11 janeiro, 2018

OBJECTIVO CUMPRIDO.


MOREIRENSE-FC PORTO, 1-2

O FC Porto deslocou-se a Moreira de Cónegos para jogar o acesso às meias finais da Taça de Portugal. Esperava-se um jogo difícil porque por tradição, o FC Porto tem sérias dificuldades no reduto do Moreirense mas os jogadores de Sérgio Conceição entraram no jogo muito bem e em 20 minutos praticamente sentenciaram a partida.

Herrera e Layún foram os destaques da partida. Um golo cada e boas exibições, principalmente Layún que é cada vez mais um jogador importante no plantel pela sua polivalência. Desta vez, Layún jogou como homem mais avançado do meio-campo e não se deu nada mal.



Sérgio Conceição poupou vários jogadores na equipa portista. Uns por gestão, outros por precaução como é o caso de Marega que tinha saído com queixas do último jogo. José Sá, Ricardo, Aboubakar, Reyes, A. André, Marega e Óliver ficaram no banco e Corona nem sequer apareceu na lista de convocados.

Aos 8 minutos, Soares ganhou o duelo pouco depois do meio-campo, progrediu na direcção da grande área, viu Herrera passar-lhe pela frente e endossou-lhe a bola. O mexicano, com tudo para fazer o golo, picou a bola por cima do Guarda-redes contrário e fez o golo.

Marcar cedo facilita sempre o caminho para a vitória e, por outro lado, a equipa não fica sujeita a factores externos ao jogo. Por isso, o FC Porto sentia-se tranquilo a trocar a bola de pé para pé.

Aos 20 minutos, Layún ampliou o resultado para 2-0. Uma investida do FC Porto pela esquerda foi cortada de forma deficiente pela defesa do Moreirense. A bola sobrou para Layún à entrada da área e este colocou a bola no ângulo inferior da baliza contrária.


A partir daqui o FC Porto geriu o jogo como quis. Imprimiu a velocidade que entendeu ao jogo mas perto do intervalo Brahimi sentiu um alarme. Queixou-se da coxa e pediu para sair. Naturais preocupações de Sérgio Conceição foram visíveis na tv porque, com um plantel curto, com castigos que têm saído em catadupa, as lesões tornam o cenário muito mais complicado.

Após o intervalo, deu para perceber que o caso de Brahimi não será tão complicado como aparentava. O argelino estava tranquilo e com boa disposição no banco de suplentes. Por isso, o técnico portista e o departamento médico serão, com certeza, competentes para gerirem estas situações.

A etapa complementar foi muito pausada, sem grandes lances de registo. O FC Porto ameaçou com algum perigo a baliza do Moreirense, nomeadamente por Soares que desperdiçou duas oportunidades e o Moreirense tentou fazer pela vida.

O FC Porto estava mais preocupado em gerir o jogo e o esforço dos seus jogadores. A sequência e a exigência de jogos surgem a um ritmo alucinante e vão continuar.

Por outro lado, os Dragões sabem que, nos próximos dois meses, vai decidir-se muita coisa que será determinante para o que resta da época.


Aos 73 minutos, Edno, um ponta-lança desconhecido, um verdadeiro panzer, reduziu para 1-2 e pareceu lançar o jogo para o último quarto-de-hora com os comentadores da tv galvanizados com a possibilidade do FC Porto não ter garantido no momento a vitória no jogo. Como sempre, os servos do regime. Uns tristes!

Apesar de tudo, para tristeza e decepção desses sujeitinhos que abrem a boca para o microfone, a reação da equipa da casa não foi suficiente. Os Dragões nunca se sentiram ameaçados e, desta forma, o FC Porto segue para as meias-finais onde vai defrontar o Sporting em duas mãos para apurar o finalista da Taça de Portugal.

Os Dragões sabem que vão defrontar o Sporting por quatro vezes em três meses e em três provas: 1 para a taça CTT, duas para a Taça de Portugal e uma para a Liga NOS. Muitas decisões, muitos nervos, muita ansiedade para ser gerida.

Os Dragões deslocam-se à Amoreira na próxima Segunda-feira para defrontar o Estoril, jogo que abre a segunda volta da Liga NOS.




DECLARAÇÕES

Sérgio Conceição: “Não dou rebuçados a ninguém”

Baixa de ritmo após o 2-0
“Ao intervalo falei no balneário para retificarmos os últimos 20 minutos da primeira parte, de que não gostei, em que baixámos muito a intensidade do jogo e em que o Moreirense começou a ter mais bola. Fazemos os dois golos cedo e, inconscientemente, isso entrou na cabeça dos jogadores. Não fizemos aquilo que é habitual na intensidade, a condicionar ao máximo o adversário na posse e circulação de bola.”

A segunda parte e o futuro
“Regressámos ao relvado com uma predisposição muito mais forte. Tivemos várias situações para fazer o 3-0 e depois o Moreirense consegue fazer o 2-1, mas penso que não houve mais situações de perigo. Os jogos da Taça são sempre difíceis e este campo é difícil. Conseguimos o principal objetivo, que era passar para as meias-finais, e agora vamos pensar já no Campeonato e no jogo de segunda-feira, que é muito importante para nós.”

As alterações na equipa
“Não dou rebuçados a ninguém. Aquilo que achava melhor em termos estratégicos foi feito. O Hernâni acabou o último jogo com o Vitória, o Soares estava em campo, o Layún também. A dupla do meio-campo foi a mesma que jogou nos últimos tempos mais vezes. O setor defensivo, à exceção do Casillas e do Maxi, jogou muitas vezes. Também não olho muito a isso, mas para a estratégia que temos para o jogo e para aquele que acho o melhor onze para ganharmos.”


Layún no meio-campo
“Temos que gerir o plantel da melhor forma. Conheço todos os meus jogadores, sei que o Miguel é um jogador polivalente, com muita inteligência tática, independentemente do lugar que ocupar vai dar sempre uma resposta positiva. Ele sabe o que queremos onde quer que jogue. Contra o Feirense também entrou para a mesma posição, depois teve que recuar devido à expulsão do Felipe. Os jogadores estão identificados, não fazemos experiências, sabemos o que fazemos.”

Carinho pela Taça
“Tenho um carinho especial mas não por ter perdido a final quando era treinador de outra equipa. É um dia marcante na carreira de um jogador - já passei por muitos palcos e estádios, mas no Jamor a atmosfera é especial nesse dia. Tive oportunidade de ganhar a Taça como jogador e de estar numa final como treinador. Espero sinceramente poder estar este ano com a minha equipa no Jamor e vencer este troféu, que é na minha opinião especial.”

Luta em três frentes com o Sporting e mercado
“No Campeonato há uma luta a três e com o Braga também ali perto. O Benfica também é um candidato ao título, penso que vamos ter competição até ao final. Na Taça da Liga e de Portugal estamos em luta direta com o Sporting e a seu tempo falaremos desses jogos, agora a concentração está virada para o jogo de segunda-feira no Estoril, para o Campeonato, que é o nosso principal objetivo. Tenho jogadores que têm qualidade, se vier alguém tem de ser para dar mais do que o que tenho à disposição. Os treinadores querem sempre mais.”



RESUMO DO JOGO

1 comentário:

  1. Boa noite caro BÓPC.
    Este post é simplesmente genial. Apenas os tolos não conseguem lê-lo. ;))
    (este comentário é só para si, pf não leve a mal)
    1 abç e viva o FCPorto
    Luís Oliveira

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