosso Reino.

    Um texto cheio de alma e ao mesmo tempo com a chata da realidade.

    Continue a completar este livro de mágicos textos.

    Abraços.

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  14. Obrigada a todos pela generosidade das vossas palavras. Sinto que não disse nem metade daquilo que Ele me merece. Agora quem está de lágrimas nos olhos sou eu.

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  15. A história do nosso clube confunde-se com Pinto da Costa, o melhor presidente do mundo e de todos os tempos. Foi ele que criou a máquina ganhadora que hoje somos (2 anos para mim não é sinónimo de perda de hegemonia, como muitos apregoam, ainda para mais, da forma como tem sido) e infelizmente todos os seus sucessores, sejam eles quais forem e ao longo de toda a história futura, terão uma herança pesada e, não vale a pena escondê-lo, impossível de superar, pelo menos num reinado semelhante a este. Mas claro, tudo nesta vida é passageiro e ninguém resiste ao passar dos tempos. É notório, o nosso grande Presidente já não tem a força de outrora, o que não significa que não tenha também a inteligência, não, essa mantém-se. Mas quando é preciso abanar as hostes, a postura já não é a mesma. Desgaste ou outros motivos quaisquer, não sabemos, mas é notório. E é nesta conjectura que nós Portistas somos assaltados pelo pensamento e pelas dúvidas que dominarão, num, espero, médio-longo prazo, a vida do clube e que serão quiça, a encruzilhada decisiva para uma nova era. Se o "réu" é o sucessor ideal? Não sei, pode ser, pode não ser, mas que neste momento não inspira confiança, não. Pelo menos a mim não inspira, mas isso não quer dizer que não seja competente e que esteja apto para o cargo, apenas quer dizer que não dá a imagem de ser a pessoa certa para o cargo certo. Mas a ver vamos quando chegar a altura e quem se chegará á frente, porque a luta vai ser titânica. Enquanto esse momento não chega, resta-nos continuar a desfrutar de um grande homem e um grande Portista, com a certeza que enquanto ele estiver entre nós, dará sempre o seu melhor para o nosso clube, como sempre fez, aliás!
    Parabéns pelo "orgulho e preconceito" pelos textos e pela alma que é colocada na escrita que além de retratarem sempre assuntos pertinentes e que qualquer Portista sente e pensa, carregam em palavras um Portismo impossível de superar. Eu, particularmente sou um admirador confesso. Beijos

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